Santo Agostinho, Os Antigos E O Diálogo Sobre A Felicidade
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Santo Agostinho, Os Antigos E O Diálogo Sobre A Felicidade - Samuel Galvão
SAMUEL GALVÃO
SANTO AGOSTINHO, OS ANTIGOS E O
DIÁLOGO SOBRE A FELICIDADE
1ª Edição
Vitória de Santo Antão
Edição do Autor
2018
Copyright © 2018 by Samuel Galvão
Diagramação Samuel Galvão
Capa Samuel Galvão
Revisão Samuel Galvão
G182s Samuel Galvão
Santo Agostinho, os Antigos e o Diálogo Sobre a
Felicidade/ Samuel Galvão.
1. ed –Vitória de Santo Antão, PE
Esta obra é uma publicação independente.
Copyright [2018] by Samuel Galvão
Todos os direitos desta edição reservados ao autor da obra.
1. Filosofia antiga, medieval e oriental – Brasil
2. Linguística – Brasil
Índice para catálogo sistemático:
1. Filosofia antiga, medieval e oriental CDD 180
2. Linguística CDD 410
Filosofar é como tentar descobrir o segredo de um cofre: cada
pequeno ajuste no mecanismo parece levar a nada. Apenas
quando tudo entra no lugar a porta se abre.
Ludwig Wittgenstein
Ao Deus-Pai, Todo Poderoso, pela bênção da vida;
Ao casal João e Ester de Oliveira, por terem me
encaminhado à trilha dos estudos, sem os quais nem iniciaria
este trabalho;
À Universidade Federal do Amazonas, por ter
proporcionado todos os recursos necessários à realização
inicial desta pesquisa;
À Prof.ª Dr.ª Marilina Bessa, por ter oferecido este trabalho
de pesquisa a mim, e pela orientação dispensada;
À minha família: Nadiene, Elnoé e Suriel, por todo o amor
e carinho.
APRESENTAÇÃO
A História da Filosofia oferece um leque de grandes
pensadores sistemáticos impressionantes. Por milênios o pensar
filosófico vem se estruturando em linhas cada vez mais racionais e
meticulosas. No entanto, esta disciplina precisou ser classificada de
acordo com as épocas distintas de suas revoluções. Por exemplo, o
tempo histórico em que ela ficou conhecida como Filosofia
Medieval; foi nesse tempo que apareceu Agostinho de Hipona.
Esse período humano caracterizou-se exclusivamente pelo
domínio do Império Romano e, consequentemente, da ascensão
do Cristianismo como religião oficial do Estado. Toda a vida era
direcionada e regrada, senão na sua totalidade, pelos ensinamentos
das Sagradas Escrituras. Era natural que a influência da Filosofia
não fosse tão expressiva como se desejava, sobretudo pelos
pensadores medievais.
Mas, por volta do ano 300 da Era Cristã, tal disposição
intelectual começou a se transformar, devido ao surgimento,
criação, educação e, finalmente, conversão do filósofo Agostinho,
que passou a ser conhecido como Santo Agostinho. Sem dúvida
ele contribuiu imensamente, não apenas para com a Filosofia, mas
também para com a recém-nascida Teologia.
Santo Agostinho é considerado um gênio da humanidade.
Sua imensa obra contribuiu tanto para os estudos filosófico-
teológicos, quanto para demais disciplinas, como a Literatura e a
poesia; a música e as Artes Visuais, de certo modo. Em sua
homenagem, construíram catedrais eclesiásticas, esculturas de sua
possível aparência, telas de pintura e inúmeros estudos filosóficos
científicos, como se vê nos dias atuais.
O nosso filósofo abordou temas importantíssimos como a
questão da Eternidade, do Tempo, da Trindade, da Política, da
Moral, da Religião e da Felicidade. Pode-se dizer que este último
tema é o âmago fundamental da presente obra, e se baseia
singularmente no livro agostiniano O Diálogo Sobre a Felicidade.
Este trabalho atual começa explanando sobre a vida de
Santo Agostinho, juntamente com o que se conhece a respeito do
tempo em que ele viveu, isto é, do contexto histórico e social do
mundo em que habitou. Logo em seguida, é mostrado um
entrelaçamento de ideias no que condiz ao conceito de felicidade,
amor e desejo, visto a partir dos filósofos antigos caminhando até
a Idade Medieval, justamente com as ideias de Agostinho.
Esta disposição de ideias nada mais revela do que certa
convergência do pensamento agostiniano com a filosofia dos
gregos primordiais, mostrando que seu modo de pensar obedece a
uma linha sistemática de reflexão micro e macro tempo-espacial.
Apesar dele mesmo relatar em sua outra obra, Confissões, que
lamentava