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Existência [ I ]
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Existência [ I ]

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Um registro das pesquisas realizadas, encadeando os principais fatos que marcaram a história desde o Big Bang até a Idade do Gelo, com o foco na cronologia dos eventos, e nas suas interconexões, dando um sentido explicativo ao enredo, dessa que é primeira parte da obra.
LanguagePortuguês
Release dateDec 26, 2013
Existência [ I ]

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    Existência [ I ] - L.felipe

    BIG BANG

    O início de tudo até hoje ainda não é unanimidade. Várias correntes científicas buscam explicações, entretanto parte desse caminho parece já se encontrar efetivamente conhecido. Ou seja, em um determinado instante começou a nossa história de existência. E, inclusive tem data: 13,7 bilhões de anos atrás. A grande discussão que ainda persiste é como esse instante foi gerado, ou criado, ou surgido.

    Nessa hora a comunidade científica se divide. Há quem defenda que o nosso cosmo seja um processo superior de inflação, ou parte de um desconhecido ciclo de contração e expansão, ou ainda apenas fruto de outro universo progenitor. O certo é que a tese do Big Bang como um efeito sem causa, não se sustenta mais. Até a Igreja Católica com sua ortodoxia milenar já capitulou e busca provar que Deus está por trás do Big Bang.

    Na busca de entender o que somos e o porquê somos enquanto habitantes da Terra, nosso trabalho visa um repasse cronológico da História desde o surgimento do primeiro átomo até o final do ano de 2012, data da edição deste livro.

    Obviamente as pesquisas não foram aprofundadas e se basearam apenas naquilo que o inestimável Google revelou bem como de inúmeros documentários das principais redes de TV a cabo, como a HBO, The History Channel, BBC, Odisseia, National Geographic e Discovery Channel.

    Nosso grande objetivo é consolidar essas informações de conhecimento público em apenas um único documento, que permita ao interessado obter uma visão completa desde onde e como surgimos, até o que nos tornamos.

    Assim, a proposta do projeto ficará restrita ao universo tridimensional como conhecido e que, portanto, sua origem se encontra na ocorrência da magnífica explosão do Big Bang, onde tudo que já existiu, tudo o que já aconteceu, começou misteriosamente de um minúsculo feixe de energia primordial menor que um átomo.

    Em seguida, apoiado nas várias teses do início da vida, será alcançado o surgimento do Homo sapiens, quando na verdade tudo começou em termos de humanidade.

    Daí o projeto será desenvolvido com o foco nos principais momentos civilizatórios, ou seja, a ocupação na Pré-história, as conquistas da Antiguidade, as grandes civilizações da Idade Média, os desbravamentos da Idade Moderna, o auge das colonizações do princípio da Idade Contemporânea, os movimentos irredentistas do século XX e chegando, finalmente, aos principais marcos da atualidade.

    FILMOGRAFIA

    What Happened Before the Big Bang, 2010 - Este documentário explora um confuso mundo de fronteiras cósmicas, fendas e múltiplos universos, e revela o que aconteceu antes do Big Bang. Essa talvez seja a maior questão a se responder: de onde veio tudo o que se formou em nosso universo? Como tudo começou? Por quase cem anos, pensávamos que tínhamos a resposta: um Big Bang cerca de 14 bilhões de anos atrás. Mas agora alguns cientistas acreditam que esse não foi realmente o começo. Nosso universo pode ter tido uma vida antes deste violento momento de criação.

    Proving God, 2012 - Através desta investigação, conheceremos as opiniões de físicos que estão na busca da mítica partícula de Deus, que acreditam ser o componente essencial para a própria vida. Por outro lado, vamos descobrir os avanços recentes do cientista Stephen Hawking na possível explicação da criação da Terra a partir do Big Bang.

    PERÍODO PRÉ-CAMBRIANO

    TERRA

    Consequência da explosão do Big Bang, o cosmo passou a abrigar toda a energia existente no universo que coabitamos. Conforme a comunidade científica, dedicada a explicar racionalmente pelas leis físicas, o que surgiu desde esse marco zero da formação do nosso universo – nosso porque se refere ao conhecimento humano – era uma energia concentrada e caótica em um único ponto, se colocando em imediata expansão no vazio em que se situava. Na verdade, trata-se de toda a energia que foi consumida desde o iníco de tudo e que será consumida até ofim de tudo.

    Embora esta teoria seja comprovada racionalmente, a premissa ainda carece de conforto por conta das outras variáveis inseridas no contexto que permanecem mistério, especificamente com relação à origem dessa energia do marco zero e do ambiente vazio em que veio a ser inserida, onde não havia nem espaço nem tempo.

    Atribuir o evento à mão de Deus ou ao acaso é um próprio de cada um e não se justifica discussões a respeito haja vista seu mais completo desconhecimento racional.

    A energia, em forma de uma infinita concentração de calor e em um único ponto, se colocou em expansão no vazio criando o espaço e o tempo. Esta acertiva provém das descobertas de Edwin Hubble que investiu mais de 10 anos em observações das galáxias fora da Via Láctea.

    As galáxias são imensos conglomerados de elementos cósmicos presos entre si por forças gravitacionais em constante movimento pelo universo. Numa forma mais simples, seriam famílias de estrelas, planetas, luas, nebulosoas (nuvens de gás e poeira cósmica) além de uma infinidade de outros elementos agregados, como por exemplo, matéria escura.

    Conforme registros, observando a nebulosa Andrômeda ele constatou que esta fazia parte de uma galáxia distante, a qual junto a outras estavam se afastando da nossa e, além disso, quanto mais distantes mais rapidamente estavam se movendo. O raciocínio inverso foi que criou a base da premissa do Big Bang.

    A explosão da energia concentrada no marco zero da criação do universo, assim chamada Big Bang, se colocou em imediada expansão em todas as direções e ao mesmo tempo em uma velocidade superior à velocidade da luz. À medida que essa energia concentrada era expandida no vazio, a temperatura ia decrescendo e o universo ia se formando.

    Embora nesse início de desenvolvimento o universo fosse composto de energia pura, ao longo do processo de expansão veio se constituir a matéria – intrinsecamente relacionada conforme a equação de Einstein: E=mc².

    Em outras palavras, a energia concentrada no Big Bang nada mais era que partículas de matéria fundidas, as quais foram se espalhando pelo universo dabdo origem à formação do cosmo ao longo do tempo.

    A explicação e comprovação deste evento encerram conceitos de física avançada tais como matéria e antimatéria, bem como da assimetria desses elementos cujo desiquilíbrio proporcionou o surgimento das partículas excedentes da matéria formadora do cosmos. Toda essa teoria pôde ser comprovada em experimentos no antigo laboratório nacional de Long Island através do Colisor Relativístico de Íons Pesados (RHIC – Relativistic Heavy Ion Collider), antecessor do Grande Colisor de Hádrons (LHC – Large Hadron Collider) do CERN que iniciou suas operações em 2008.

    Nos primeiros 380 mil anos, a expansão do Big Bang, os primeiros átomos de hidrogênio (H) foram formados, o elemento químico mais abundante no universo. Consiste em sua essência de uma partícula de próton e um elétron. Ao final dos primeiros 300 milhões de anos, nasceram e replandesceram as primeiras estrelas, em meio às galáxias em formação. A gravidade foi concentrando nuvens de gás e pó e elevando a pressão e a temperatura até cerca de 10 milhões de graus Celsius (°C), fazendo os átomos de hidrogênio (H) colidir entre si formando um novo elemento, o hélio (composto de duas moléculas de hidrogênio – H2) e liberando energia em forma luminosa. Assim, o universo em expansão ficou repleto de estrelas brilhantes formadas de hidrogênio e hélio.

    Ao nascerem, as estrelas agregam energia do universo para sua formação, a qual, posteriormente, acaba sendo devolvida em forma de luz e calor durante a sua existência. Além disso, as estrelas também funcionam como as fábricas dos elementos químicos que conhecemos. No interior dessas estrelas ocorrem reações termo-nucleares que amalgamam seus átomos. Por exemplo, três núcleos de hélio se combinaram para formar carbono (C), dois núcleos de carbono se amalgamaram formando magnésio (Mg), este formando neônio (Ne) e assim por diante durante centenas de milhares de anos até o silício (Si) se amalgamar em ferro (Fe). Posteriormente veio a ocorrer a produção de outros novos elementos como o oxigênio (O) e o cálcio (Ca), fechando o conjunto desses 25 elementos químicos mais comuns da natureza, tais como o lítio (Li), o nitrogênio (N), entre outros.

    Ao final se sua vida as estrelas provocam sua explosão. Tal fenômeno é conhecido por supernova. Assim, 9 bilhões de anos após o Big Bang, cada supernova foi se tornando responsável pela gradativa criação dos outros elementos mais pesados como o cromo (Cr) e inclusive os mais pesados que o ferro como o Cobre (Cu), Zinco (Zn), Ouro (Au), Urânio (U), a Platina (Pt), entre outros.

    A Tabela Periódica dos elementos químicos é uma espécie de biblioteca das matérias do universo, classificada de acordo com suas propriedades. Em última análise separam os materiais em metais, semimetais, ametais, gases nobres e hidrogênio.

    Coabita também no cosmo o quasar, que em última análise não tem o porte de uma galáxia, mas, no entanto, é muito maior que uma estrela. Trata-se do corpo mais brilhante do universo e acredita-se que tenha relação ao buraco negro, que é outra formação no espaço ligada exclusivamente à energia. Aquele emite e este absorve.

    As galáxias que têm princípio, meio e fim, são observadas em grupos, onde coexistem de forma organizada, que são chamados de grupos locais. Essas galáxias que vagueiam pelo cosmo também explodem e colidem entre si, multiplicando os corpos celestes que ocupam o universo. Dentro de cada uma dessas galáxias existem quantidades imensas de estrelas, na ordem de bilhões de sóis, em constante mutação. Da mesma forma que as estrelas se extinguem (pulsares), as galáxias também se extinguem criando nuvens de gás e poeira cósmica (nebulosas).

    A partir de 1990 o telescópio espacial Hubble permitiu à comunidade científica observar o cosmos muito além do jamais então conhecido atingindo regiões primitivas do universo; na verdade um olhar de volta através do espaço e tempo das primeiras galáxias e estrelas pós Big Bang. Assim foi possível se documentar fenômenos cósmicos até então inimagináveis como a explosão de uma estrela (supernova) ou um berçário de estrelas recém-nascidas ocorridos há bilhões de anos. Hubble captou ainda colunas escuras de poeira cósmica com milhões de quilômetros pronta para produzir novas estrelas e planetas.

    No meio das infinitas galáxias do universo, se encontra a nossa, chamada Via Láctea, que foi formada à cerca de 13 bilhões de anos atrás. Nela, estima-se haverem 400 bilhões de sóis de todas as formas, tamanhos e existências variáveis.

    Em plena evolução do universo, no interior da Via Láctea e há 5 bilhões de anos, a condensação de gases e poeiras interestelares repletas de sobras de ricos destroços de uma das imensas supernovas, se incendiou por efeito da gravidade, dando origem a uma estrela anã. Assim nasceu o Sol do nosso sistema planetário. E ainda como resultado deste evento, matérias cósmicas residuais de poeira e rochas também foram se condensando ao seu redor, durante milhões de anos, formando a cadeia de planetas do nosso sistema solar.

    Cada um desses com suas características próprias, função da distância a que ficaram presos no sistema gravitacional resultante.

    Milhões de anos depois, a Terra era um núcleo esférico em movimento rotacional, preso ao campo gravitacional do Sol, composto de rochas derretidas incandescentes, fervilhando a mais de 12.000°C, envolto em uma sólida nuvem de dióxido de carbono (gás carbônico), nitrogênio e vapor de água. O planeta era um autêntico inferno vulcânico mergulhado em um infinito oceano de lava. A gravidade acabou fazendo com que os elementos mais leves fossem mantidos na superfície formando uma crosta sólida, enquanto os mais

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