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Meio‌ ‌ambiente,‌ ‌desenvolvimento‌ ‌e‌ ‌ Tecnologia
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Ebook261 pages3 hours

Meio‌ ‌ambiente,‌ ‌desenvolvimento‌ ‌e‌ ‌ Tecnologia

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About this ebook

Esta obra tem como proposta, pensar a sociedade e a natureza, com o uso intensivo da tecnologia da informação seus desafios e impacto sobre o direito, numa coletânea de artigos reunidos em um conjunto diversificado e multidisciplinar de enfoques e visões em torno de um mesmo tema, abordando aspectos filosóficos, mas pragmáticos, como o uso de dados e a sociedade da informação, o turismo, as cidades inteligentes, os objetivos do desenvolvimento do milênio, o impacto da pandemia da Covid-19, a privacidade das pessoas, dentre outros, relacionando-os sob o olhar da sustentabilidade.
LanguagePortuguês
Release dateMar 2, 2021
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    Meio‌ ‌ambiente,‌ ‌desenvolvimento‌ ‌e‌ ‌ Tecnologia - José Orlando Ribeiro. Patricia Guimaraes. Yanko Xavier

    1.png

    JOSÉ ORLANDO RIBEIRO ROSÁRIO

    PATRICIA BORBA VILAR GUIMARÃES

    YANKO MARCIUS DE ALENCAR XAVIER

    Meio ambiente, desenvolvimento e tecnologia:

    os direitos em transição paradigmática

    JOSÉ ORLANDO RIBEIRO ROSÁRIO

    PATRICIA BORBA VILAR GUIMARÃES

    YANKO MARCIUS DE ALENCAR XAVIER

    (Organizadores)

    Uma publicação do Grupo de Pesquisa em Direito e Desenvolvimento

    Universidade Federal do Rio Grande do Norte

    PROJETO GRÁFICO

    Editora Motres

    CONSELHO EDITORIAL

    Bento Herculano Duarte Neto (UFRN, Brasil)

    Celso Luiz Braga de Castro (UFBA, Brasil)

    Cristina Foroni Consani (UFRN, Brasil)

    Fernando Manuel Rocha da Cruz (Portugal)

    José Luiz Borges Horta (UFMG, Brasil)

    José Orlando Ribeiro Rosário (UFRN, Brasil)

    Juan Manuel Velasquéz Gardeta (UPV, Espanha)

    Leonardo Oliveira Freire ( SESED, Brasil)

    Maria Raquel Guimarães (UPORTO, Portugal)

    Maria dos Remédios Fontes Silva (UFRN, Brasil)

    Patrícia Borba Vilar Guimarães (UFRN, Brasil)

    Ricardo Tinoco de Góes (UFRN, Brasil)

    Ricardo Sebastián Piana (UNLP, Argentina)

    Sérgio Luiz Rizzo Dela Sávia (CCHLA,UFRN, Brasil)

    Yanko Marcius de Alencar Xavier (UFRN, Brasil)

    ISBN 978-65-89765-00-4

    2021 © Organizadores.

    Todos os direitos são reservados de acordo com as Normas de Leis e das Convenções Internacionais. Nenhuma parte deste livro pode ser utilizada ou reproduzida sob quaisquer meios existentes sem autorização por escrito dos organizadores.

    www.editoramotres.com

    SALVADOR - BA - BRASIL

    APRESENTAÇÃO

    Este livro teve sua criação num momento extremamente crítico da realidade mundial: o enfrentamento de uma pandemia sem precedentes na contemporaneidade. O esforço da sua produção se mostrou um desafio, mas trouxe a certeza de que o grupo que aqui se reuniu para refletir sobre a interação entre o meio ambiente, a tecnologia e os novos direitos estava no caminho certo.

    Nada foi mais pensado nos tempos atuais do que o uso da tecnologia, que se tornou essencial para que pudéssemos nos comunicar, adquirir bens básicos, sobreviver no isolamento e no caos.

    Refletir sobre o meio ambiente foi inevitável: o impacto das atividades humanas teria atingido seu limite, com a resposta avassaladora e biologicamente concreta da ameaça de vírus desconhecidos?

    Pensar a sociedade e a natureza é o desafio desta obra, sob o olhar de seus autores, reunidos em um conjunto diversificado e multidisciplinar de enfoques e visões em torno de um mesmo tema.

    Boa leitura!

    Os organizadores

    PREFÁCIO

    A obra é um convite à reflexão coletiva. Um momento para pensarmos em prol de melhorias para as pessoas e cidades de forma coletiva. Trazendo também a responsabilidade em cada um de nós a pensar local em contexto global.

    Três eixos direcionam os capítulos da obra: economia compartilhada, sustentabilidade e transformação digital.

    As reflexões que emergem nas temáticas apresentadas fazem uma interface com assuntos contemporâneos e o arcabouço jurídico que apoiam essas mudanças na atual economia digital.

    Convidamos pesquisadores, gestores, acadêmicos e leitores em geral para apreciarem as temáticas e refletirem sobre a aplicabilidade dessas ideias em prol de um planeta sustentável, inovador e empático.

    Adriana Carla Silva de Oliveira

    PhD em Ciência da Informação e do Direito

    Professora Colaboradora da UFRN

    ECONOMIA COMPARTILHADA, MOBILIDADE URBANA E SUSTENTABILIDADE: REGULAÇÃO DOS DADOS PESSOAIS

    PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

    Fabiane Araújo de Oliveira¹

    Anderson Souza da Silva Lanzillo²

    A Economia Compartilhada criou o ambiente para novos modelos de negócios em que os recursos humanos e físicos são compartilhados por meio de plataformas digitais. Nesse âmbito, a mobilidade urbana foi uma das áreas afetadas por essas modificações introduzidas pela Economia Compartilhada, uma vez que abriu espaço para as caronas privadas, como por exemplo a Uber, o 99pop e o Cabify, dentre outros, desafiando o modelo tradicional de mobilidade urbana, bem como o sistema normativo vigente.

    A Economia Compartilhada, como gênero, compreende uma nova forma de adquirir produtos e serviços, levando em consideração a Revolução Tecnológica, a cooperação entre os indivíduos e a redução dos impactos ambientais. Logo, destaque-se que neste novo ambiente, a relação entre usuários/consumidores, prestadores de serviços e plataformas digitais ganham uma nova roupagem, facilitando a conexão entres os usuários finais que desejam contratar determinado serviço ou produto e as pessoas dispostas a oferecê-los.

    Ademais, sabe-se que no Brasil, a mobilidade urbana é um dos grandes desafios de uma série de políticas públicas e investimentos privados, em razão de sua dimensão territorial, particularidades e dificuldades para atender a população. Dentre as dificuldades que se encontram na mobilidade urbana estão as taxas cobradas, o sucateamento dos transportes coletivos, escassas linhas de trem, investimento em VLTs etc.

    O sistema normativo constitucional infere como competência da União os serviços de transporte aquaviário entre portos brasileiros, ferroviário que transponham os limites de Estado ou Território; os serviços de transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros; e a instituição de diretrizes para os transportes urbanos. Além de ser competência privativa da União legislar sobre as diretrizes da política nacional de transportes. A partir desse amparo constitucional, sobreveio a Lei n. º 12.587/2012, na qual instituiu as diretrizes nacionais sobre mobilidade urbana.

    Nessa lei, com redação da Lei Federal nº 13.640, de 2018 houve a preocupação em definir o transporte remunerado privado individual de passageiros como serviço remunerado de transporte, não coletivo, para viagens individuais ou compartilhadas por meio de aplicativos ou plataformas digitais, objeto deste estudo sobre mobilidade urbana sustentável no âmbito da Economia Compartilhada.

    Por sua vez, a proteção do meio ambiente é competência comum da União, dos Estados e dos Municípios; e é um princípio a ser observado pela ordem econômica, mediante tratamento diferenciado, conforme o impacto ambiental dos produtos e serviços das atividades econômicas. E ainda, a sua preservação é um dever do Poder Público e da coletividade para a presente e futuras gerações, observando a Política Nacional do Meio Ambiente (Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981).

    Nesse cenário, com esses elementos do sistema normativo, foi criado o conceito de sustentabilidade como princípio gerador de obrigações pluridimensionais (JUAREZ FREITAS, 2019), como também foi concebido o paradigma axiológico para o desenvolvimento sustentável constantes nos artigos 3º, 170, inciso VI e 225 da Constituição de 1988, uma vez que refletem a concepção de que a proteção do meio ambiente deve assegurar o bem-estar socioambiental para as presentes e futuras gerações (JUAREZ FREITAS, 2019).

    Delimitado o tema, esposada na ideia de que a mobilidade urbana é um dos maiores desafios das grandes cidades e tem impacto direto na emissão de poluentes e no bem-estar da coletividade, é que se pretende avaliar a possibilidade de utilizar o tratamento dos dados pessoais, respeitando as diretrizes da Lei nº 13.709/2018, para promoção da mobilidade urbana sustentável, no sentido de conceder benefícios aqueles usuários/cidadãos que optarem por compartilhar o transporte remunerado; e, consequentemente, para as empresas que buscam investir em transportes mais sustentáveis, contribuindo assim, para o desenvolvimento sustentável.

    Enfim, por meio de levantamento bibliográfico e legislativo, analisando os diplomas normativos mencionados, a fim de aferir a problemática posta, serão empreendidos os conceitos e discussões acerca da economia compartilhada, da mobilidade urbana, compreendendo seus modelos, sistema normativo e impactos ambientais do atual modelo; em seguida, apresentar-se-á o conceito de sustentabilidade e desenvolvimento sustentável, para enfim, compreender se os mecanismos de tratamento de dados pessoais podem ser utilizados como instrumentos jurídicos de mobilidade urbana sustentável.

    ECONOMIA COMPARTILHADA E MOBILIDADE URBANA:

    MODELOS, SISTEMA NORMATIVO E IMPACTOS AMBIENTAIS

    A mobilidade urbana discutida neste estudo é compreendida no âmbito da Economia Compartilhada, considerando os novos modelos de negócio propiciados pela internet, por meio do compartilhamento de recursos físicos e humanos. Portanto, ela se compreende no âmbito do transporte privado ou compartilhado remunerado que se opera por meio de aplicativos ou plataformas digitais, criando uma relação jurídica entre usuário, motorista e empresa.

    A mobilidade urbana por meio desse tipo de transporte veio desafiar o modelo tradicional desse setor, pela disponibilidade, preço competitivo e variedade do serviço, além de não se submeterem a regulação que o transporte coletivo e o de táxi necessitam se submeter, por suas características peculiares e por se apresentarem como um novo modelo de negócio, em virtude das inovações disruptivas propiciadas pelo ambiente digital.

    Nesse sentido, para compreensão desse modelo de negócio, é preciso apreender o plano de fundo da economia compartilhada com seu contexto, definição e regulação, para compreender como funciona o transporte privado ou compartilhado remunerado, seus modelos, regulação e possíveis impactos ambientais, consoante será apresentado a seguir.

    ECONOMIA COMPARTILHADA: CONTEXTO, DEFINIÇÃO E REGULAÇÃO

    A crise econômica de 2008 foi o estopim para o surgimento da Economia Compartilhada, uma vez que a sociedade americana e europeia, inicialmente impactada pela crise, passou a buscar fontes alternativas para ganhar dinheiro, vendendo produtos que estavam ociosos em suas casas em sites como o Ebay ou alugando objetos para outras pessoas.³

    Foi nesse contexto que esta economia se fortaleceu, associada às tecnologias da informação, as redes sociais e a possibilidade de maior interconexão entre as pessoas, redefiniu as pessoas no sentido de comunidade e propiciou uma nova geração de empresas e mercado de trabalho.

    Com o desenvolvimento das tecnologias da informação e o crescimento das redes sociais restou sedimentado o surgimento de plataformas online que possibilitaram o compartilhamento de informações, inicialmente, com os softwares livres, a exemplo da Wikipedia, chegando, ao longo da última década, ao compartilhamento de bens e serviços que conhecemos atualmente.

    Frise-se, outrossim que por meio da Economia Compartilhada, toda a sociedade se encontra como potencial participante, seja como compartilhador, seja como comprador, o que traz uma série de mudanças na relação jurídica entre as pessoas; até porque, esse modelo econômico está presente diariamente em todas as searas: governos, empresas, ONGs, pessoal, movimentos políticos e sociais, entre outros.

    Visto isso, é preciso compreender também que este novo modelo de economia tem como escopo a diminuição nos gastos com aquisição de algo, ou mesmo na utilização de um serviço. Isso significa, à primeira vista, a redução dos impactos ambientais, pois as pessoas passariam a consumir menos e a maior facilidade no acesso a determinados bens e serviços⁵, a exemplo dos serviços de mobilidade urbana.

    Desse modo, compreende-se que a economia compartilhada seria a prática de dividir o uso ou a compra facilitada de serviços, especialmente, por meio de aplicativos (plataformas digitais) que possibilitam maior conexão entre as pessoas, o que de fato, alterou o paradigma econômico tradicional.⁶ Ademais, é possível conceber também que a economia compartilhada propicia um novo modelo de consumo, uma vez que as pessoas passaram a compartilhar, alugar, trocar, vender produtos ou serviços que estavam sem utilidade para si, por exemplo.

    Posto isso, entende-se que a economia compartilhada apresenta uma série de características, sendo elas: atividades econômicas de base horizontal, colaborativas e sociais, geralmente praticada no mundo digital, tal como modelo de mercado híbrido (um meio termo entre entregar e receber) de trocas entre pessoas.⁷ Portanto, em suma, esse modelo de negócio se resume em três elementos fundamentais: social, econômico e tecnologia. Nesse sentido, observa-se que o próprio sistema de informação, conhecido como tecnologia da informação, gera a participação no consumo colaborativo, na política e na preocupação ambiental.

    Nessa linha, a economia compartilhada criou base sólida em diversos setores da economia mundial, em virtude dos próprios caracteres que fundamentam esse modelo de negócios, o que propicia maior comodidade, praticidade e facilidade no acesso aos serviços a exemplo da Uber, Airbnb, Netflix, etc, sem falar nos preços normalmente mais acessíveis.⁸ Assim, percebe-se que esse modelo de negócios propicia a otimização dos produtos e serviços, garantindo também a prática do desenvolvimento sustentável, possibilitando a utilização dos recursos naturais de modo mais democrático, contribuindo para minimizar os impactos ambientais.

    Em suma, compreende-se que a economia compartilhada pode ter como foco de estudo a mediação digital e a economia colaborativa; as redes sociais digitais e a transformação social; ou mesmo o comportamento de consumo. É exatamente nesses aspectos que a economia colaborativa do modelo de compartilhamento tradicional: o meio de compartilhamento e as novas tecnologias, se caracterizando pela descentralização na oferta dos produtos e serviços.

    Por isso, este estudo preocupar-se-á em inserir prioritariamente a discussão da normativa da economia compartilhada no âmbito da mobilidade urbana sustentável na ordem econômica da Constituição de 1988, uma vez que este capítulo funciona como instrumento de implementação de políticas públicas, além de reforço para legitimação do poder e para harmonização dos interesses.¹⁰ Assim, compreendendo que a economia compartilhada deve obedecer aos ditames da ordem econômica, a mobilidade urbana e o tratamento de dados pessoais que possuem suas normativas particulares, também devem seguir os ditames da ordem econômica constitucional.

    MODELOS DE MOBILIDADE URBANA, SISTEMA NORMATIVO E IMPACTOS AMBIENTAIS

    A Política Nacional de Mobilidade Urbana (Lei nº 12.587, de 3 de janeiro de 2012) é o instrumento de desenvolvimento urbano previsto no art. 21, inciso XX e art. 182 da Constituição de 1988, o qual objetiva a melhoria dos diferentes tipos de transporte, a acessibilidade e a mobilidade de pessoas e cargas nos Municípios, uma vez que esta normativa visa contribuir para o acesso universal às cidades. A lei também busca definir os modelos de mobilidade urbana, incluindo em suas modalidades, o transporte remunerado privado individual de passageiros para viagens individuais ou compartilhadas, objeto deste estudo.

    Esta normativa surgiu com a preocupação que surgiu com a mobilidade urbana quando o país se tornou sede de megaeventos mundiais como a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016. Com isso, os investimentos em mobilidade urbana e a criação de um arcabouço normativo para o desenvolvimento urbano se tornaram objeto das políticas públicas dos Municípios.

    Não obstante, os entraves políticos e a falha nos investimentos em mobilidade urbana, especialmente na acessibilidade e nos transportes coletivos, alavancaram manifestações populares em todo o país nos anos de 2013 e 2014 com diversas pautas, dentre elas a redução das tarifas do serviço de transporte.

    Contudo, ainda permanece o desafio da mobilidade urbana, pela própria falta de planejamento das cidades, investimento em transporte coletivos, ciclovias, metrôs, VLTs, etc.¹¹ Ademais, a problemática do transporte coletivo permanece, uma vez que as empresas concessionárias continuam a pressionar pelo aumento das tarifas e a população reclama pela qualidade e segurança do serviço oferecido.

    Considerando que a Política Nacional de Mobilidade Urbana (Lei 12.587/2012) tem como princípios a acessibilidade universal, o desenvolvimento sustentável, a eficiência, eficácia e efetividade na prestação de serviços de transporte e circulação urbana, a equidade no uso do espaço público, etc, considera-se a abertura para regulação do transporte individual ou compartilhado de passageiros remunerado uma possibilidade para a concretização da mobilidade urbana sustentável. Por isso neste estudo será utilizado como paradigma a empresa Uber que ganhou maior notoriedade e espaço na mobilidade urbana nos últimos anos.¹²

    A empresa norte-americana Uber, criada em 2009 por Garrett Camp e Travis Kalanick, presta serviço de tecnologia para transporte particular individual ou compartilhado, no qual o usuário do aplicativo, após realizar cadastro e fornecer informações do modo de pagamento, pode solicitar um carro para levá-los ao seu destino.¹³ Em outros termos, a Uber compreende-se como uma empresa de tecnologia voltada para a mobilidade urbana, a qual conecta os motoristas parceiros aos usuários de modo rápido e acessível, facilitando a oferta e procura entre usuários e motoristas, por meio de uma plataforma digital.¹⁴

    Consta também, uma série de requisitos para ser usuário dos serviços da Uber, a forma de acesso ao aplicativo, o modo de pagamento, e ainda afirma que não oferece garantia sobre a confiabilidade, pontualidade, qualidade, adequação ou disponibilidade dos serviços solicitados. ¹⁵ O que se percebe, portanto, é que há captação de dados dos usuários e motoristas quanto ao serviço de mobilidade urbana oferecido, alimentando um sistema de informações pessoais e não pessoais daqueles que utilizam o aplicativo da Uber.

    Dito isto, sabendo que a regulação desse tipo de transporte ocorreu por meio do Plano Nacional de Mobilidade Urbana (com modificações pela Lei nº 13.640, de 26 de março de 2018), os municípios que buscaram estabelecer a normativa de transporte e trânsito municipal, ainda não estabeleceram um modelo que busque

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