O E-mail Como Instrumento De Trabalho
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Book preview
O E-mail Como Instrumento De Trabalho - Artur Alves Da Motta
ARTUR ALVES DA MOTTA
O e-mail como instrumento de trabalho
sua utilização nas empresas e na
comunicação organizacional
1 a edição
Porto Alegre
Edição do Autor
2016
MOTTA, Artur Alves da.
O e-mail como instrumento de trabalho: sua utilização nas empresas e na
comunicação organizacional. Artur Alves
da Motta. Porto Alegre: edição do autor.
Março de 2016
ISBN 978-85-920890-0-9
Prefácio
O presente trabalho foi originalmente
editado em fevereiro de 2014 como parte do
trabalho de conclusão do autor no Curso
Intensivo de Pós-Graduação em
Administração Pública - CIPAD, do Programa
FGV In Company, realizado em convênio com
a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional –
PGFN.
O título, originalmente foi "O e-mail na
comunicação organizacional: análise da
utilização do correio eletrônico na PGFN" , e é claro, além do que é tratado aqui também
fazia uma análise crítica e propositiva para os
problemas de comunicação na Procuradoria
quando relacionados ao uso do e-mail.
Certamente que esses aspectos
peculiares da comunicação organizacional
dentro da PGFN não interessariam a
generalidade dos leitores e mesmo que
fossem de algum modo interessante para
alguns deles conteriam informações que
parecem dizer respeito somente à instituição
– até porque há assuntos que são reservados
e dizem respeito à estratégia de atuação do
órgão.
Aqui a preocupação é outra. Para fazer
a análise da comunicação por e-mail na
Procuradoria foi necessário fazer uma análise
da comunicação em geral, especialmente
daquela escrita e do uso do e-mail nas
empresas. Embora à época não tenha
chegado ao conhecimento do meu
conhecimento literatura específica sobre o
tema, muito me servi da valiosa consultora
inglesa Monica Seeley e de sua obra: Brilliant email. Todas as vezes que refiro uma
observação feita originalmente por ela,
registrei os créditos.
Espero que este pequeno livro ajude
todos que se vêem às voltas com os
problemas de comunicação nas empresas,
especificamente aqueles relacionados com o
e-mail.
Introdução
A Procuradoria-Geral da Fazenda
Nacional - PGFN como muitas instituições
públicas e privadas cresceu muito nos
últimos anos, praticamente dobrando o
número de seus integrantes. Saiu de 1200
para cerca de 2000 procuradores no período.
Além da evolução dos meios de comunicação
existentes isto provocou também uma
ruptura com o modelo de comunicação até
então vigente, basicamente calcado no envio
de documentos em papel como Ofícios e
Memorandos. Dessa forma, a transferência
de dados e informações entre as unidades da
PGFN – dos órgãos centrais às unidades
regionais, estaduais e seccionais, bem como
entre elas e seus integrantes – migrou
gradativamente do papel para o envio de
mensagens mediante correio eletrônico (e-
mail ou email – forma preferida por Monica
Seeley).
Com a adoção do correio eletrônico (e-
mail), ficou para trás uma era de escassez de
informações (mesmo aquelas necessárias à
qualificação e aperfeiçoamento dos
trabalhos) para se chegar à abundância
quando não ao excesso. As mensagens
passaram a ser mais frequentes e
começaram a chegar mais rápido às
unidades. Paralelamente institucionalizou-se
o uso do e-mail também para fazer o
caminho inverso: as unidades que apenas
recebiam informações passaram a formular
questionamentos àquelas que enviavam as
mensagens visando a solução de problemas
práticos relacionados ao trabalho cotidiano.
Esse contexto institucional, acabou
gerando um fluxo intenso e desordenado de
informações, sem especificação do grau de
relevância ou prioridade entre elas, levando à
banalização do e-mail. O que se percebe é
que a existência de um volume muito grande
de mensagens (em média mais de 150
mensagens diárias) numa instituição não
acarreta necessariamente a assimilação de
seu teor. Existiria assim um paradoxo da
informação: quanto mais informação há,
menos ela é assimilada (o que chamo de
curva de Laffer da informação). O uso
intensivo de um canal de comunicação não
leva a uma melhoria na qualidade da
informação ou na administração daquelas já
existentes. É preciso diversificar e usar
racional e moderadamente todos os meios de
comunicação disponíveis para que se atinja o
propósito desejado: levar a informação
adequadamente a quem pode fazer o bom
uso dela.
A importância da comunicação
Não se vive em sociedade sem se
comunicar pois a comunicação é vital para a
construir de relações entre as pessoas.
Ninguém consegue viver sem se comunicar,
basta olhar uma roda de amigos, familiares,
colegas ou conhecidos: crianças,
adolescentes, adultos e velhos, cada um, de
sua forma, procura transmitir suas
impressões, emoções, visões e interpretações
sobre os fatos que vê ou presencia, àqueles
que o cercam. A comunicação é decisiva em
todos os tipos de relacionamento pessoal ou
profissional. É ela que permite a criação de
vínculos, a disseminação de ideias, bem
como a construção e a propagação da
cultura. Indo um pouco mais longe podemos
dizer que de certa forma "tudo