As Barcas De Derlim
()
About this ebook
Read more from Cabral Veríssimo
Nr-12 - Segurança No Trabalho Em Máquinas E Equipamentos Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsNr-13 Caldeiras, Vasos De Pressão E Tubulações Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsReceitas De Produtos De Limpeza Ecológicos Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsNova Nr-20 Líquidos Combustíveis E Inflamáveis Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsNr 23 – Proteção Contra Incêndios Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsAs Escolas Literárias Do Brasil Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsNr 17 – Ergonomia Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsNr-35 Trabalho Em Altura Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsTécnicas De Fazer Sorvetes Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsNr 18 - Condições E Meio Ambiente Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsNr 10 - Segurança Em Instalações Elétricas Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsVocabulário Da Construção Civil Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsCódigo De Ética Profissional Do Psicólogo Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsNr 9 - Programa De Prevenção De Riscos Ambientais Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsNr-36-segurança E Saúde De Abate Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsAlvenaria - Oficio De Pedreiro Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsMedicamentos E Tratamentos De Pequenos Animais Feridos Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsNr 19 - Explosivos Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsFormação De Recepcionista Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsNr-7 Programa De Controle Médico Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsOratória - Como Falar Bem Em Público Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsMétodo P. Bona (divisão Musical) Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsGarçom Atualizado Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsSegurança Privada Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsLei Nº 5.194 - Engenharia, Da Arquitetura E Da Agronomia. Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsPorteiro, Segurança De Portaria Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsOnomatopeia - Sons De Pessoas,objetos,animais E Coletivos Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsDicionário E Sinais De Trânsito Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsEstética E Beleza Rating: 0 out of 5 stars0 ratings
Related to As Barcas De Derlim
Related ebooks
A Ilha Da Caveira Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsFanes Ii Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsCoração Orange Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsPontos de vista Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsOs náufragos de Borneo Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsPunido pela Esperança Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsOs piratas fantasmas Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsOs Náufragos de Bornéu Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsMinhas Histórias Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsCanção de ninar do diabo Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsO ano em que Zumbi tomou o Rio Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsNo Paiz dos Yankees Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsO Matador do Olimpo: Mistérios nas Ilhas Gregas Rating: 5 out of 5 stars5/5Austrália Meu Amor: Consultores & Cia, #1 Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsOs Cem Dias Do Sévila - Livro Dois Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsO Homem Que Via Com Os Olhos Da Noite Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsCopacabana nua e outros contos Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsA Viagem Do Destroyer De Nova York Ao Brasil Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsVinte mil léguas submarinas Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsSereias Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsO Lobo-do-mar Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsCoração das trevas Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsFilosofia e arte Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsSentimento do mundo Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsPersonificação Do Mal Vol. Ii Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsO Navio Negreiro Rating: 5 out of 5 stars5/5Lucrécia Bórgia Rating: 5 out of 5 stars5/5Ethos: do pecado dos pais e outras mentiras: Livro 1 Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsNaufragados Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsK-36: O zeppelin que caiu no Cabo Rating: 0 out of 5 stars0 ratings
Performing Arts For You
Glossário de Acordes e Escalas Para Teclado: Vários acordes e escalas para teclado ou piano Rating: 5 out of 5 stars5/5Da criação ao roteiro: Teoria e prática Rating: 5 out of 5 stars5/5A arte da técnica vocal: caderno 1 Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsOrdem Das Virtudes (em Português), Ordo Virtutum (latine) Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsContos Sexuais Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsO poder do ator: A Técnica Chubbuck em 12 etapas: do roteiro à interpretação viva, real e dinâmica Rating: 5 out of 5 stars5/5William Shakespeare - Teatro Completo - Volume I Rating: 0 out of 5 stars0 ratings5 Lições de Storyelling: O Best-seller Rating: 5 out of 5 stars5/5Os Crimes Que Chocaram O Brasil Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsA Proposta Rating: 3 out of 5 stars3/5Oratório Métodos e exercícios para aprender a arte de falar em público Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsSexo Com Lúcifer Rating: 5 out of 5 stars5/5Como Escrever de Forma Engraçada: Como Escrever de Forma Engraçada, #1 Rating: 4 out of 5 stars4/5O Acordo Rating: 3 out of 5 stars3/5Danças de matriz africana: Antropologia do movimento Rating: 3 out of 5 stars3/5Cinema e Psicanálise: Filmes que curam Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsO que é o cinema? Rating: 5 out of 5 stars5/5Borderline, Eu Quis Morrer Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsA arte da técnica vocal: caderno 2 Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsComo fazer um planejamento pastoral, paroquial e diocesano Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsA Procura Rating: 5 out of 5 stars5/5Eros e Psiquê - Apuleio Rating: 5 out of 5 stars5/5Um Conto de Duas Cidades Rating: 5 out of 5 stars5/5Criação de curta-metragem em vídeo digital: Uma proposta para produções de baixo custo Rating: 5 out of 5 stars5/5Desejo Proibido Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsA construção da personagem Rating: 5 out of 5 stars5/5Adolescer em Cristo: Dinâmicas para animar encontros Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsSexo Com Lúcifer - Volume 2 Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsO que mantém o Teatro vivo: Ritual, fluxo, jogo e improvisação Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsOs Cossacos Rating: 0 out of 5 stars0 ratings
Reviews for As Barcas De Derlim
0 ratings0 reviews
Book preview
As Barcas De Derlim - Cabral Veríssimo
AS BARCAS DE DERLIM 2/145
PARTE – XI -------------------- 28
TEMAS ------------------ PÁGINAS
A prisão injusta
Prefácio ---------------------------- 04
PARTE - XII -------------------- 32
PARTE – I ------------------------- 05
Narrativa: Jorf Dillis
John e Sayuri (no porto)
Os detentos na ilha de Felix
PARTE – II ------------------------ 06
PARTE – XIII
A navegação
------------------ 33
Seis horas depois...
Na fuga dos detentos
PARTE – III ----------------------- 09
(Ao crepúsculo)
Narrativa de Jorf Dillis
PARTE – XIV ------------------ 37
(Numa emboscada)
O socorro de Hawten
PARTE – IV ----------------------- 12
(E visão dos soldados na praia de
Narrativa Jorf Dillis
Consraw)
No rio dos canoeiros
PARTE – XV
(Os dois falsários)
------------------- 39
PARTE – V ------------------------ 14
Loucuras de Rhewler
Narrativa de Lester mont.
(Na ilha de Félix)
"Os dois falsários do rio dos
PARTE – XVI ------------------ 43
canoeiros"
A prisão de Rhewler e seus
PARTE – VI ----------------------- 15
amigos
Narrativa: Jorf Dillis.
(No templo de Felix).
O reencontro de John e Jorf
PARTE – XVII
PARTE – VII ---------------------- 18
----------------- 45
Narrativa de Jorf Dillis
Gláucio e Dora (Pescadores)
Narrativa de Jorf Dillis:
PARTE – VIII --------------------- 20
O novo esconderijo com lua de
G. Ribeiro e Dora (Pintores)
mel
PARTE – IX ------------------ 23 (Jorf e Ione) 00 A navegação
Na ilha do diabo!
PARTE – XVIII ---------------- 49
(Dr. Felix Bronzs)
A ousadia de Felix...
PARTE – X ------------------- 24
(O combate de Browser)
Na ilha de Felix
(O grande resgate)
JOSÉ VIEIRA CABRAL > CABRAL VERÍSSIMO, AUTORIA.
AS BARCAS DE DERLIM 3/145
PARTE – XIX ------------------- 54 PARTE – XXVII -------------------- 95
A perseguição e narrativa de Jorf
Narrativa de Jorf Dillis
Dillis,
A integridade de Carolina Saner
No recanto inesquecível
(Sedução e casamento)
(vitória de Jorf e Ione)
PARTE – XXVIII ----------------- 102
A origem dos soldados, mãos de
A grande paixão! (Lester e Joelina)
ferro.
PARTE – XXIX ------------------- 109
O líder!
Pré-resumo de várias partes...
PARTE – XXX -------------------- 113
PARTE – XX -------------------- 60
Os mistérios das barcas de Derlim
O mistério das barcas de Derlim
A carta de Joelina a João
(João barqueiro...)
– E tentativa de suicídio, de João
PARTE – XXI ---------------------- 64 barqueiro. A voz misteriosa!
Narrativa: Jorf Dillis.
PARTE – XXXI ------------------- 117
à estratégia do Capitão Browser
A preparação dos Jalone contra o
(Ione, o estopim).
México "Lesther e Joelina em visita
PARTE – XXII -------------------- 66
aos amigos"
O preço do resgate
O gotejo
(Carolina e Felix)
Apologia aos velhinhos
PARTE – XXIII -------------------- 74
PARTE – XXXII ----------------- 123
Um princípio de paz entre as
Guerrilha final:
autoridades
Derrota das cabeças da ilha:
PARTE – XXIV -------------------- 79
Jalone, contra o México.
Narrativa: Jorf
Na gazeta mexicana
A fuga de Ione e Felix (a decisão de
(Guerrilha final dos Jalone contra
Jorf)
nós)
Narrativa de: Jorf e Lester mont.
PARTE – XXXIII --------- 126 a 132
Narrativa de Lester mont.
.
Desfecho final...
PARTE – XXV --------------------- 86
O casamento de João barqueiro;
O mistério de João barqueiro
E os mistérios das barcas de Derlim.
(Revelado a Lester e Joelina)
Cidade pequena
Retrato do sol
Lua-de-mel (de João barqueiro e
PARTE – XXVI -------------------- 93
Júlia)
A ousadia e derrotados dos soldados
VOCÁBULOS --------------132 a 141
mãos de ferro
Autobiografia --------- 143 a 145
(E fugas, de Newberto e morais).
Muita atenção para este aviso!
JOSÉ VIEIRA CABRAL > CABRAL VERÍSSIMO, AUTORIA.
AS BARCAS DE DERLIM 4/145
Prefácio
Ao prefaciar este belíssimo romance policial: procurei capturar os
fragmentos indispensáveis para uma melhor compreensão de todo o seu
desfecho...
As barcas de Derlim se principiam no desaparecimento de Fernanda rush
que se deu no porto de Derlim. Em razão disso: duas barcas se expediram desse
mesmo porto, sendo ocupadas por John e seus quatro filhos - e Sayuri com o
seu menino, Anakoto.
Começa aí todo o drama da ilha de Félix, com míseras cenas de morte e
rumores turbante de bombardeios!... Mas por outro lado há cenas de amores
emocionantes e outras... tomadas pelos entusiasmos das paixões mais
excitantes, efervescidas nas veias de certos amantes.
Quanto ao título: ele se originou dos mistérios segredados do João
barqueiro, que após ouvir uma voz misteriosa entremeio um clarão à beira de
uma estrada se tornou fiel seguidor da mesma.
João barqueiro foi instruído que deveria construir uma barca! (E após
receber os tais ensinos) ele seguiu para a cidade de Derlim, onde fixou
residência de acordo com a ordem recebida!
As barcas de Derlim trazem consigo um longo contexto, mas não, o
absurdo! Tenho por certo que a sua mera narrativa dar-lhe-á as condições
suficientes para discernir cada parte: percebendo a beleza de seus dramas,
mistérios e lirismo!
Espero que durante a leitura sintas o prazer e as aflições no mar, como se
estivesse navegando... E lá na ilha Félix: espero que sintas o mísero pavor das
cenas de mortes exibidas por guerrilhas fortes e frágeis... que agem em nome da
lei! Mas, não passam de palhaços ignorantes!
Quero que sinta nos amantes a força de seus desejos, com as loucuras
excitantes, seguidos de dissabores e sortes... quanto às cenas ocultas: parte
delas... deixei em vários lugares: algumas na terra e outras nos ares... Dentro
dos pequenos e monstruosos aviões, as quais eu só registrei pousos e
decolagens.
As barcas de Derlim é um romance policial, mas contém inúmeras cenas de
amores e mistérios de João barqueiro. Creio que irá gostar devido a sua robusta
essência de significados bem originais, estendidas, no corpulento volume
significativo (com preciosa linguagem...).
JOSÉ VIEIRA CABRAL > CABRAL VERÍSSIMO, AUTORIA.
AS BARCAS DE DERLIM 5/145
A preciosidade da linhagem está na paz que reina nas pessoas individuais:
nos casais e na ilha de Félix que durante muitos anos, o governo não conseguiu
acabar com aquela fúria diabólica das guerrilhas; mas por fim, a paz!
Felix Bronzs, o dono da ilha era chamado de cabeça de demônio ou então:
cabeça forte! E, após muitas guerrilhas resolveu fugir para sempre! Mas, não
por medo disso: mas sim, porque havia se apaixonado por Ione Secco que lhe
fizera propostas...
Tudo eram paz e doçura! Primavera e sonhos!... Ione caminhava como uma
menina flor; e ele como um homem apaixonado (feito uma abelha) querendo
manar-lhe todo o mel do corpo e do brilho do olhar.
Ione Secco foi posta por isca, para desvendar segredos da ilha, mas Felix a
encantou... E ela começou a lhe amar! E fazendo ele o mesmo: ambos fugiram
sem deixar pista alguma.
Jorf Dillis chorou! Porque era seu amante apaixonado e ficou a ver
navios..., mas, por fim arrumou um grande amor! Tirando-a do convento para se
casar: foi Carolina Saner que conseguiu levá-lo ao pé do altar.
O autor.
PARTE - I
John e Sayuri (no porto)
John e seus três moços estavam no porto de Derlim! E a sua barca azul
estava amarrada junto às águas do mar. Os moços estavam à beira do cais
despreocupados... E a barca balançava-se pelos movimentos de John – que
inclinado apoiava os joelhos aos fardos indispensáveis! Ajeitando as tralhas de
pesca.
De repente! Com olhos carregados de preocupações numa rápida espia
exclamou!... (Jay!... Jay!... Onde está Jay)? E sendos, moços responderam: não
vimos pai...
John levantou-se então um tanto exaltado na voz e cheio de cuidados e
disse-lhes: vê se ao menos ajeitem as tralhas... vou eu mesmo cuidar deste
menino: vocês não percebem que as horas? Franzi à tarde - e as águas estão
ficando cada vez mais escuras, pelo crepúsculo tardio... E saiu ele apressado por
beira-mar...
JOSÉ VIEIRA CABRAL > CABRAL VERÍSSIMO, AUTORIA.
AS BARCAS DE DERLIM 6/145
Não andou muitos metros, quando ouviu então disparos de tiros de
cartucheira; e pelo o estampido parecia-lhe, ser a sua... E logo ali diante estava o
peralta menino feliz! Junto a outro que dizia: que legal jay... agora é minha vez!
Jay estava de costa... E quando se virou... ficou apavorado! Exclamando ao
seu recente coleguinha – é meu pai! E com gestos de fuga já lhe dava os
primeiros passos... quando seu pai lhe agarrou pelos braços: venha cá menino!...
Não vê que já estamos atrasados?... As águas estão se escurecendo cada vez
mais! (Vamos...).
E quando andaram alguns metros, perceberam então; que o menino os
seguia... John virando-se rapidamente e disse-lhe: aonde pensas que vai? Cadê
sua mãe menino? - O menino chorando reclamou-lhe: eu estou perdido de
minha mãe... por favor! Ajude-me!...
John ficou numa situação difícil – não podia ficar com o menino, mas
precisava ajudá-lo! E descendo entremeio árvores... Ali estava Sayuri toda
apavorada interrogando as pessoas, de frente uma barraca de lanches – acerca
de um menino que havia desaparecido, a mais de uma hora...
E quanto se deu defronte a ela – Sayuri chorou de contentamento! E
abraçando seu filho dizia: que bom que te encontrei... Mamãe estava
preocupadíssima, Anakoto!
Sayuri: quem são vocês? – John e jay explicaram-lhe;
Felicíssimos!... Mas, já se despiam, explicando-lhe; qual era o motivo da
pressa!... Sayuri tomando a palavra exprimiu-lhes rapidamente do fundo de sua
alma: uma alegria comovente!... Se vocês estão indo para a ilha Félix (ou
abandonada) deixa-nos que iremos também! E ainda hoje.
John sentiu naquela hora, sei lá... alguma coisa inexprimível... será uma
satisfação tê-la em nossa companhia! As horas estão ficando avançadas e as
águas cada vez mais escuras..., mas, seguiremos pelo mar até o primeiro rancho
– que fica aproximadamente uns sete quilômetros daqui (pouco mais de uma
légua).
Ali pernoitamos até o amanhecer e depois prosseguimos até o terceiro
rancho – e já estaremos bem próximo à ilha abandonada! Sayuri: sim, John! Eu
conheço o caminho de todos os ranchos... vamos (e partiram): lá no cais – e
soltaram as sirgas e libertaram as barcas; que balançavam sobre as águas
ansiosas! Pela expectação da partida...
Soltaram os moços que andavam para cá...
JOSÉ VIEIRA CABRAL > CABRAL VERÍSSIMO, AUTORIA.
AS BARCAS DE DERLIM 7/145
E para lá... incessantemente... Inquietos pela terrível expectação: de que
teria acontecido com o menino jay.
John apresentou-lhes; Sayuri com Anakoto (e vice-versa): e ela irá aos com
a barca filhos. Todos se pasmaram!... É muito perigoso o mar nestas horas pai!
Sim, filhos! Mas, ela promete não temer a nada!... (Ela não disse, mas... ele
falou-lhes).
Sayuri estava sorridente e despreocupada: não tem esposa John?...
- Há, três meses! (Respondeu-lhe com lágrimas...).
- Sós três meses, John?!
- Sim Sayuri!... Tenho grande desgosto!
- Fique tranquilo John... está conferindo com a minha agenda!
- Como assim Sayuri? De que está falando?!...
- Estou falando de Fernanda, sua esposa John! Mas vamos colocar as barcas
a mar o fora... soltaremos as sirgas... depois falaremos sobre isso... explicar-te-
ei melhor John (e partiram...).
Os três moços e o menino jay pareciam mudos; só seguiam as ordens do pai
– porém o menino Anakoto corria-lhes os olhos em tudo... E quando já de férias
as águas... interrogavam-nos dizendo: vocês se amam? O que é isso meu filho
mal nos conhecemos...
Deixa-te – exclamou-lhe, John com ar muito feliz!... Fique tranquilo
menino que o tempo irá responder-lhe esta pergunta: por você e por nós!
Os três moços tocaram uma barca e outra foi conduzida por John, jay e
Anakoto.
PARTE - II
A navegação
Seis horas depois...
Lá longe... sobre as águas turbas, as ondas se encapelam continuamente sob
a lua crescente numa constelação – que era insuficiente para iluminar tão
extenso mar.
E as barcas navegavam com aspecto diminuto franzindo a distância... E o
dialogo dos navegadores eram reproduzidos em vozes baixas e suprimidas pelos
estouros das ondas – porém um vento fino, que adentrava o rancho.
E aos poucos... os remos feriam as águas franzindo ainda mais a distância –
e o vulto ia crescendo-lhes e dividindo-se em dois... E os remos iam ferindo as
JOSÉ VIEIRA CABRAL > CABRAL VERÍSSIMO, AUTORIA.
AS BARCAS DE DERLIM 8/145
águas ainda mais!...transformando os vultos em imagens distintas (as barcas de
Derlim).
Aos poucos... O diálogo ia se distinguindo: era um liame de vozes
diferentes, expressando grande alegria, pela vista do primeiro rancho. E os
remos cansados continuavam levando as barcas cansadas nos seus últimos
metros para alcançarem à beira-mar.
Oras!...os três moços ficaram para trás amarrando as barcas e descarregando
as tralhas de pesca; enquanto os demais subiam para o rancho.
Inexplicavelmente surgiram ali dois homens armados e com trajes de capangas
– e meteu-lhes; as armas nas cabeças dizendo-lhes, com grande ironia!...quietos
senão morrem! Onde pensam que está indo?!(...)
Sayuri respondeu-lhes: simplesmente ao rancho...
Capangas: para o rancho mocinha?... Esperamos que não tenham a mesma
sorte de Fernanda – e com larga irrisão davam gargalhadas: ah, ah, ah!...
Se forem bonzinhos... deixaremos retornarem ao mar com vidas! Senão... já
viram né... nós dominamos este pedaço!... Aliás! Toda esta área até o terceiro
rancho: ah, ah, ah!...
Depois disso: um deles falou: para ser mais modesto pessoal: nós
dominamos, até a ilha abandonada! – Ilha do diabo! Ou ilha de Félix! (Podem
chamar como quiserem: ah, ah, ah!...).
Quando os moços subiram a escada do barranco – os capangas estavam
distraídos... engodados pelas suas fajutas autoridades!
Naquela hora – Sayuri deu-lhes: uns saltos mortais, velozes como um raio!
E caindo entremeio os tais! Desarmou-os. E com armas em punhos dizia:
amarre-os, John!
Sem dizer nada John amarrou-os com a ajuda dos três moços ao pé de uma
árvore: Sayuri virou-lhe perante eles depois de amarrados e perguntou-lhes:
como é mesmo a história de Fernanda que vocês estavam falando aí... queremos
saber essa história direitinho – ah! Três meses atrás ela estava no porto de
Derlim! E depois sumiu inexplicavelmente!...O que tem ŕ nos dizer?!
Nós não sabemos nada não minha senhora... por favor!
- É lógico que vocês sabem senão... amanhã bem cedinho nós vamos ficar
sabendo: se vocês sabem ou não o saber será vida! E o não saber será morte!
A noite passou – e os dois amanheceram tentando escapar dos amarres das
cordas ao pé da arvore! – Mas, seria impossível: porque os amarres das cordas
eram fortemente presos e com cordas grossas.
JOSÉ VIEIRA CABRAL > CABRAL VERÍSSIMO, AUTORIA.
AS BARCAS DE DERLIM 9/145
Pela manhã! Sayuri declarou-lhes: este rancho que estão vendo juntamente
com os outros dois – são obras das mãos do John e seus moços!...E sabem por
quê! (E que ele é um capitão da marinha e tem prazer nessa área.).
Porém; eu estou aqui para investigar o caso de Fernanda e não sou nenhuma
bandida! (Prefiro não ter de matá-los!): é melhor um bom acordo que a
morte!...é bom você falarem tintim por tintim, do segredo!
Vamos logo! Falem-nos tudo que estão sabendo! (Senão nos contar não
sairão impunes!); esta é a nossa negociação.
John e os três moços: ajude-nos, por favor! Porque nós não queremos p mal
de ninguém! – Somos gente de bem! – Leva-nos até a nossa mãe e
protegeremos as vossas vidas!
Os capangas: isto que acabamos de ouvir é verdade senhor?!...
-Sim é claro! Respondeu-lhes; John todo feliz! (Porque percebeu que
sabiam... Sayuri: vamos entrar no rancho – venham! Entre todos!... Vamos dar
alguns minutos para pensarem!) ...
Minutos depois voltando... E daí? O que decidiram?...
-Sim, senhora! Nós vamos abrir-lhes o jogo: Fernanda rush está na ilha do
diabo! Forçada a