The Angel Mistios
By Paul Skyrt
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The Angel Mistios - Paul Skyrt
PREFÁCIO
Está é uma obra de ficção, completamente independente e desprovida de qualquer tipo de mensagem oculta que possa ser interpretada ou feito algum tipo de comparativo intencional sobre política, etnias, cultural, religião e etc.
A história gira em torno de um Mundo que se chama Celestin
que é povoada por seres diversos como humanos, anões, anjos, vampiros, lobisomens e muitos tipos de monstros. A narrativa da série irá desenvolver problemáticas próprias com reações completamente específicas as diversidades que o mundo de Celestin oferece.
A Guerra e a Espada, mostrará Mizael um pouco mais ciente da sua missão e das suas responsabilidades. As guerras entre os Reinos de Celestin, o levante de um grande inimigo, os amores que tomam um só coração, a busca pela reconstrução da sua espada, as percas dolorosas, o despertar de poderes em oculto e a vingança quase inevitável. Esses são só alguns elementos que Mizael e seus amigos irão enfrentar. Muitas revelações serão mostradas e mais dúvidas surgirão, nessa aventura que está conquistando os fãs de ficção e todo o mundo.
Aproveite e deixe sua imaginação te guiar...
Paul Skurt
Capítulo – 1
O ATAQUE A SOMALA
O Reino de Somala, se situava no eixo central de Celestin, fazendo parte dos Reinos do oeste. O último grande evento que tinha acometido a capital e toda a região de Somala, foi o problema que eles tiveram com o Dragão Negro que atacou a cidade. Porém, a fera já não aparecia mais depois que uma comitiva bem estranha deu cabo do Dragão, e garantiram que ele não voltaria mais para essas bandas, mesmo sem trazer nenhuma prova. Somala, continuava com seu movimento de pessoas que vinham de toda a Celestin, atrás dos seus minérios e pedras preciosas. Não tinham um poder militar muito grande como outros Reinos, mas gozavam de uma importância estratégica que interessava há muitos Reinos, justamente por sua atividade de mineração e seus artífices que davam o acabamento as joias. Não existia uma dama de posses em toda a Celestin, que não andassem com anéis ou colares de Somala, assim como, todos os Reis exibiam em suas coroas, as bela pedras que vinham de lá.
Os rumores que estavam correndo por toda a Celestin, chegaram a Somala, com os eventos que estavam acontecendo depois da grande confusão, mortes e problemas que ocorreram na Ilha da Magia. Os detalhes eram confusos, sobre os verdadeiros motivos do que ocorreu na festa de comemoração dos quinhentos anos da escola de formação de Feiticeiros, mas, o que se tinha certeza, era que Ninrode, um Feiticeiro audaz e poderoso, tinha traído suas companheiras do conselho da Magia e, ao que tudo estava indicando, tinha se aliado com os Reinos do leste. A nova onda de rumores agora, era sobre os Reinos do leste, mas especificamente Katatron, com seu Rei ganancioso chamado Perseu, que por sinal, já tinha conquistado de uma forma cruel e arrasadora, o Reino de Transilvan que faz divisa com Dronas e Somala.
O Rei Lohan de Somala, estava preocupado com esses rumores sobre as investidas de Katatron, pois seu Reino, ficava bem na divisa com o leste, juntamente com Dronas e seu Rei Ron. Todos sabiam que o Rei Ron não era de confiança, pois era ganancioso e sempre quis tomar as terras de Somala, por causa da extração de minérios. Além disso, depois que o príncipe Ronan foi purificado da maldição, graças ao temido Mistios Sanguinário, o Rei Ron, não arriscaria entrar em uma guerra com Katatron, onde poderia perder, além de terras e a própria vida, a vida do seu filho também.
O Rei Lohan, havia acabado de participar de uma reunião secreta em Aurística, onde estratégias foram planejadas e combinadas. Porém, ninguém mais de Somala, além do Rei, sabia quem tinha participado dessa reunião e o que foi tratado. O que todos perceberam, é que Lohan, voltou furioso e aparentava insatisfação com o resultado da reunião. Por outro lado, as preocupações do Rei Lohan, não podiam alarmar o seu povo, senão, a insegurança, poderia trazer pânico e prejuízo, parando a mineração e toda a cadeia de produção, confecção e comércio de Somala. Então, Lohan, resolveu reforçar a vigilância das suas fronteiras e mandar um recado para a Rainha Morgana de Cristalis. Ele sabia que a Rainha Morgana, já estava a par do que estava acontecendo no Leste, pois ela mandou sua primeira conselheira, para participar dessa reunião em Aurística, mas Lohan, queria reforçar e sugerir uma aliança em prol das fronteiras do Oeste com a poderosa Rainha de Cristalis. O Reino mais poderoso do momento em Celestin, tinha como destaque a sua capital Cristalis que era conhecida como a A Capital Elevada
, esse nome se dava, por ser situada em um platô elevado, quase instransponível. Lá ficava o centro do comércio geral, onde se vendia de tudo, além de ser também o centro da arte e dos espetáculos. Por seu poder aquisitivo, a Rainha Morgana, tinha o maior exército do Oeste e ostentava o seu Reino com glamour, tanto que Cristalis era chamada a Nova Joia de Celestin.
Por isso, o Rei Lohan, quase que implorou por essa aliança. Ele também imaginava, com a grande ambição da Rainha Morgana, ela não aceitaria nenhuma nação ser maior do que a dela, sendo assim, não iria admitir esse levante de Katatron que poderia forçá-la a entregar o trono. Logo ela respondeu a mensagem, informando que enviaria soldados para ajudar a guardar as fronteiras do Oeste e já tinha mandado um emissário até Katatron, para saber as reais intenções do Rei Perseu.
Depois de alguns dias, o Rei Lohan, ficou sabendo que um presente do Rei Perseu, foi entregue para a Rainha Morgana em Cristalis. Dentro de uma caixa enfeitada, estava a cabeça do emissário com um recado que dizia:
Rainha Morgana, a sua cabeça juntamente com as dos Reis do Oeste que resistirem a mim, serão as próximas
.
Isso foi uma tremenda quebra de decoro do Rei Perseu, pois as tradições diziam, que os emissários reais, não podiam ser tocados e muito menos mortos por seus destinatários. A experiente Rainha Morgana, ficou irada e começou a preparar a sua nação para uma invasão. Apesar de lamentar a atitude do Rei Perseu, Lohan ficou mais aliviado quando soube do ocorrido, pois se a Rainha Morgana estava irada, isso era sinal que ela entraria na batalha com ele.
Por alguns dias, as coisas ficaram tranquilas, até demais...
----- a -----
As ruas de Somala estavam movimentadas como sempre. Homens passando com as carroças cheias de carvão, anões com suas picaretas indo e voltando das minas, grandes construções de armazéns que guardavam seus estoques. Em frente a um desses armazéns, estava ali na porta o seu dono conhecido como Fael, arrumando sua carroça para a sua viagem comercial com objetivo de vender minérios em Cristalis. Quando ele estava prestes a sair, viu uma bela jovem de botas finas vindo na rua em sua direção, com uma delicadeza incrível, com cabelos longos castanhos escuros, uma calça clara fina bem justa, com uma saia na mesma cor do jaleco beges e uma camisa branca curta por baixo, aparecendo parte de sua barriga, com um decote bem aparente. Uma mulher bem elegante e lindíssima. Além de Fael, todos que passavam na rua, paravam para olhar ela desfilar, andando com sua exuberância, inclusive mulheres, a maioria com inveja, mas algumas até desejando ela. Sentiu Fael que ela era familiar, logo a reconheceu.
– Doutora Rayza – disse Fael, chegando perto. Além de não conseguir tirar os olhos do decote que ela tinha, estava enfeitiçado com o cheiro do perfume dela que enlouquecia qualquer um. – Quanto tempo. Sou aquele que ajudou o Mistios a um tempo atrás.
– Sim. Bom dia – disse ela com toda a elegância e educação que marcavam sua personalidade. – O seu nome é Joel, certo?
– Quase – abriu um sorriso Fael, se curvando e beijando a mão dela. Respondeu. – Fael, senhorita. Pelo menos duas silabas do meu nome, ainda estão em sua memória. Isso já é uma honra.
– Que gentil. Me desculpe. É que atendo muitos pacientes na Escola de Medicina todos os dias. Devo ter atendido algum Joel nesses tempos – começou ela a falar sorrindo e conforme foi se lembrando do contexto em que conheceu Fael, seu semblante foi ficando triste, mas continuou. – Lembrei sim. Você trouxe Mizael para mim tratá-lo. Você salvou a vida dele.
– Imagino que sim. No estado que ele estava, não iria conseguir chegar aqui sozinho.
– É verdade – confirmou Rayza e já emendou uma pergunta tentando ser sutil. – Por falar no Mistios. Você tem visto ele por ai?
– Não. A última vez que o vi, foi quando ele estava vindo da sua casa depois de estar curado, indo atrás do Dragão.
– Ah. Sim. Entendo – sussurrou Rayza, com as bochechas vermelhas envergonhada, por ver que Fael sabia que o Mistios tinha ficado em sua casa. – Eu também não o vi mais.
– Já vivi um pouco nessa caminhada – disse Fael tentando falar bonito. – Percebo que você gosta daquele Mistios. Ele é um homem de sorte.
– Bem. Não sei – disse ela ficando ainda mais envergonhada. – Tivemos bons momentos.
– Sim. Pelo que eu notei nos olhos dele aquele dia, quando estava vindo da sua casa, percebi que a razão
dizia para ele ficar lá com você, mas o coração
dele, pulsava mais forte o levando para outros lugares. É difícil lutar com o coração – completou Fael como se fosse um conselheiro amoroso.
– Tem razão. Eu bem sei como é difícil lidar com o coração – disse Rayza com um ar de lamento, olhando para baixo. – É assim mesmo.
– Ouvi alguns rumores que houve problemas em uma festa na Ilha da Magia e um
ou dois
Mistios, estavam envolvidos – informou Fael com o que ele sabia.
– Sério. Espero que ele esteja bem – disse a doutora, feliz por saber notícias do Mistios, mas triste por imaginar que, se ele estava na Ilha da Magia, estava acompanhado de uma certa Feiticeira. – Obrigado pelas informações.
– Aquele Mistios gosta de confusão – disse Fael, dando risada. – Mas é um bom homem, quer dizer, um bom Mistios.
– É sim. Eu o conheço bem – completou Rayza, bem baixinho e continuou. – Se tiver mais notícias dele, não deixe de me avisar. Preciso ir, hoje tenho muitos atendimentos.
– Claro doutora. Me desculpe por lhe atrasar.
– Não precisa se desculpar – respondeu Rayza, com a delicadeza e educação de sempre. – Foi bom te reencontrar. Me trouxe boas lembranças.
– O prazer foi todo...
Quando Fael estava terminando a frase, já estava sentindo um cheiro de queimado, logo culminou em uma grande explosão que veio da direção do portão de entrada da cidade. Todos os que estavam ali naquela rua movimentada, foram para o chão. As labaredas de fogo estavam aumentando e outras explosões estavam encadeando. Fael, pega sua carroça e coloca rapidamente para dentro do armazém, pois tinha mercadorias de muito valor, depois pega Rayza que estava no chão, e a puxa para dentro. Ela estava assustada sem entender o que estava acontecendo. Fael já fazia alguma ideia do motivo dessas explosões, pois era comerciante e recebia informações de todo lado.
– A explosão veio da entrada sul da capital – completou Fael com as informações que tinha. – Deve ser algum ataque de inimigos.
– Como assim? Que inimigos? – disse Rayza, preocupada e sem entender. – Será que o Dragão não voltou?
– Não – disse Fael, dando risada. – O seu Mistios deu cabo desse Dragão naquela época. E esse barulho não são de chamas de Dragão, mas de explosões de bombas. Isso só pode ser causado por um exército armado.
– Exército? Mas quem invadiria Somala? Nossa nação é pacifica e nosso Rei Lohan preza a paz.
– Sim, mas parece que Reinos do Leste, estavam tramando algo contra os Reinos do oeste. Não sei bem os motivos, mas parece que uma guerra está começando.
Logo em seguida, se ouvem mais explosões por todos os lados e um barulho de confronto vindo da rua. Fael, olha pela fresta da porta do armazém, visualiza um exército subindo a rua e lutando contra os soldados da guarda do Rei Lohan. Fael, puxa Rayza pelo braço e mostra o esconderijo subterrâneo que ele fez para momentos como esse de guerra.
– Olha aqui doutora. Vamos nos esconder aqui até que as coisas fiquem mais calmas. Se algum desses soldados nos pegar, seremos feitos reféns – disse Fael, com medo do que poderia acontecer.
– Obrigado amigo, mas preciso ir – disse ela como se tivesse que cumprir uma missão. – Sou médica, num momento desse de guerra, meu lugar é lá fora socorrendo as vítimas.
– Vitimas? Socorrer vítimas no meio dessas explosões, se te pegarem na rua, nem sei o que podem fazer com uma mulher bonita como você. – Falou Fael, tentando convencer ela a não ir.
– Esse é o risco da minha profissão. Fiz um juramento – falou Rayza, pegando sua maletinha, contendo alguns instrumentos de trabalho, que ela estava carregando e saindo do armazém. – Vou ficar na Escola de Medicina. Com certeza, vão levar os feridos para lá.
– Não posso te impedir. Só me prometa tomar cuidado – completou Fael. – Espero que possa salvar muitas vidas.
– Vou sim – disse Rayza, com um sorrisinho de canto na boca, indo feliz em direção a Escola de Medicina, que não ficava longe dali. – Você, se cuida em.
– Pode deixar, não saio daqui por nada.
----- b -----
Rayza, foi subindo a rua, abaixada por trás dos muros. Pouco depois, ela só houve um estrondo e se agacha. Um estilhaço de artefato, pega em seu braço de raspão e começa a sangrar. Como uma boa doutora, ela logo estanca o sangue com as mãos, rasga um pedaço da sua camisa, e amarra no braço para estancar e não infeccionar. Com muito cuidado, ela chega na porta da Escola de Medicina e já percebe que as coisas não estão normais. O entra e sai de pessoas no prédio, é muito maior que o normal, além do que, parece que uma bomba explodiu bem na porta de entrada da Escola. Quando ela chega perto, fica mais aliviada por ver que a estrutura do prédio é antiga e a bomba, só destruiu a entrada.
Porém, quando ela olha melhor, nota que estavam dois corpos já sem vida bem na porta, onde ocorreu a explosão. Ela percebe que um dos mortos, ela não conhecia, mas o outro, ela reconheceu. Era o jovem que trabalhava no atendimento, o mesmo que recebeu Jael e Mizael da outra vez. Ela lamenta, pois era um moço esforçado e muito promissor. Devido a confusão, logo começam a chegar feridos e Rayza começa a trabalhar. Ela chama toda a equipe que estava de plantão, incluindo os alunos que ainda não eram formados e começa a passar instruções.
– Olá doutores e alunos. Como vocês podem ver, as notícias não são muito boas, e muitas pessoas estão