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Professor Sem Estresse
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Professor Sem Estresse

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Professores estressados, desmotivados e sem apoio social e financeiro; alunos desobedientes e violentos; material didático insuficiente; pais ausentes, entre tantos fatores que depreciam a Educação, é preciso encontrar obras menos filosóficas e mais práticas, com instrumentos que funcionem a curto prazo. Este livro contém 14 capítulos com técnicas e textos que ensinam o professor a se preparar para uma melhor qualidade de vida profissional, material usado pelo autor durante parte da sua vida profissional e que hoje o mantém em equilíbrio para estar em sala de aula. Essas lições visam tornar a Educação mais divertida, mostra ao professor que ele pode fazer diferente, que educar pode ser diferente, sem estresse: “Lecionar deve ser divertido.” “Professor sem estresse” é a ajuda necessária para reescrever a história do professor em sala de aula, o qual constitui um tratado de experiências e práticas de sala de aulas que realmente funcionam.
LanguagePortuguês
Release dateJun 8, 2018
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    Professor Sem Estresse - Nicolau Salerno

    PROFESSOR

    SEM

    ESTRESSE

    Lecionar deve ser divertido

    Nicolau Salerno

    Rio de Janeiro

    Nicolau Henrique Salerno

    2018

    ISBN 978-85-915844-4-4

    DEDICATÓRIA

    Dedico este trabalho, fruto de minhas práticas pedagógicas e

    da crença em uma educação democrática e libertadora, ao

    professores que fazem a diferença e carregam a esperança de

    reencontrar moral e valorização.

    Agradeço aos homens que nos respeitam

    e a Deus por nunca nos deixar desistir.

    Nicolau Salerno

    SUMÁRIO

    Introdução

    Uma história inicial: O Golpe

    Capítulo I - O real concreto: Planejar para não falhar

    Capítulo II – Imitar

    Capítulo III - Pausar para renovar forças

    Capítulo IV - Aluno não é oponente; portanto não trave

    guerra. Não ameace. Seja esperto.

    Capítulo V - Surpreender, fazendo diferente. Saindo da

    previsibilidade.

    Capítulo VI - Encante-se com o conteúdo para encantar o

    aluno.

    Capítulo VII - Busque o que gosta, mesmo que mude o

    planejamento.

    Capítulo VIII - Saia das armadilhas.

    Capítulo IX - Divirta-se com a sua aula, mesmo que pouco

    aproveitem. Os outros virão atrás no momento certo.

    Capítulo X - Professor não é conselheiro. Cuidado! Lição de

    moral, quando não requisitada, dá ao professor o

    rótulo de chato.

    Capítulo XI - Ria com o aluno. Elogie. Declare seu amor

    pela arte de ensinar.

    Capítulo XII – Celular não é concorrente do professor.

    Capítulo XIII – Bullying. Ele pode ser um aliado.

    Capítulo XIV - O último recurso, porém não menos

    importante: Leia O Pequeno Príncipe, de Antoine

    de

    Saint-Exupéry.

    Nossa Conclusão

    Anexos

    1. Roteiros para planejamento de projetos

    2. Rodas de leitura que melhoram a autoestima e o bom

    humor

    3. Dinâmicas para quebrar a rotina e os momentos

    estressantes, e, ao mesmo tempo, educar

    Epílogo

    Anexos

    INTRODUÇÃO

    "Se não fosse imperador, desejaria ser professor. Não conheço

    missão maior e mais nobre que a de dirigir as inteligências jovens e

    preparar os homens do futuro." D. Pedro II

    Todos reconhecem a importância do professor e sua função de

    fio condutor da informação ao conhecimento, e este, pelo talento de

    cada, à sabedoria. Este reconhecimento e a esperança da reconquista

    do respeito, da moral e da valorização, são a mola-propulsora das

    ações diárias em sala de aula. O professor se mantém firme diante das

    incertezas e luta com suas barreiras para cumprir com orgulho a difícil,

    mas prazerosa, arte de educar. O que proponho nesta obra é oferecer

    recursos, instrumentos, não para lecionar, isto é característica de cada

    um, mas ações fáceis para o professor minimizar o estresse do dia-a-

    dia e se tornar um profissional mais tranquilo, mais satisfeito (ainda

    com todas as dificuldades) e equilibrado diante, principalmente, dos

    conflitos burocráticos da educação.

    Aqui, não está um tratado científico, mas uma compilação de

    atitudes que fizerem toda diferença em 30 anos de profissão.

    Seguem dicas, testes, roteiros de projetos, isto é, caminhos que

    levam à traquilidade.

    Desejo sucesso e sabedoria para ultrapassar as barreiras que

    nos desgastam e quase, quase mesmo, nos fazem desistir.

    Experimente e troque sua experiência comigo:

    nhsalerno@oi.com.br.

    "Não estou defendendo minhas verdades, mas dividindo minhas

    certezas."

    Nicolau Salerno

    

    "O professor disserta sobre ponto difícil do programa.

    Um aluno dorme,

    Cansado das canseiras desta vida.

    O professor vai sacudi-lo?

    Vai repreendê-lo?

    Não.

    O professor baixa a voz,

    Com medo de acordá-lo."

    Carlos Drummond de Andrade

    Uma história inicial.

    O GOLPE

    1983, depois de saber por um colega de profissão que na sala

    em que eu entraria naquele primeiro dia de aula estava a turma mais

    problemática do ano anterior, peguei meu material e fui em direção à

    arena. Que comparação tola! Não penso assim, mas fui preparado,

    planejado para mostrar que estava disposto a ensinar. Mais de sessenta

    alunos lotavam uma sala e estavam, visivelmente, dispostos a contar

    suas histórias de férias e não assistir a uma aula de gramática da

    Língua Portuguesa. 8ª série do Ensino Fundamental, hoje, 9º ano.

    Mudaram na nomenclatura, mas a educação falha continua a mesma,

    Deixemos a crítica para outro momento.

    Entrei triunfante como um profissional sonhador do trabalho

    que havia planejado: Ensinaria as bases da Fonética. Apresentei-me.

    O nome Nicolau no quadro já foi motivo de piada. Ri. Brinquei.

    Fiz aquela introdução comum a todas as aulas iniciais. O burburinho

    não parava. Segui. Cerca de 30min depois de tentar explicar o início

    dos conteúdos, mesmo sendo criativo, engraçado, e outros recursos

    mais que nem me lembro, percebi que falava para a metade da turma.

    Parei! Pensei: Lá vem o golpe!. Apaguei o quadro e comecei a

    explicar o conteúdo de traz para frente, apresentando a transcrição de

    palavras com os símbolos fonéticos, o que certamente era além do

    necessário para a turma. Um pequeno tempo depois, silêncio. Um

    aluno virou-se e disse que não estava entendendo. Outro e mais outro

    também disseram o mesmo. Era a glória para um aluno desatencioso

    dizer que não entendia o que o professor explicava e a turma toda

    dizendo, seria culpa do professor. Era exatamente o que queria. O

    que fiz: apaguei o quadro novamente e comecei do início da matéria,

    como planejado. Consegui dar o meu recado e todos entenderam. Não

    me expus a uma situação que poderia projetar uma imagem errada do

    meu perfil profissional.

    Na aula seguinte, revelei o meu segredo, ou seja, disse o que

    havia feito e que tinha outros recursos, golpes, para outras situações.

    Deu certo. Foi um verdadeiro e proveitoso golpe alto .

    Uma reflexão: Alguns fatores foram decisivos para o inesperado:

    estar planejado, não criar uma guerra de poder com os alunos, não abrir

    guarda em prol da simpatia, acreditar na criatividade. Somente

    sabendo o que vamos

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