O Maestro

O MAESTRO

O Céu não é o

Destino final,

É apenas um

Ponto de partida

E o retorno

Ao Éden

H. BRAGA JR.

Título Original em Português:

O Maestro©2021 de H. Braga Jr.

Todos os direitos desta edição reservados ao autor.

É PROIBIDA A REPRODUÇÃO

Nenhuma parte desta obra poderá ser reproduzida, copiada, transcrita ou mesmo transmitida por meios eletrônicos ou gravações, assim como traduzida, sem a permissão, por escrito, do autor. Os infratores serão punidos pela Lei nº 9.610/98.

Versão PDF

Dezembro 2021

Diagramação: J. Miguel Arcanjo

Conversão em Ebook: J. Miguel Arcanjo

Jr. H. Braga - O Maestro

1ª Edição. - São Gonçalo, RJ : Ed. do Autor, - 2021.

ISBN: 978-85-672-0620-2

1. Religião - 2. Ciência - 3.História - 4. Teologia - 5. Fé

21-75247 CDD 315

Religião e Teologia – 315

AGRADECIMENTOS

De forma diferenciada à minha esposa, Sílvia Lúcia Santos do Nascimento.

Ao Editor Pr. Jair Miguel Arcanjo.

Aos irmãos José Paulo Pereira Costa e Rozenea Pereira Costa.

Ao irmão Edson Silva Coutinho.

Aos irmãos Hamilton Gomes da Cunha e Ana Cristina Souza Cunha.

À Irmã Sandra Maria da Conceição Silva.

Aos irmãos Pedro Rodrigues da Silva e Manuelina Souza Barreto da Silva.

Aos irmãos Manasses de Oliveira e Marilza Pinheiro de Oliveira.

E a Robson Figueiredo de Andrade e Djane Andrade de Souza Andrade.

Aos irmãos Adilson de Souza Pereira e Izabel Cristina Gonçalves.

Aos irmãos Abel Rúben Bueno e Renata dos Reis Bueno.

Aos irmãos Magno Pinheiro Carneiro e Ilsiane de Santana Matos Carneiro.

Sinto-me imensamente feliz e honrado em citar seus nomes, pois foram de grande importância e de alguma maneira contribuíram e fizeram parte deste livro. Seja orando, incentivando e até editando, porquanto, ninguém chega a lugar algum sozinho.

A todos o meu muito obrigado, e que Deus os recompense de forma especial.

SUMÁRIO

PREFÁCIO

INTRODUÇÃO

CAP I - Louvor e sua Origem

CAP II - Etimologia da Música

CAP III - Jesus e o Maestro

CAP IV - Os Três Pilares

CAP V - O que é o Amor?

CAP VI - Amor e Justiça

CAP VII - Revelação da Divindade - Unicidade

CAP VIII - Abolição Mosaica - Total

CAP IX . Justificação – Graça Condicional

CAP X – Reino Milenar – Literal

CAP XI – Eternidade - Retorno ao Éden

BIBLIOGRAFIA

PREFÁCIO

Mensagem para o mensageiro:

Quem é você? Quando te perguntarem responda; Eu não sou ninguém, a qual o Eu Sou transformou em alguém capaz de escrever um livro. Ele pega menino para derrubar gigante, indouto para ensinar doutores, iletrado para mostrar aos letrados, que a diferença é o estar nas mãos do Senhor.

Essas palavras eu as ouvi em dezenove de novembro de dois mil e vinte, na madrugada de quinta feira, às cinco horas da manhã. Havia me deitado cerca de duas horas antes, quando apenas cochilei e despertei falando em mistérios e ao mesmo tempo, ouvindo o Senhor a falar tal declaração. Porém, não foi essa experiência que me levou a escrever este livro, mas sem dúvida foi um grande incentivo para continuar, pois dos onze capítulos, seis já haviam sido escritos.

O título, O Maestro, surgiu quando estava fazendo um trabalho de teologia do Seminário Alfa, da Igreja Assembleia de Deus em Santa Luzia São Gonçalo RJ, sobre o tema, Estilo da liderança de Jesus. Porém, há quinze anos Deus já havia projetado, mas eu não tinha percebido. Estava então, no Estado das Minas Gerais, e pela manhã comecei a ler a Bíblia em 1ª Coríntios 13.13, senti a presença do Espírito Santo de forma muito forte, não resisti, e em meio às lágrimas me veio uma mensagem em torno desse versículo, com o Título Os Três Pilares. Nesse dia era congresso de jovens na cidade onde eu estava. O preletor não pode estar presente, coube-me a incumbência de ministrar a poderosa Palavra de Deus, no entanto, não preguei a mensagem que o Senhor havia me dado, tal como em muitas outras ocasiões já poderia ter pregado, mas não o fiz; pois ardentemente creio que será a principal mensagem no dia do lançamento desta obra. Cheguei a pensar que esse seria o tema deste livro, no entanto não foi, mas se tornou parte dele; é o quarto capítulo.

Por duas vezes tentei iniciar o manuscrito do livro, todavia, não saia da introdução, mesmo já tendo descoberto no curso de teologia seu título. Mesmo assim, só consegui escrevê-lo depois que fiz um propósito para com Deus, chamei então minha esposa como testemunha. Pois tenho consciência que o homem faz muitas promessas e esquece-se delas. Bom se eu me esquecer com certeza ela vai me lembrar que prometi a Deus que 50% dos direitos autorais deste livro serão direcionados para obra missionária. Desde então toda vez que me sentei para escrever, não me faltou inspiração.

Um livro que muito me influenciou a escrever; depois das Escrituras Sagradas; foi "O Plano Divino Através dos Séculos de N Lawrense Olson.

Quando olho para mim, sei que não teria capacidade para tal obra, e digo com a mais profunda sinceridade de meu ser; pois não passei da 7ª série; nunca fiz, e nem sei fazer uma redação. Entretanto quando me deparo com a Bíblia, ela me mostra que grandes e pequenos, ricos ou pobres, doutores e pescadores, isso de fato não importa, o Eterno usa quem Ele quer e como quer, tudo é dEle, e por Seu intermédio

A inspiração Divina nos faz sábios, (Jó 32.8) e nos capacita a realizar o propósito pelo qual fomos chamados, (2ª Co 3.5,6).

Desde meu nascimento, até este manuscrito, tudo são resultados de milagres. Não desejo ficar rico com a venda desta literatura, mas enriquecer a cada leitor que este escrito venha alcançar, e, fico feliz em saber que estarei contribuindo com a obra do Senhor.

Que Deus inspire, revele e ilumine, fazendo entender e compreender, as palavras, as orações os textos, e as mensagens contidas neste livro, Amém!

H. Braga Jr.

INTRODUÇÃO

A Bíblia é o maior livro já existente, único e incomparável em sua representatividade e nunca haverá outro igual. Também possui um caráter inimaginável (1 Co 13:12; 1 Jo 3:2; Rm 8:18). Pode se passar toda a vida lendo e estudando e nunca saberá a totalidade do que ela quer nos dizer. É um conjunto de livros que juntos se completam, de origem espiritual. Não se trata de algo natural, que passou por três estágios principais em sua composição.

Inspiração - 2 Pe 1:21; 2 Tm 3:16

Os Três Pilares: Revelação - 1 Co 2:9,10; Gl 1:12

Iluminação - 2 Co 4:6; Ef 1:18

Ela em si não precisa mais desses três elementos, pois no Apocalipse foi consumado (Ap 22:18,19). Entretanto para entendê-la e a compreendermos melhor e corretamente dependemos de Deus, esses componentes de sua graça.

Nossa intenção dentre muitas é mostrar que por diversas vezes se ouve algo, e antes de ser averiguado passam e repassam adiante e a expõem como verdade absoluta. A teoria nazista dizia que uma mentira dita por várias e várias vezes acaba virando verdade; é claro que discordo, porque por mais que pareça verdade, uma mentira sempre será mentira, até que seja desmascarada.

Existem mentiras tão bem contadas que parecem verdades; como de igual modo existem verdades mal esclarecidas que parecem mentiras.

É possível que ainda no século XXI, mesmo na era da informação, encontrar pessoas que acreditam na história de que chupar manga e beber leite, leva a óbito. Na realidade se trata de uma fábula que vários séculos tinha aparentemente virado verdade. No entanto uma mentira sempre será mentira, até que se prove o contrário, como da mesma maneira, a verdade sempre será verdade; o que às vezes precisa, é ser defendida e revelada.

A crendice da manga com o leite foi inventada pelos fazendeiros e senhores de escravos, afim de não terem prejuízos com o leite. Dava-se manga como fonte de alimento, e espalhava-se a notícia que ambos consumidos juntos causariam a morte.

O conhecimento enriquece e liberta (Jo 8:32); a ignorância empobrece e escraviza.

Na Bíblia em várias situações, pode ocorrer de aparente –mente um texto parecer uma antinomia, entretanto o seu contexto revelará que não, principalmente por se tratar da Palavra de Deus, e está alinhada de Gênesis a Apocalipse sem nada contradizer.

Esta compilação é do ponto de vista teológico, escatológico, biográfico e analógico, tanto meu como de outros estudiosos, contudo sempre procuro idealizar o que a Bíblia diz, e, não apenas o que dizem ou pensam, mas o que vejo, entendo e acredito.

A literatura possui 11 capítulos que expõem desde a queda dos anjos, de Adão, advento e ascensão de Jesus, visando seu retorno, o milênio, e a eternidade. Também declaro dentro da minha concepção e perspectiva os 5 Fundamentos que julgo ser os verdadeiros e principais da Nova Aliança, dos quais cada um deles foram transformados em capítulos:

1º Revelação da Divindade (unicidade) F. Cap. 07

2º Abolição Mosaica (total) F. Cap. 08

3º Justificação (graça condicional) F. Cap. 09

4º Reino milenar (literal) F. Cap. 10

5º Eternidade (retorno ao Éden) F. Cap. 11

Martinho Lutero reformou apenas algumas coisas, mas não todas, pois em muitos aspectos ainda permanecem os dogmas da Igreja Romana, e o batismo de crianças perdura até hoje para comprovar isso basta olhar para as igrejas: ortodoxa oriental, luteranas, anglicanas, metodistas e outras reformadas.

Nesta compilação o Messias é apresentado na figura de um Maestro tanto como homem, como Deus, visto que não estamos desgovernados neste mundo e no universo. Há um ser Criador de todas as coisas, é auto-suficiente, existe por Ele mesmo, está regendo tudo, nada foge de seu controle, nada acontece sem sua permissão. Ele sempre apresentou o seu afeto à humanidade, do início ao fim. Até mesmo quando exerceu seu juízo, e ainda mais revelará seu Amor no retorno dos homens na eternidade quando o Emanuel em sua plenitude vier habitar conosco para todo o sempre

Jesus é o único herói cujo super-poder transpõe todas as barreiras e bloqueios de separação em todas as esferas, pelo seu imensurável, inigualável e transcendental atos de afetos.

Depois de João 3:16, que é o texto áureo da Bíblia, Colossenses 3:14 é o segundo versículo mais importante tanto dEla, quanto desta Literatura, porque o Mestre mostrou que o Amor é o vínculo da perfeição, vivenciou o que exatamente é Louvar a Deus, pois seus gestos são dignos de um verdadeiro Maestro.

A ideia da escada em forma de teclado na capa, é porque a mesma escada que se utiliza para subir, é a mesma para descer, pois o céu não é o destino final, é apenas o local de concentração dos mortos em Cristo, dos arrebatados para as bodas do Cordeiro, que o Maestro nos levará e trará de volta com Ele.

Este livro inicia falando de louvor e findará no mesmo propósito.

Convido á todos os leitores, antes de concordarem ou discordarem, a examinarem tudo por completo, como os crentes de Beréia, Macedônia (At 17:10-12). Não peço a ninguém para acreditar como eu acredito e escrevi, entretanto o meu profundo desejo é que tão somente analisem tudo e depois tirem suas conclusões, pois aceito quaisquer tipo de críticas; contudo apenas daqueles que lerem do início ao fim; porquanto posso estar equivocado, ou não tenha esclarecido o suficiente.

Esta literatura é um meio de tirar a mordaça de meus lábios, porque é assim que me sinto devido as ditaduras teológicas existentes nas igrejas dos pastores papas; e também é uma oportunidade de tirar as vendas e as escamas dos olhos de quem permitir que aconteça. Porém é extremamente importante frisar e lembrar que Deus, somente Ele é o único e exclusivo dono da verdade.

I – LOUVOR E SUA ORIGEM

Louvor – É tudo aquilo que fazemos por gestos ou palavras, seu objetivo é enaltecer em todos as esferas de nossa vida e interagir com o arquiteto do universo, cujo Maestro Mor é Jesus.

Os tês pilares do Louvor:

Submissão – Salmos 1:1,2; 40:8; 51:17; 103:20; 106:3; 112:1; 119:1-176; 128:1,4.

Gratidão – Salmos 78:4-8; 92:1-5; 100:1-5; 103:1,2,22; 105:1,2,5; 106:1; 107:1; 116:1,2,12; 118:29; 138:1,2; 147:1-20; 150:1-6.

Exaltação – Salmos 18:46;21:13; 29:1,2; 30:1,4; 57:5,11; 96:1-8; 99:5,9; 108:5; 118:28; 145:1-7.

Embora dei apenas algumas referências, no entanto se analisarmos, encontraremos todas essas atitudes contidas em todo livro dos Salmos, de uma forma simples e bem convincente.

Seu título em grego Pisalmoi, quer dizer: ‘Cânticos ou canções’; em hebraico Tehilim, de onde vem a expressão Louvor.

Quando olhamos para as Escrituras temos um panorama, e percebemos o Altíssimo, o Criador, sempre se manifestando e relacionando-se com sua criatura, como podemos ver no Éden (Gn3 :8,9), e no decorrer de toda Bíblia. No entanto quando deparamos com os Salmos, observamos o homem se direcionando e se voltando de onde veio, para sua gênesis, ao Deus Todo Poderoso, construtor dos céus e da terra, que o trouxe a existência.

O Eterno antes de formar Adão do pó da terra, em seu plano já havia projetado dentro de si, e depois que se concretizou em suas mãos, logo em seguida soprou nele aquilo que antes já existia em seu íntimo; pois tudo que é visível é reflexo do invisível.

A alma é a sede e o interlocutor que une duas naturezas, espiritual e a terrena, pois é de lá que vem os suspiros e procede a adoração.

Entre pensamentos e sons emitidos, assim somos nós, é o fôlego de vida, indo ao encontro, buscando seu lugar de origem, o seu Criador.

Sem fé é impossível agradar a Deus (Hb 11:6), porém tal ato não é o suficiente para uma verdadeira veneração, pois seus componentes estão no Louvor.

Primeiro Pilar: "Submissão – Segundo o dicionário Houaiss" da língua portuguesa, é ato ou efeito de submeter-se; Condição em que se é obrigado a obedecer, sujeição, subordinação; Docilidade, subalternidade, humildade, subserviência, abaixamento de voz.

Esse termo usa a origem etimológica que reside no vocábulo latino submission, que trás um conceito em sua referência ao submeter de uma pessoa, ou debaixo de uma missão.

É incrível o quão Jesus em tudo agiu com Maestria, diz a Bíblia: Que sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens, e achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até a morte, e morte de cruz. (Fp 2:6-8)

Neste versículo está contida a essência do que é se submeter; o nosso Mestre fez isso, essa atitude revela ser o mesmo que: Esvaziar-se de si mesmo. Esse é o real sentido e o caminho para a sujeição, que o Messias tantas vezes praticou e nos ensinou a andarmos nEle e deixou instrução para todo aquele que deseja segui-lo, então deve a cada dia negar se a si mesmo, tomar a cada dia a sua cruz (Lc 9:23).

Quando Jesus lavou os pés dos discípulos (Jo 13:4,5), ensinou o caminho da humildade e mostrou que é possível se sujeitar a alguém, mesmo sendo superior a ela, pois eles que deveriam ter feito em honra ao seu Senhor, no entanto Ele fez para servir de exemplo, tanto para eles, quanto para nós (Jo 13:14-17).

No Novo Testamento a obediência é declarada como sacrifício de Louvor (Hb 13:15), porque no Antigo Testamento quando alguém pecava substituía-se a culpa das transgressões cometidas pelos sacrifícios de Animais (Lv 7:1-5), mostrando o quanto eram mortos em seus delitos e infrações, por falta de acatamento. Por esta razão o apóstolo Paulo escreveu: "Rogo-vos, pois irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus o qual é o vosso culto racional(Rm 12:1). Pois contrário a isso resulta em mortos vivos e uma adoração fracassada. Porque; Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! Entrará no reino dos céus, mas aquele faz a vontade de meu Pai que está nos céus" (Mt 7:21).

A cruz representa morrer para este mundo, quando negamos a nós mesmo para fazer a sua vontade, pois nossas atitudes devem ser: viva, santa e agradável aos olhos do Eterno; pois a matança de animais nunca o agradou: Tem porventura o Senhor tanto prazer em holocaustos e sacrifícios, como em que se obedeça a Palavra do Senhor? Eis que o obedecer é melhor que o sacrificar, e o atender melhor é do que a gordura de carneiros (I Sm 15:22). "Sacrifício e oferta não quiseste, os meus ouvidos abriste, holocausto e expiação pelo pecado não reclamaste. Então disse: Eis aqui venho; no rolo do livro está escrito de mim: Deleito-me em fazer a tua vontade, ó Deus meu; sim, a tua lei está dentro do meu coração. (Sl 40:6-8).  Abre, Senhor, os meus lábios, e a minha boca entoará o teu louvor.  Porque te não comprazes em sacrifícios, senão eu os daria; tu não te deleitas em holocaustos.  Os sacrifícios para Deus são o espírito quebrantado; a um coração quebrantado e contrito não desprezarás, ó Deus (Sl 51:15-17). De que me serve a mim a multidão de vossos sacrifícios, diz o Senhor. Já estou farto dos holocaustos de carneiros e da gordura de animais nédios; e não folgo com o sangue de bezerros, nem de cordeiros, nem de bodes. Quando vindes para comparecerdes perante mim, quem requereu isso de vossas mãos, que viésseis pisar os meus átrios? Não tragais mais ofertas debalde; o incenso é para mim abominação, e também as Festas da Lua Nova, e os sábados, e a convocação das congregações; não posso suportar iniquidade, nem mesmo o ajuntamento solene. As vossas Festas da Lua Nova, e as vossas solenidades, as aborrece a minha alma; já me são pesadas; já estou cansado de as sofrer. Pelo que, quando estendeis as mãos, escondo de vós os olhos; sim, quando multiplicais as vossas orações, não as ouço, porque as vossas mãos estão cheias de sangue. Lavai-vos, purificai-vos, tirai a maldade de vossos atos de diante dos meus olhos e cessai de fazer mal. Aprendei a fazer o bem; praticai o que é reto; ajudai o oprimido; fazei justiça ao órfão; tratai da causa das viúvas (Is 1:11-17). Porque Eu quero misericórdia e não sacrifício; e o conhecimento de Deus, mais do que holocaustos. Mas eles traspassaram o concerto, como Adão; eles se portaram aleivosamente contra mim" (Os 6:6,7).

Graça provisória é a minha definição para as matanças de animais, na antiga aliança, pois o fogo sobre o altar representava purificação e ira contra o pecado, porém Deus sempre almejou que todos andassem na retidão.

Está escrito: "Tu és santo, o que habita entre os Louvores de Israel" (Sl 22:3). Duas coisas devem ser averiguadas neste texto: santidade e peculiaridade. Mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda vossa maneira de viver. Porquanto está escrito: Sede santo, porque Eu sou Santo (1 Pe 1;15,16; Lv 11:44). O Reino de Deus não consiste apenas em palavras, mas em virtudes (1 Co 4:20). Louvores de Israel indica que o adorar precisa ser exclusivo dEle, pois não é em qualquer entoação que se faz presente; todavia deve-se fazer parte de seu aprisco e ter um relacionamento contínuo e uma vida de purificação.

Neste contexto Bíblico, Submissão é o mesmo que: esvaziar e negar a si mesmo, pois esse é o verdadeiro sacrifício, e o primeiro Pilar do Louvor.

Segundo Pilar: Gratidão – Segundo o dicionário Houaiss da língua portuguesa é: "Qualidade de quem é grato, reconhecimento de uma pessoa por alguém que lhe prestou um benefício, um auxílio, um favor etc.Agradecimento do latim Gratitude".

Gratitude é derivado do vocábulo gratus ou gratia, que significa ser acolhido ou acolher com favor, de forma agradável, com alegria, de onde originou a palavra Graças, que quer dizer: agradecer ou estar agradecido.

Uma pessoa cheia de graça, também é o mesmo que cheia de alegria, como a expressão do salmista: Celebrai com júbilo ao Senhor, todos os moradores da terra. Servi ao Senhor com alegria e apresentai-vos a Ele com canto. Sabei que o Senhor é Deus; foi Ele, e não nós, que nos fez povo seu e ovelhas do seu pasto. Entrai pelas portas dEle com louvor e em seus átrios, com hinos; louvai-o e bendizei o seu nome. Porque o Senhor é bom, e eterna, a sua misericórdia; e a sua verdade estende-se de geração a geração (Salmo 100).

Graça à luz da Bíblia: Favor e imerecido. Porque não importa o que fazemos ou deixamos de executar, a grande verdade é que nunca seremos merecedores da ação Divina sobre nossas vidas. Em relação ao próximo tem o mesmo diagnóstico, pois quando ajudamos em primeira instância, não é pelo que fez ou o que o fará, ou porque se vai ser grato ou não, mas sim, pelo fato que o nosso dever é contribuir para o benefício de alguém, independemente da recompensa, no entanto, como ato de gratidão somos motivados a agir também como forma de retribuição, a quem nos abençoou.

Ser grato é uma atitude nobre, independente de quem o tenha favorecido, mas se tratando do Todo Poderoso, é o segundo Pilar que compõe o Louvor para uma viva magnificência.

As Escrituras, principalmente nos Salmos, nos mostram o quanto é importante estarmos agradecidos por tudo e por todos (Rm 1:21; 2 Tm 3:2; 1 Ts 5:18; Dt 8:10-20; Sl 78:1-72; 95:10; 103:1,2,22; Cl 3:15; Ef 5:20).

"Em tudo dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco" (1 Ts 5:18).

Esse sentido é mútuo que atinge ambas as partes, independente se está doando ou recebendo, pois é muito gratificante em ver alguém hilariante e saber que fomos o pivô dessa alegria que irradia também para o contribuinte e revela o quanto é errôneo dizer que não esperamos nada em troca, porque o contentamento do receptor é pagamento do emissor.

Antes de me achar contraditório, ou até mesmo a Bíblia por Jesus ter dito para amarmos e fazermos o bem sem desejar algo pelo ato (Lc 6:35), me antecipo em dizer mais uma vez, que não aguardar nada do que se fez é uma das maiores hipocrisias existentes no ser humano, pois se o próprio Deus, Ele mesmo adverte os ingratos, como já proferimos e ainda continuaremos a mencionar; entretanto, o que o Mestre quis dizer, é o que está em pauta, pois quando ajudamos qualquer pessoa nosso dever é fazer independente se vai retribuir ou não, foi essa a sua intenção, porque Mais bem aventurada coisa é dar do que receber (At 20:35). E no mesmo episódio comprova isso quando declara que o Eterno é benigno até para com os ingratos e maus (Lc 6:35). E também diz na mesma passagem que será grande o nosso galardão, ou seja, de qualquer maneira receberemos do Senhor, pois Ele é a maior recompensa (2 Cr 15:7; Rm 2:6; Cl 3:23,24).´

Qual é o pai ou mãe, que dando o melhor presente que puder aos filhos, porém ao receber, não demonstra qualquer tipo de contentamento, e deixando de lado o menospreza; como se sentiriam os pais em ver tal desagrado?

Quando faço menção a expectativa que em verdade ela existe, não estou querendo afirmar que quando damos (x), também temos que ganhar (x) de volta, de maneira alguma, contudo, o que estou expressando, é que no mínimo esperamos que fique feliz; esse é o genuíno e o exato sentido da gratidão, contentamento (Sl 100: 1-5). É claro que também desejamos que um dia faça o mesmo por outra