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Memórias De Wes
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Memórias De Wes

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About this ebook

Conheça a história de Waldemar Elyseu dos Santos, WES. Mas acredite, não é uma história comum, é cheia de aventuras e poesia, de afetos e afeições, e, ao mesmo tempo, de nostalgia, que ajuda a contar um pouco do nosso país, entre seus causos e relatos, memórias e sonetos. Nas palavras dele mesmo, enquanto vivemos, escrevemos nossa história , aproveite a sua e aproveite para conhecer a dele e de todos os que ajudaram a escrevê-la.
LanguagePortuguês
Release dateJul 23, 2021
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    Memórias De Wes - Waldemar Elyseu Dos Santos

    MEMÓRIAS DE WES

    Autobiográfico

    relatos – sonetos – causos

    AUTOR

    Waldemar Elyseu dos Santos

    ARTE DA CAPA E DAS FOTOS

    ORGANIZAÇÃO

    Ana Talita Borlicoski

    DIAGRAMAÇÃO E REVISÃO

    Sergio Bertovi

    Copyright © 2021

    Todos os direitos reservados e protegidos pela Lei 9.610 de

    19/02/1998.

    Título Original: Memórias de Wes

    Autor: Waldemar Elyseu dos Santos

    Revisor: Sergio Bertovi

    Capa: Ana Talita Borlicoski

    Organização: Ana Talita Borlicoski

    Diagramação: Sergio Bertovi

    Ano (1.ª Edição): 2021

    Edição Independente

    Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

    (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

    Índices para catálogo sistemático:

    1. Memórias autobiográficas 920

    Aline Graziele Benitez - Bibliotecária - CRB-1/3129

    Filha: Marise

    Genro: Bira

    Nora: Luciana

    Netos: Ariane, Allison (marido Ariane), Karine, Bruno e Waldemar Neto

    Bisnetos: Luise, Lucas e Aline

    Dedicamos este livro

    ao Waldemar Elyseu dos Santos,

    à Neusa Aparecida Neri (in memoriam)

    e Waldemar Filho (in memoriam)

    PREFÁCIO

    A escrita de nossa história. Enquanto escrevemos nossa história, Deus escreve a sua. Não sabemos como terminará a nossa, mas a que Deus escreve para nós terá um final feliz, sempre. Temos razão para termos esperança. Temos que tocar nossas vidas, mas não estamos sozinhos, estamos, por exemplo, vendo a vitória da doença, mas Deus está em ação para produzir saúde. Estamos diante do triunfo da desavença, enquanto Deus silenciosamente trabalha pela paz. Na Bíblia, o apóstolo Paulo fala em convergência. Escrevemos nossa história. Deus escreve a nossa, sem que vejamos, responde as nossas perguntas, supre as nossas necessidades, reorienta as nossas vidas. Há uma alternativa difícil: escrevemos a quatro mãos (as nossas e as de Deus) a nossa história, mas esta é uma possibilidade que nos soa estranha, porque amamos nossa própria independência.[1] Se formos sábios, apostaremos em caminhar com Deus, de mãos dadas, vida afora. Quem teme ao SENHOR, tem vida longa, porém os maus morrem antes do tempo (Provérbios 10:27).

    SUMÁRIO

    PREFÁCIO

    SOBRE O AUTOR – MEUS APELIDOS

    MEUS SONETOS

    NOSSOS DIAS

    O TREM

    GRAÇAS PELO SEU ANIVERSÁRIO

    RELÓGIO DE PAREDE

    MUTILAÇÃO

    DESABAFO

    JANEIRO DE  2000

    SAUDADES

    ÉRAMOS CINCO

    WOLF (LOBO)

    ACRÓSTICO: ZENAIDE SANTOS

    GOTAS D’AGUA NA VIDRAÇA

    PRIVATIZAÇÃO

    QUALIDADE TOTAL

    LEGADO TRIPLO

    DOIS EM UM

    VIDA ETERNA

    REMINISCÊNCIA

    RIO DE CIMA

    SÓ PRA NÓIS DOIS

    SER OU NÃO SER

    GRATIDÃO

    CERTEZA DA MORTE

    BREVIDADE DA VIDA

    O FILHO PRÓDIGO

    VELHICE

    TEMPOS

    DÍZIMO

    JOVEM

    A ENCHENTE

    O SEMEADOR

    OS DOIS FILHOS

    DIFERENTES DESTINOS

    31 DE MAIO

    QUEM É?

    14 DE FEVEREIRO

    MEUS COMPANHEIROS DE TRABALHO

    ACRÓSTICO: JOÃO CRISTINO DOS SANTOS

    TOTICO

    MENSAGEM DO MONTE

    NASCIMENTO

    MINHA CIDADE

    CONTOS

    PAPAGAIO OU PIPA

    O TREM DA MINHA VIDA

    O TEMPO

    MEU FILHO, MINHA DOCE LEMBRANÇA

    FILHOS

    MEU SONHO

    ESTA É UMA VELHA HISTÓRIA

    AMIGO APOSENTADO

    MINHA ORAÇÃO

    MINHA VIDA NA CASERNA

    RELATOS

    HISTÓRA DE MINHA VIDA

    COPO DE PORCELANA

    MINHA DISTRAÇÃO

    OUTROS PONTOS DO QUINTAL

    VIDA A DOIS

    DÉCADA DE 1940

    ODISSEIA DE JIPEIRO

    A ENCHENTE

    A FILA

    QUERIDA ENXADA

    PONTE V

    PASSAGEM ESTREITA

    A SABEDORIA VALE MAIS DO QUE A FORÇA

    BURRO VELHO QUER CAPIM NOVO

    FORTE COMO UM TOURO

    HORA DE A ONÇA BEBER ÁGUA

    PÉ NA LAMA

    ATOLEIRO

    AGUENTAR O SAROBADO

    MÃO NA RODA

    LISO IGUAL SABÃO NO LAJEDO QUENTE

    BIMBARRA

    NÃO SE PODE ASSOBIAR E CHUPAR CANA

    VAI DAQUI, VAI DALI, VAI DACOLÁ

    SEM PÉ, NEM CABEÇA

    BANHEIRA DE PORCO

    REBOQUE

    NADANDO NA BRAÇADA

    OPERAÇÃO ALTO RISCO DE PERDER PARA-CHOQUE

    NÃO SE NEGA SOCORRO

    FECHAR O TEMPO

    DOS MALES, O MENOR

    DURO NA QUEDA

    VESTIU O ENEVELOPE DE MADEIRA

    SR. PRUDÊNCIA

    NÃO ENTRA NESSA, RAPAZ

    QUEM NÃO MUDA DE CAMINHO É TREM

    QUEM DORME NO PONTO É CHOFER

    MACACOS ME MORDAM

    ENTROU NUMA FRIA

    CARRETA WYLLIS

    MEMÓRIAS DE UM TÁXI

    CASTIGO DA LÍNGUA

    PAGO PELA LÍNGUA

    GOOD YEAR N.º 58

    TEMPERATURA NAS ALTURAS

    VIAGEM DO SENHOR PAULO DANTES

    LIÇÃO DA POÇA D´ÁGUA

    DÉCADA DE 50

    VIAGEM SOFRIDA

    COMISSÃO DE EDUCAÇÃO DE ITAPETININGA

    JUMELO QUEBRADO

    GAMBIARRA DO MOTOR

    CAUSO DO DESVIO CONSTANTE

    LARGADO NA ESTRADA

    MECÂNICO APRENDIZ

    CAUSO FALTA DE PORCAS

    ANDAR NO CAVALO DOS FRADES

    É O FIM DA PICADA

    HÁ UMA PEDRA NO CAMINHO...

    TER LOMBO PARA O AUXÍLIO

    DE CORTAR O CORAÇÃO

    ONDE JUDAS PERDEU AS MEIAS

    SOCORRO AO CHICO LOCO

    RAPAZ ESFAQUEADO

    PÉ FRIO, PÉ QUENTE

    BOTAR ÁGUA NA FERVURA

    AGORA É QUE A PORCA TORCE O RABO

    QUEM VAI PRA CHUVA É PRA SE MOLHAR

    QUEM DE MEDO CORRE, DE MEDO MORRE

    OLHE AONDE PISA

    PÕE NA CONTA DO ABREU, SE ELE NÃO PAGAR, NEM EU

    NINGUÉM VAI ACREDITAR

    PARA BOM ENTENDEDOR MEIA PALAVRA BASTA

    MISTÉRIOS DA ESTRADA

    REBOQUE SINCA CHAMBORD

    CONVERSA MOLE PARA BOI DORMIR

    INFERNOS

    NÃO SE AVECHE

    MEMÓRIA DE ELEFANTE

    FIM

    SALMO 139

    DITADOS E PROVÉRBIO RELIGIOSOS

    DITADOS POPULARES

    SOBRE O AUTOR – MEUS APELIDOS

    A gratidão é a memória do coração.

    Segundo o minidicionário Aurélio da Língua Portuguesa: apelido, cognome ou alcunha: designação especial de alguém.

    Essa designação tanto pode ser um elogio ressaltando boas qualidades como também depreciativo, discriminatório, apontando para defeitos físicos ou mentais do ser humano, como por exemplo:

    Elogio: Oscar Mão Santa no basquete, Luis Gonzaga, Rei do Baião; Pelé, Rei do Futebol; Rei Roberto Carlos (o cantor); Ronaldo Fenômeno; Adriano Imperador; Luiz Fabiano, o Fabuloso; e, tantos outros mais.

    Depreciativo ou discriminatório: Inácio Boca; Pedro Corvo; João Louco; Nestor Cabeleira; Mário Preto; Paulinho Cabeça; Júlio Bobo; Isaias Caveira; Dito Patacho; Chico Banana; Mário Boca; e, outros mais.

    No decorrer de minha vida recebi também muitos apelidos, sendo o primeiro no seio da família e outros por conhecidos de longa data, mais velhos e entre amigos de convívio, os quais passo a esclarecer o como o quando e o porquê.

    Primeiro apelido: Nhô Varde

    Recebi em casa esse apelido, não sei quando e nem por quem, se foi dos pais ou dos irmãos o certo é que a meu ver, tem a seguinte explicação: Nhô é a abreviatura de senhor usada antigamente com muito respeito pelos escravos quando se dirigiam ao seu amo ou senhor. Varde é abreviatura de Wardemar, pois no passado era costume substituir a letra éle (L) por erre (R). Resumindo esse tratamento quer dizer: Senhor Waldemar, obrigado!

    Segundo apelido não tão nobre: Penugem

     Devido minhas peraltices, entrei na escola com apenas seis anos de idade, cabeça raspada, cabelo arrepiado, como um pintinho atrás da galinha, vivia sempre perto de meu irmão mais velho Janguito, cuja recomendação dos pais era tomar conta de mim. Como os pintinhos recém-nascido que ainda não têm penas e sim penugem, Nelson Dias Batista achou por bem chamar-me desse nome, como não fiz conta o apelido não pegou, somente ele por pouco tempo me chamou assim: Penugem.

    O terceiro codinome: Cardaço

    Quando estudei no Grupo Escolar de Apiaí, o senhor Lázaro Calazans Luz, conhecido por seu Lulu, passou a treinar um grupo de alunos para formar um time de futebol com intuito de fazer jogos amistosos em outras localidades (pois aqui não tinha adversário a enfrentar visto que só tinha uma escola).

    Cheguei a participar de um único treino, como não tinha qualidade fui logo descartado. Quando o time ficou definido foi tratado um amistoso com uma escola na cidade de Capão Bonito e eu não fui, pois não fiz parte do time. Realizado o amistoso, nosso time foi goleado não sei bem se foi 5 a 1 ou de 5 a 2.

    Com o resultado acachapante a tristeza foi geral, ficando todos deveras desolados, era o comentário geral, arrasados mesmo, daí então a invenção como desabafo do João Barbosa, filho do senhor Israel, um dos integrantes do time dizendo: Também o Wardemar quando falavam porque não jogava, ficando só na beira do campo, ele respondia: "Tô amarrando no meu cardaço".

    Desse dia em diante, até a morte do amigo João Barbosa, entre nós dois ficou concretizado a brincadeira com esse tratamento recíproco: ô Cardaço.

    Apelido juvenil: Tranquilo

    Quando tinha entre 14 e 15 anos, trabalhei como garçom no Hotel Apiaí de propriedade do Sr. Luiz Sacco. Como pensionista havia um senhor, de origem ucraniana, que era o técnico e gerente da Fábrica de Banha de Apiaí de propriedade do senhor Alcides Fadiga Costa (que funcionou onde hoje é a portaria da Inter Cement, no bairro Alto da Tenda).

    Esse senhor pediu para dona Mercedes, esposa do proprietário do hotel, que mandasse um funcionário levar para ele, uma marmita com almoço, ao alegar que não tinha ninguém para tal afazer disse o Sr. Adolfo Bianchini: "mande o tranquilo", pois me chamava assim.

    Ai de mim que passei a fazer essa jornada todos os dias, até que um dia ao descer uma escada íngreme que dava acesso ao escritório e também refeitório onde o piso entre degraus era muito estreito, escorreguei e rolei escada abaixo, um desnível de uns oito metros, fiquei sem fala por algum tempo, sem ninguém para me socorrer, com as costelas esfoladas pensei comigo mesmo, aqui eu não volto mais.

    Ao chegar ao serviço relatei o fato à proprietária fazendo ciente de minha decisão mesmo que fosse mandado embora, fato que não ocorreu, ficando assim terminada a obrigação do tranquilo.

    Apelido de Taxista: Nhô Vá

    Quando exerci a profissão de taxista tinha um freguês chamado Chico Luzia que trabalhava na Plumbum em Adrianópolis, Estado do Paraná, seus parentes residiam no Bairro Passa Vinte, na estrada de Iporanga, quando vinha visitá-los era eu quem o levava e ao mesmo tempo ficava encarregado de ir buscá-lo do dia por ele marcado e referia-se a mim, chamando-me de Nhô Vá, que confiava na responsabilidade do "Nhô Vá" em ir buscá-lo no dia e hora marcada para não perder o serviço.

    Apelido do Curso Básico: Vandeco

     Quando fiz o Curso Básico noturno e o Normal diurno e posteriormente trabalhando na Prefeitura, fiz amizade com o aquele que até hoje é um grande amigo meu, trata-se do muitíssimo estimado colega de estudo e de trabalho, popularmente conhecido como Ditão, que me deu esse tratamento: Vandeco".

    Apelido do Ginásio: Valdumas

    Por quatro anos consecutivos de estudos cursei o Ginasial Básico Noturno, entre muitos outros fui colega também de Walter Damásio Massoni, hoje aposentado como Oficial de Justiça e Advogado, bom colega, estudioso e muito aplicado, chamava-me de "Valdumas".

    Apelido de amigo pra amigo: Pé de lagarto

    Essa expressão praticamente sem sentido algum surgiu de uma brincadeira entre mim e o amigo Carmo Bandeira de Araújo, mas substituía um olá ou bom dia, boa tarde, ou como vai. Pé de lagarto.

    Apelido de Amigo pra amigo variações: Pelado

    O mesmo ocorrido com o Carmo Bandeira de Araújo ocorreu com o também amigo e companheiro de baladas, Antônio Boanerges Lara o popular Maneco (filho do senhor João Lara), pois nos tratávamos assim: "Pelado".

    Apelido de Praça: Marejô

     Na minha mocidade, exerci a profissão de taxista autônomo, e fazia ponto em frente ao bar do Sr. Manoel Augusto, enquanto esperava freguês, matava o tempo jogando snooker com os amigos, entre eles Sylas Barbosa e Carlinho Melo.

    Como sempre surgiu entre nós uma brincadeira: existia uma música cuja letra em certa altura dizia: os olhos do menino marejô, que no bom entender, notava-se que o referido menino chorou, e quando um de nós vencia o outro numa partida, antes do ponto final dizíamos um ao outro: vou fazer seus olhos marejar, ficando definido esse tratamento de um para o outro: "Marejô".

    Apelido da Escola de Datilografia: Zinino

    Esse tratamento era entre eu e o Baianinho que, antes de seu falecimento, trabalhava no Banco, em Apiaí.

    Pois bem, passo a explicar: com apenas treze anos de idade trabalhei como auxiliar de escritório na Usina de Chumbo e Prata de Apiaí, instalada no bairro Palmital, lá o Sr. Virgílio Menin que era o Contador, passou a me dar aulas de datilografia, antes de dominar o teclado já começou a me dar serviço, portanto, fiquei com o vício de olhar no teclado para datilografar, somente bem mais tarde entrei na Escola de Datilografia Municipal cujo professor era o João Severo.

    Lá, não sei o porquê, houve algum desentendimento entre o professor e um aluno, assim, qualquer entrevero que havia no momento da aula, ele falava: olhe o caso do Zinino.

    Tornando por base esse argumento, surgiu entre mim e o baianinho esse chamamento recíproco. "Zinino".

    Misto de apelido e gíria: Zug-zug

    Nas horas de folga, no local que trabalhava, eu jogava pebolim com o Osvaldo irmão do Dito Pancrácio em um bar que ficava onde hoje está instalado o açougue do Crispim e parafraseando o popular Aristeu Loco, muito alegre e debochado, quando via uma moça bonita, entre outras coisas em termos de histerismos, ironia e risos aplicava essa gozação de sua invenção: "zug-zug".

    Jogando com o Osvaldo, quando um de nós fazia uma jogada de efeito ou mesmo vencia uma partida, tirando sarro um do outro, usávamos essa expressão que perdura entre nós até hoje. Zug-zug.

    Zoação troca de Apelidos: Pinilongo

    Trabalhei no posto de gasolina do senhor Alfeu, que mais tarde chegou a ser meu sogro, lá um funcionário que pelo serviço que prestava, ficou conhecido como Chico Borracheiro e ao chamá-lo assim respondia: não sou Chico borracheiro e sim Chico Tentéu, querido das moças na porta do céu!

     Desse dia em diante passei a chamá-lo de Tentéu, até que ele não gostou mais desse tratamento e em represália, como eu era alto e magro, revidando chamava-me em vez de pernilongo, de "Pinilongo"

    Apelido dado pelo leiteiro: Vadimá

    Antigamente o leite in natura era entregue de casa em casa em litro de vidro e o pai do Boanerges, senhor João Lara, que também era motorista, fazia as duas coisas para a D.ª Maria do senhor Alberto Dias Batista e ao entregar o leite em casa, me saudava com um alegre: O "Vadimá".

    Apelido ganho pelas idas aos salões de baile: Tuba

    Como se dizia antigamente: nos tempos dos meus dezoitos, eu era um assíduo frequentador dos salões de baile e o senhor Euclides Lara fazia parte da orquestra que abrilhanta esses eventos e em observação sua, como eu era alto e magro, dizia ele que a minha cabeça ficava acima dos demais, parecendo um baixo tuba (instrumento que ele tocava), daí por diante toda vez que me encontrava dizia: "o tuba véio".

    Apelido pelo personagem representado: Nhô Terêncio

    Na minha juventude como ator participei de uma festa literária apresentada no pavilhão da Igreja Presbiteriana de Apiaí, da qual faço parte até hoje, cujo enredo versava sobre um furto no paiol de milho de certo matuto, conhecidos por todos os moradores do bairro, como Nhô Terêncio.

    Pois bem, o senhor João Prestes gostou muito do enredo, dos trejeitos e das saídas do lendário caboclo. Nhô Terêncio, personalidade principal, que se via prejudicado, não concordava com as defesas e argumentos dos possíveis suspeitos. Desse dia em diante, passou a me chamar de Nhô Terêncio.

    Apelido:  Patriarca

    Segundo a Pequena Enciclopédia Bíblica, patriarca era o nome dado aos primeiros chefes de família no Antigo Testamento, pessoa idosa e respeitada e quando o Hélio amigo do meu filho ouviu o João Prestes me chamar assim, achou estranho e ao mesmo tempo curioso esse tratamento e usava essa expressão toda vez que me encontrava, até o dia do seu falecimento. ô Patriarca.

    Apelido de taxista: Waldemar do Táxi

    Como trabalhei muitos anos com táxi, fiquei conhecido assim, toda vez que alguém se referia a mim ou com quem viajou. Waldemar do Táxi.

    Apelido de Trabalho: Waldemar da Prefeitura

    Deixando o

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