Maisy e os Ratinhos Desaparecidos

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Tudo começou hoje durante o almoço. Maisy e sua melhor amiga, Veronica, curtiam suas fatias de pizza e falavam sobre a festa de aniversário de Veronica que aconteceria na noite seguinte em uma pizzaria italiana. Elas estavam animadas porque a mãe e o padrasto de Veronica iriam dar a festa na Andiamo Pizzeria. Era o restaurante local preferido das meninas, porque tinha várias coisas divertidas para as crianças fazerem. Era um restaurante normal, mas que tinha vários tipos de jogos de fliperama. Além disso, as meninas buscavam manter pizza como um alimento fixo em suas dietas.

Maisy e Veronica tinham sentado há poucos minutos quando a diretora fez um anúncio pelos auto-falantes. Sua voz parecia calma, mas era óbvio que ela estava irritada. Alunos, aqui é a Diretora Hollendar. Os mascotes da escolas foram roubados de seu lar no laboratório de ciências. Se alguém tiver qualquer informação, por favor se dirija à diretoria. Um aluno relatou ter visto botas pretas virando no corredor momentos antes de o desaparecimento ter sido descoberto. Essa é nossa única pista até esse instante. Uma recompensa será dada a qualquer aluno que ajude a encontrar e devolver os ratinhos para suas casas.

Veronica ficou furiosa. Ela jogou seus cabelos loiros para trás dos ombros e se juntou aos outros alunos com seus gritos de raiva. Maisy apenas fechou os olhos com a referência de uma pista. Ela podia sentir sua pele formigando com entusiasmo. Além de amar mistérios, ela era excelente em solucioná-los. Na verdade, os outros alunos sabiam do seu talento e sempre que tinham um problema a procuravam. Eles sabiam que ela iria solucionar o caso rapidamente e por um preço justo. Mas Maisy não trabalhava por dinheiro. Ela trabalhava por pirulitos de cereja. Eles eram a segunda coisa mais preciosa para ela, a primeira era sua cachorrinha, Reesie.

Maisy Sawyer não era como as crianças normais do quarto ano que estudavam na escola West Valley Elementary. Ela tinha começado a amar filmes de mistério em preto e branco, o tipo que avós e avôs tinham assistido quando eram crianças durante a Idade da Pedra. Quando ela trabalhava em um caso, seu mundo parecia desaparecer e virar um daqueles filmes de mistério em preto e branco. Tons de cinza coloriam tudo. Ela até imaginava que seu quarto era o escritório da sua agência de investigação. Na maior parte do tempo, ele tinha paredes pintadas de azul brilhante e quase todo o resto era roxo, incluindo a caminha da Reesie. Mas, quando estava concentrada em um caso, o quarto mudava para algo saído de um filme antigo. As paredes estavam rachadas, as persianas quebradas e emperradas em uma única posição, e o espaço estava abarrotado com caixas e móveis velhos. Também tinha tons de cinza, preto e branco. As janelas mostravam a vista panorâmica da cidade, ao invés da realidade de um pequeno bairro em uma cidadezinha de Ohio. A única coisa em comum entre o escritório imaginário de Maisy e a realidade era sua pequena máquina de escrever. Maisy não tinha nada contra computadores, mas ela gostava de datilografar as anotações que fazia dos casos do jeito antigo. Maisy não conseguia explicar porque tudo ficava em preto e branco quando ela estava trabalhando em um caso. Ela só sabia que em seu mundo preto e branco, juntar as pistas para resolver um mistério ficava muito mais fácil.

Agora, enquanto estava sentada no refeitório, escutando os protestos ultrajados de seus colegas, ela abriu os olhos. A cor sumiu de sua visão, como tinta escorrendo em uma tela de pintura branca. As