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O Verdadeiro Código De Vida: Jesus Cristo
O Verdadeiro Código De Vida: Jesus Cristo
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O Verdadeiro Código De Vida: Jesus Cristo

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Procuro neste livro de aproximadamente 180 páginas, fazer uma crítica construtiva do livro Código Da Vinci, de Dan Brown, procurando mostrar alguns pontos ofensivos e sem fundamentação contra a Igreja católica e aos cristãos em geral. Procurei não ficar só na crítica, mas mostrar um caminho de encontro com Jesus Cristo, com a Igreja, pela fé na pessoa e na mensagem de Jesus Cristo: Homem e Deus Libertador. Através de oração contemplativa, procuro fazer um desagravo à pessoa de Maria Madalena, a Jesus Cristo e a Igreja que foram seriamente ofendidas pelas colocações infundadas de Dan Brown. Procuramos utilizar como metodologia, a espiritualidade Inaciana, contemplativa na ação, segundo o livro dos Exercícios Espirituais de Santo Inácio de Loyola. Procuro levar o leitor à experiência de um encontro pessoal com a Trindade Santa, ao plano de Deus e com a pessoa e a mensagem de Jesus Cristo, utilizando exercícios contemplativos e meditativos. Levando o leitor a uma profunda reflexão de vida. Procuro mostrar que através da aceitação do Plano de Deus, podemos ser felizes e fazer os outros felizes. Que há então uma grande esperança de felicidade, e a certeza que Deus quer nos ajudar! Isto vai animar a nossa fidelidade. Procuro mostrar que a fidelidade é uma virtude forte, própria de homens e mulheres de fibra e valentes! Estes recebem um grande apoio do alto: virtudes especiais que dependem só de Deus: Fé, Esperança e Caridade. Procuro dar conselhos amigos: Viver no cotidiano da Igreja. Desta forma, conservará o “sentido verdadeiro” dela, e não perderá sua profunda sintonia. A sintonia com a Igreja, só se alcança no Espírito, a partir da identificação com o Crucificado-Ressuscitado. Como vimos a Igreja é desenvolvida a partir da experiência do Mistério de Cristo. É Ele o Senhor, o “internamente conhecido”, o amado e seguido, quem com seu chamado, planta a Igreja em cada coração, filialmente configurado por seu Espírito. “Por isso, quem crê no Filho tem a vida eterna; o que, todavia, se mantém rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus”. Jo 3, 36.
LanguagePortuguês
Release dateMar 8, 2019
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    O Verdadeiro Código De Vida - Saluar Antonio Magni

    1   

    SUMÁRIO 

     PRÓLOGO-.....................................................................................................................5

    I-INTRODUÇÃO- .........................................................................................................7

    II- CRÍTICA DO CÓDIGO DA VINCI-................................................................19 

    III-  PROPOSTA  DE  JUSTIFICATIVA  ÀS  CRÍTICAS  DO  CÓDIGO  DA 

    VINCI-.............................................................................................................................25

    IV-METODOLOGIA 

    DE 

    ESTUDO 

    CONTEMPLATIVO 

    MEDITATIVO-........................................................................................................... 30

    V-ENCONTRO COM O CRIADOR-......................................................................35

    VI-QUAL É O PLANO DE DEUS PARA NÓS?-............................................... 48 

    VII-COMO  DISCERNIR  OS  NOSSOS  SENTIMENTOS  NO  CAMINHO 

    PARA A ETERNIDADE?- ........................................................................................51

    VIII-O  PECADO  COMO  REALIDADE  QUE  NOS  DESVIA  DO 

    CAMINHO PARA DEUS- .........................................................................................58

    IX-CONTEMPLANDO A VIDA DE JESUS- ......................................................87 

    X-FAZER-SE DISCÍPULO DE JESUS CRISTO..................................................93 

    XI-O AMOR DE DEUS SE ENCARNA- ............................................................. 95

    XII-JESUS FOI CONCEBIDO DE FORMA SOBRENATURAL- .................98 

    XIII- INFÂNCIA E VIDA OCULTA DE JESUS- .............................................103

    XIV- VIDA PÚBLICA DE JESUS-.........................................................................107

    XV-  ESCUTAR  O  CHAMADO  DE  JESUS  PARA  A  VOCAÇÃO 

    FUNDAMENTAL- ...................................................................................................117

    XVI- CONFIRMAÇÃO DA ELEIÇÃO OU PROJETO DE VIDA- ............140 

    CONCLUSÃO- ...........................................................................................................177

    BIBLIOGRAFIA- ......................................................................................................179

    2   

    AGRADECIMENTO 

    Agradeço de maneira toda especial à minha esposa Teka, pelo incentivo 

    e toda retaguarda necessária para que eu pudesse ter tempo, paz e tranqüilidade

    para contemplar e meditar os assuntos abordados neste livro. Agradeço também

    ao  Padre  Adroaldo,  SJ,  que  me  permitiu  utilizar  toda  experiência  dos  retiros,

    contemplações, meditações e estudos, obtidos durante os Exercícios Espirituais

    de  30  dias  em  etapas,  que  realizamos  eu  e  minha  querida  esposa,  em  Itaici.  À

    Márcia,  à  Irmã  Fátima  e  a  todo  o  pessoal  do  CEI,  Centro  de  Espiritualidade

    Inaciana  de  Itaici,  que  me  proporcionaram  todo  conhecimento  intelectual,  e

    especialmente afetivo, da metodologia Inaciana. 

    3   

    PRÓLOGO 

    "É impossível que não venham escândalos, mas ai do homem pelo qual eles vêm! Melhor fora 

    que se lhe pendurasse ao pescoço uma pedra de moinho, e fosse atirado no mar, do que fazer 

    tropeçar a um destes pequeninos." (Lucas 17, 1-2) 

    A  palavra  escândalo  no  grego  é  skándalon  (de  onde  se  derivou  a

    palavra portuguesa escândalo) e significa tropeço ou armadilha, símbolo daquilo

    que incita ao pecado ou à perda da fé. Escândalo é todo ensino, palavra, obra ou

    omissão que incita o outro a pecar. 

    O  tema  deste  livro  é  uma  crítica  ao  código  Da  Vinci,  de  Dan  Brown.

    Mas não uma simples crítica ao escândalo de perda da fé, que o autor pode ter

    causado a pessoas que tenham lido o livro.  

    O que pretendo neste livro, ou podemos até chamá-lo de um compêndio 

    de  discernimento  da  fé,  é  uma  crítica  construtiva.  Não  simplesmente  citar  o

    ensino,  palavra  ou  objeto  do  escândalo,  mas  apontar  um  caminho  de

    aprofundamento na fé, pois se possuo maturidade na minha fé, tudo eu posso 

    ler,  analisar  ou  verificar,  e  nada  abala  meu  amor  por  Deus  Pai,  pelo  seu  Filho

    Jesus Cristo e o amor que os une e se derrama sobre nós, o Espírito Santo. Mas

    aos pequeninos, aos que ainda tem fé um tanto infantil, da primeira comunhão,

    como são, infelizmente, a maioria de nós católicos do Brasil, colocações como a

    do Código Da Vinci afeta e escandaliza! 

    Procuraremos  na  primeira  parte  do  livro,  apresentar  alguns  pontos  em

    que  o  código  Da  Vinci  escandaliza,  apresentando  críticas  de  diversas  pessoas,

    captadas na mídia. Bem como, faremos um Desagravo à pessoa de Jesus Cristo e

    de  Santa  Maria  Madalena,  seriamente  ofendidos  pela  visão  conflitivas  de  suas

    vidas apresentada por Dan Brown em seu livro. 

    Na segunda parte procuraremos apresentar o verdadeiro Plano de Deus 

    para cada ser humano, desmistificando o paradoxo: pode o homem arrogar-se o

    poder  de  manipular  e  captar  Deus,  como  se  fosse  mais  um  objeto  do  seu

    mundo? Certamente, santo Agostinho parece negá-lo, quando falando ao Senhor

    diz:  "Vós  procurais  aqueles  que  escapam  de  vós  e  escapais  daqueles  que  vos

    procuram". Encontramo-nos perante um paradoxo cristão clássico: conquistar a

    Deus é deixar-se conquistar por Ele, é descobrir o caminho pelo qual Ele vem ao 

    nosso encontro e deixar-nos alcançar por Ele.  

    Meditar  e  contemplar  a  misericórdia  de  Deus  Pai  através  de  uma 

    metodologia de discernimento espiritual para, de algum modo, conhecer e sentir

    as várias moções que se produzem na alma. 

    Descobrir afetivamente a sua misericórdia, que é incomensurável e se faz 

    presente  dentro  da  Justiça  Divina,  que  é  Ele  mesmo,  perdoando-nos  quando

    contritos, arrependidos e suplicantes, reconhecemos os nossos erros e buscamos

    a Sua paternal proteção. 

    4   

    Assim,  podemos  procurar  viver  dentro  de  um  padrão  que  seja 

    harmonioso não só com as Leis e a Justiça dos Homens, mas primordialmente 

    que  esteja  conforme  com  a  Justiça  e  o  Amor  de  Deus,  porque  só  assim

    conseguiremos a ajuda Divina imprescindível ao nosso bem-estar, e à nossa vida. 

    E  demonstramos  o  nosso  Amor  a  Deus,  cultivando  atitudes  e 

    manifestações, que sejam condizentes com o nosso espírito cristão e, portanto,

    são  válidos  todos  os  nossos  atos,  desde  os  menores  aos  mais  brilhantes  e

    heróicos.  

    Na  terceira  parte  do  livro,  procuraremos  levá-lo  a  um  encontro  com

    Jesus Cristo, através da contemplação de sua vida, utilizando uma metodologia

    de discernimento espiritual, através de exercícios de meditações e contemplações

    baseados em Santo Inácio de Loyola e seus Exercícios Espirituais.  

    Você descobrirá através da contemplação, que a pessoa, por si mesma, 

    não  pode  fazer  absolutamente  nada  na  ordem  sobrenatural.  Tudo, 

    absolutamente  tudo,  vem  de  Deus.  É  dom  gratuito  de  Deus.  Todo  progresso

    espiritual depende da graça: "Se alguém disser que a graça de Deus pode ser dada 

    segundo a vontade humana e não é a graça mesma que nos faz pedir, contradiz o 

    Apóstolo, que diz: O que tens que não recebeste?" (Rm 10,20).  

    Poderemos verificar no desenrolar das contemplações e exercícios, que o 

    papel  da  pessoa  na  comunicação  com  Deus  consiste  em  uma  cooperação

    dispositiva, em um não-pôr-obstáculos à atuação da graça.  

    Veremos  também  que,  da  parte  da  pessoa,  porém  essa  cooperação 

    significa  muito.  Exige  trabalho  dedicado,  abnegação,  sacrifícios,  disciplina

    contínua,  penitências...  Em  tudo,  se  deixando  motivar  e  mover  pelos  afetos

    interiores de consolação espiritual. 

    É  preciso  que  aconteça  a  morte  do  eu  egoísta  e  uma  abertura  total

    para  Deus.  Com  certeza,  se  você  seguir  com  amor  e  carinho  as  nossas

    orientações para que possas: buscar e encontrar a vontade divina: esta será a

    finalidade última deste livro.  

    Para isto deve ser orientada toda a vida, seja quanto ao modo de abraçar 

    o que diz respeito à vocação comum a todos os batizados, ou quanto ao que é

    específico para cada pessoa. 

    5   

    I-INTRODUÇÃO 

     Na época do lançamento do livro  Código Da Vinci,  minha filha falou-me 

    sobre  um  tal   best-sellers,    O  Código  Da  Vinci,   em  destaque  na  lista  do   New  York 

    Times,   que  estava  cativando  a  atenção  de  milhões  de  leitores,  motivou  um

    programa especial no horário nobre na  ABC News e está para ser lançado como 

    um importante filme de Hollywood.  

    Minha filha estava só iniciando a leitura, e até me ofereceu o livro para 

    que  eu  lesse.  Como  que  por  coincidência,  ou  melhor,  providência  Divina,

    naquele  dia  eu  liguei  a  tv  na  canção  nova  e  ouvi  o  Padre  Leo,  da  comunidade

    Bethânia,  em  uma  pregação,  falar  sobre  os  absurdos  que  estavam  contidos

    naquele livro.  

    Conversei com minha filha sobre o livro, mas ela estava iluminada por 

    ser  aquele  um   best-seller,  lido  por  milhares  de  pessoas!  Sinto  que  não  consegui 

    convencê-la  a  não  lê-lo.  Mas  fiquei  com  aquele  livro  em  minha  cabeça,

    especialmente num retiro que fiz em Itaici, no CEI, que é um centro inaciano de

    espiritualidade. Estando lá comentei sobre o livro com meu orientador espiritual

    o Padre Adroaldo, SJ e minha acompanhante a Márcia, que me aconselharam a 

    ler o referido best seller com um olhar crítico cristão. Assim o fiz.

    O livro prende o leitor com uma história excitante de aventura e intriga, 

    fazendo-o  acompanhar  seus  personagens  numa  louca  incursão  pela  Europa  à

    medida  que  procura  indícios  da  verdadeira  identidade  de  Jesus  Cristo.  Estas

    excêntricas suposições misturam-se com a realidade e com pesquisas mal feitas.

    Este romance de ficção faz parte de um gênero que apresenta um raivoso clichê

    do catolicismo como um vilão. 

    Mas  francamente,  eu  pessoalmente,  como  livro  de  ficção  ou  romance 

    não gostei, ele mistura realidade e ficção, como um filme baseado em fatos reais,

    e  lança  conjecturas  sem  fundamento  sobre  o  catolicismo.  Confesso  que  senti

    indignação  e  repugnância  pelas  inverdades  ali  contidas,  e  especialmente,  pelos

    motivos  fúteis  pelo  qual  o  autor  e  as  editoras  publicam  um  livro  como  este:

    busca  de  dinheiro  e  fama!  Lembrei-me  de  uma  passagem  da  primeira  carta  de

    São  Paulo  aos  Coríntios,  1Cor  9,  24-27,  em  que  ele  nos  adverte  de  não

    buscarmos  a  coroa  corruptível,  referindo-se  aos  atletas  que  gastam  esforços  e

    energias extremas com o intuito de fama e muito dinheiro. Nos exorta a usarmos

    nossas energias para ganharmos a coroa incorruptível, isso é, a vida eterna. Nesse 

    momento eu me senti consolado, pois tenho gastado muito esforço, até dor, pois

    estou  com  LER,  uma  lesão  no  nervo  do  braço,  que  me  dói  muito  quando

    escrevo, mas assim mesmo, dedico a maior parte de meu tempo escrevendo, pois 

    foi  a  maneira  que  Deus  tem-me  convocado  a  evangelizar.  Sinto  a  verdadeira

    consolação,  pois  sei  e  sinto  que  faço  isso  em  defesa  do  evangelho,  não  viso

    ganhos materiais, nem fama, mas só levar a verdade de Jesus Cristo, que tenho

    procurado  viver  e  tem  me  trazido  uma  felicidade  verdadeira,  juntamente  com

    minha querida esposa.    

    6   

    Mas sinto não ser só eu a me indignar com este livro, pois buscando na 

    mídia  opiniões  à  respeito  dele,  tenho  visto  que  o  mundo  se  indignou,  cito

    algumas fontes importantes no mundo a confirmarem os meus sentimentos: 

    "Este  livro  é,  sem  dúvida,  o  mais  tolo,  inexato,  mal-informado, 

    estereotipado, desarrumado e popularesco exemplar de pulp-fiction que eu já li."

    O cortante comentário do crítico do  The Times,  Peter Millar,    ao  livro "O Código 

    da Vinci", não foi uma nota dissonante no conjunto das avaliações do best seller

    do  norte  -americano  Dam  Brown.  Outros  críticos  espalhados  pelo  mundo

    corroboraram  o   Times  e  acrescentaram  epítetos  semelhantes:  "Um  livro 

    oportunista  e  pueril"  ( El  Mundo);  Um  insulto  à  inteligência  ( The   New  York 

    Times); Uma estória disfarçada de História ( Catholic News Service); "De um estilo 

    espantosamente  banal,  pretensiosa,  fanático"  ( Our  Sunday   Visitor);  "Uma 

    mixórdia de narrativas imaginosas" ( Weekly Standart); "Erros crassos que só não 

    chocam um leitor muito ingênuo"  (New York Daily News); e assim por diante.  

    Embora a conspiração e o ódio ao catolicismo impregne todo o livro de 

    Dan Brown, nenhuma parte da Igreja recebe mais ataques que o Opus Dei, que 

    iremos explicar mais à frente. 

    Os erros grosseiros contidos no livro Código Da Vinci só podem causar 

    um sentimento de indignação a um leitor que conheça um pouco do assunto.  

    Para muitos deve parecer estranho um leigo querer fazer uma crítica a 

    um  outro  livro,  especialmente  um  Best  sellers  como  o  Código  Da  Vinci,

    usando  a  vida  de  Jesus  contida  nos  Evangelhos  e  sua  profetização  no  Antigo

    Testamento, como base de prova da Divindade de Jesus Cristo. E ainda, estariam 

    contidas neste livro, as contemplações que fiz do Apocalipse de São João, mas

    que por terem ficado muito extensas resolvi editar mais um livro, mas que são

    uma seqüência deste: Contemplando a Revelação de Jesus Cristo a São João. 

    Quero  iniciar  este  livro  de  crítica,  oração,  contemplação  e  meditação,

    com  esta  oração  de  uma  campanha  de  evangelização  de  uns  anos  atrás,  que

    muito me tocou e me tem feito trabalhar pelo reino de Deus: 

    "Ó Pai, enviastes Jesus, vosso Filho e nosso irmão, para nos libertar do 

    pecado e de todo tipo de escravidão". 

    Ao  celebrarmos  o  Jubileu  dos  Dois  Mil  Anos  da  vinda  do  Redentor,

    feito  homem,  e  dos  Quinhentos  Anos  da  chegada  do  Evangelho  ao  Brasil,

    ajudai-nos a abrir as portas ao Redentor!  

    Queremos escutar sua voz Ele nos envia em missão, para o anúncio da 

    Boa-Nova, promovendo a justiça e a paz.  

    Amamos  a  Igreja  e,  com  ela  colaboramos  na  missão  de  evangelizar  a

    sociedade,  implantando  os  valores  do  Vosso  Reino,  com  a  ajuda  do  Espírito

    Santo.  Ele  nos  estimula  a  seguir  os  passos  de  Jesus,  a  exemplo  de  Maria,

    servindo, com nossos dons espirituais e materiais, à causa do vosso amor.  

    Aceitai  nossa  oferta,  e  multiplicai  em  nós  Senhor,  os  frutos  da  vossa

    salvação. Amém!  

    7   

    II- CRÍTICA DO CÓDIGO DA VINCI 

    O Código Da Vinci tem pretensões de ser um livro culto e verdadeiro, 

    pois no início, o autor cita uma respeitável série de bibliotecas, museus e outras

    instituições,  onde  teria  efetuado  suas  pesquisas.  Mas,  comete  erros  históricos

    graves  e  afirma  verdades  históricas  totalmente  sem  comprovação  e  com

    afirmações  totalmente  equivocadas  e  medíocres.  Com  certeza  os  membros

    dessas  instituições,  bibliotecas  e  museus  que  citou,  devem  ter  ficado  corados,

    com  muita  vergonha  e  indignação  por  todas  estas  inverdades  e  pesquisas  mal

    realizadas  em  suas  instituições.  Além  disso,  não  há  verdadeiro  suspense,  e  o

    estilo é tanto corriqueiro, mesmo para o gênero de romance baseado em ficção

    histórica, especialmente ligada ao cristianismo.  

    O Código Da Vinci contêm inverdades sobre a história da salvação, bem 

    como uma mistura de gnosticismo e nova era, em que tenta unir o santo graal,

    Jesus Cristo e Maria Madalena, os Templários, o Priorado de Sion, os Rosa Cruz, 

    os números de Fibonacci e a Era de Aquário. Bem como quer trazer colocações

    sobre a formação da Bíblia sagrada, sem fundamento histórico e base teológica. 

    O que tem me impressionado é que muitos católicos que eu conheço e 

    convivo, pessoas de fé profunda, achem que o livro: é só um romance, e que o

    autor não tem intenção de ofender a Igreja Católica! Francamente, quando li o

    livro, de início pensei: se alguém, algum católico, mudar a sua fé com esse livro é

    melhor  mudar  de  Igreja  mesmo,  pois  se  com  um  punhado  de  besteiras  como

    estas muda a fé, é por que nunca teve fé!  

    Mas nesses mais de 35 anos de fiel cristão leigo tenho visto tanta falta de

    consciência crítica cristã nos nossos católicos, bem como falta de conhecimento;

    e  o  pior  falta  de  amor  e  seguimento  a  Jesus  e  sua  mensagem,  bem  como  um

    relativismo religioso que aceita tudo como bom ou sem intenção, que tudo isso

    me motivou a escrever este livro, de crítica, contemplação e oração  da vida de

    Jesus Cristo e o projeto de Deus para cada um de nós, seres humanos limitados e 

    fiéis cristãos.  

    O grande problema é que o livro código da Vinci aborda a vida de Jesus 

    de  uma  maneira  completamente  antibíblica  e  ofensiva para  os  que  acreditam  e

    fizeram uma experiência de fé verdadeira. Assim como tantos outros ataques à

    integridade  e  Divindade  de  Jesus  Cristo,  de  Santa  Maria  Madalena,  da  Igreja

    Católica,  à  Opus  Dei,  que  é  uma  prelazia  Católica  de  mais  de  80.000  fieis

    cristãos,  leigos  e  sacerdotes.   O  Código  Da  Vinci  declara  que  Jesus  realmente 

    existiu, mas que Ele era meramente humano e não divino.  

    Na realidade, os personagens do livro alegam que Jesus foi casado com 

    Maria  Madalena  e  que  teria  deixado  uma  linhagem  de  descendentes  humanos,

    alguns dos quais estariam vivos hoje. Desculpem, mas escrevendo isto chego a

    ter calafrios de indignação, e sinto que mais do que um livro de orientação e um

    compêndio  de  contemplação  da  vida  de  Jesus  Cristo  é  um   Desagravo  ao  Nosso 

    Senhor Jesus Cristo, meu Deus e Salvador.  É em espírito de desagravo, isto é, na intenção de

    agradar a Jesus que tanto é desprezado e ofendido no mundo inteiro, pois bastam uns traços do

    8   

    amor  de  Deus  que  se  encarna,  e  logo  a  sua  generosidade  nos  toca  a  alma,  nos  inflama,  nos arrasta  com  suavidade  a  uma  dor  contrita  pelo  nosso  comportamento,  em  tantas  ocasiões

    mesquinho  e  egoísta.  Jesus  Cristo  não  tem  inconveniente  em  rebaixar-se,  para  nos  elevar  da

    miséria à dignidade de filhos de Deus, de irmãos seus. Tu e eu, pelo contrário, com freqüência

    nos orgulhamos, sem saber, dos dons e talentos recebidos, até os convertermos em pedestal para

    nos impormos aos outros, como se o mérito de umas ações acabadas, com uma perfeição relativa,

    dependesse  exclusivamente  de  nós:  Que  tens  tu  que  não  hajas  recebido  de  Deus?  E,  se  o

    recebeste,  por  que  te  glorias  como  se  não  o  tivesses  recebido?  Ao  considerarmos  a  entrega  de

    Deus e o seu aniquilamento - digo-o para que o meditemos, pensando cada um em si mesmo, a

    vanglória,  a  presunção  do  soberbo  revela-se  como  um  pecado  horrendo,  precisamente  porque

    coloca  a  pessoa  no  extremo  oposto  ao  do  modelo  que  Jesus  Cristo  nos  apontou  com  a  sua

    conduta.  Pensemo-lo  devagar.  Ele  se  humilhou,  sendo  Deus.  O  homem,  aprumado  no  seu

    próprio eu, pretende enaltecer-se a todo o custo, sem reconhecer que está feito de mau barro de

    moringa.   Não fazemos o nosso apostolado. Então, como havemos de dizer? Fazemos - porque

    Deus  o  quer,  porque  assim  no-lo  mandou:  Ide  por  todo  o  mundo  e  pregai  o  Evangelho  -  o

    apostolado de Cristo. Os erros são nossos; os frutos, do Senhor. Portanto caro amigo/a  leitor,

    todos os frutos deste livro não são meus, mas como um ato de desagravo a Jesus Cristo. 

    A  divindade  de  Jesus  foi  afirmada  em  seu  próprio  tempo,  não  só  por

    seus  apóstolos  e  discípulos,  mas  também  por  documentos  históricos  200  anos

    antes da data que Dan Brown afirma que este assunto foi resolvido, ou seja, que

    sob o domínio do Imperador Romano Constantino, foi convocado o concílio de 

    Nicéia,  realizado  em  Nice  ou  Nicéia  em  325,  e  que  neste  concílio  teria  sido

    inventada  a  divindade  de  Jesus  Cristo,  bem  como  todos  os  evangelhos  e  a

    Bíblia  toda.  Mas  a  divindade  de  Cristo  já  era  professada  e  aceita  bem  antes,

    através de documentos cristãos e históricos e até Judeus, tais como: 

    Documentos de escritores romanos (anos 110-120): 

    1.  Tácito  por  volta  do  ano  116,  falando  do  incêndio  de  Roma  que

    aconteceu no ano 64, apresenta uma notícia exata sobre Jesus, embora curta. 

    "Um  boato  acabrunhador  atribuía  a  Nero  a  ordem  de  pôr  fogo  na 

    cidade. Então, para cortar o mal pela raiz, Nero imaginou culpados e entregou às

    torturas mais horríveis esses homens detestados pelas suas façanhas, que o povo

    apelidava  de  cristãos.  Estes  nomes  vêm-lhes  de  Cristo,  que,  sob  o  reinado  de

    Tibério,  foi  condenado  ao  suplício  pelo  procurador  Pôncio  Pilatos.  Esta  seita

    perniciosa, reprimida a princípio, expandiu-se de novo, não somente na Judéia,

    onde tinha a sua origem, mas na própria cidade de Roma" (Anais, XV, 44). 

    2.  Plínio  o  Jovem,  Governador  romano  da  Bitínia  (Asia  Menor), 

    escreveu ao imperador Trajano, em 112: 

    "...os  cristãos  estavam  habituados  a  se  reunirem  em  dia  determinado,

    antes  do  nascer  do  sol,  e  cantar  um  cântico  a  Cristo,  que  eles  tinham  como

    Deus" (Epístolas, I.X 96) 

    3. Suetônio, no ano 120, referindo-se ao reinado do imperador romano 

    Cláudio (41-54), afirma que este: 

    9   

    "expulsou de Roma os judeus, que, sob o impulso de Chrestós (forma 

    grega  equivalente  a  Christós),  se haviam  tornado  causa freqüente de  tumultos"

    (Vita Claudii, XXV). 

    Esta  informação  coincide  ainda,  com  o  relato  de  Atos  18,2  ("Cláudio

    decretou que todos os judeus saíssem de Roma"); esta expulsão ocorre por volta

    do ano 49/50. Suetônio, mal informado, julgava que Cristo estivesse em Roma,

    provocando as desordens. 

    Documentos Judaicos: 

    1.  O  Talmud  dos  judeus  apresenta  passagens  referentes  a  Jesus. 

    Coletânea de leis e comentários históricos dos rabinos judeus posteriores a Jesus.

    Combatem Jesus histórico. 

    Tratado Sanhedrin 43a do Talmud da Babilônia: 

    "Na  véspera  da  Páscoa  suspenderam  a  uma  haste  Jesus  de  Nazaré. 

    Durante quarenta dias um arauto, à frente dele, clamava: "Merece ser lapidado,

    porque exerceu a magia, seduziu Israel e o levou à rebelião. Quem tiver algo para

    o justificar venha proferi-lo! "Nada, porém se encontrou que o justificasse; então

    suspenderam-no à haste na véspera da Páscoa". 

    2. Flávio Josefo (historiador judeu, 37-95): 

    "Por  essa  época  apareceu  Jesus,  homem  sábio, 

    se é que há lugar para o chamarmos homem. Porque Ele 

    realizou  coisas  maravilhosas,  foi  o  mestre  daqueles  que 

    recebem com júbilo a verdade, e arrastou muitos judeus 

    e gregos. Ele era o Cristo. Por denúncia dos príncipes da 

    nossa  nação,  Pilatos  condenou-o  ao  suplício  da  Cruz, 

    mas  os  seus  fiéis  não  renunciaram  ao  amor  por  Ele, 

    porque  ao  terceiro  dia  ele  lhes  apareceu  ressuscitado, 

    como o anunciaram os divinos profetas juntamente com 

    mil  outros  prodígios  a  seu  respeito.  Ainda  hoje  subsiste  o  grupo  que,  por  sua

    causa, recebeu o nome de cristãos" (Antiguidades Judaicas, XVIII, 63a). 

    Documentos Cristãos: 

    Os  Evangelhos:  narram  detalhes  históricos,  geográficos,  políticos  e 

    religiosos da Palestina. 

    São  Lucas,  que  não  era  apóstolo  e  nem  judeu,  fala  dos  imperadores

    Cesar  Augusto,  Tibério;  cita  os  governadores  da  Palestina:  Pôncio  Pilatos,

    Herodes, Filipe, Lisânias, Anás e Caifás (Lc 2,1;3,1s); 

    São  Mateus  e  São  Marcos  falam  dos  partidos  políticos  dos  fariseus,

    herodianos, saduceus (Mt 22,23; Mc 3,6); 

    São  João  cita  detalhes  do  Templo:  a  piscina  de  Betesda  (Jo  5,2),  o

    Lithóstrotos ou Gábala (Jo 19, 13), e muitas outras coisas reais. 

    Outros argumentos: 

    -  Os  apóstolos  e  evangelistas  nunca  teriam  inventado  um  Messias  do

    tipo de Jesus: Deus-homem, crucificado (escândalo para os judeus e loucura para

    os gregos - (1Cor1,23). 

    10   

    -  Os  relatos  dos  Evangelhos  mostram  um  Jesus  bem  diferente  do 

    modelo do Messias libertador político que os judeus aguardavam. 

    - Homens rudes da Galiléia não teriam condições de forjar um Jesus tão 

    sábio, santo, inteligente, desconcertante... 

    - A doutrina que Jesus pregava era de difícil vivência 

    O romano Tácito: o cristianismo como desoladora superstição

    Minúcio Felix, falava de doutrina indigna dos gregos e romanos. 

    - O zelo da Igreja pela verdade - rejeitou textos apócrifos. 

    - Será que poderia um mito ter vencido o Império Romano? 

    - Será que um mito poderia sustentar os cristãos diante de 250 anos de 

    martírios e perseguições? 

    Tertuliano (†220), de Cartago : "o sangue dos mártires era semente de 

    novos cristãos". 

    - Será que um mito poderia provocar tantas conversões? 

    - No século III já haviam cerca de 1500 sedes episcopais. 

    -  Será  que  um  mito  poderia  sustentar  uma  Igreja,  que  começou  com

    doze homens simples, e que já tem mais de 2000 anos; já teve 265 Papas, tem

    hoje mais de 4000 bispos e 410 mil sacerdotes? 

    Até o final deste livro você mesmo terá argumentos afetivos, para como 

    eu  e  bilhões  de  pessoas  afirmarem  que  Jesus  Cristo  é  o  filho  de  Deus  Pai  e

    Criador, o Messias esperado e anunciado pelos profetas! 

    No  livro  código  Da  Vinci,  o  autor,  Brown  mistura  fatos  reais  com

    alegorias e fantasia, romance e ficção, de tal forma que a conseqüência derradeira

    do livro, cria uma sensação de que o conteúdo é histórico e verdadeiro, mas na

    realidade é puro romance de ficção, mas que conspira contra a verdade de Jesus

    Cristo e sua Igreja. Para um escritor, essa é uma habilidade de grande valor. Mas,

    como  qualquer  habilidade,  pode  ser  utilizada  para  um  fim  censurável  ou  pelo

    menos  inconveniente.  O  autor  Dan  Brown,  para  questionar  os  alicerce  da  fé

    cristã  e  para  atacar  a  Igreja  Católica,  utiliza  uma  forma  literária  romancista;  na

    qual normalmente não se espera encontrar uma contextura fantasiosa de verdade

    histórica,  especialmente  ligada  a  uma  fé  professada  por  bilhões  de  pessoas,  ao

    redor do mundo.  

    Hoje  em  dia,  excepcionalmente  em  nossa  sociedade  globalizada  e 

    relativista,  uma  afirmação,  racista,  anti-semita,  machista,  feminista  ou  aos

    homossexuais, tornará inapto ou não recomendado o seu autor, por muitos anos, 

    mas  o  mesmo  não ocorre  em  relação  a  insultos  a  Jesus  Cristo,  a  uma  Santa,  à

    Igreja  e  seus  seguidores.  Ao  contrário,  fale  mal  da  Igreja,  dos  santos,  busque

    inverdades  e  histórias  de  conspiração  católica,  crie  opiniões  inexatas,  coloque,

    com suas palavras, algo que um pintor e artista famoso como Leonardo Da Vinci 

    não falou e nem pensou, pelo contrário, não falaria. Junte todo este material em

    um formato de romance e lance um livro: você poderá tornar-se rico e famoso,

    como acabou de acontecer com Dan Brown, autor de O Código Da Vinci. 

    11   

    O  enredo  do  livro  gira  em  torno  de  uma  série  de  supostos  vestígios

    ocultos nas obras de Leonardo da Vinci, que pintou Mona Lisa e "A Última 

    Ceia".  Indícios  estes,  que  estão  somente  na  mente  deste  autor,  pois

    historicamente não existe fundamento algum, pois analisando o quadro da Santa

    Ceia e a maneira Histórica em que foi realizado. E o próprio Leonardo forneceu

    indicações  claras  nesse  sentido,  quando  escreveu:  "Aqui,  em  12  figuras

    completas, é apresentada a cosmografia do microcosmo, na mesma ordem que 

    Ptolomeu  aplicou  à  sua  cosmografia.  E,  assim,  eu  dividi  aquela  em  membros,

    como ele dividiu esta, em seu todo, em províncias. E vou mostrar as ações de

    cada  parte  em  todos  os  aspectos,  anotando  todas  as  formas  e  capacidades  do

    indivíduo, através de seus gestos e localização. Agrade ao nosso Criador que eu

    represente  a  natureza  do  homem  e  seus  costumes  através  da  representação  de

    cada figura".  

    O comentário de Leonardo é tortuoso. Vale a pena destacar suas idéias 

    principais:  Ele  pretendeu  fazer  uma  representação  da  humanidade  (o 

    microcosmo), seguindo o mesmo esquema utilizado pelo astrônomo alexandrino 

    Cláudio  Ptolomeu  (século  2  d.C.)  em  sua  representação  do  universo  (o

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