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História Das Ciências
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História Das Ciências

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Uma publicação da Biblioteca nacional da França, apresentando a história dos principais vultos e eventos da ciência da Idade Média ao século XIX. Tradução de Luis Alberto Cabral
LanguagePortuguês
Release dateApr 9, 2013
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    História Das Ciências - Publicação Da Gallica.bnf.fr

    Introdução dos sábios árabes na Europa Ocidental


    Bem antes da tomada de Toledo, em 1085, o intercâmbio cientifico entre o mundo árabe e o Ocidente medieval são atestados. Desde 976, as cifras árabes apareciam nos manuscritos latinos na Espanha. Os astrolábios, desconhecidos até então no Ocidente, são mencionados a partir do fim do séc.x. A Itália do Sul foi assim marcada pela influência árabe, como testemunham as obras médicas retiradas da Escola de Salermo. Foi com a Reconquista que Toledo acolheu os sábios ocidentais, tal como Gerard de Cremona ou Abelardo de Bath, na pesquisa dos escritos árabes e gregos. Iniciou-se, pois, o processo de tradução para o latim dos textos árabes. Num primeiro momento, essa tradução passava por numerosas línguas intermediárias. As traduções oriundas diretamente dos textos originais gregos ou árabes reforçaram esse processo a partir do séc. XIII. Em fim do séc. XII, o Ocidente se encontra, assim, em posse de uma parte muito importante da filosofia e da ciência greco-árabe, origem de uma nova intelectualidade em todas as disciplinas.

    Gerbert d'Aurillac (940/945-1003)

    Arqueduque do Reno, depois Papa em 999, com o nome de Silvestre II, foi matemático, e adquiriu os tratados matemáticos por seus correspondentes catalães. Teria ele próprio conduzido um astrolábio numa viagem à Catalunha.   

    Gerard de Cremona (1114-1187)

    Sábio italiano que em Toledo efetuou as traduções latinas de cerca de 80 obras científicas em árabe, destacando-se o Almageste de Ptolomeu, as Cônicas de Apolônio, vários tratados de Aristóteles, o Cânon de Avicena, e diversos escritos de al-Kindi, de Thabit ibn Qurra e de al-Razi. 

    Ibn Ruchd (Averroes) (1126-1198)

    Filósofo árabe teve um grande papel na redescoberta de Aristóteles para o Ocidente. Médico, determinou a função da retina.

    Nicolas Flamel

    No Ocidente: cinco alquimistas filósofos


    Apesar de os sábios do mundo medieval terem largamente participado dos progressos científicos, sobretudo no Oriente, ficaram guardados na memória ocidental, principalmente os célebres alquimistas dos séc. XII ao XV. Malgrado, entretanto, a incompreensão das doutrinas alquimistas e sua assimilação rápida ao esoterismo, os alquimistas serão sempre verdadeiros sábios e filósofos.

    Albert le grand (1200-1280)

    Filósofo e sábio dominicano, Santo Alberto, o grande, ensinou o aristotelismo principalmente em Paris e em Colônia, e foi o mestre de Tomás de Aquino. Sua obra alquimista ficou perpetuada ao longo dos séculos. Atribui-se a ele a descoberta do ácido nítrico e a refino de ouro

    Roger Bacon (1220-1292)

    Filósofo e sábio inglês franciscano suas obras foram interditadas e foi preso de 1277 a 1292 pela oposição de seus contemporâneos dominicanos Alberto, o grande, e Tomás de Aquino. Enunciou o papel fundamental das matemáticas nas ciências embora tenha submetido toda ciência à

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