Adeus Planeta Terra

©Copyright . 2014/2015 . by Editora Literata

Organizador: Eddy Khaos

Revisores: Davi Paiva

Diagramação: Luciana Waack

Fotos e edição: Eddy Khaos

Capa: Eddy Khaos

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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação - CIP

Adeus Planeta Terra - Contos de Ficção Científica/

Antologia / Organizador Eddy Khaos - 1. Ed. -- Praia

Grande: Editora Literata, 2014/2015

ISBN :978-85-8270-090-7

cdd 869.93

Índices para catálogo sistemático:

1. Ficção Científica - Literatura Brasileira

869.93

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Todos direitos desta edição reservados à:

Editora Literata

Rua Jundiaí - Boqueirão - Praia Grande - São Paulo

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Editora Online Corujito

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Paulo

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Impresso no Brasil pela editora Literata em parceria

com a editora Online Corujito

www.editoraliterata.com.br/

http://editoraonllinecorujito.blogspot.com.br/

Indice

P r e f á c i o . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4

Adeus Planeta Terra ............................................. 8

Esperança de Gaia (Renato A. Azevedo) .....................10

A Verdade por trás de tudo (Eddy Khaos) ............24

O Terceiro (Roberta Grassi) ....................................50

O Último Sinal de Esperança (Eddy Khaos)..............56

Diex (Vitor H.G. Ribeiro)................................................60

Nada (Marcia Lins Zotarelli) .........................................66

O Fim da Inocência (Anny More) .............................70

Me Esquenta (Maurício Kanno) ............................76

Ponto de Partida: Depois do sol (Estevão dos Santos)...82

Visitante (Denny Guinevere) .....................................88

Sobrevivência das Espécies (Paulo Cilas).................94

Gênero Literário - Ficção Científica ...............102

Biografias ...............................................................118

3

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depois do Amanha

o livro que o caro leitor tem em mãos é uma seleção

de contos que te permitirão viajar a um futuro

bastante sombrio, apocalíptico, em que a espécie

humana está ameaçada! Corpos mortos que

caminham como vivos, com uma fome voraz, à procura da sua

carne para saciá-la!

Parece estranho que alguém deseje vivenciar esse tipo de

situação, não? Nós, seres humanos, normalmente gostamos de

conforto, segurança. Mas imaginar situações de causar medo e

aflição extrema, com destruição e morte generalizadas, pode nos

demonstrar que a vida real não é tão ruim assim.

O mote para alguns destes textos me lembra da história

de Eu Sou a Lenda, filme de 2007 estrelado por Will Smith

e dirigido por Francis Lawrence, baseado no livro homônimo

de 1954 escrito por Richard Matheson. No filme, assistimos a

um cidadão solitário, sobrevivente e imune a um vírus que se

espalhou pelo mundo e transformou praticamente todo mundo

em monstros assassinos e irracionais.

No livro que este texto introduz, estes monstros são chamados

mutanos. Mas bem que poderiam ser também chamados

zumbis, outro gênero bem popular ultimamente, de mortos-

vivos. Não muda muito seu conceito: humanos transformados

em monstros feios, irracionais e assassinos, andando por aí

prontos a matar os humanos que tenham sobrado. Talvez a única

diferença significativa seja que os tais mutanos ou os monstros de

Eu Sou a Lenda não comem humanos, como fazem os zumbis:

apenas matam.

Outra diferença importante aqui é que o vírus que infectou

o mundo humano no filme teria sido criado para curar o câncer,

enquanto neste livro a justificativa é mais viajante: buscou

servir como arma contra alienígenas!

A despeito desta temática mista e tradicional que se repete, o

que valem aqui são as diferentes interpretações e ênfases pessoais

que cada autor participante desta antologia dá para sua versão

de história em um mundo pós-apocalíptico. Vejamos!

5

1) No conto A Esperança de Gaia, de Renato A. Azevedo,

o autor privilegia uma discussão sobre organização política...

bem como sobre evoluídos e selecionados. Não deixa de lado

episódios de aventura e resgate.

2) O Terceiro, de Roberta Grassi, é uma interessante

exploração sobre uma viagem a outro planeta muito distante,

por gerações... de clones. A partir do ponto de vista de um deles!

Como você se sentiria se fosse apenas mais um clone, apesar de

ter a importante missão de seguir conduzindo uma nave em prol

da de uma esperança de sobrevivência da espécie humana?

3) Chegamos então a O Último Sinal da Esperança, do

organizador da seleção, Eddy Khaos. Trata-se do monólogo para

uma gravação de diário científico de bordo: bastante didático –

talvez um pouquinho demais até – e emotivo sobre o universo

que o autor propôs, com vírus, metamorfoses monstruosas,

culpa e esperança de cura.

4) Vitor H. B. Ribeiro, em Diex, investiu na construção de

um poderoso personagem herói piloto espacial, que conta com

extremas habilidades e várias cenas de ação e aventura, em

missão similar à retratada no conto O Terceiro. Paralelamente,

o tema da confiança aparece forte por aqui.

5) Marcia Lins Zotarelli, com Nada, preferiu investigar

o tema das emoções... reprimidas e saudosas, numa

microssociedade confinada, à deriva pelo espaço, e de exigências

espartanas, militares.

6) Lemos então o bonito texto O Fim da Inocência,

de Lindomar Sabino. Aqui temos um mergulho crítico nos

sentimentos de vingança, ódio e preconceito, a partir do mote

geral pós-apocalíptico com o ataque dos famigerados mutanos.

7) Meu próprio conto, Me Esquenta, busca induzir a uma

reflexão: Quando tanta coisa se acabar neste planeta, quando

tantos de nossa própria espécie se acabarem... será que nossa

sensibilidade não mudaria um pouco, e não veríamos com outros

olhos outros de quem éramos os opressores?

8) Passamos então a Ponto de Partida: Depois do Sol!,

de Estêvão dos Santos. Este nos faz explorar mais visual e

amplamente os efeitos da tal invasão apocalíptica, com os grandes

6

efeitos cinematográficos de combate, explosivos, virulentos,

monstruosos – e até com uma pitada de traços zumbis, pra quem

sentir falta!

9) Então, conhecemos Visitantes, de Denny Guinevere. Este

se destaca por eleger como ambientação o cenário brasileiro de

Varginha, em Minas Gerais! Tem até uma tiração de sarro crítica

com a visitação alien-turística ao lugar...

10) Por fim, Sobrevivência das Espécies, de Paulo Cilas,

viaja mais entre mundos e seres interplanetários, ousando com

indivíduos de pura energia e uma polícia intergaláctica.

Algo curioso aqui é que humanos nem aparecem.

Para encerrar, o organizador Eddy Khaos reproduziu uma

série de textos da Wikipédia para quem desejar ter uma noção

geral sobre o universo da ficção científica, gênero no qual é

situada esta coletânea.

Boa diversão! E, no final, pode respirar aliviado – ou não

– ao se lembrar que a espécie humana segue dominando

tranquilamente – por enquanto – o planeta Terra.

Maurício Kanno

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E m um futuro não muito distante, a humanidade

avançou a um ponto tecnológico e biotecnológico,

onde a linha entre o Homo Sapiens e os Androides

se estabeleceu completamente. Isso foi possível após

todos os governos da Terra se unirem em um só, quando o planeta

foi invadido por uma estranha raça de seres espaciais, uma

guerra se estabeleceu por décadas até que por fim, os cientistas

da aliança humana desenvolveram um vírus de codinome Santa

Maria que pôs fim aos conflitos, exterminando os invasores.

A raça humana levou quase um século para se recuperar por

completo da invasão, que praticamente destruiria quase todo

o planeta. Mas, essa dita recuperação, não ocorreu da forma

que a Aliança Humana esperava. Pois, a arma milagrosa que

exterminou os invasores alienígenas, acabou por afetar os seres

humanos, transformando-os em mutantes violentos e mortais,

dando origem a uma nova raça chamada Mutanos.

Após isto, ocorreu de modo natural à evolução, para que

as espécies do planeta Terra pudessem sobreviver. Os avanços

tecnológicos permitiram que os seres humanos viajassem para

o espaço profundo para colonizar outros planetas e galáxias no

fundo do universo, pois o planeta Terra tornou-se praticamente

inabitável. Um dos muitos infelizes resultados desta evolução

tecnológica, além da mutação que deu origem à nova raça

que domina o planeta Terra, é que o comportamento humano