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Improvável, nem sempre!: História de Superação e Desenvolvimento da Inteligência Emocional
Improvável, nem sempre!: História de Superação e Desenvolvimento da Inteligência Emocional
Improvável, nem sempre!: História de Superação e Desenvolvimento da Inteligência Emocional
Ebook137 pages1 hour

Improvável, nem sempre!: História de Superação e Desenvolvimento da Inteligência Emocional

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About this ebook

A ideia de escrever um livro que aborda a inteligência emocional é mostrar para o mundo que eu e você somos capazes de vencer qualquer obstáculo na vida. Neste breve relato da minha história, busco passar o máximo de conteúdo para sua construção pessoal e profissional. Obviamente, muitos caminhos podem levar ao êxito esperado, porém utilizo de argumentos sólidos e convincentes de que cada um de nós tem um propósito. Convido você e sua família a identificar seu propósito de vida! Boa leitura.
LanguagePortuguês
Release dateDec 13, 2022
ISBN9786525260815
Improvável, nem sempre!: História de Superação e Desenvolvimento da Inteligência Emocional

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    Improvável, nem sempre! - Leomar Luciano Paes

    Capítulo 1

    O FUTURO QUE NÃO VEJO

    Eu sempre admirei a águia pela sua beleza e imponência. Na antiguidade, vários países e conquistadores usavam como insígnias de seus exércitos a figura de uma águia. Os exércitos romanos, os impérios da Rússia, Áustria, Prússia e até mesmo Napoleão também adotaram a águia como brasão. Em complexidade a estrutura óssea da águia é diferente de todas as aves. Todas as aves que existem no mundo têm uma estrutura óssea comprida, mas a da águia é cilíndrica, por isso, ela é a única de grande porte que pode voar e descansar enquanto voa, ao contrário das outras que precisam descer para descansar.

    Em um dos discursos de Deus no livro intitulado Jó, considerado o registro mais antigo (VII e IV a.c) das sagradas letras, está escrito: Mora no penhasco, e ali passa a noite, sobre o cume do penhasco, em lugar seguro. Dali descobre a presa, seus olhos o avistam de longe (Jó 39.28-29). Interessante que aqui relata a sua capacidade de enxergar. E para ser incomparável, a visão da águia alcança 8 km de distância; isso é impressionante.

    Por não ter esta qualidade de enxergar além, como as águias, nos limitamos às vezes em olhar para traz e questionar. Na maioria das vezes não enxergamos os problemas e todas as situações que vivemos, sejam elas ruins ou boas, e que em sua maioria são pedagógicas. Enfim eu não parei e você não vai parar! Voltando ao começo, ou melhor, onde paramos em minha trajetória, a saída do meu pai de casa não foi premeditada. Minha mãe não estava preparada para aquilo e como vocês devem imaginar ela se abateu muito. Não foi fácil correr atrás de um emprego com três filhos pequenos. Se existe uma mulher maravilha é minha mãe. Pior cenário econômico, com alta inflação crônica, o que elevava os preços dos commodities. Faz ideia do que é isso? Minha mãe simplesmente não importou com as adversidades passadas e presentes e começou a estudar naquilo que poderia agregar pra gente. Realizou um concurso público na área da educação e com muito esforço; passou. Foi dar aula no jardim de infância e arrastou os três pequenos. Como se fala na roça: Isso foi juntar a fome com a vontade de comer. Minha mãe superou esse momento e as coisas foram acontecendo gradativamente. A palavra superação no dicionário Aurélio, quer dizer ultrapassagem. Interessante este significado. Quer dizer realizar a passagem! E vamos passando pelas situações da vida sem esmorecer. Ela sabia da missão que estava por enfrentar e que não seria fácil criar três filhos sozinha. Algo curioso me veio agora à memória, houve uma situação que estávamos almoçando e minha mãe falou com minhas irmãs que era necessário eu comer um pouco mais do que elas, porque eu era homem e precisaria ter força para trabalhar. Todas as vezes que me lembro desta frase me emociono.

    Mesmo com todo empenho dela, as coisas eram muito regradas e tínhamos apenas o necessário para a sobrevivência. Por um período de dois anos, eu me levantava pela manhã bem cedo e descia para roça, a fim de aliviar a despesa de casa, e em troca realizar alguma atividade. A roça dos meus tios era próxima da minha casa e na maioria do tempo eu brincava e me divertia. A Dinha e o tio Zezé eram como meus pais e o seu carinho por todos nós sempre foi muito grande. Pensam em um lugar bonito e agradável. Todo tipo de fruta que você imaginar, aquele lugar tinha. Manga, caju, amora, coco, laranja, banana, goiaba branca e vermelha, acerola, limão, uma variedade. Carne nem se fala, uma fartura sem fim. Minhas irmãs e minha mãe desciam para roça todo final de semana, era uma alegria incrível. Minhas primas e primos são como irmãos, são eles: Lucimar, Lady, José Raimundo e Márcio. Tempo bom que serviu de base e proporcionou um crescimento com raízes profundas em um ambiente familiar.

    Segundo especialistas, o caráter de uma criança é formado até os 5 anos de idade. No entanto, construir o caráter é algo que fazemos diariamente, com cada escolha que tomamos em nosso caminho. Muita gente confunde caráter com personalidade, sem perceber que o primeiro pode passar por mudanças, pois o que constrói o nosso caráter é a capacidade de analisar as situações para fazer as melhores escolhas, do ponto de vista ético e/ou moral. As mudanças acontecem a todo momento, sejam elas físicas ou comportamentais, sempre estamos em constante mutação. Uma das perguntas mais relevantes que quase todos se fazem é: até que ponto é possível mudar minha personalidade? Por que a gente é do jeito que a gente é? Segundo ¹Eduardo Ferraz, há um consenso entre os neurocientistas de que cerca de 50% dos comportamentos são herdados, ou seja, têm relação com a genética e em torno de 50% são influenciados pelo ambiente. Segundo ²Matt Ridley, a genética é o revolver e o gatilho é o ambiente.

    A personalidade de um adulto é como um prédio. A estrutura é estável, mas o acabamento muda quantas vezes o morador quiser. Ou seja, você não pode mudar o prédio de lugar, mas pode modificar a pintura, o piso, a decoração, os encanamentos, o isolamento acústico, os eletrodomésticos e até transformar um quarto em uma sala.

    O extrovertido como no meu caso tem seu lugar, mas na maioria das vezes é visto como imaturo. Interessante observar isso, porque muitas vezes questionamos e somos questionados pelo jeito de ser e comportar, e ambos não dependem apenas de nós. Além da carga genética que carregamos, tem o ambiente que vivemos que de alguma forma nos molda e torna aquilo que de fato é; imperfeito. Se Deus tivesse me poupado do desconforto do processo, teria me poupado da maturidade que estou vivendo hoje.

    Eu sempre fui muito sociável, otimista, uma criança de criatividade. Ainda muito pequeno, tinha o hábito de usar as caixinhas de fósforo para fazer carros de corrida. Dava um trabalho terrível tirar aqueles palitos das caixas; o problema é que nunca os colocava de volta para o lugar e muitas vezes as caixas desapareciam. Nossa, minha mãe ficava muito brava.

    A facilidade de fazer novas amizades era meu forte. E a impressão que tinha é que às pessoas eram boas e confiáveis. No entanto devemos saber separar inocência de ingenuidade. A criança age com inocência porque em sua qualidade é incapaz de praticar o mal, faz parte da sua natureza. A ingenuidade é a qualidade da pessoa simples, pura, da qual ainda existem alguns poucos em nossa sociedade. Modernos imediatistas e superficiais de torpe ganância são o que mais se vê. As pessoas em sua essência são más, no entanto o esclarecimento e espiritualidade ainda pode ajudá-las a trilhar caminhos melhores. Não há ninguém perfeito e por este motivo há algumas que começam bem e terminam mal e outras que começam mal e terminam bem. Entendo que exista a predestinação individual e que cada um de nós já temos algo traçado desde o início. Isso não anula o livre-arbítrio, ao contrário, se apresentam sempre juntos e permanentes, inseparáveis e irredutíveis.

    Que saudade daquela infância, onde não existiam responsabilidades e não se havia preocupação com o futuro. Pelo menos quando se é criança não tem hora nem para comer. Afinal de contas, o futuro que não vejo, não o espero. Ou seja, não há preocupação com absolutamente nada, quando se é criança. Obviamente o desiquilíbrio causado pela preocupação pode suscitar ansiedade. E quando alcançamos a idade adulta enfrentamos todo tipo de desafio, podendo acarretar angústias e aflições. O problema da nossa geração ou posso dizer período ³pós Guerra, é a preocupação demasiada com o futuro. Segundo Augusto Cury, em seu livro Ansiedade, vivemos em uma sociedade urgente, rápida e ansiosa. Nunca as pessoas tiveram uma mente tão agitada e estressada. Paciência e tolerância a contrariedades estão se tornando artigo de luxo. Quando o computador demora a iniciar, não poucos se irritam. Quando as pessoas não se dedicam a atividades interessantes, elas facilmente se angustiam. Raros são os que contemplam as flores nas praças ou se sentam para dialogar nas suas varandas ou sacadas. Estamos na era da indústria do entretenimento e paradoxalmente, na era do tedio.

    Chego à conclusão de que o futuro está muito longe para me preocupar com ele. O que de fato vale a pena é viver o presente com a intensidade que ele requer de nós. O professor e educador Mario Sergio Cortella disse uma frase interessante: Faça o teu melhor, na condição que você tem, enquanto você não tem condições melhores, para fazer melhor ainda!. Ele ainda ensina que o fato de sermos o que somos, é que a grande maioria das pessoas são medíocres. Entendo que isso faz sentido, porém temos que entender o que quer dizer a palavra medíocre. Medíocre significa não ter qualidades ou habilidades suficientes para se destacar naquilo que se propõe a fazer, seja na vida pessoal ou profissional. Uma pessoa medíocre é uma pessoa comum, com poucas qualidades, e uma pessoa pobre do ponto de vista intelectual. Isso explica por que não podemos acomodar com as situações. Enriquecer culturalmente é importante, e sem o conhecimento você não irá muito longe. Contudo, a falta de conhecimento pode causar dificuldades ou até mesmo frustrar seus planos. Na escola o dicionário era conhecido como o pai dos burros. Infelizmente este sofisma afastava algumas crianças da busca pelo significado das coisas, consequentemente motivando o desanimo com aprendizado, e a sala de aula. Um dado recente do ⁴ministério da educação, revela que cerca de 821 mil crianças na faixa dos quatro a cinco anos não tem acesso a pré-escola. Imagina a quantidade de crianças que evadem da escola por vários motivos todos os

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