Esboço De Teologia Sistemática
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Esboço De Teologia Sistemática - Claudete Correa
ESBOÇO DE TEOLOGIA SISTEMATICA
Compendio Biblico, Teologico e Doutrinario
Reverendo Usiel Dutra
Revmo. Bispo Osorio Marcos
Professora Claudete Correa
Ediçoes ACLATEV/ITSGT
Copyrightt 2015 – Todos os direitos reservados a
Claudete Campos Correa
Versao PDF
Novembro 2018
Editoraçao Eletronica:
Jair Miguel Arcanjo
Revisao Ortografica:
Reverendo Dutra
A violaçao dos direitos autorais e punivel como crime (Codigo Penal Brasileiro, Art. 184; Lei 6.895 de 17-12-1980), com busca e apreensao e indenizaçoes diversas (Lei 5.988 de 14-12-1973).
Lei dos Direitos Autorais, artigos 122, 123, 124 e 126.
DEDICATÓRIA E AGRADECIMENTOS
À Faculdade de Ciências Teológicas Latino-Americana, ao Instituto Filosófico e Teológico Latino-Americano, sob liderança do Reverendo Usiel Dutra e Professora Claudete Correa, ao Instituto Teológico Simão Gonçalves Toco, de Angola, África, sob a Reitoria do Reverendíssimo Bispo Primaz Dr. Dom Osório Marcos e ao Seminário Unido de Teologia em Mesquita, sob Reitoria do Reverendo Dr. Isaías de Souza Maciel.
Ao longo desses quinze anos em que este Compêndio Bíblico-Teológico foi produzido e lançado no exterior, e, agora, no Brasil, nada mais justo do que agradecermos a todos os alunos e mestres que acompanharam nossa trajetória, a todos os Egressos de nossa Instituição, aos que tem se dedicado ao ensino e aprendizado bíblico-teológico, aos pesquisadores, e aos que, de bom grado, vierem a receber essa obra, especialmente os educadores religiosos.
SEMINÁRIO UNIDO DE TEOLOGIA
Mais de um Século de Ensino Bíblico-Teológico
Um Egresso já denominou: ‘Laboratório de Conhecimento’
Apresentação
A elaboração deste ‘Esboço de Teologia Sistemática’ - Compêndio Bíblico, Teológico e Doutrinário, lançado no exterior, em Angola, África, há quinze anos atrás, é trazido à lume agora, no Brasil, pelos Autores, com a devida permissão, objetivando fornecer aos obreiros eclesiásticos, seminaristas e interessados em geral, um material mais substancial, que facilite a compreensão e aprendizado das principais doutrinas bíblicas e dos temas estudados em Teologia Sistemática, numa visão teológica conservadora, com base nos princípios da Reforma Protestante do Século XVI, podendo ser útil sua utilização nos Centros de Ensino bíblico-teológicos.
Inicialmente o trabalho consistiu na elaboração de um Manual Bíblico, Teológico Litúrgico e Doutrinário, para facilitar o trabalho de Bispos, Reverendos, Pastores e Líderes nos seus diversos níveis e ministérios, através de uma Comissão de Teólogos presidida pelo Bispo Dr. Dom Osório Marcos. A Douta comissão contou com a participação e revisão, da Professora Dra. Claudete Correa, na inserção dos termos hebraicos, gregos e latinos e na supervisão do Reverendo Dr. Dutra, incluindo a pesquisa e digitação. Optou-se por transliterar os caracteres gregos e hebraicos, para facilitar a leitura e a compreensão, principalmente por parte dos estudantes e leigos.
A obra, em África, contava tanto com o Compêndio Bíblico-Teológico-Doutrinário como com um Manual Litúrgico, porém, no final do trabalho da Comissão, optou-se por separar o Ritual, restrito aos sacerdotes, da parte teológica propriamente dita, o que levou a Comissão de Teólogos a optar por fazer, um livro à parte, resultando no presente ‘Esboço de Teologia Sistemática’ – ‘Compêndio Bíblico, Teológico e Doutrinário’, o qual, face seu conteúdo, ao mesmo tempo sucinto e abrangente, resultou num livro que pode ser empregado para o estudo por parte de todos os interessados na Rainha das Ciências, a Teologia.
Nosso almejo é que os ministros, no exercício das suas atribuições, bem como os seminaristas e obreiros eclesiásticos, disponham de um compêndio teológico orientador, para o seu próprio ministério e para a liderança eclesial em seus vários níveis, inclusive no que respeita a nortear suas ações eclesiásticas docentes, para as quais, por certo encontrarão, nesta obra, uma ajuda substancial, pois, na sua elaboração, procuramos abordar as doutrinas básicas do Cristianismo.
Sentimos a necessidade de que as informações básicas sobre a doutrina cristã sejam repassadas para batizandos, novos crentes e mesmo para os crentes antigos, pois o Didaquê, o ensino sistemático das Escrituras e de tudo que delas se deriva, sempre foi contínuo na vida da Igreja. Também, neste trabalho, o líder poderá encontrar indicações bibliográficas utilizadas ou sugeridas, bem como obras que lhe proporcionem um aprendizado mais profundo. Queira o Todo-Poderoso Deus abençoar este trabalho, visto que o mesmo é feito com a intenção de facilitar a obra realizada pela Igreja e pelos Centros de Ensino Teológico, para glorificação do Santo e Incomparável Nome de nosso Senhor Jesus Cristo.
Esperamos que os que vierem a apreciar a presente obra façam bom uso deste compêndio, considerando que o mesmo foi preparado, visando abençoar a Igreja do Senhor, bem como a glorificação do nome de Jesus Cristo, Mestre, Salvador e Senhor de nossas vidas.
A Bem da Igreja, os Autores:
Reverendo Usiel Dutra, Professora Claudete Correa e Reverendíssimo Bispo Dom Osório Marcos.
INDICE
CAPÍTULO I
PRINCÍPIOS TEOLÓGICOS
TEOLOGIA REFORMADA
Söla Fidë (Lt)
Söla Grätia (Lt)
Söla Scrïptüra (Lt)
Sölus Christus (Lt)
Söli Deo Gloriae (Lt)
CAPÍTULO II
SÍMBOLOS DE FÉ (Symbolum Fidëi - Lt)
O Credo dos Apóstolos (Fidë Apostolus Lt) / Séculos III e IV d.C
O Credo de Nicéia (Fidë Nicaea – Lt / Ano 325 d.C)
O Credo de Constantinopla
(Fidë Constantinopölis - Lt) / Ano 381 d.C
O Credo Atanasiano
(Fidë Athanasïus - Lt) / Séculos IV e V d.C
CONFISSÕES REFORMADAS
A Confissão de Augsburg (ou Augsburgo)
A Confissão Escocesa
A Confissão de Fé de Westminster
CAPÍTULO III
TEOLOGIA DOGMÁTICA
(Theologia Dogmatistes - Gr)
PARTE I
BIBLIOLOGIA – ESTUDO DA BÍBLIA
Hagiasmós Graphë (Gr)
A Autoridade da Bíblia (Ecsusía Bíblia - Gr)
Composição da Bíblia (Süntheses Biblía - Gr)
Composição do Antigo Testamento
(Herkev Tsavaá Atik - Hb)
Composição do Novo Testamento
(Süntheses B’rit HadaShah)
Aplicação da Bíblia
PARTE II
A CRIAÇÃO (BerëShït - Hb)
CAPÍTULO IV
REVELAÇÃO (Dëlôsis - Gr)
PARTE I
TEONTOLOGIA (Theontologuia - Gr)
Estudo do ‘Ser’ de Deus
A SANTÍSSIMA TRINDADE (Haguia Triás - Gr)
PARTE II
OS ATRIBUTOS DE DEUS (Epísëmon Theon - Gr)
Atributos da Vida Interna de Deus
1. Infinitidade (Infinitio - Lt)
2. Eternidade (Aiônios Zôë - Gr)
3. Imutabilidade (Ametakinëton - Gr)
Atributos da Vida Externa de Deus
(Episëmon - Gr)
1. Onipotência (Pantokratoría - Gr)
2. Onisciência (Epistëmë - Gr)
3. Onipresença (Parousía - Gr)
4. Onividência (Öpsis - Gr)
Os que Aparecem no Mundo Moral
Soberania (Rëgnum - Lt)
Santidade (Sanctïtäs - Lt)
Retidão (Rectüs - Lt)
Justiça (Tzédek - Hb)
Veracidade (Fidës Vërïtäs - Lt)
Fidelidade (Fidëlïtäs - Lt)
Os que Aparecem na Esfera da Graça
1) Amor – Ahavá (Hb)
2) Bondade – Hesed (Hb)
3) Misericórdia – Rachamim (Hb)
CAPÍTULO V
ANTROPOLOGIA TEOLÓGICA (Antrôpos Theologos)
Estudo do Homem no Conceito Cristão
A Criação do Homem – Antrôpos Ktisis (Gr)
A Perda da Imago Dei
A Origem da Alma no Indivíduo
Princípio Vital, Psiké
O Falso ‘Livre Arbítrio’
CAPÍTULO VI
HAMARTIOLOGIA - O ESTUDO DO PECADO
Origem do Pecado no Mundo Angélico
Origem do Pecado no Planeta Terra
Depravação Total
CAPÍTULO VII
CRISTOLOGIA - O ESTUDO DE CRISTO
A Humanidade de Jesus
A Divindade de Jesus
TÍTULOS DE CRISTO
OFÍCIOS DE CRISTO
TIPOS DE CRISTO
1 - Tipos Comuns
2 - Tipos Humanos
3 - Tipos Rituais
A MORTE DE CRISTO
A RESSURREIÇÃO DE CRISTO
A ASCENSÃO DE CRISTO AOS CÉUS
A VOLTA DE CRISTO
CAPÍTULO VIII
SOTERIOLOGIA - O ESTUDO DA SALVAÇÃO
A Certeza da Salvação
AS OITO GRAÇAS
Graças Iniciais
1 – Regeneração (Novo Nascimento)
2 - União Com Cristo (Batismo no Espírito Santo)
Graças Objetivas
1 - Justificação
2 – Adoção de Filho
Graças Subjetivas
1 – Fé
2 - Arrependimento
3 - Santificação
Graça Final
1 - Glorificação
2 - Como será a Glorificação
CAPÍTULO IX
ECLESIOLOGIA - O ESTUDO DA IGREJA
I – O Fundamento da Igreja
II – A Essência da Igreja
III - A Comunidade dos Eleitos
IV – Uma Igreja Genuinamente Cristã
V - LIDERANÇA DA IGREJA
1 – O Ofício de Bispo / Epíscopo
2 – O Ofício de Pastor (Presbítero)
3 – O Ofício de Diácono
4 – O Apostolado
5 – Os demais Cargos ou Ofícios
6 – A Titulação de Reverendo
VI - NATUREZA DO GOVERNO DA IGREJA
1 – Autoridade Religiosa
2 – Autoridade Espiritual
3 – Autoridade Ministerial
VII - NATUREZA DO GOVERNO DOS MINISTROS RELIGIOSOS
1 – Autoridade Docente
2 – Autoridade sacerdotal
3 – Autoridade Real
4 – Autoridade Judicial.
5 – Autoridade Beneficente
VIII - MISSÃO DA IGREJA NO MUNDO
(Is 49,1-16)
1 – Uma Missão Restauradora.
2 – Uma Missão de Iluminação
3 – Uma Missão de Libertação
IX - MISSÃO DA IGREJA NA ETERNIDADE
1 – Igreja, a Família de Deus
2 - Instrumento de Libertação nas Esferas Celestiais
3 - Instrumento do Conhecimento de Deus
4 – O Co-Reinado e Sacerdócio Eterno.
5 – A Igreja desagravará o Coração de Deus.
6 – Para o Louvor e Glória da Graça de Deus.
7 – A Igreja e o Julgamento dos Anjos.
CAPÍTULO X
PARACLETOLOGIA - O ESTUDO DO ESPÍRITO SANTO
1 - A Pessoa e as Funções do Espírito Santo
2 - A Sensibilidade do Espírito Santo
3 – Simbologia Bíblica do Espírito Santo
4 – Aplicação e Operação do Espírito Santo
5 – A Vinda Especial do Espírito Santo.
6 - O Batismo do Espírito Santo Como um Selo
7 - O Batismo do Espírito Santo Como um Penhor
8 - O Batismo do Espírito Santo Como uma Unção
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA DOUTRINA
1- O Batismo do Espírito Santo Prometido
2 – O Batismo com o Espírito Santo Realizado
3– Batizados em um Espírito, formando um corpo
4 – Confirmação do Significado do Batismo com o Espírito Santo
5 - A Realização do Batismo com o Espírito Santo
OS DONS DO ESPÍRITO SANTO
‘Pelos Frutos os Conhecereis’
Uma Síntese Sobre os Diferentes Dons
6 – OS TRES ‘CASOS ESPECIAIS’
O Caso de Samaria
O Caso de Cesareia
O Caso de Efeso
CAPÍTULO XI
ANGELOLOGIA - ESTUDO DOS ANJOS
1 – A Natureza Angelical
2 - O Trabalho Angelical
3 – Hierarquia dos Anjos.
4 - O Anjo do Senhor
- Anjos Rebeldes
CAPÍTULO XII
ESCATOLOGIA - DOUTRINA DAS ÚLTIMAS COISAS
I – CORRENTES ESCATOLÓGICAS
O Pré-Milenismo Histórico
Pré-Milenismo Dispensacionalista
Amilenismo Agostiniano
Amilenismo Clássico
Pós-Milenismo
II – INTERPRETAÇÃO APOCALÍPTICA
1 – As Duas Ressurreições
2 – Corroborações Proféticas
3 – O Arrebatamento da Igreja
4 - Pré-Tribulacionismo
5 - Pós-Tribulacionismo
6 - Mid-Tribulacionismo
7 - O Juízo De Deus
O JUÍZO DAS OVELHAS E DOS CABRITOS
(MT. 25:31-46)
O TRIBUNAL DE CRISTO (RM. 14:10; II CO. 5:10)
O JUÍZO PERANTE O GRANDE TRONO BRANCO (AP. 20:11-15)
O DESTINO ETERNO DO HOMEM
1 - O Destino Eterno dos Descrentes
2 - O Destino Eterno dos Justos
CAPÍTULO XIII
PRINCÍPIOS DOUTRINÁRIOS-
I – DOS DECRETOS DE DEUS
1 - O Decreto da Providência
2 - O Decreto da Salvação
II. DOS MEIOS DE GRAÇA
1 – Meios de Graça Ordinários
2 – Meios de Graça Sacramentais
III. DA PRÁTICA CRISTÃ DA CONTRIBUIÇÃO
IV. DO MINISTÉRIO DA IGREJA
V. DO SACERDÓCIO UNIVERSAL DOS CRENTES
BIBLIOGRAFIA UTILIZADA E/OU SUGERIDA
DEDICATÓRIA
À Faculdade de Ciências Teológicas Latino-Americana, ao Instituto Filosófico e Teológico Latino-Americano, sob liderança do Reverendo Dutra e Doutora Correa, ao Instituto Teológico Simão Gonçalves Toco, de Angola, África, sob a Reitoria do Reverendíssimo Bispo Primaz Dr. Dom Osório Marcos e ao Seminário Unido de Teologia em Mesquita, sob Reitoria do Reverendo Dr. Isaías de Souza Maciel.
AGRADECIMENTOS
Ao longo desses quinze anos em que este Compêndio Bíblico-Teológico foi produzido e lançado no exterior, e, agora, no Brasil, nada mais justo do que agradecermos a todos os alunos e mestres que acompanharam nossa trajetória, a todos os Egressos de nossa Instituição, aos que tem se dedicado ao ensino e aprendizado bíblico-teológico, aos pesquisadores, e aos que, de bom grado, vierem a receber essa obra, especialmente os educadores religiosos.
CAPÍTULO I
PRINCÍPIOS TEOLÓGICOS
TEOLOGIA REFORMADA
SÖLA FIDË (Lt)
Somente a Fé", ou a exclusividade da Fé como meio de Justificação
Falando da eleição, São Paulo Apóstolo argumenta: E, se é pela graça, já não é pelas obras; do contrário, a graça já não é graça (Rm 11 :6). A graça exclui totalmente as obras. O homem nada pode e nada tem para oferecer a Deus, por sua salvação. A única coisa que lhe cabe fazer é aceitar o dom da salvação, pela fé, quando esta lhe é concedida. Fé na obra suficiente de Cristo, que lhe é imputada (creditada em sua conta) gratuitamente. Essa obra consiste na sua vida de perfeita obediência à lei de Deus, em lugar do homem, obediência que nem Adão, nem qualquer de sua descendência pôde prestar, dada a sua condição de morte espiritual. Por isso Cristo é chamado de o segundo ou o último Adão (l Co 15:45). Ela consiste também, e principalmente, de sua morte sacrificial em lugar do pecador eleito, através da qual é pago o preço exigido pela justiça de Deus para a justificação. A justiça de Deus exige punição do pecado. Ele é aquele que não inocenta o culpado
(Ex 34:7). Exige justiça perfeita. Para que Deus pudesse punir o pecador, mas ao mesmo tempo declará-lo justo (que é o significado bíblico de justificar), foi preciso que alguém, sem culpa e com méritos divinos, assumisse o seu lugar. Foi o que o próprio Deus fez, através de Cristo. Assumiu a culpa do pecador eleito e morreu em seu lugar, satisfazendo assim a justiça de Deus, ofendida pelo pecado. Nada menos do que isso foi suficiente para justificar o pecador. É o que se chama na teologia de expiação
.
Desta forma, São Paulo Apóstolo pôde falar em Deus como aquele que justifica o pecador e da morte de Cristo como a manifestação da Sua justiça, para que ele pudesse ser justo e o justificador daquele que tem fé em Jesus. Diz ele: sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus, a quem Deus propôs, no seu sangue, como propiciação, mediante a fé, para manifestar a sua justiça, por ter Deus, na sua tolerância, deixado impunes os pecados anteriormente cometidos; tendo em vista a manifestação da sua justiça no tempo presente, para ele mesmo ser justo e o justificador daquele que tem fé em Jesus
(Rm 3: 24-26). É por isso também que os reformadores chamavam o crente de simul justus et peccator - ao mesmo tempo justo e pecador.
SÖLA GRÄTIA (Lt)
Somente a Graça
, ou a causa eficiente única da salvação
Intimamente ligado ao princípio do Solus Christus está o da Sola Gratia. A Bíblia ensina que o homem é totalmente incapaz de fazer qualquer coisa para a sua salvação. Está espiritualmente morto em delitos e pecados. Um morto nada pode fazer sem que antes seja vivificado. São Paulo ensina como se operou a nossa salvação: "Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados ... e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo, - pela graça sois salvos" (Ef 2:1,5).
Foi pela graça
, diz São Paulo Apóstolo, que fomos vivificados, estando nós mortos. A doutrina da inabilidade total do homem para salvar-se foi um dos marcos da Reforma. No seu livro De Servo Arbítrio (A Escravidão da Vontade
), Lutero nega que o homem tenha livre arbítrio, ou seja, a capacidade de escolher entre o bem e o mal, depois da queda. Vendido ao pecado, o homem não tem mais a habilidade para escolher o bem, pois sua vontade está presa ou escravizada pelo pecado. Só pode e só quer escolher o pecado. A salvação é, portanto, exclusivamente ato da livre e soberana graça de Deus. Tanto Calvino como Lutero e os demais reformadores deram grande ênfase na necessidade da graça soberana de Deus para a salvação do homem. É por isso que a eleição divina é incondicional.
SÖLA SCRÏPTÜRA (Lt)
Somente a Escritura
, ou a autoridade e suficiência das Escrituras
Para os reformadores, somente a Escritura Sagrada tem a palavra final em matéria de fé e prática. É o que ficou consubstanciado nas Confissões de Fé de origem reformada, tal como a Confissão de Fé de Westminster, que afirma: Sob o nome de Escritura Sagrada, ou Palavra de Deus escrita, incluem-se agora todos os livros do Velho e do Novo Testamento, ... todos dados por inspiração de Deus para serem a regra de fé e de prática ... A autoridade da Escritura Sagrada, razão pela qual deve ser crida e obedecida, não depende do testemunho de qualquer homem ou igreja, mas depende somente de Deus (a mesma verdade) que é o seu autor,· tem, portanto, de ser recebida, porque é a palavra de Deus ...
O Antigo Testamento em Hebraico ... e o Novo Testamento em Grego ... , sendo inspirados imediatamente por Deus e pelo seu singular cuidado e providência conservados puros em todos os séculos, são por isso autênticos e assim em todas as controvérsias religiosas a Igreja deve apelar para eles como para um supremo tribunal... O Juiz Supremo, pelo qual todas as controvérsias religiosas têm de ser determinadas e por quem serão examinados todos os decretos de concílios, todas as opiniões dos antigos escritores, todas as doutrinas de homens e opiniões particulares, o Juiz Supremo em cuja sentença nos devemos firmar não pode ser outro senão o Espírito Santo falando na Escritura.(I, 2,4,8,10).
Só a Escritura é a regra inerrante da vida da igreja. A Bíblia, portanto, precisa ser ensinada e pregada na igreja. Os sermões precisam ser exposições da Bíblia e de seus ensinos, e não a expressão de opinião ou de idéias contemporâneas. Não devemos aceitar menos do que aquilo que Deus nos tem dado. A obra do Espírito Santo na experiência pessoal não pode ser desvinculada da Escritura. O Espírito não fala em formas que independem da Escritura. À parte da Escritura nunca teríamos conhecido a Graça de Deus em Cristo. A Palavra bíblica é o teste da verdade.
SÖLUS CHRISTUS (Lt)
Somente Cristo
, ou a suficiência e exclusividade de Cristo
Um dos pontos centrais das teses de Lutero tinha a ver exatamente com o poder papal e dos sacerdotes de perdoar pecados, que ele questionava, pelo menos no que diz respeito aos mortos. Porém, Martinho Lutero admitia o sacerdote como vigário de Deus, perante quem Deus podia perdoar a culpa, mediante humilhação do penitente (tese 7). Só mais tarde Lutero se libertou totalmente de sua formação romana, e nem poderia ser diferente. Quando ele escreveu as teses, era ainda um monge católico-romano. Notemos, no entanto, que na confissão, feita perante o (s) Sacerdote (s), a Igreja cristã evangélica que adota esse Sacramento, como a Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo no Mundo, crê no perdão dos pecados, não pelo Sacerdote, mas por Deus diretamente. Os Sacerdotes são tão somente testemunhas de Deus na terra.
SÖLI DEO