O Conhecimento Da Cabala
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O Conhecimento Da Cabala - Ricardo Dias De Oliveira
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RICARDO DIAS DE OLIVEIRA
O CONHECIMENTO DA CABALA
1ª Edição
Betim, MG 2018
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O CONHECIMENTO DA CABALA
APRESENTAÇÃO
Muitos foram os motivos que me levaram a escrever esse livro.
Como ocultista e adepto da cabala não posso negar que senti
certo receio de tornar público certos conhecimentos. É uma
atitude natural que os ocultistas e adeptos de vários "sistemas
mágicos" façam de tudo para manterem certos conhecimentos
verdadeiramente ocultos. Entretanto, minha intenção não é
apenas apresentar aos leitores mais um sistema mágico
, mas,
apresentar um sistema pelo qual eu tenho enorme admiração e
respeito e que tem entre outras virtudes a de ser o sistema que
melhor se adapta a cultura e mentalidade ocidental e que
contribui de maneira maravilhosa para aquele que deveria ser o
grande objetivo de nossa jornada nesse mundo: o
aperfeiçoamento espiritual e a auto realização.
Não me limitarei a falar aqui apenas sobre as técnicas da cabala,
mas, também apresentar aos leitores um estudo sobre a história
da cabala, seus principais livros e a vida de alguns adeptos
notáveis. Trata-se de um assunto bastante denso, e, acredito que
alguns elementos apresentados aqui poderiam ser ampliados por
outros adeptos com mais conhecimento do que eu.
MINHA HISTÓRIA COM A CABALA
Quem conhece meus outros livros já sabe de meu grande
interesse por ocultismo, é um assunto que venho estudando a
alguns anos e não importa o quanto se pesquise sempre há algo
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novo para se aprender a respeito. Dentre os temas que eu
pesquisava estavam os sistemas mágicos
. Sistema mágico
é
como é chamado o conjunto das práticas de ocultismo de um
povo, portanto, existem diversos sistemas mágicos
pelo mundo,
cada povo da antiguidade tinha seu sistema próprio e a cabala é o
sistema mágico
dos judeus. Como os judeus sempre estiveram
presentes no Oriente Médio e partes da Europa então a cabala é
considerada um sistema mágico tipicamente ocidental.
Quando se coloca a palavra cabala
no buscador da internet
aparecem muitas informações, porém, muitas vezes são
informações superficiais ou distorcidas sobre o assunto. Por isso,
embora eu tivesse um grande interesse em cabala tempos atrás,
eu fiquei muito tempo andando em círculos
sem conseguir
chegar a compreender com clareza o assunto. As coisas mudaram
para mim quando adquiri o livro "O Poder de Realização da
Cabala" do autor Ian Mecler, através desse livro eu consegui me
esclarecer a respeito de vários aspectos da cabala que me
pareciam obscuros. Depois disso eu continuei a pesquisar e a ler
várias outras obras sobre cabala. Continuo pesquisando até hoje
e praticando as técnicas também.
CAPÍTULO I—ORIGEM DA CABALA
Como eu já disse anteriormente, não foi uma decisão simples
resolver escrever a respeito de um assunto que vem sendo
tratado com grande discrição através de milhares de anos por seus
adeptos. A palavra cabala
que também é grafada de várias
maneiras como Kabala
e kabalah
significa receber
pois é
uma tradição transmitida oralmente de mestre a discípulo.
Originalmente os guardiães do conhecimento da cabala eram os
rabinos, os líderes religiosos do judaísmo. E eles eram muito
criteriosos na escolha das pessoas a quem transmitir o
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conhecimento da cabala, geralmente só aceitavam candidatos
que fossem homens, com pelo menos 40 anos de idade, casados,
de boa índole, verdadeiramente religiosos e adeptos do judaísmo.
Cabala não se trata de um assunto vulgar, e sim um assunto
tratado com muito respeito e reverência por seus adeptos, o leitor
pode realmente se considerar privilegiado por ter tido acesso a
esse livro. Esse tipo de conhecimento só costuma ser transmitido
através do processo de iniciação na qual o candidato passa por um
ritual que tem um significado realmente profundo e a partir do
momento em que se torna adepto precisa ter uma atitude austera
e absolutamente ética. Por tudo isso que eu disse, acredito que é
bastante claro para o leitor que cabala não se trata de um "passa
tempo ou uma
brincadeira esotérica", infelizmente muitas
tradições ocultas veem sendo tratadas dessa maneira aqui na
nossa sociedade ocidental, um exemplo disso pode ser observado
na mídia quando se noticia que certas celebridades
se tornaram
adeptas da cabala como Madonna e Ashton Kutcher. Podemos
questionar se essas celebridades realmente estão praticando a
verdadeira cabala, será que estão? Note a atitude de tais
celebridades
levando uma vida cheia de gastos com coisas
superficiais e vaidade, a cabala está de acordo com isso?
Obviamente que não. O que levou essas celebridades a buscar a
cabala muito provavelmente é um censo de vazio em suas vidas
superficiais e eles acharam que a cabala poderia preencher esse
vazio. Existe um ditado que diz: "você não pode encontrar fora
algo que já não tenha dentro de si mesmo". Buscar em grupos
esotéricos e terapias alternativas algo para preencher um vazio
existencial é um erro. Apenas os adeptos que estudam com
sinceridade e se aplicam às técnicas e exercícios conseguem obter
resultados satisfatórios e o que é o principal: a auto realização
espiritual. Buscar na cabala meios para obter algum tipo de
vantagem acima do homem comum ou fazer truques de magia
é outra atitude completamente infantil. Quanto a mim mesmo,
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não estudei com nenhum rabino, não sou judeu e nem sei falar
hebraico. Considero a minha grande referência o já citado
cabalista Ian Mecler através de seus livros e palestras que podem
ser encontradas facilmente na internet. O fato é que se propagam
muitas ideias erradas relacionadas a cabala. É importante
ressaltar que embora esse conhecimento tenha sido restrito no
passado, hoje em dia qualquer pessoa pode estudar cabala se
pesquisar e se dedicar com sinceridade. Também não é
obrigatório ser judeu ou se tornar adepto do judaísmo para
estudar cabala, inclusive grandes cabalistas do passado foram
cristãos, na Idade Média e Renascença houve na Europa uma onda
de interesse por ocultismo, e por isso muitos não-judeus
passaram a estudar cabala buscando informações com os rabinos.
Esses foram os chamados cabalistas cristãos
pessoas como
Johannes Reuchlin, Jacob Boehme, Francis Bacon, Christian Knorr
Von Rosenrot, Cornelius Agrippa, Giovanni Pico della Mirandolla e
Athanasius Kircher, todos esses foram cristãos que estudaram
cabala e assimilaram muitos elementos da cabala em suas práticas
de ocultismo e graças a eles muitos conhecimentos de cabala
inclusive textos que apenas circulavam entre os adeptos judeus
tornaram-se acessíveis aos não-judeus. Outra ideia errada que é
propagada em relação a cabala é que cabala seria um tipo de
conspiração
dos judeus para dominarem o mundo. Em muitos
lugares o termo cabala
é usado com o mesmo significado que
conluio
o que não é correto.
Uma das coisas que mais me chamaram atenção na cabala são
certos conceitos e técnicas que são idênticas a técnicas de outros
sistemas mágicos, o que prova que o verdadeiro ocultismo é
universal, embora existam variações entre os diversos sistemas
mágicos, são leis universais que dão sustentação ao ocultismo e
são essas leis que o adepto estuda para entender como funciona
e como aplicar em sua vida.
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Tradicionalmente se diz que foi o patriarca Abraão quem
estabeleceu as bases da cabala que foram posteriormente
ampliadas por outros adeptos como Moisés, o escriba Esdras e
vários patriarcas e profetas judeus. Veremos adiante quais são os
livros considerados a base do conhecimento cabalístico, mas,
pode-se afirmar que os conhecimentos da cabala não são um
produto puramente judaico. O povo judeu é um povo muito
antigo e eles habitaram em muitos lugares do mundo convivendo
com muitos povos através da história, muitos conhecimentos
ocultos de povos estrangeiros entre os quais os judeus viveram
foram incorporados a cabala e a cabala foi enriquecida através dos
tempos, a experiência e prática desses conhecimentos pelos
adeptos convenceu-os da eficácia dessas técnicas, se não
funcionassem não teriam sido incorporadas a cabala.
Embora certos conceitos relacionados ao uso da língua hebraica
e das letras hebraicas façam parte das práticas da cabala certas
informações apresentadas por uma das mais eminentes
representantes do ocultismo madame Blavatsky afirmam que a
cabala tal qual é conhecida e praticada pelos judeus e não-judeus
hoje em dia aqui no ocidente é apenas um fragmento da
verdadeira cabala. Blavatsky afirmava que a verdadeira e
realmente poderosa cabala era do conhecimento de um grupo
esotérico do oriente e que esse grupo é de origem caldéia sendo
que a cabala dos judeus seria um extrato da cabala original dos
caldeus e esses verdadeiros conhecimentos estavam registrados
em um livro que ela chama de Livro Caldeu dos Números
sendo
o livro Sefer Yetsirá um fragmento desse "Livro Caldeu dos
Números". Ela também afirmava que tanto a língua hebraica
quanto as letras hebraicas são criações posteriores, e que
originalmente os judeus falavam outra língua parecida com a
língua árabe arcaica e usavam outras letras. Isso não anula a
eficácia do uso da língua hebraica e letras hebraicas para
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propósitos ocultistas, pois, tais técnicas são universais, mas as
afirmações de Blavatsky merecem serem analisadas pois ela foi
uma ocultista muito experiente, conheceu diversas partes do
mundo e entrou em contato com adeptos de várias escolas
esotéricas por isso eu vou abordar sobre as considerações dela a
respeito de cabala ao longo desse livro.
CAPÍTULO II—OS LIVROS BÁSICOS DA CABALA
Os livros considerados a base escrita do conhecimento
cabalístico são três: a Torá, o Zohar e o Sêfer Yetsirá.
A TORÁ
Torá
é como os judeus chamam os cinco primeiros livros do
Antigo Testamento são eles: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e
Deuteronômio. Mas é adequado também considerar o Tanakh
.
Tanakh
é como os judeus chamam o conjunto de livros que
abarca além dos cinco primeiros livros do Antigo Testamento os
livros atribuídos aos profetas e outros escritos igualmente de
grande relevância para a tradição judaica como o livro de Salmos
e outros de narrativas como Esdras e Jó por exemplo. Todos esses
livros possuem uma importância que vai além da importância
religiosa, mas também ocultista.
Todos os ocultistas bem esclarecidos sabem que a Bíblia possui
vários códigos secretos, simbologias e conceitos que só as pessoas
mais esclarecidas conseguem compreender adequadamente. O
cabalista Arieh Kaplan (1934-1983) na introdução de sua edição
do livro Sêfer Yetsirá cita uma frase de Rabi Elazar eminente
cabalista do passado em que ele diz: "Os parágrafos da Torá não
estão em ordem. Se estivessem em ordem correta, qualquer um
que os lesse seria capaz de criar