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Os Signos Egípcios
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Os Signos Egípcios
Ebook153 pages2 hours

Os Signos Egípcios

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About this ebook

Este livro trata sobre a astrologia egípcia, falando tanto dos arquétipos e do conhecimento astrológico conhecido pelos egípcios, como o conhecimento astrológico moderno que se inspira no Egito.Conheça seus signos egípcios do passado e aqueles do presente.
LanguagePortuguês
Release dateMar 13, 2018
Os Signos Egípcios

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    Os Signos Egípcios - Lenin Campos

    1

    2

    Os Signos Egípcios

    3

    4

    Lenin Campos

    Os Signos Egípcios

    

    Lenin Campos Soares

    2018

    5

    Capa: Werban Freitas

    CAMPOS, Lenin. Os Signos

    Egípcios. Natal: LCS, 2018.

    ISBN:

    1.

    Astrologia. 2. História

    egícpia. 3. Signos. 4.

    Astronomia.

    CDD: 133.5

    6

    Sumário

    O Livro de Nut: a astrologia egípcia

    A Matemática dos Signos

    Os Signos Egípcios

    Amun

    Anubis

    Apophis

    Aten

    Bennu

    Esfinge

    Hathor

    Hórus

    Ísis

    Neith

    Neftis

    Nut

    Osíris

    Ptah

    Ra-Shalom

    Sekhmet

    Selquet

    Ubasti

    7

    8

    "Que os deuses sejam bons comigo,

    e de minha parte deixe-me observar um

    silênico religioso em relação a eles. Mas se

    minhas fábulas disserem alguma coisa

    superada, a culpa deve ser colocada a seu cargo".

    Aelian, Os Animais

    9

    10

    O Livro de Nut

    A astrologia que conhecemos hoje tem

    origem na Grécia antiga, sobretudo nas escolas

    pitagóricas, contudo os gregos beberam de

    fontes babilônicas, indianas e egípcias para

    montar sua própria prática. Alguns elementos

    tem facilmente sua origem reconhecida. É fácil

    saber que a definição dos planetas é de origem

    babilônica, que os conceitos de carma e

    reencarnação tem origem na tradição hinduísta,

    já outros elementos da nossa tradição astrológica

    foram absorvidos diretamente do legado egípcio.

    Elementos como os decanatos são

    imediatamente lembrados quando associamos a

    nossa moderna prática com aquela realizada no

    Egito, porém, como afirmam alguns historiadores,

    a própria ideia da divisão do céu em signos

    pertence aos egípcios. Afirmam John West e Jan

    Toonder, "os egípcios não só deram nome às

    constelações, mas também lhes atribuíram o

    11

    significado simbólico que hoje conhecemos" 1. Ou

    seja, apesar de cronologicamente a tradição

    astrológica mesopotâmica ser anterior a egípcia,

    foi dentro dos templos e mistérios do Nilo que a

    leitura das estrelas se configurou no modelo que

    mais tarde seria divulgado pelas escolas gregas.

    No entanto, na historiografia produzida

    sobre a astrologia egípcia, o foco está sempre no

    seu calendário, pois argumenta-se que nos

    tempos faraônicos não se acreditava na

    influência dos planetas e das constelações,

    usando as palavras de Kocku von Stuckrad, em

    História da Astrologia. Para os historiadores, "os

    conhecimentos astronômicos aparecem

    exclusivamente em conexão com calendários"2,

    ou relógios estelares, e que estes poderiam até

    ter alguma conexão mística, mas isso (e aviso que

    estou sendo irônico aqui) de forma alguma

    poderia ser uma concepção astrológica. Os

    historiadores do Egito preferem inventar um

    calendário místico, sem precisar o que isso iria

    1 WEST, John Anthony, TOONDER, Jan Gerhard. A astrologia : história e

    julgamento. Tradução: Márcio Tavares de Amaral. São Cristovão/RJ:

    Artenova, 1974. p. 38.

    2

    VON STUCKRAD, Kocku. História da Astrologia. p. 76.

    12

    diferir da prática astrológica, do que admitir que

    o Egito possuía sua própria astrologia.

    Contudo, esta farsa é fácil de desmontar.

    "No Egito, as estrelas fixas eram chamadas de

    khemiu-seku, as que não se movem, e as

    constelações zodiacais de khemiu-hemu, os

    planetas eram as estrelas que nunca descansam,

    khemiu-urtu"3 e eram conhecidos pelos seguintes

    nomes: O Sol era Re, mas ao se por chamava-se

    Aten, e ao nascer, Or; a Lua chamava-se Aah;

    Mercúrio tinha o nome de Seb ou Sbak; Vênus

    chamava-se Ba’ah ao entardecer e Sba-Tcha

    como a estrela matutina; Marte foi batizado

    como Heru-deshet; Júpiter era conhecido como

    Her-Wepes-Tawy ou Heru-Up-Shet e Saturno,

    Her-Ka-Pet..

    Os arquétipos necessários para formar os

    signos, no entanto, eram divididos, não a partir

    do equinócio de primavera (no hemisfério norte),

    como a astrologia a partir dos gregos

    convencionou (astrologia tropical), eles eram

    definidos a partir da ascensão de algumas

    estrelas fixas (astrologia sideral), em especial

    3

    CAMPOS, Lenin. Os 33 Signos. LCS: Natal, 2017. p 21.

    13

    Sírius, conhecida pelos egípcios como Sopdet (ou

    Sótis, em transliteração grega), sua mais

    importante estrela4, que se daria no primeiro grau

    de Câncer5, mas também estrelas como as

    Plêiades e Órion. Constrói-se então o chamado

    calendário sotíaco e a roda dos arquétipos

    egípcios, chamados de bakiu, que podemos ver a

    seguir:

    4

    HOULDING, Deborah. Time, the Egyptians and the calendar.

    Disponível em http://www.skyscript.co.uk/heritage/egyptians.html,

    consultado em 26/12/2017.

    5

    Hoje Sírius se eleva no segundo decanato de Câncer (12º).

    14

    Este calendário e relógio estelar (já que elas

    definiam tanto os meses quanto as horas do dia e

    da noite), diminuído pelos especialistas que

    tentam desfazer do seu significado simbólico e

    mágico, é, na verdade, o conjunto de 36

    arquétipos conhecidos pelos sacerdotes egípcios.,

    que representavam o oráculo de um mestre/um

    deus6. Estes "eram considerados forças divinas

    cuja influência podia ser estimulante ou

    prejudicial para os seres humanos"7. Esta é a

    própria origem das futuras doze constelações do

    Zodíaco (já que elas são batizadas em referência

    aos arquétipos que ocupam aquele local no céu).

    É preciso ainda informar que o termo

    decanato advém do período grego posterior, da

    absorção deste conhecimento pela tradição

    grega, os egípcios os chamavam de

    dominadores do mundo, bakiu. Estes

    "costumavam ser vistos na teologia do Médio

    Império como seres perigosos contra os quais era

    preciso se defender com amuletos ou objetos

    6

    SUZZARINI, François. A astrologia egípcia. Lisboa: Dom Quixote,

    1984.

    7

    VON STUCKRAD, Kocku. História da Astrologia. p. 77.

    15

    semelhantes"8, somente a partir de

    aproximadamente 850 a.C, isto é, já sob

    influência grega, que estes passaram a ser

    avaliados positivamente

    A construção da roda de arquétipos egípcia

    se dá através da divisão do céu em 360 graus a

    partir do grau em que nasce, anualmente, a

    estrela Sírius. Este círculo de 360 graus é dividido

    em 36 arquétipos que ocupam 10 graus

    seguindo, em paralelo, o caminho do Sol9. Cada

    bakiu se eleva, portanto, numa data e uma hora

    exata do ano (a cada 40 minutos), baseando-se

    nas estrelas que se elevavam no horizonte, que

    eram consideradas as regentes daquele ciclo. Este

    complexo sistema foi considerado por alguns

    historiadores como deificação do tempo e

    adoração dos astros, mas a maioria entende que

    isto é apenas uma contagem do tempo. Escapa

    aos estudiosos da história da astrologia a

    percepção de sua linguagem simbólica, lê-se

    tudo de forma direta.

    8

    Idem. p. 78.

    9

    VON SPAETH, Ove. Dating de oldest Egyptian star map. IN:

    Centaurus 2000. Copenhagen: Munksgaard, 2000. Vol. 42, p. 159-179.

    16

    A escolha por esta divisão em 36 e não por

    12 (como fazem os gregos posteriormente)

    advém de uma tradição numerológica distinta da

    valorizada pelos gregos. O 12 tem como intenção

    chegar ao número 3 (1+2), que representa a

    manifestação da trindade, o triângulo, imagem

    sagrada para os pitagóricos (aqueles que

    organizaram a astrologia grega como a

    conhecemos hoje). "O 12 representa o processo

    educacional em todos os níveis, a submissão da

    vontade requerida e os sacrifícios essenciais à

    obtenção de conhecimento e sabedoria, tanto

    em nível espiritual como intelectual"10.

    Enquanto isso a pretensão egípcia é

    alcançar o número da eternidade, o 9 (3+6). Este

    número é a chave de todos os outros, que se

    eleva acima da percepção tridimensional de

    tempo e espaço e vibra originalidade e iniciativa.

    Já o número 36 é o da recompensa cármica,

    merecida em uma ou mais encarnações

    anteriores, concedendo harmonia para aqueles

    10 GOODMAN, Linda. Signos estelares: os códigos secretos do universo.

    Tradução: Luíza Ibañez. Revisão Técnica: Max Klim. 6.ed. Rio de

    Janeiro: Nova Era, 2010. p. 265.

    17

    que a plantaram nas suas oportunidades

    anteriores.

    Note aqui uma diferença prática de

    abordagem entre o sistema egípcio e o grego. O

    grego está focado nas lições a aprender durante

    esta encarnação, a vida é um eterno aprendizado

    através do qual podemos os indivíduos podem se

    tornar mais sábios. Os egípcios, no entanto, estão

    focados na oportunidade de usufruir dos

    tesouros que foram guardados nas inúmeras

    oportunidades vividas anteriormente ou

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