Criatividade Aplicada
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Criatividade Aplicada - Jairo Siqueira
Introdução
Acredito que tornar-se um pensador mais criativo é muito importante, como também possível para todas as pessoas, tanto para os jovens estudantes, como para os profissionais dos diversos setores da atividade humana.
Tornar-se mais criativo significa ampliar e desenvolver as habilidades de solução de problemas e de aproveitar as oportunidades que surgem no dia a dia. Isto implica no domínio de algumas técnicas, ferramentas e estratégias que nos ajudam a entender os desafios, a gerar ideias para lidar com estes desafios, selecionar as melhores opções e planejar e implementar com sucesso as ações de melhoria ou inovação.
Nos últimos sessenta anos, um grande número de estudiosos tem trabalhado na criação de algumas dezenas de ferramentas de criatividade. Há uma vasta gama de recursos que refletem uma notável diversidade de estilos e abordagens. Neste livro, apresento uma seleção de ferramentas de criatividade que considero essenciais e suficientes para a maioria das situações relacionadas à melhoria e inovação de produtos, serviços e processos. As ferramentas selecionadas têm sido usadas com sucesso tanto na indústria, como também no comércio, publicidade, governo, educação, lazer e outros setores.
Estas ferramentas têm ajudado indivíduos e equipes a gerarem uma grande variedade de ideias interessantes, ou a elaborar e tornar as ideias mais ricas e completas. Elas fornecem um meio estruturado para combinar intuição, imaginação, conhecimentos e experiência na geração de ideias inovadoras. Fornecem a matéria prima para desafios intelectuais mais complexos e para ações bem sucedidas na realização de objetivos diversos, como:
Melhorias radicais ou desenvolvimento de novos processos, produtos ou serviços.
Melhorias da qualidade e da produtividade.
Soluções criativas de problemas crônicos como desperdícios, reclamações constantes de clientes, erros persistentes, etc.
Ações corajosas e inovadoras para tratar importantes questões sociais, econômicas e ambientais ainda não equacionadas e causadoras de pobreza, injustiças, conflitos e insegurança.
Eu o convido a aplicá-las e a compartilhar conosco suas experiências e resultados.
Jairo Siqueira
siqueira@criatividadeaplicada.com
http://CriatividadeAplicada.com
Seção I
O Processo Criativo
O que é a Criatividade?
O que vem à sua mente quando você pensa sobre a criatividade? Muitos pensam em pessoas muito especiais e que a criatividade envolve talentos extraordinários. Associam criatividade com as artes, com a ciência e grandes invenções. Pensam em Leonardo da Vinci, Mozart, Einstein, Picasso, Santos Dumont, Henry Ford e Steve Jobs. Estas pessoas certamente realizaram coisas notáveis, com impactos profundos e duradouros sobre nossas vidas. Mas há outras valiosas expressões de criatividade que se incorporaram ao nosso cotidiano, mas que não são lembradas quando se fala em criatividade. Muito do que você hoje olha como trivial e corriqueiro, já foi considerado uma notável invenção na ocasião de sua introdução. Refiro-me a invenções simples, mas que se tornaram indispensáveis, como a tesoura, o lápis, o carrinho de supermercado, etc. Da mesma forma, presenciamos diariamente valiosas expressões de criatividade em todos os setores de atividade como artesanato, indústria, comércio, cinema, medicina, etc.
Esta diversidade de manifestações criativas explica as dezenas de definições para o termo criatividade. A criatividade tem significados distintos para diferentes pessoas e pode ser definida segundo a perspectiva limitada de diferentes disciplinas como negócios, ciências, música, artes plásticas, teatro, dança e arquitetura.
Numa perspectiva bastante abrangente, a criatividade pode ser definida como o processo mental de geração de novas ideias por indivíduos ou grupos. Uma nova ideia pode ser um novo produto, uma nova peça de arte, um novo método ou a solução de um problema. Esta definição tem uma implicação importante, pois, como processo, a criatividade pode ser estudada, compreendida e aperfeiçoada. Ela tira da criatividade aquela áurea de um evento mágico, místico e transcendental; um beijo de Deus na sua testa.
Ser criativo é ter a habilidade de gerar ideias originais e úteis e solucionar os problemas do dia a dia. É olhar para as mesmas coisas como todo mundo, mas ver e pensar algo diferente. O balão de ar quente foi inventado pelos irmãos Joseph e Etienne Montgolfier em 1783. A ideia teria ocorrido a Joseph ao ver a camisola de sua mulher levitar, depois que ela a colocara diante do forno para secar. Daí teria surgido a ideia de construir um grande invólucro de papel e seda em forma de pêra, com uma abertura na base para ser inflado com a fumaça de palha queimada. Milhões de pessoas já tinham visto este fenômeno, mas somente os irmãos Montgolfier tiraram proveito prático desta observação. Eles viram muito mais do que uma camisola flutuando – isto é criatividade.
Inovação e criatividade são a mesma coisa?
A resposta é não. Criatividade é pensar coisas novas, inovação é fazer coisas novas e valiosas. Inovação é a implementação de um novo ou significativamente melhorado produto (bem ou serviço), processo de trabalho, ou prática de relacionamento entre pessoas, grupos ou organizações. Os conceitos de produto, processo e prática são totalmente genéricos, se aplicando a todos os campos da atividade humana, como indústria, comércio, governo, medicina, engenharia, artes, entretenimento, etc. O termo implementação implica em ação: só há inovação quando a nova ideia é julgada valiosa e colocada em prática. Os irmãos Montgolfier transformaram a observação de uma camisola flutuando num balão – isto é inovação.
Nem sempre a inovação é o resultado da criação de algo totalmente novo, mas, com muita frequência, é o resultado da combinação original de coisas já existentes. A invenção do radar é uma combinação de elementos conhecidos: ondas de rádio, amplificadores e osciloscópios. Algumas importantes inovações consistem na criação de novos usos para objetos e tecnologias existentes. Um bom exemplo é o uso da Internet pelos bancos, permitindo aos clientes o acesso remoto aos serviços bancários. Outro exemplo: o uso do telefone celular para monitoramento de portadores de doenças cardíacas.
Como as ideias surgem?
Muitos acreditam que as pessoas criativas têm algo de mágico e que suas ideias surgem de repente e do nada, frutos de um momento misterioso e inexplicável, ou de um feliz acidente. Algumas ideias são frutos do acaso, mas esta não é a regra. Thomas Alva Edison, um dos maiores inventores de todos os tempos, tinha uma visão totalmente diferente do processo criativo: O gênio é 99% transpiração e 1% inspiração. Eu nunca criei algo de valor acidentalmente, nem fiz nenhuma de minhas invenções por acidente. Elas surgiram do trabalho. Pablo Picasso também tinha idêntica opinião: A inspiração existe, mas ela deve encontrá-lo trabalhando.
Basta olhar para a biografia dos gênios para ver que genialidade é uma qualidade desenvolvida com esforço, disciplina e rigor. Gênios descobrem sua habilidade natural e trabalham duro, durante longos anos, para desenvolver o que há de melhor nessa sua habilidade. Foi isso que levou Michelangelo a dizer que, se as pessoas soubessem o esforço necessário para levá-lo aonde ele chegou, não o chamariam de gênio. Jacob Pétry, filósofo.
O que vale para os gênios vale para todos que querem desenvolver suas habilidades criativas. O primeiro passo é entender que as ideias criativas não surgem por passes de mágica, por uma centelha mental ou por acidente; isto pode acontecer, mas como exceção e não como regra geral. O processo criativo exige esforço e nem sempre as ideias nascem prontas, perfeitas e acabadas; muitas vezes elas surgem de ideias simples e incompletas, simples esboços que precisam ser elaborados, combinados e melhorados. Grandes ou simples, as ideias nascem de um processo que pode ser estudado, aperfeiçoado, ensinado e replicado.
Uma pergunta que surge naturalmente neste