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Setenta Vezes Sete
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Ebook168 pages1 hour

Setenta Vezes Sete

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Crônicas sobre o Perdão
LanguagePortuguês
Release dateAug 13, 2016
Setenta Vezes Sete

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    Setenta Vezes Sete - Antonio Auggusto João

    SETENTA VEZES SETE

    2

    ANTONIO AUGGUSTO JOÃO

    SETENTA VEZES SETE

    SETENTA VEZES SETE

    ANTONIO AU GGUSTO JOÃO

    1ª. Edição

    SÃO PAULO

    2.016

    EDITOR

    ANTONIO AUGUSTO JOÃO

    918607

    3

    ANTONIO AUGGUSTO JOÃO

    SETENTA VEZES SETE

    Editor Setenta vezes Sete

    Antonio Augusto João

    www.portaldoauggusto.blogspot.com.br Antonio Auggusto João

    Produção, revisão e capa Nenhuma parte desta publicação

    Antonio Augusto João pode ser armazenada, fotocopiada,

    reproduzida por meios mecânicos

    eletrônicos ou outros quaisquer sem

    a prévia autorização do Editor.

    auggusto@terra.com.br

    Autor: João, Antonio Auggusto

    Obra: Setenta vezes Sete

    Antonio Augusto João

    São Paulo / Antonio Augusto João

    140p ; 21cm colorido

    ISBN 978-85-918607

    1. Literatura 1. Título

    São Paulo 2.016

    1a. Edição

    4

    ANTONIO AUGGUSTO JOÃO

    SETENTA VEZES SETE

    PREFÁCIO

    5

    ANTONIO AUGGUSTO JOÃO

    SETENTA VEZES SETE

    6

    ANTONIO AUGGUSTO JOÃO

    SETENTA VEZES SETE

    PERDOAR É ESQUECER?

    Perdoar é esquecer? Não. Perdoar independe de esquecer.

    Uma coisa nada tem a ver com a outra, são coisas distintas – até

    porque não somos alienados. Temos no cérebro uma memória

    que registra todos os fatos, por isto quem perdoa não tem que,

    necessariamente, esquecer-se do agravo sofrido. O que é

    preciso, na verdade, é esquecer no sentido de diluir a mágoa, a

    raiva ou o ressentimento que o fato gerou, caso contrário o

    perdão é superficial ou até mesmo ilusório.

    Esse tipo de esquecimento é extremamente benéfico para

    quem sofreu algum tipo de agressão, porque a energia gerada, a

    cada instante em que se revive o fato infeliz, aumenta a ferida

    que se formou e numa verdadeira roda viva acumula novo e

    desnecessário sofrimento. Tanto isto é uma verdade que a

    própria ciência da psicologia diz a todo instante, atestando que o

    esquecimento da mágoa por si só vale como uma excelente

    psicoterapia, pois que... O apego à ofensa propicia ao ofendido a

    oportunidade de carregar sozinho a chaga em que ela se

    constitui. A diferença está naquele que realmente perdoa e

    consegue liberta-se daquela parte pesada da lembrança a ponto

    de não mais sofrer ao relembrá-la.

    Daí, como diz Divaldo Pereira Franco: "Perdoar é bom para

    quem perdoa.", ou seja, quem perdoa livra-se do fardo triste que

    carregava e quem foi perdoado nem sempre alcança a mesma

    graça de vez que assumiu um ônus pelo qual responderá, ainda

    que perdoado. Alguém diria: "mas então prevalece a Lei de

    Talião?"

    E

    responderíamos:

    Absolutamente

    que

    não!

    Prevaleceria e prevalecerá sempre a misericórdia divina, a Lei de

    7

    ANTONIO AUGGUSTO JOÃO

    SETENTA VEZES SETE

    Causa e Efeito, segundo, a qual Deus nos propicia o ensejo de

    resgatar nossos erros, ou dívidas, como querem alguns, valendo

    lembrar que esse pagamento não acontece necessariamente

    pela dor, especialmente quando o ofensor se arrepende do ato

    que praticou, podendo assim anular seu débito pela força do

    amor e doação que dispensar a outrem.

    Vemos isto no Evangelho de João, quando ele afirma que: "O

    amor cobre uma multidão de pecados". Quanto a Lei de Talião,

    embora absurda e abominável a nossos olhos, era uma

    necessidade daquela época em que o homem era bárbaro,

    época em que o homem tinha muito pouca consciência do que

    era Amor e Respeito, e que só era contido pelo medo dos

    castigos, tão ou mais horríveis que o ato praticado. Foi essa uma

    das grandes razões da vinda de Jesus ao nosso Planeta. Uma

    das partes mais lindas de sua missão foi justamente mudar a

    concepção de um Deus tão bárbaro quanto o homem, ensinando

    sobre um Deus justo... Mas infinitamente bom. Severo... Mas

    infinitamente misericordioso.

    Um Deus que a tudo perdoa, mas que deixa ao sabor do livre

    arbítrio de cada um a responsabilidade de suas atitudes e o

    aprendizado que elas possam trazer. Ainda enfocando as

    benesses de que é alvo aquele que perdoa, lembramo-nos que

    Emmanuel, Espírito de grande sabedoria, numa psicografia do

    nosso bom e inolvidável Chico Xavier, nos esclarece em "O

    Consolador, questão 337: Concilia-te depressa com o teu

    adversário" – essa é a palavra do Evangelho, mas se o

    adversário não estiver de acordo com o bom desejo de

    fraternidade, como efetuar semelhante conciliação? - Cumpra

    8

    ANTONIO AUGGUSTO JOÃO

    SETENTA VEZES SETE

    cada qual o seu dever evangélico, buscando o adversário para a

    reconciliação precisa, olvidando a ofensa recebida.

    Perseverando a atitude rancorosa daquele, seja a questão

    esquecida pela fraternidade sincera, porque o propósito de

    represália, em si mesmo, já constitui uma chaga viva para

    quantos o conservam no coração. Vemos aí, embutida nas

    palavras de Emmanuel mais um alerta a considerar; aquele que

    busca sinceramente o perdão já está fazendo dignamente a sua

    parte, ainda que o ofendido se recuse.

    Quando aquele que concede o perdão não deve se ater

    ferrenhamente ao que vai ser feito do perdão que concedeu, pois

    já fez a sua parte, também aí, o que se seguir é problema do

    perdoado. Sabemos que mesmo com todo estes conhecimentos

    muitas vezes perdoar é um aprendizado difícil, que, não raro,

    requer um esforço muito grande.

    Mas por isto mesmo é divino, é o caminho da porta estreita

    que vale a pena enfrentar, pois se o próprio Cristo nos disse que

    devemos perdoar setenta vezes sete é porque em sua divina

    sabedoria sabia que não só o ofensor, mas também o ofendido

    possui fragilidade de caráter e igualmente ser perdoado setenta

    vezes sete. Para concluir lembramo-nos de que... Esquecendo

    ou não, se o perdão é algo muito importante para o perdoado, é

    ainda muito mais para aquele que tem a felicidade de conseguir

    perdoar, por que... Quem perdoa já cresceu no amor... Quem

    humilde e sinceramente pede perdão... Caminha para o mesmo

    crescimento.

    Doracy Mércia De A. Mota

    9

    ANTONIO AUGGUSTO JOÃO

    SETENTA VEZES SETE

    PERDÃO FOI FEITO PARA SE PEDIR

    Dizem que perdão foi feito para pedir. Revirando os

    guardados da minha mente fiquei pensando e me perguntando:

    O que é mais difícil? Pedir perdão ou perdoar? A dúvida insiste

    em machucar a minha mente nesta tarde quente de setembro.

    Muita gente diz: eu perdoo, mas não esqueço. Isto não é

    perdão! O que não for completo e definitivo não merece esse

    nome sagrado. Afinal, este assunto não aceita meio termo. Que

    dúvida! Que labirinto de ideias, indecisões, lutas e reflexões!

    Jesus, o Mestre por excelência, certa vez ensinou que devemos

    perdoar até setenta vezes sete. (Mateus 18, 15 a 22). Isto dá

    quase 500 vezes!

    É preciso ser muito especial, eu diria genial, para conseguir tal

    proeza. Mas é perdoando que se é perdoado. E de novo ficamos

    sem entender, pois muitos querem ser perdoados, mas não

    querem perdoar. O que fazer? Talvez seja melhor esquecer e

    pensar em outra coisa, digamos, mais amena. A pergunta insiste

    em martelar a minha mente: O que é mais difícil? Pedir perdão

    ou perdoar? Muitos, certamente dirão que perdoar é mais difícil.

    Será? Talvez seja mais difícil pedir perdão, pois quem pede

    perdão tem que se humilhar, se rebaixar e reconhecer o erro.

    Quem perdoa faz um gesto que muitos podem considerar digno,

    nobre e relevante.

    Por outro lado, quem pede perdão aparentemente se humilha

    ao extremo. Seja como for, ambas as posições são dignas e

    devem ser praticadas. Enquanto seres humanos, certamente

    muitas vezes fomos perdoados. Se não o fomos pelos homens,

    com certeza o fomos por Deus, o nosso Criador e Pai.

    10

    ANTONIO AUGGUSTO JOÃO

    SETENTA VEZES SETE

    Negar perdão a alguém, por maior que tenha sido a falta, é

    negar a nossa filiação, a nossa origem. Jesus certa vez orou:

    " Pai, perdoa as nossas dívidas assim como nós perdoamos aos

    nossos devedores..."

    Quer seja pedindo perdão ou perdoando, sempre devemos

    nos espelhar naquele que nos perdoou e nos perdoa a cada dia,

    toda vez que lhe pedimos perdão.

    O perdão é tão importante que só Deus pode nos conceder a

    capacidade de perdoar. E a vida nos ensina o quão é importante

    e necessário exercitarmos estas duas facetas e fazermos delas

    um aprendizado diário e constante.

    Perdoar não é esquecer: isso é amnésia. Perdoar é se

    lembrar sem se ferir e sem sofrer: isso é cura. Por isso é uma

    decisão, não um sentimento…

    11

    ANTONIO AUGGUSTO JOÃO

    SETENTA VEZES SETE

    O QUE SIGNIFICA PERDOAR?

    José tinha apenas dezessete anos quando seus irmãos,

    friamente, venderam-no para a escravidão. Separado de sua

    família e do seu país, ele atingiu a posição de supervisor da casa

    de Potifar, seu senhor egípcio. Mas o desastre atingiu-o

    novamente. Ele recusou os avanços sexuais da esposa de

    Potifar e ela acusou-o falsamente de assediá-la. Ele foi posto na

    prisão, onde, mais uma vez, o Senhor estava com ele e se tornou

    o supervisor dos outros prisioneiros. José permaneceu nessa

    prisão pelo menos durante dois anos (Gênesis 37; 39).

    Faraó, rei do Egito, teve um sonho e desejava sua

    interpretação. José foi capaz, pelo poder de Deus, de interpretar

    o sonho de Faraó e foi exaltado a uma posição de poder próxima

    à do próprio Faraó. Este fê-lo encarregado da armazenagem e da

    distribuição dos cereais em toda a terra do Egito. Foi depois disto

    que os irmãos de José vieram ao Egito para comprar cereais.

    Estava dentro do poder de José tomar vingança contra aqueles

    que tinham pecado contra ele tantos anos atrás. Contudo, a

    Bíblia nos conta que José experimentou seus irmãos e, tendo

    visto o arrependimento deles,

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