Nos Braços Da Morte
By Gilmar Rede
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Nos Braços Da Morte - Gilmar Rede
NOS BRAÇOS DA MORTE
Gilmar rede
Nota introdutória
O trabalho que apresentamos ao leitor é uma obra de absoluta ficção. Quaisquer semelhanças com fatos, nomes, pessoas ou situações da vida real ou do cotidiano são genuínas e meras coincidências.
Copyright 2017 Gilmar Rede
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida, arquivada ou transmitida, em qualquer forma ou por qualquer meio, (incluindo fotocópia, xérox, download, gravações, etc.), sem a permissão por escrito do autor.
CAPITULOS:
Papo de bar_04
O acidente_17
....E, morrerei amanhã_________22
O corredor_31
O colecionador_47
Perseguindo a morte_56
Imagem distorcida_79
Estranhas sensações_84
Uma conversa estranha_________________ 87
As vezes eles voltam_91
O inimigo do Meu Inimigo.....
____________111
Uma tour macabra124
Onde muitos morreram da mesma forma136
CAPÍTULO UM: Papo de bar
Mais uma cerveja, pedi ao barman que sempre me atendia no mesmo bar próximo ao centro da cidade. Costumo sempre ir a esse lugar depois que me divorciei, não tenho coisa melhor para fazer, fica perto do meu ultimo emprego, os rostos são conhecidos e mato o tempo para não chegar cedo e ficar sozinho em casa. Mesmo tendo trabalhado por quinze anos na mesma empresa foi o acidente
que me deixou em uma situação econômica muito boa, por um bom tempo pelo menos, podendo me dar ao luxo de ficar em um bar bebendo e deixar o tempo passar devagar. Ao fundo ouço a TV, - Outro corpo encontrado, o colecionador ataca novamente, uma jovem de vinte e seis anos foi sua nova vitima..., boas noticias nada, penso, só a mesmas de sempre, economia ruim e vitimas de assaltos, brigas e este assassino que já estava famoso, já que a policia não o consegue prender. O lugar era grande, frequentado por muitas pessoas, havia sempre muitas garotas, eu até tinha saído com umas duas, mas ainda não estava preparado para nada sério, e nem sei se estaria novamente.
Casamento e divorcio são coisas que deixam ás pessoas pensar se valeria à pena repetir tudo novamente. Sabemos como o primeiro começa, mas como ira terminar no segundo não, uma verdadeira caixinha de surpresas. Apesar do fim em alguns casos ser uma libertação, como foi no meu, as pessoas não conseguem lidar com isso muito bem, é o caso da minha ex-esposa que fica me importunando.
Em meio á meus pensamentos vejo chegar uma garota muito bonita, parecendo estar meio perdida, sentou perto de onde eu estava e pediu uma vodca, mas acabou trocando por uma tequila, eu achei interessante a troca, mas enfim era ela que iria beber e não eu. Minissaia vermelha, cabelo com luzes e uma Blusa bem decotada, produzida demais para o ambiente, geralmente as garotas que ali frequentavam também eram bem vestidas, mas nenhuma parecendo que vinha de uma festa da alta sociedade, essa era diferente.
Pegou seu copo e em dois goles matou a bebida. Pediu mais um, eu comecei a imaginar o resultado, essa garota iria dar perda total. Acabei minha bebida, pedi outra e fiquei só observando.
Olhares, os homens que estavam ao redor pareciam holofotes mirando a garota, até os acompanhados davam um jeito de olhar, a garota literalmente parou o bar, nisso meu celular toca, eu atendo, era Ruth minha ex-esposa, - Marco onde você esta, não para mais em casa, dizia, agora que virou solteiro só cai na gandaia, bla bla bla bla, eu respiro fundo e respondo, -Ruth eu só estou tomando uma bebida, quieto no meu canto. Na verdade, ela ficou muito interessada na minha nova situação financeira depois que ganhei um bom dinheiro do Banco que trabalhei. Ela cansou de pedir o divorcio, a primeira vez foi por que estava desgostosa com a vida e eu pagando o pato. Da segunda vez foi por que reclamava de falta de atenção, mas eu sempre cuidei muito bem dela, na terceira era por que eu a sufocava, e na quarta eu aceitei, Não quis saber de mais nada chega, peguei minhas coisas e fui embora, pedido feito, pedido aceito. Ela não acreditou ou aceitou que eu fosse capaz disso, e agora arrependida ficava no meu pé querendo voltar a todo custo, se bem que seu verdadeiro interesse é o dinheiro que ganhei, mas com o sossego que tinha agora, de jeito nenhum. Ainda gosto muito dela, mas pensar em quando ela iria virar e me pedir o divórcio pela vigésima vez. Isso eu não quero mais. Quando Ruth descontrolada desligou o telefone me ofendendo como de costume, quando não consegue o que quer apela, percebi que a loira já tinha tomado três ou quatro doses pelos copos no balcão, hoje realmente não deveria ter sido um bom dia para ela. Chega um cara já pensando em se aproveitar da situação da loira, deveria ter reparado nela e só aguardava o momento certo para o ataque.
Preciso ir ao banheiro, as cervejas fazendo efeito, ele fica nos fundos, sigo e logo vejo as placas, à direita o banheiro feminino e a esquerda o masculino. Assim que entro uma porta bate, o banheiro e pequeno com três portas do lado direito e duas pias do lado esquerdo, das portas só a do meio estava fechada, eu entro na primeira. Terminado vou me lavar, e pelo espelho observo a porta fechada, uma sensação estranha como se alguém estivesse te observando, me lavo e quando puxo uma toalha de papel ouço um gemido seguido de um lamento, ou algo assim. Vou até a porta e a empurro, esta fechada. - Esta tudo bem, precisa de algo? Pergunto, mas não tenho nenhuma resposta. Ouço um gemido bem baixo, quase um chorar, vejo pelo vão que fica entre a porta e o chão, mas o banheiro esta vazio, sinto um frio percorrer minha espinha, me afasto, nisso entra um homem, ele se dirige para as portas me olha e depois entra na porta do meio, esta abre prontamente assim que ele a empurra. Devo esta ficando louco penso, balançando a cabeça em sinal negativo. Saio e volto para o meu lugar.
Sentado perto só ouvindo o papinho furado rolando não sei o que é pior as cantadas desse cara ou o episodio do banheiro. - Loira você é muito linda, eu não parei de te olhar desde que chegou aqui no bar, blablabla, a loira virou-se para o cara e disse bem assim com o indicador em seu rosto, - Amigo hoje não é o dia de eu ter nenhum tipo de companhia, hoje é um dia de afogar as mágoas. Mas o cara que era insistente, daqueles homens que não aceitam não como resposta ou já tinha bebido o suficiente e nem conseguia mais perceber isso, - Linda deixe eu te consolar, Foi quando ela deu a derradeira resposta. Eu não sou para o se bico você nunca teria alguma chance comigo, então me deixe beber em paz, nisso o chato insistente pega no braço da garota e puxa, até aquele momento parecia um filme passando, eu como expectador já o assistira e sabia exatamente o seu fim, essa era a hora de deixar de ser expectador para me tornar coadjuvante, ele era alto por volta de 1,80 magro, profundos olhos escuros e parecia ser mais velho do que aparentava, por volta de uns 50 anos e recebendo um tapa, blaft no rosto por ser insistente, atordoado começa a xingar, - Sua vagabunda, pensa que é a melhor bolacha do pacote, foi quando intervi, Hei, deixa a moça em paz, levantei segurei em seu braço e o empurrei, pego despercebido e surpreso com todos olhando ao redor o encrenqueiro acabou aos resmungos e voltou para o fundo do bar, ele deveria estar meio bêbado com o que já tinha tomado, mas não ao ponto de acaba numa briga sem sentido por uma garota que não queria saber dele, nesse ponto sua razão prevaleceu.
Obrigada, respondeu a moça, meu nome é Margareth. Balancei a cabeça em sinal positivo, Marco muito prazer, estendendo a mão e cumprimentando. Ela, uma mulher linda com seus 1,70 de altura, um sorriso contagiante, pele morena e olhos verdes.
Começamos a conversar, na verdade quem mais falou algo fui eu, mesmo que no normal conversar não seja um hábito, naquela noite eu acabei destravando a língua, falei sobre muitas coisas inclusive que sou separado e estou desempregado no momento, tenho certeza que ela não prestou atenção em a metade do que tenha falado, acho que isso foi resultado da adrenalina que sofri pondo o encrenqueiro em seu lugar mas enfim pedi para o Barman outra dose, ela continuou enxugando tequila atrás de tequila, bebendo daquele jeito quando eu fosse embora ela seria plenamente atacada pelos olhos grandes do bar que há rodeavam feito urubu na carniça. Olhei para o relógio, era bem tarde, eu vou embora, você esta um pouco alta, não sei se esta de carro, mas o melhor seria eu chamar um táxi. Ela parou, pensando respondeu, já quer partir, tudo bem você me leva para casa.
Vinte minutos depois estávamos na porta de seu apartamento, Vamos subir Marco, ela diz, quero te mostrar o meu lar. Eu meio sem jeito fui atrás, ela parecia aquele tipo de mulher que não costuma falar a mesma coisa duas vezes. Seu apto era grande, bem mobilhado e localizado na zona oeste da cidade. Era infinitamente maior do que o pequeno apartamento em que eu morava.
Ela nos serviu vinho, a conversa fluindo, muita coisa em comum, ela diz para ficar a vontade e vai trocar de roupa, colocar algo mais confortável
.
Na quietude do sexto andar em seu apartamento, ouço um som vindo da cozinha, a luz do quarto esta acesa, mulheres sempre demoram, eu resolvo olhar o que é este estranho barulho, como se algo estivesse pingando, eu chego na porta da cozinha e vejo que há varias poças de água, como se fossem pegadas, nada que indique a sua causa.
Ouço a porta abrir, ela esta só de langerie, - Perdeu algo na cozinha, pergunta? Vem se insinuando, chegando ao meu lado me beija, eu que ficara meio paralisado com aquela presença feminina maravilhosa rapidamente me recupero, e quando dou por mim já estou nu.
Acordei, Margareth dormia o sono dos justos ao meu lado, ou ainda o efeito da bebedeira na noite anterior. Levantei, fui ao banheiro, depois olhei seu apartamento com mais calma, na cozinha nada de água no chão ou pegadas, na noite anterior isso seria a ultima coisa que faria, mas naquele momento parecia o mais coerente. Seu apartamento era grande, mostrava um padrão de vida alto, suas roupas, confirmavam isso, mas não havia muita mobília, o suficiente para uma mulher viver sozinha, isso mesmo sozinha, não tinha nada que indicasse a presença de algum homem, só uma foto dela com um rapaz mas a foto deveria ter uns vinte anos que