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O otimismo de um medroso perante o seu Deus: Salmos 139: 23-24
O otimismo de um medroso perante o seu Deus: Salmos 139: 23-24
O otimismo de um medroso perante o seu Deus: Salmos 139: 23-24
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O otimismo de um medroso perante o seu Deus: Salmos 139: 23-24

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O que você tem em mãos trata-se de uma coletânea de artigos em que o autor compartilha de sua fé e experiências vividas em um longo processo de desgaste emocional e tratamento psiquiátrico num convívio social com a cultura, arte e crença de tantos a quem ele tenta estimular com a essência de uma arte cristã de qualidade. Isso tudo, isento de maiores influências artísticas, senão apenas, e unicamente, a Bíblia. O que, supõe bastante originalidade na concepção! Fica o convite a apreciação de nobre intenção e motivação! Ou seja: compartilhar as boas novas do reino de Deus com todos e tornar o relacionamento com o Senhor algo tão particular, próprio e pessoal, como ter em mãos um breve recado da Glória divina entre nós!
LanguagePortuguês
PublisherViseu
Release dateDec 5, 2022
ISBN9786525432991
O otimismo de um medroso perante o seu Deus: Salmos 139: 23-24

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    O otimismo de um medroso perante o seu Deus - Gilson Neves

    Prefácio

    Somos vítimas do mesmo ataque. Somos alvos do mesmo inimigo. Porque desde quando nascemos neste mundo estamos sujeitos ao fim que apesar da ciência comum entre todos, não há como escapar dele. Para mim, isso se intensificou assim que me vi interessado em participar de uma guerra em que eu me apresentava previamente satisfeito nela por confiar que ela seria vencida. Tudo começou após o ataque terrorista às torres do edifício World Trade Center, no dia 11 de setembro de 2001, nos Estados Unidos. Com a notícia do ataque tida em meu local de trabalho, surgiu em mim uma intensa vontade de me manifestar e me posicionar ante aos fatos da sociedade, apesar de com tão frágil expressão. Tal ideia se incrementou assim que me converti a fé protestante na 1ª Igreja Batista de Araucária. Mas então, depois do referido ataque às duas Torres Gêmeas nos Estados Unidos, a experiência do amor de Jesus na igreja citada e uma promoção profissional a uma função que exigia mais de mim no trabalho; passei a sofrer ao ser confrontado com a vida antiga que tinha e uma nova vida que almejava ter. Resultado? Adoeci. Porém, com muita inspiração, com uma vontade imensa de ser honesto com todos como nunca fui. Se consegui? Bem, passei a anotar pensamentos e ideias desafiadoras em etiquetas de componentes que retirava das embalagens no trabalho guardando-as para um dia passar a limpo. Não deu certo. Foi tudo para o lixo! Como dito, adoeci, entrei em depressão. Não sendo capaz de corresponder ao chamado das tarefas delegadas a mim. Após tudo isso, fui afastado do serviço na empresa, doente. O sonho, porém, prevaleceu. E hoje compartilho dele com você. Acredite em tudo o que está escrito neste livro. Em tudo que experimentei em quase duas décadas lutando por uma vida saudável, com uma fé sincera, e tentando amar a todos por quem Jesus um dia deixou uma mensagem de amor, esperança e paz! De vida eterna… De minha parte, muita gratidão a Deus por morar num país no qual a legislação possibilita um afastamento do trabalho remunerado com um tratamento médico gratuito. Hoje tudo se completa nessa alegria. Ter a sua atenção em algo que, a mim, foi de muita intensidade e grande valia. Espero que goste. E que Deus te abençoe! Boa leitura…

    Capítulo 1

    O medo de não ter o que não é de ninguém...

    Tudo o que eu vejo é meu...

    Fazia tempo que não via um amigo. Um dia eu vi a foto de um deles numa revista semanal. A revista Veja. Ele tinha uma coluna nessa revista. Eu a li, e a partir daí nunca mais fui o mesmo. Metido como ele passei a escrever o que pensava sobre o que mais importa nesse mundo... Sim, sobre o assunto de amigos. Amigos? Eu e um colunista da revista Veja ? Não, eu não o conhecia direito. Mas como dito, o achei metido demais para estar ali, sozinho numa foto em que pensei, poderia somar, dividir espaço com a minha. Tanto, que decidi naquele dia que ele, o Diogo Mainardi, deveria saber que as minhas canetas Faber Castell poderiam ter escrito sobre quase tudo no ensino primário. Elas poderiam ter escrito por exemplo sobre as bolinhas de gude que a professora Aneli emprestava do Arthur e lançando-as na parede as perdia para o Antônio deixando o Arthur irritado... Poderiam ter escrito também sobre a nossa corrida a carteira quando a monitora de alunos apelidada por nós de Uga-uga aparecia no horizonte da quadra esportiva lançando medo sobre nós... E elas escreveriam ainda, sobre o que o Arthurzinho pensava escondido de Deus enquanto ria dos colegas não tão preparados para a nossa sátira covarde contra a timidez deles. O que, eu entendo hoje ser uma habilidade, uma técnica que ele, o Diogo; desenvolve tão bem em seus artigos sobre a autocomiseração de alguns prepotentes e orgulhosos de nossa sociedade. E isso, nos convidando para ser testemunhas de um sentimento que se não for verdadeiro, sincero e leal, será somente uma distração de quem precisa de autoconhecimento para algo que realmente desperte em todos a verdadeira vontade de viver! Sobretudo se entendermos que viver aí, é como frequentar a universidade na qual tantos aprendem o que alguns ensinam sem saber o que realmente precisamos descobrir ou aprender. Ou seja: que a vida contém a melhor de todas as faculdades. Tão suficiente e necessária que os meus professores teriam aproveitado melhor dela, se o evangelho de Jesus fosse como as notícias de nosso cotidiano. O quê? A própria verdade de que precisamos aprender com quem tem mais experiência do que nós. Quem? Neste caso, quem começou a escrever quando ainda nem haviam sido inventadas as canetas. Porque se houvessem, os relacionamentos não iriam nos levar aos museus, onde apreciamos a vontade humana de registrar tudo como hoje se tornou possível registrar. Em slides de Power point, retroprojetores e hologramas. Onde a única exigência quanto ao uso das esferográficas, é para que cada um desenvolva a caligrafia na arte do namoro com as respostas certas e amor pelas ideias que podem surgir numa sessão de autógrafos! Sim, as minhas canetas Faber Castell escreviam sobre quase tudo. Por exemplo, sobre o início de minha peregrinação por um reino em que, bem antes da Faber Castell , e do Arthur adentrarem em minha vida, nos primeiros dias de uma infância fiel aos preceitos deste mundo, eu acreditava que os trabalhadores... os motoristas de ônibus, professores, os doceiros que atendiam a mercearia de meu pai... moravam em terras distantes, em um território encantado. Algo assim, como hoje definimos e conhecemos, como os condomínios... Ah se eu voltasse a ser criança! Todos morariam em condomínios. Não porque seria mais seguro. Mas sim porque o reino seria das famílias distribuídas e alocadas em propriedades particulares com o ensejo da herança de seus esforços pelo bem comum. E o Rei, seria tão majestoso, que restaria a nós apenas organizar esse mundo de acordo com o seu intento e como ele deve ser organizado. Como o Diogo explicaria aos professores, aliás. Para que soubessem que os políticos precisam não só dos votos deles e de seus familiares. Mas também, dos votos de todos aqueles que são formados no ensino público e que só não são mais capazes no que fazem porque trabalham para quem não estudou na mesma escola que a minha, a do Diogo e a do Arthur. Afinal, se tivessem estudado, talvez tivessem dinheiro para comprar canetas Faber Castell com a mesma alegria que eu tinha quando as contemplava em suas variedades de cores e pontas (finas ou grossas) nas vitrines da papelaria Lulli . E de onde eu tinha o dinheiro para comprá-las? Ora, do negócio próspero e familiar, do mercado de meu pai. Capitalista como o lucro que eu consegui na vida aprendendo a escrever com o Diogo. Fiduciário junto a identidade de cada um que tem uma assinatura que valha a honra adquirida com bons relacionamentos. Num regime democrático, contudo nem por isso menos imperial que os direitos sagrados de cada um por pão, veste, abrigo e trabalho. Enfim: resumindo tudo. As minhas canetas Faber Castell me ensinaram a escrever até mesmo sobre assuntos que hoje eu não me questiono mais. Afinal, com o trabalho que dá olhar para trás e ver que os doceiros, os motoristas de ônibus, os professores... não fazem parte de uma terra encantada; sei que cresci e que preciso mesmo é pisar a cabeça do diabo, como disse um amigo que me colocou na única empresa que trabalhei até aqui, me indicando que eu assim fizesse. Mas isso com ressalvas, com jeito. De preferência com os joelhos encostados onde o inimigo de nossas almas não possa ver a metade do que eu vejo com o sol brilhando lá no céu! Lembrando-se por exemplo, o porquê de ele estar pendurado lá em cima, como nas manhãs frias de dias idos em que os seus raios disfarçavam a nossa dor, ultrapassando as janelas da sala de aula que precisavam ser fechadas recordando-nos de que estávamos pouco agasalhados. Pois queríamos que eles nos aquecessem com o calor que nossos pais pouco podiam nos garantir. Pois tudo o que eles podiam, mesmo, era acreditar que a escola talvez pudesse nos ensinar porque ele o sol estava tão distante! Ou então, os nossos pais esperavam que a escola nos explicasse afinal, porque ele não estava um pouquinho mais perto. A ponto de que garantisse não só a possibilidade da conversão do gás carbônico em oxigênio, acontecida com a fotossíntese das plantas numa gratuidade que nos inspira tudo o que anelamos com as nossas vidas aqui nesse mundo. Mas também, a própria gratuidade de uma energia que pudesse nos nutrir suprindo-nos com lanches saborosos cedidos pela união dos esforços das classes mais favorecidas da sociedade, oferecidos para a queima de calorias necessárias na brincadeira com os amigos durante o recreio. Pois assim, então, poderíamos nos divertir. Certos de que no retorno a sala de aula, todos teriam os lápis de cor da marca Faber Castell , também. E não precisariam assim emprestar os tais de nós. Visto que os seus, tinham os grafites frágeis demais... E tudo isso, de maneira que os negócios de todos os pais desse universo tivessem o mesmo sucesso que os dos nossos! Com a verdade de que os nossos professores e os nossos amigos não podiam mostrar a realidade que nós, na infância, só enxergamos se ela for emprestada com alguma valia de criança. Sabe... eu até queria voltar a ser menino de novo. Isso se pudesse escrever como antigamente, quando cria que a Faber Castell me prometia algo que eu nunca imaginei que teria e seria assim, só meu. O quê? Simples. O mundo que eu gostaria que todos vissem, colorido... com lápis, caneta, pincel... enfim: com o disfarce de que os nossos sonhos não precisam mudar o mundo como acreditamos as vezes que eles podem mudar. Mas podem mudar a fé das pessoas em si mesmas. Pois aí o mundo que Deus nos deixou para mostrar aos nossos filhos como ele era e é hoje com os nossos esforços, será o mundo de uma notícia que eu aprendi a ver com os olhos de amigos e queria dar a todos porque a tenho numa confissão de que é toda minha. Sim, estou vivo. Com o cuidado deles, dos amigos; e o favor de Deus! E sou muito grato pela vida. Afinal, a recebi de graça quando nasci. Como parte de um mosaico que hoje, adulto; oscilo os olhos em instantes onde tudo é tão perfeito que as sombras disso reluzem em uma Glória vislumbrada em cada flash iluminado por um brilho impossível de ser apagado. O resto? É de todos... Principalmente de quem têm pouco, quase nada. Só o reino encantado que eu não consigo definir de outra forma, senão, com o rótulo colorido, emprestado... das canetas e lápis Faber Castell que marcaram a infância de um menino que, se pudesse... distribuiria pelo cenário que tem a sua volta... toda a imaginação criativa de quem inventou essa combinação perfeita entre o que nós vemos e o que nós gostaríamos de ver...

    Capítulo 2

    Onde é que está quem inventou o papel e a caneta?

    O sol é de todos!

    Comecei a limpar e organizar a casa hoje. Arrumei um cantinho do quintal e coloquei o travesseiro e o cobertor para que fossem arejados. Não imaginei que escreveria. Mas... o sol é de todos. Meu, do Daniel do Betinho... Do Daniel, do Betinho? É mesmo. Lembrei porque vim escrever... O sol é deles também. E seria bom se os comprimidos que acabei de tomar me lembrassem de tudo isso ensinando-me a viver como preciso. Ou seja: eu queria tanto nesse momento que a casa fosse fácil de limpar como torna-se fácil escrever, quando nos lembramos dos amigos! Ah se o Betinho e o Daniel soubessem ler como eu. Fiódor Dostoiévski lhes diria o mesmo que eu lhes digo. Ou seja: que é fácil trabalhar, pescar, passear. Lembrar, esquecer, viver... se todos temos as mesmas oportunidades. E oportunidades aí, não só para aderir a essa ou a aquela causa ou ativismo social, profissional. Mas também de desenvolvimento dos talentos com o conhecimento sendo apresentado e conseguido, disponibilizado na proporção e dose adequada. Não sei se a dose de remédio que tomei a pouco foi a mais apropriada. O que sei, é que dentro das possibilidades da medicina foi a que se arrazoou melhor para mim pelos médicos. Também, reconheço que tem me ajudado muito. Afinal, preciso muito dos remédios. E por que? Simples. Porque adoeci enquanto trabalhava num frenesi tal que gostaria que todos enxergassem em mim alguém dedicado e esforçado, justo no que fazia. Hoje? Tenho só um par de sapatos, não tenho carro, estou longe da família... não evolui profissionalmente. Mas posso me levantar da cadeira tranquilo. Sabendo que conseguirei, com um pouquinho de concentração, encontrar a vassoura certo de que talvez o Daniel e o Betinho terão visto em mim alguém esforçado. Talvez, até patrocinem a distribuição dessas palavras à comunidade local como combinamos. Afinal, o sol é de todos! Isso, quando eu trabalhava na New Holland, (com a justiça trabalhista como a temos...) não podia fazer. Interromper as atividades para me expressar e me manifestar sobre o que via fora do lugar de maneira que todos vissem também. Ou então sobre o companheirismo com o qual o sindicato organizado que aclamou e tenta aclamar de novo um presidente da república de suas bases... não é capaz de mostrar o sol a todos num dia tão belo como hoje! Acordei tarde, sete horas da manhã. Ah se a minha mãe souber disso. Talvez o sol lá em sua chácara... não brilhe tanto quanto aqui. Mas se serve como consolação, talvez eu possa confortá-la dizendo que aqui ele me mostrou enfim; o que de alguma forma eu me recusava, não queria ver. A casa está muito suja. Se conseguirei limpá-la? Bem, aí, eu precisarei muito das orações dela. Ela tem me dito que eu preciso muito fazer isso. Ou seja, manter a casa limpa. Puxa. Como seria bom eu continuar o dia todo como comecei hoje. Como? Com vontade de fazer por mim, tudo aquilo que alguém que me ama faria. Isso se o Daniel, o Betinho e cada um dos que nós amamos também...

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