A Vingança De Valeof
By Thiago Braga
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A Vingança De Valeof - Thiago Braga
Agradecimentos:
Dedico este livro aos meus pais, pois os mesmos apoiaram-me muitíssimo na conclusão da obra. Já que esta é uma obra de caráter amador, por favor, perdoe os erros ortográficos que existirem, pois eu tentei eliminá-los. Desde já explico que isso é uma obra fictícia inspirada em fatos que ocorreram durante o império romano. Também quero ressaltar que me inspirei em muitas obras de diversos autores, tais como: John Flanagan, J.K. Rowling, Machado de Assis, Augusto Cury, John Green, William P. Young etc...
Vale ressaltar novamente que isto é uma obra de caráter fictício, portanto qualquer semelhança entre personagens, lugares ou animais é pura coincidência.
A VINGANÇA DE VALEOF
Introdução
Olá querido leitor, meu nome é Valeof. Sou um guerreiro Bárbaro aposentado. Não luto mais, porque já estou muito velho para o ofício. Contento-me apenas em ficar sentado falando da vida dos outros enquanto acaricio meu cachorro, o qual comprei dois anos atrás. Ele é muito chato, pois vive comendo minhas sandálias e cagando na casa inteira, dando um trabalho enorme para limpar suas fezes. Como não tenho muito o que fazer e tenho muita história pra contar, decidi escrever este livro, a fim de relatar-vos minha história. E também fazer com que o tempo passe mais rápido.
Vou começar do inicio, desde o dia em que ocorreu algo horrível comigo até o final de minha história como guerreiro. Espero que gostem, no entanto, não espere uma história como em um conto de fadas onde tudo termina bem. Essa é uma história da vida real, ou seja, raramente tem final feliz. Vamos começar então de um dos meus primeiros dias de caçada.
Capítulo 1
E
ra amanhecer do dia, e como de costume eu e meu pai estávamos em busca de comida. Todo dia tínhamos que caçar algo, pois a vegetação do local onde morávamos era horrível. Plantávamos, regávamos o solo, mas nada nascia. Alguns acreditavam que era culpa de nossos atos violentos. Sabe como é né? Carma. Um bárbaro não é uma pessoa muito educada nem civilizada.
Eu olhei para o meu pai, seus olhos atentos como sempre procuravam um javali que estávamos perseguindo fazia algumas horas. Como ele sempre foi um grande caçador, estava acostumado a ficar um bom tempo em pé, correndo, procurando animais, mas eu era apenas uma criança de oito anos, estava iniciando meu treinamento. Não estava acostumado com essas coisas. Então olhei para o meu grande pai ao meu lado, tive que levantar muito minha cabeça porque ele tinha uns dois metros de altura. Quando fiz isso os raios solares quase queimaram meus olhos.
— Não aguento mais pai, minhas pernas estão doendo e até agora não achamos aquele javali. Ele já deve ter ido para outro lugar.
— O que foi menino? Não aguenta ficar apenas umas quatro horinhas atrás de um pequeno animal daquele? – ele disse debochando de mim – Se você quer ser um bom bárbaro têm de fortalecer essas pernas. Preze pela sua tribo germânica, lembre-se que fazemos parte dos Hérulos.
E era verdade, nossa tribo era muito boa em combate, pois vivíamos atacando os malditos romanos, miseráveis que matavam pessoas inocentes, estupravam crianças e se aproveitavam das viúvas. Só de pensar naquele maldito Herodes, me dava vontade de vomitar.
Havia se passado mais uma hora quando finalmente avistamos o maldito javali, comendo esterco de outros animais. Meu pai muito experiente chegou devagar, sorrateiramente enquanto eu apenas observava com o intuito de aprender ou segurar o javali se ele decidisse escapar. Foi num piscar de olhos, em um momento vi o meu velho pegando uma arma, em outro, ele estava colado com a presa degolando-a com um pequeno machado. Eu fiquei impressionado imaginando se um dia seria como um dos guerreiros dos Hérulos. A velocidade deles era sobre-humana. Logo após a morte do animal, meu pai começou o amarrar com uma corda fortíssima.
Foi nesse exato momento, enquanto meu pai amarrava o animal e eu estava com meus pensamentos, ouviu-se uma voz nada animadora.
— Qual é Thak? Você não está de novo invadindo nosso território, está? Acho que dessa vez você não vai sair impune.
A voz tinha vindo de um dos capitães do exército romano. Como eu já disse, nós somos inimigos mortais. Meu pai sabia muito bem disso, por isso olhou pra mim e falou cuidadosamente.
— Vem para cá filho. Fique atrás de mim.
— Não senhor, fique ai garoto. Você será o segundo a morrer. Apenas espere eu acabar com a raça do seu pai. – O soldado romano respondeu asperamente.
— Que isso soldado! Nós não queremos confusão. Apenas deixe-nos ir embora, não arrumaremos problema algum.
— Claro que não vou deixar. O General Flávio Oestes, já me disse para não socializar com pessoas do seu tipo: incultos, fedorentos e ignorantes.
— Olha lá como fala do meu povo, seu capitãozinho de merda. — Disse meu pai puxando a espada e correndo para cima do capitão Ulisses.
Foi uma batalha fenomenal. Meu pai como era forte e veloz, trucidou aquele maldito capitão. O romano aplicou cortes laterais, golpes por cima do ombro, mas em todos meu pai escapou. Depois de ficar na defensiva por um longo período, meu velho decidiu acabar com aquilo de uma vez por todas. Ele segurou a mão do capitão cortou-a com uma força brutal e deu chute em seu estômago, atirando-o para longe.
— Ahhhhhhh! Thak, seu miserável – Gritava o capitão caído.
— Agora chegou a sua hora, a hora de sua morte. Mas antes, deixe-me explicar uma coisa. Não há diferença alguma entre você e eu. Não é a roupa, nem o porte físico que define uma pessoa, mas sim aquilo que ela fala e faz. Nós dois somos ignorantes, a diferença é que eu admito que o sou.
Nesse momento meu pai cravou a espada em seu crânio jogando sangue para todos os lados, acabando de uma vez por todas com mais um dos líderes romanos. Contudo, depois de um tempo, observei Thak olhando para uma torre alta que estava próxima de nós. Pelos seus olhos, ele não havia gostado do que tinha visto. Meu pai simplesmente olhou pra mim e gritou.
— Corra Valeof!
Nesse momento uma chuva de flechas veio do batalhão escondido do capitão morto. Eles estavam observando a batalha, esperando seu capitão morrer para só ai matar o bárbaro. Bando de malditos, nem seus soldados gostavam deles. Não tive tempo de pensar, ou de me despedir. Apenas corri o máximo que pude enquanto ouvia meu pai agonizando de dor, com flechas atravessando seu corpo.
Ainda pensei em olhar para trás, mas sabia que se o fizesse, iria morrer. Alguns romanos tentaram me pegar, mas eu consegui me camuflar com a vegetação e as sombras. Depois de um tempo pararam de me perseguir, principalmente depois de um tempo, quando os soldados afirmavam que estavam tomando pedradas, mas não sabiam de onde elas estavam vindo. É claro que era eu. Embora não fosse altamente treinado, eu sabia me camuflar bem e tinha uma ótima pontaria. Acertar pedras era muito fácil.
Horas depois, quando cheguei em casa, eram umas quatro horas da tarde, encontrei minha família e chorei no colo de minha amada mãe contando o que havia acontecido. Eles já estavam preocupados com nossa demora, porque tínhamos saídos por volta das cinco horas da manhã.
— Mãe foi horrível! Eles mataram meu pai! Fui um fraco, não o ajudei!
— Calma Valeof! Não foi culpa sua, você não pôde fazer nada! — Dizia minha mãe chorando amargamente tentando me consolar — Onde isso ocorreu? Quem o matou?
— Foi próximo do mar negro! Onde os javalis costumam ficar. Foram os romanos, ainda devem estar lá.
— Vamos para lá! Erak reúna uma pequena força e vamos atrás do meu marido — Dizia ela com alguma esperança