Sophia: Diálogos Filosóficos
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Book preview
Sophia - Gilberto Aparecido Pereira
Prometeu roubou o fogo e dando aos homens, foi amarrado a um pedestal, recebeu a seguinte condenação dos deuses, uma ave de rapina consumiria sua carne eternamente, sem nunca morrer, tornando seu suplício sem fim.
-Estimado Parmilondas, aos homens não é diferente, todos estão condenados a morte desde
o seu nascimento -O que seria o Eu Estácio? Perguntou Parmilondas.
-O eu querido querido amigo, é o outro, não há individualidade onde a coletividade impera.
O eu é apenas uma ilusão mal compreendida e entendida com ego edificante.
O que são os homens Mestre?
- Eu lhe contarei o que são,preste atenção nesta parábola Parmilondas.
Um dia um homem adormecido acorda de um sutil sono, esfregando as mãos nos olhos ele
diz:
-Quanto tempo estive sonhando? Em que época estamos?
Adormeci tanto tempo que mal sei o que é acordar novamente.
Parmilondas, agora imagine esse homem desperto, como ele poderá diferenciar o sonho da
realidade?
Ele não poderá facilmente achar que está acordado enquanto apenas sonha?
- Sim, mestre poderá.
Pois bem parmilondas,o homem é como este desperto acredita possuir vida e ser dono de seu destino no entanto não reconhece seu estado latente semelhante a um cadáver.
- Mestre quer dizer que nossa sociedade está morta?
-Sim, caro discípulo, as grandes conquistas do passado são relembradas aos dias de hoje como peças de um museu para a apreciação. Não há idéias novas, toda a revolução que se manifesta nestes tempos decadentes são apreciações do passado.
A sociedade se tornou tão decadente que não vê a própria decadência de seu tempo.
Querido Parmilondas, a humanidade preenche-se de cadáveres alimentados pelos que
realmente viveram. O que supõe Vida já possuem a morte latente em si. Nada, absolutamente nada, nesta época realmente viveu, esta é uma geração de cadáveres sepultados pelos que um dia viveram. Fazendo humanidade suicidaram-se. Perguntou Parmilondas:
- Se a sociedade está morta é porque um dia vivemos realmente, então pergunto –o houve um existir antes do fim da vida?
- Sim, houve Parmilondas, No passado houve períodos de grande produção humanista , no
entanto, após esses tempos adentramos a campos sombrios aonde as ideias são manipuladas
e disseminadas segundo o interesse dos poderosos, aonde a verdade é simples coisa
massificada. Os que viveram são lembrados como simples peças de um museu obsoleto
chamados de grandes revolucionários do passados, Cadáveres desfilam pelas labaredas
retrógadas do progresso e são chamados de Gênios, Parmilondas, embora não possuíssem
nada e não tivessem adquirido ou produzido bem algum.
-São gênios de espetáculos estúpidos, há tantos que se supõem Gênios, embora não o fossem . A mim apenas declaro-me como cadáver sem vida, nos tempos atuais os gênios
devem adornar as vitrines do antigo museu do tempo.
- É certo que Gênios aparecem em nosso tempo?
- Querido Parmilondas, neste momento há bilhões de homens ostentando para si títulos de Gênios somente por possuírem boa memória.
-Os Gênios são raça extinta de nosso orbe terráqueo somente aqueles que povoam marte
possuíram tais honrarias.
Considere Parmilondas, a seguinte história.
-Um dia um homem é