Não É Sobre O Que Penso, Mas Como Gostaria Que Fosse Pensado
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Não É Sobre O Que Penso, Mas Como Gostaria Que Fosse Pensado - Vanderson Freizer
Não é sobre o que penso, mas como gostaria que fosse pensado
Não é sobre o que penso, mas gostaria que fosse pensado
Pelo menos, para mim, essas características, são o que mais se parece com as definições de democracia e de política. Mas, na realidade, isso toma propósitos diferentes e cada um defende seus próprios interesses. O dinheiro é a única moeda de troca, não há espaço para que atos humanos sejam feitos, sem que exista alguma recompensa.
Vanderson Freizer
Título original
Não é sobre o que penso, mas como gostaria que fosse pensado
Publicação independente, São Paulo, Brasil, 2022
1ª Edição
Autor: Vanderson Freizer
Edição: Victor Hudsen
Revisão: Hugo Bross
Editoração e revisão final: Almir Oliveira
Copyright © Vanderson Freizer
Direitos Reservados. Proibida a reprodução, sem autorização do autor
Sumário
Talvez isso seja sobre mim
Mudanças não esperadas
Apenas algumas ideais soltas
Sonhos podem não ser o que parece
Uma busca do que seja útil
História de juventude perdida
Pode ser sobre qualquer pessoa
Fatos negligenciados
Uns nascem, outros morrem
Poderia ser diferente do que foi?
Tudo tem razão de acontecer
Tentativa de fazer diferente
Vítima do julgamento moral
Teve fim e começo, sem história
Talvez isso seja sobre mim
Q
uando eu era jovem, mais jovem do que sou hoje, acreditava que poderia fazer tudo. Cada descoberta me fazia sentir ainda mais forte, eu era o super-herói de mim.
Era um período sem grandes dificuldades, não havia muito o que ser pensado, apenas a descoberta de algo novo, foi meu foco de vida.
Era interessante como não via maldade nas pessoas. Imaginava que, cada um vivesse assim como eu, mergulhado em um mundo de descobrimento e aventuras.
Cresci sem conhecer meu pai. Se o tiver visto, foi em algum momento da vida que não me lembro. Talvez, esse encontro tenha sido insignificante e não quis guardar nenhuma lembrança em minha memória.
É bem provável que tenha acontecido diferente e, por algum motivo, que não se possa explicar, decidi ignorar sua figura e acredito não ser interessante fazer qualquer menção de seu nome.
Imaginando poder fazer tudo, e a grande maioria dos jovens pensa que isso é uma verdade, seguia meu caminho sem muito o que pensar de futuro. Ainda estava na fase das descobertas e não tinha muito compromisso com os dias que iriam se suceder.
Sempre acontecia, uma coisa ou outra, que estava fora de meus planos de super-herói. Um puxão de orelha e, raramente, uns tapas de minha mãe, não estavam equiparados a grandeza que eu julgava ter.
Esse mundo de descobertas, e tudo que eu imaginei estar sob meu controle, foi atingido duramente com uma decisão, da qual, não puder fazer parte, ou emitir qualquer opinião a respeito.
Falo do dia em que minha mãe se casou, acho que esse foi o primeiro casamento dela, pois nunca tive o interesse de saber se ela teve alguma relação afetiva com meu pai, além do fato deles terem me feito.
Quando minha mãe decidiu se casar, não fui consultado se isso seria bom ou ruim, ou se era algo que eu fosse aceitar. Isso me fez parecer fraco.
A decisão foi tomada à revelia de mim, não fui ouvido, questionado, consultado, nem ao menos informado sobre o casamento.
Percebi que ninguém pode ser herói de si e que existem fatores que vão interferir em seu mundo de descobertas e ilusões.
O pior nisso tudo, é que tinha 13 anos, quando minha mãe inventou essa história de casamento.
Nessa idade, exigia, mesmo que para mim, que um assunto como esse, deveria ter sido debatido de forma mais aprofundada.
Em meus pensamentos, fazia afirmações de que minha mãe não poderia ter feito isso sem me ouvir, sem saber o que eu achava. Afinal, durante 13 anos, era só eu, meu mundo de descobertas e minha mãe.
Vivíamos muito bem sozinhos, nesse pouco mais de uma década. Não era necessário que uma dupla, viesse a se tornar um trio.
A partir dessa decisão, sem que eu tivesse sido consultado, tive a minha primeira lição humana de grande importância.
Entendi, com esse exemplo banal, que as pessoas tomam decisões, que vão afetar a vida de outros, sem que haja um entendimento entre todas as partes.
Decisões que vão afetar a vida de centenas, milhares ou milhões, são tomadas diariamente por um número restrito de pessoas, são aqueles que detém o poder, que vão direcionar nossos caminhos.
Mesmo hoje, quando não sou tão jovem como era antes, o fato de poucos decidirem por muitos, me parece, um tanto quanto, injusto e descabido. Somado a isso, que é o maior dos problemas humanos, vem as decisões de grande impacto.
Em algum momento da história, uns poucos decidiram que era preciso vender pessoas, para que fossem escravizadas até a morte.
Durante séculos, homens e mulheres foram arrancados de seus países, de suas culturas, de suas vidas e levados para lugares, onde seriam forçados a trabalharem sem direito algum.
Essa decisão foi tomada por poucos, mas que, afetaram milhões.
No meu mundo de ilusões, imaginava que, por menor que fosse a decisão a ser tomada, todas as partes que estariam envolvidas, deveriam ter o poder de opinar.
Por menor que fosse o que estava sendo decidido, sempre tive a ideia de que deveria haver um diálogo, em que todos pudessem expressar seus pontos de vista.
Depois fui aprender que isso de ouvir a maioria, sobre alguma demanda, deram o nome de democracia, e que essa característica humana, vem de muito tempo, e que a democracia pode ser feita através da política, e que a política é um trabalho exercido para a discussão de ideias, que serão úteis para a maior parte de toda uma população.
Pelo menos, para mim, essas características, são o que mais se parece com as definições de democracia e de política.
Mas, na realidade, isso toma propósitos diferentes e cada um defende seus próprios interesses. O dinheiro é a única moeda de troca, não há espaço para que atos humanos sejam feitos, sem que exista alguma recompensa.
No decorrer dos anos, vi que a política é diferente de país para país.
Algumas nações são mais democráticas, outras são verdadeiras tiranias. Em vários aspectos, percebi que as decisões mais importantes ficavam a cargo de um pequeno grupo de pessoas.
O poder estava nas mãos de poucos, que decidiam sobre o futuro de muitos.
Ao longo da história, presidentes tomaram decisões sobre economia, que levaram milhões para a miséria. Os mandatários, junto com um seleto grupo de intelectuais e economistas, ignoraram a maior parte da população.
Sem ponderar todas as possibilidades, decidiram que era melhor cortar direitos trabalhistas, deixar o mercado correr livre e que cada um procurasse uma maneira de sobreviver.
Direitos trabalhistas foram conquistados através de muita luta. Muitos morreram para que o trabalhador pudesse ser respeitado.
Essa luta, sempre esteve ligada nas questões de classes sociais.
Os empregadores, nem sempre são amigáveis sobre respeitar e conceder benefícios para seus empregados.
Para tentar rever todas as atrocidades que foram cometidas ao longo da história, passaram a tratar os trabalhadores como colaboradores ou funcionários. Para muitos, o fato de não ser mais identificados como empregos, foi a solução para uma série de injustiças.
Questões de sobrevivência sempre foram as que tiveram as piores decisões.
Nas relações humanas, a política optou por medidas que, serviram para aqueles que tem mais dinheiro.
E dinheiro representa poder. Tendo mais dinheiro, sempre será mais poderoso.
Ninguém nunca teve a preocupação de entender, como os mais pobres, com todas as dificuldades que enfrentam, conseguem ser mais afetuosos, uns com os outros.
Medidas foram tomadas em desfavor dessa classe e, a sobrevivência do pobre, foi ficando cada vez mais complicada.
Via essas decisões sobre sobrevivência e pensava que, os que tinham certa quantidade de dinheiro, poderiam se sustentar, caso o mercado começasse a correr descontrolado, numa demanda de produtos e preços, que teriam alterações durante esse processo louco.
Também via que os mais pobres iriam ser jogados para a miséria. Uma grande parte da população, não teria como acompanhar a corrida do mercado e iriam ser atropeladas e massacradas ferozmente.
E foi, mais ou menos assim, que aconteceu. Milhões perderam o sustento e tiveram que caminhar para o mundo do crime.
Não observar a desigualdade que crescia cada vez mais e ignorar os efeitos que isso poderia causar, gerou consequências devastadoras para a convivência humana.
Você pode me dizer, e isso tem certa razão, que houve momentos em que os acontecimentos foram diferentes desses que estão sendo narrados.
Digo que isso é verdade, que tiveram épocas, em que os pobres puderam frequentar boas universidades e realizar o sonho de ter uma casa ou um carro. Além de conquistarem melhores condições de vida.
Mas os movimentos políticos, que estão alinhados a defender os interesses dos poderosos, irão ter sempre mecanismos de retroceder todas as conquistas das classes mais baixas.
Sempre existirão conspirações para alastrar doenças, tais como: o racismo, o preconceito e a discriminação.
As desigualdades, social e econômica, é o que sustenta todo esse sistema. Apoiar o enfrentamento de classes é a base para manter o poder.
Chefes de famílias pobres, podem até ter tido algum alívio, dependendo de quem esteve no poder, no entanto, na maior parte do tempo, não terão como pagar as contas básicas, tais como: luz, água, fazer as compras do mês e dar aos filhos, aquilo que eles afirmam terem direito de receber.
Em tempos de crise, muitos dos que pagam aluguel, serão despejados e passarão a viver