Tecnologias na educação em ciências e matemática II
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Tecnologias na educação em ciências e matemática II - Lorí Viali
LORÍ VIALI
REGIS ALEXANDRE LAHM
MARLÚBIA CORRÊA DE PAULA
TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO
EM CIÊNCIAS E MATEMÁTICA
VOLUME II
logoEdipucrsPorto Alegre, 2018
Chanceler
Dom Jaime Spengler
Reitor
Evilázio Teixeira
Vice-Reitor
Jaderson Costa da Costa
CONSELHO EDITORIAL
Presidente
Carla Denise Bonan
Editor-Chefe
Luciano Aronne de Abreu
Antonio Carlos Hohlfeldt
Augusto Mussi Alvim
Cláudia Musa Fay
Gleny T. Duro Guimarães
Helder Gordim da Silveira
Lívia Haygert Pithan
Lucia Maria Martins Giraffa
Maria Eunice Moreira
Maria Martha Campos
Nythamar de Oliveira
Walter F. de Azevedo Jr.
© EDIPUCRS 2018
CAPA Rodrigo Valls
EDITORAÇÃO ELETRÔNICA Rodrigo Valls
REVISÃO DE TEXTO Fernanda Lisbôa
Edição revisada segundo o novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa.
Este livro conta com um ambiente virtual, em que você terá acesso gratuito a conteúdos exclusivos. Acesse o site e confira!
EDIPUCRS_HORIZONTALEditora Universitária da PUCRS
Av. Ipiranga, 6681 - Prédio 33
Caixa Postal 1429 - CEP 90619-900
Porto Alegre - RS - Brasil
Fone/fax: (51) 3320 3711
E-mail: edipucrs@pucrs.br
Site: www.pucrs.br/edipucrs
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
T255 Tecnologias na educação em ciências e matemática II [recurso
eletrônico] / organizadores Lorí Viali, Regis Alexandre
Lahm, Marlúbia Corrêa de Paula. – Dados eletrônicos. –
Porto Alegre : EDIPUCRS, 2018.
Recurso on-line (270 p.)
Modo de Acesso:
ISBN 978-85-397-1083-6
1. Tecnologia Educacional. 2. Ciência – Estudo e Ensino.
3. Matemática – Estudo e Ensino. 4. Educação. I. Viali, Lorí. II.
Lahm, Regis Alexandre. III. Paula, Marlúbia Corrêa de.
CDD 23. ed. 371.334
Clarissa Jesinska Selbach CRB 10/2051
Setor de Tratamento da Informação da BC-PUCRS.
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, especialmente por sistemas gráficos, microfílmicos, fotográficos, reprográficos, fonográficos, videográficos. Vedada a memorização e/ou a recuperação total ou parcial, bem como a inclusão de qualquer parte desta obra em qualquer sistema de processamento de dados. Essas proibições aplicam-se também às características gráficas da obra e à sua editoração. A violação dos direitos autorais é punível como crime (art. 184 e parágrafos, do Código Penal), com pena de prisão e multa, conjuntamente com busca e apreensão e indenizações diversas (arts. 101 a 110 da Lei 9.610, de 19.02.1998, Lei dos Direitos Autorais).
SUMÁRIO
LISTA DE SIGLAS
PREFÁCIO
INTRODUÇÃO
1 USO DO SOFTWARE SPHINX DURANTE A REALIZAÇÃO DE ANÁLISE TEXTUAL DISCURSIVA: OUTROS PERCURSOS
1.1 Sphinx na Análise Textual Discursiva (ATD): procedimentos iniciais
1.2 Softwares em pesquisa qualitativa no Brasil: levantamento realizado no Portal CAPES
1.3 Considerações finais
2 A APRENDIZAGEM NO CONTEXTO DAS TECNOLOGIAS: UMA REFLEXÃO PARA OS DIAS ATUAIS
2.1 Considerações a respeito de Teorias de Aprendizagem
2.1.1 As ideias de David Ausubel: a aprendizagem significativa
2.1.2 As ideias de Seymour Papert: o Construcionismo
2.1.3 As ideias de George Siemens e Stephen Downes: o Conectivismo
2.2 A busca de uma unidade
2.3 Considerações finais
3 UTILIZAÇÃO DAS TECNOLOGIAS POR PROFESSORES: MAPEANDO TESES DE 1999 A 2015
3.1 As TIC e o ensino de matemática: algumas considerações
3.2 O mapeamento teórico
3.3 Identificação e organização das teses de 1999 a 2015
3.4 Considerações sobre o uso das TIC por professores
3.4.1 Quanto ao contexto dos estudos realizados para a produção das teses
3.4.2 Os referenciais teóricos utilizados
3.4.3 Quanto aos objetivos de pesquisa apresentados
3.5 Considerações finais
4 A UTILIZAÇÃO DE TECNOLOGIAS DIGITAIS NOS PRIMEIROS PASSOS NA ARTE DA PESQUISA: UMA EXPERIÊNCIA DE MODELAGEM
4.1 Amparando a navegação: da modelagem às tecnologias digitais
4.2 Os navegadores e as rotas de navegação: contexto ao método
4.3 O navegar sob a rota da tecnologia digital e da modelagem: resultados e discussão
4.3.1 Da percepção e apreensão
4.3.2 Da compreensão e explicitação
4.3.3 Da significação e expressão
4.4 Finalizando a navegação na rota da tecnologia digital e da modelagem
5 CONSIDERAÇÕES DE PROFESSORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA SOBRE O PAPEL DA INTERNET E DAS REDES SOCIAIS EM SALA DE AULA: APROXIMAÇÕES E DISTANCIAMENTOS
5.1 Análises dos resultados: opiniões dos professores sobre o papel da Internet e das redes sociais em sala de aula
5.1.1 A compreensão da Internet e redes sociais como recurso
5.1.2 A compreensão da Internet e das redes sociais como ferramentas
5.1.3 A compreensão da Internet e redes sociais como instrumentos
5.1.4 A compreensão da Internet e das redes sociais como possibilidades de comunicação
5.2 Considerações finais
6 REDES SOCIAIS NA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA: INTERAÇÃO E DIÁLOGO NO AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM
6.1 Interações e processos de ensinar e aprender na EaD
6.1.1 Interação no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA)
6.2 Diálogo como princípio para a formação de redes sociais na EaD
6.3 Considerações finais
7 POSSIBILIDADES, POTENCIALIDADES E APLICAÇÕES DA EAD NO ENSINO DE CIÊNCIAS E MATEMÁTICA
7.1 Histórico
7.2 Regulamentação e legislação
7.3 Mitos e verdades
7.4 Habilidades e competências
7.5 Teorias de Aprendizagem para atuação em EaD
7.5.1 Comunidades de Aprendizagem (CA)
7.5.2 Exemplos de Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA)
7.5.3 Avaliação, recursos e mecanismos
7.5.4 Aplicações: cálculo diferencial e integral
7.6 Conclusão
8 UTILIZAÇÃO DOS RECURSOS DO GOOGLE EARTHTM E DO GOOGLE MAPSTM NO ENSINO DE CIÊNCIAS
8.1 Descrevendo o Google EarthTM
8.2 Descrevendo o Google MapsTM
8.3 Descrição do estudo teórico
8.3.1 Identificações e resumos dos documentos selecionados
8.3.2 Análise dos documentos
8.4 Considerações finais
9 EDUCAÇÃO AMBIENTAL EM UM CLUBE DE CIÊNCIAS UTILIZANDO GEOTECNOLOGIAS
9.1 Fundamentação teórica
9.1.1 Dilemas do processo escolar
9.1.2 Meio ambiente na Educação
9.1.3 Abordagem metodológica no ensino de ciências
9.1.4 O Projeto Clube de Ciências
9.1.5 Geotecnologias na Educação Ambiental
9.1.6 Unidade de aprendizagem
9.2 Materiais e métodos
9.2.1 Abordagem metodológica da pesquisa
9.2.2 Sujeitos da pesquisa
9.2.3 Descrição das atividades
9.3 Resultados e discussão
9.3.1.Relatos das atividades (1-7) e análise dos resultados
9.3.2 Facilidades e dificuldades encontradas durante a investigação
9.3.3 Síntese da metanálise qualitativa
10 A PLANILHA COMO RECURSO PARA O ENSINO DE NÚMEROS RACIONAIS: REFLEXÕES SOBRE UMA PRÁTICA PEDAGÓGICA
10.1 Educação matemática com a planilha
10.2 O conjunto dos números racionais
10.3 Procedimentos metodológicos
10.4 Síntese das ocorrências
10.5 Considerações finais
11 GEOPROCESSAMENTO E INTERPRETAÇÃO VISUAL DE IMAGENS PARA ANALISAR POLÍTICAS EDUCACIONAIS
11.1 Constructo teórico
11.2 Procedimentos metodológicos
11.3 Resultados e discussões
11.4 Considerações finais
12 FORMAÇÃO DOS PROFESSORES DE MATEMÁTICA DO SÉCULO XXI
12.1 A formação de professores de matemática: possibilidades de um fazer diferenciado
12.2 Professores de matemática: compreensões que formam perfis atuais
12.3. Considerações finais
POSFÁCIO
SOBRE OS AUTORES
[...] todo o vosso trabalho
jamais será improdutivo.
Coríntios 15:58
LISTA DE SIGLAS
3D – espaço tridimensional.
ACT (Adaptive Control of Thought) – Controle Adaptativo do Pensamento.
ALCESTE – software de análise de dados textuais utilizado como ferramenta de apoio à análise automática.
ATD – Análise Textual Discursiva.
ATLAS TI – software de análise de dados qualitativos que inclui várias mídias.
AVA – Ambiente Virtual de Aprendizagem.
C++ – linguagem objeto orientada derivada do C.
CAPES – Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Ensino Superior.
CHATS – programa (software) de conversa on-line.
CHIC – Classificação Hierárquica Implicativa e Coesiva. Software utilizado para análise qualitativa.
CIAIQ – Congresso Ibero-Americano em Investigação Qualitativa.
CNE – Conselho Nacional de Educação.
CEP – Comitê de Ética em Pesquisa.
CONEP – Comissão Nacional de Ética em Pesquisa.
CTS – Ciência, Tecnologia e Sociedade.
DELPHI – Plataforma para a programação rápida baseada na linguagem Pascal.
TALE – Sigla que corresponde a Termo de Assentimento Livre e Esclarecido.
EAD/EaD – Educação a Distância.
EXCEL – uma das planilhas mais populares do mercado. Criada e comercializada pela empresa Microsoft.
FACEBOOK – um software de Rede Social criado em 2004.
GEOGEBRA – software cujo nome deriva da junção das palavras geometria e álgebra. Criado por Markus Hohenwarter, da Universidade de Salzburg.
GOOGLE DOCS – pacote de aplicativos de escritório da empresa Google que funciona on-line.
GOOGLE EARTH –programa de computador que apresenta um modelo tridimensional do globo terrestre, construído a partir das imagens de satélite.
GOOGLE MAPS – Serviço de localização de mapas, da empresa Google, construído a partir de imagens de satélites.
GPS (Global Positioning System) – Sistema de Posicionamento Global.
GRAPH-PRISM – software especializado para a construção de diagramas a partir de dados.
GUINDACE – software utilizado para investigações digitais.
IBCT – Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia.
Icode – software para interpretar dados disponíveis em aplicativos utilizados em periféricos conectados.
IEB Unicastel – Instituto de Engenharia Biomédica Universidade Camilo Castelo Branco.
INEP – Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas.
MINERA FORUM – software utilizado para análise de dados obtidos em fóruns de discussões on-line.
JAVA –linguagem de programação e plataforma de programação criada pela empresa Sun Microsystems em 1995.
LDB – Lei de Diretrizes e Bases.
LTIG – Laboratório de Tratamento de Imagens e Geoprocessamento da PUCRS.
MapLink – ligações entre mapas. Software que permite visualização de rotas.
MEC – Ministério da Educação e Cultura.
MOODLE (Modular Object-Oriented Dynamic Learning Environment) – acrônimo de Ambiente Modular de Aprendizagem Orientada a Objetos. Plataforma de suporte ao ensino, de código aberto, também conhecido como AVA (Ambiente Virtual de Aprendizagem).
MSN (Messenger) – Mensageiro
é um programa de troca de mensagens, lançado em 1999, pela empresa Microsoft.
Nvivo – software utilizado em análises qualitativas que permite ao usuário organizar e analisar dados não estruturados, como entrevistas, respostas abertas, etc.
PAJEK – programa em código aberto (para Windows) desenvolvido para análise e visualização de grandes redes (sociais, coautoria, citações, etc.).
PASCAL – Pascal é uma linguagem de programação estruturada, criada em 1970, pelo engenheiro e professor suíço Niklaus Wirth.
PC (Personal Computer) – sigla utilizada para denominar um computador pessoal.
PCN – Parâmetros Curriculares Nacionais.
PDE/Prova Brasil – Plano de Desenvolvimento Educacional.
PPGEDUCEM – Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências e Matemática da PUCRS.
PQMethod – programa estatístico para lidar com pesquisas nas áreas de Psicologia e Ciências Sociais (Metodologia Q). Foi desenvolvido por John Atkinson na Kent State University em 1992.
PROINFO – Programa Nacional de Informática na Educação.
PROUCA – Programa Um Computador por Aluno.
PUCDF – Pontifícia Universidade Católica do Distrito Federal.
PUCMINAS – Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais.
PUCPR – Pontifícia Universidade Católica do Paraná.
PUCRS – Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul.
PUCSP – Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.
QRcode (Quick Response Code) – código de resposta rápida. Código de barras bidimensional que pode ser lido facilmente por um telefone celular e pode conter textos como endereços, e-mails, telefones, etc.
QUALTRICS – Software que permite a realização e a análise de questionários on-line.
SEED – Secretaria de Educação a Distância.
SIG – Sistema de Informação Geográfica.
SIMEDUC – Simpósio Internacional de Educação e Comunicação.
SKYPE – software, lançado no ano de 2003, que permite a comunicação por voz e vídeo via Internet.
SMARTPLS – o nome do software deriva da junção de Smart (Inteligente) com PLS (Partial Least Squares – Mínimos Quadrados Parciais).
SPHINX – o nome do software deriva do ícone utilizado em sua denominação, pois se trata de uma esfinge. É um software para auxiliar pesquisas qualitativas. Facilita a elaboração de relatórios a partir das respostas de questionários.
TCLE – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.
TDIC – Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação.
TELEDUC –ambiente de EaD para a realização de cursos na Internet.
TIDIA – Tecnologia da Informação no Desenvolvimento da Internet Avançada.
NAVI – Ambiente Interativo de Aprendizagem semelhante ao AVA utilizado na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
TIC – Tecnologias de Informação e Comunicação.
UA – Unidade de Aprendizagem.
UFC – Universidade Federal do Ceará.
UFG – Universidade Federal de Goiás.
UFMS – Universidade Federal do Mato Grosso do Sul.
UFPB – Universidade Federal de Paraíba.
UFPE – Universidade Federal de Pernambuco.
UFRGS – Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
UFRJ – Universidade Federal do Rio de Janeiro.
UFScar – Universidade Federal de São Carlos.
UFSC – Universidade Federal de Santa Catarina.
UNIFESP – Universidade Federal de São Paulo.
UFU – Universidade Federal de Uberlândia.
UFV – Universidade Federal de Viçosa.
UnB – Universidade de Brasília.
UNEB – Universidade do Estado da Bahia.
UNESP – Universidade do Estado de São Paulo.
UNIBAN – Universidade Bandeirante de São Paulo.
UNICAMP – Universidade Estadual de Campinas
URL – Uniform Resource Locator – localizador uniforme de recursos.
USP – Universidade de São Paulo.
WIKI – expressão do dialeto havaiano traduzido como rápido e ligeiro.
Winplot – software que tem por principal função desenhar gráficos de funções de uma ou duas variáveis.
WWW (World Wide Web) – Grande Rede Mundial. É a biblioteca universal e normalmente confundida com a Internet.
PREFÁCIO
Lorí Viali
Marlúbia de Paula
O prefácio de um livro é o momento em que se traçam algumas das possibilidades de se tratar de determinado assunto, de maneira a descrever, ligeiramente, qual foi o percurso escolhido nas páginas que seguem. Tudo parece simples, uma vez que, estando completo o livro, basta visitá-lo, página a página, e compor seu itinerário, resumindo-o a cada parágrafo deste texto.
Tudo ocorre por sabermos que, na fase inicial de leitura de qualquer livro, muitas vezes, justo nas primeiras linhas, são tomadas as decisões de ler, ou não, um pouco mais. Decorre disso, a responsabilidade de informar aqui, de modo a revelar aos interessados (sem exageros de forma), exatamente, do que tratam os capítulos aqui reunidos.
É assim que começamos a discorrer sobre Tecnologias em Educação em Ciências e Matemática (volume II). O livro surgiu para dar continuidade a uma proposta anterior, de mesmo título. Deste modo, podemos assumir que, neste livro, há o intuito de possibilitar uma maior visibilidade das publicações que têm sido realizadas pelos discentes e docentes dos cursos de Mestrado e Doutorado da PUCRS, em torno do tema. O título tem foco na linha de pesquisa desses cursos.
Os capítulos, que se entrelaçam dando sequência ao livro, apresentam alguns dos modos pelos quais essas tecnologias têm sido utilizadas na educação. Com esse objetivo foram reunidos, assim, dezenove autores, que contribuíram com doze capítulos. Sempre buscando concentrar-se em torno do uso de tecnologias na educação.
Esse entorno trouxe a possibilidade de apresentar abordagens variadas sobre o tema, como o uso de softwares utilizados na própria pesquisa qualitativa, como recurso para processos de análise textual. Também é apresentado um capítulo em que os autores trataram das considerações sobre as teorias de aprendizagem, que requer o assunto. E, ainda, as tecnologias foram abordadas por meio do mapeamento de teses, de experiências de modelagem. Não poderiam faltar capítulos que rendessem seu espaço ao uso de redes sociais, o que conduziu a outro capítulo que tratou da presença de EAD na educação. Outro capítulo abordou o uso do Google (Earth e Maps), o que propiciou a condução do tema a dois capítulos sobre geotecnologias. A planilha não foi esquecida, tal o seu suporte para práticas pedagógicas, há muitos anos, em vigor, nas salas de aula, o que permitiu o fechamento deste livro, com um capítulo que propôs uma reflexão, sempre atual, sobre a formação de professores de matemática para o século XXI.
Assim, este livro, que oferece doze capítulos, em continuidade ao volume I, cumpriu sua proposta de trazer em si o compromisso de pontuar as publicações que têm sido espaços de divulgação, em revistas e eventos, da área de ensino, do uso de Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), na educação de nível básico e superior. Embora os capítulos transitem entre a escola e a universidade, o ponto de vista adotado reflete sempre o que se refere ao ensino. Deste modo, o professor é quem apresenta o seu ponto de vista sobre todas as ações realizadas.
Situar o momento da escrita na condução do professor é o registro central deste volume. Confiamos que a predominância do viés do professor deva-se ao fato de que as publicações tiveram, por origem, o intuito presente nos cursos de formação stricto sensu de professores, da PUCRS.
A escolha de reunir publicações de discentes e docentes da PUCRS, em sua maioria, deve-se ao fato de que somos todos professores, quer da educação básica, quer do ensino superior, que entendemos o quanto discutir e apresentar os modos de usos das tecnologias nas salas de aula ainda é assunto que requer estudos. Esses estudos referem-se às ocorrências práticas nessas salas de aula.
Este livro, no entanto, não faz uma apreciação de mérito quanto à forma de utilização de determinada tecnologia, mas, sim, pretende expor um determinado assunto correlato ao uso de determinado recurso. O quanto o recurso escolhido pode implementar o conteúdo é um dos aspectos que tornaram estes artigos publicáveis em revistas (Qualis de A até B-2) e apresentados em eventos da área. Esse foi o critério utilizado para que os autores pudessem aqui apresentar os seus trabalhos. Para ratificar esse dado, há, em nota de rodapé, na página inicial de cada capítulo, a referência de onde, em qual revista ou evento, o trabalho foi originalmente apresentado.
Finalizamos este prefácio e convidamos os leitores a uma apreciação desta coletânea de artigos sobre o uso de tecnologias em ciências e matemática.
INTRODUÇÃO
Este livro foi organizado com o objetivo de dar continuidade ao tema dos textos oferecidos no primeiro volume. Naquele momento, foram publicados onze artigos de alunos dos cursos de Mestrado e Doutorado da PUCRS, que, em alguns casos, realizaram parcerias com alunos de graduação. O tema central dos artigos tratou do uso de tecnologias na educação.
Neste volume, reúnem-se novos artigos, publicados em revistas (sendo selecionados aqueles com nota Qualis compreendido de A-1 até B-2) e em eventos nacionais e internacionais, cuja temática desenvolvida é o uso das TIC na educação. Para reportar-se à fonte original de publicação desses artigos, esta foi mencionada em nota de rodapé.
As publicações, tanto do primeiro volume como do atual, pretendem revigorar os trabalhos que têm sido inspirados durante as aulas da linha de pesquisa de Tecnologias na Educação em Ciências e Matemática, pertencentes ao curso de Mestrado e Doutorado, acima descritos.
Partindo-se dessa breve apresentação, conduz-se o texto ao capítulo 1 discorrendo sobre o uso de um software durante o processo de realização de Análise Textual Discursiva em uma dissertação. Os autores tratam do uso de software, não para expor um determinado conteúdo, mas sim para otimizar as etapas da pesquisa qualitativa. O software aqui é compreendido como um dos possíveis instrumentos de registro e de análise para auxiliar os procedimentos após a coleta de dados. O artigo apresenta também um levantamento envolvendo 33 trabalhos (27 dissertações e seis teses) que, nos anos de 2011/2012, utilizaram software durante os processos de suas análises qualitativas.
No capítulo 2, os autores tratam da aprendizagem no contexto das tecnologias, realizando uma reflexão para os dias atuais. Para percorrer o texto, os autores delineiam algumas teorias de aprendizagem, tais como: Construtivismo Cognitivo de Piaget (1896-1980), Construtivismo Social de Vygotsky (1896-1934), teorias essas elaboradas em uma época desprovida das denominadas tecnologias
. O Construcionismo de Papert (2008) surge face às implicações inerentes à utilização de tecnologias no ensino. Para complementar, o artigo traz, ainda, as ideias de Downes (2005), baseadas no conhecimento conectivo, gerando assim o Conectivismo. Em seguida, apresenta Ausubel (1918-2008) e sua teoria sobre a Aprendizagem Significativa. Em sequência, outros teóricos e suas teorias de aprendizagem são delineados.
No capítulo 3, os autores descrevem um mapeamento realizado em busca de localizar teses publicadas no período de 1999 a 2015, que tratassem do uso de TIC no ensino de matemática, tanto dentro das academias como em salas de aula de educação básica. Assim foram encontradas vinte teses que serviram de fundamentação para este artigo que apontou, após a análise das produções, uma predominância quanto à preocupação com a formação continuada de professores de matemática para o uso de TIC.
No capítulo 4, as autoras tratam do uso de tecnologias digitais por meio de uma experiência de modelagem. Consideram as autoras que, aliada à presença de tecnologias digitais, a utilização de softwares, computadores, Internet, entre outros, adquire uma importância natural como recursos que permitem a abordagem de problemas com dados reais e requerem habilidades de seleção e análise de informações. Diante disso, apresentam e discutem uma prática de iniciação científica desenvolvida no ensino médio utilizando a modelagem e as tecnologias digitais.
No capítulo 5, os autores apontam algumas aproximações e afastamentos sobre o papel da Internet e das redes sociais em salas de aula, partindo de uma pesquisa realizada com vinte discentes de um curso de mestrado. Para esses sujeitos, a Internet e as redes sociais podem ser compreendidas como: recursos, ferramentas e como instrumentos. Para situar cada ponto de vista apresentado, o artigo busca o referencial teórico