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Administração Universitária em Tempos de Mudança: Novos Rumos e Desafios
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Administração Universitária em Tempos de Mudança: Novos Rumos e Desafios

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Esta obra Administração universitária em tempo de mudança: novos rumos e desafios examina, sob diferentes óticas, temas atuais que desafiam a gestão de instituições de educação superior. A teoria da administração universitária vem sendo incrementalmente construída ao longo dos anos com a contribuição de diferentes gestores e pesquisadores. A premissa dessas formulações teóricas está fundamentada na essencialidade das práticas gerenciais para as organizações universitárias melhor cumprirem sua missão educacional, cientifica e social. Nesse sentido, este livro reúne a reflexão de reconhecidos gestores e estudiosos da área, de distintas instituições e diferentes países, que abordam diferentes aspectos que estão a desafiar as organizações de educação superior e os seus gestores. A expectativa é que esta obra estimule discussões sobre novas formas de se promover as mudanças que se fazem necessárias na gestão das universidades, diante de um ambiente dinâmico e imprevisível, de forma a torná-las mais atuantes, responsáveis e relevantes à sociedade.
LanguagePortuguês
Release dateOct 27, 2021
ISBN9786525013398
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    Administração Universitária em Tempos de Mudança - Pedro Antônio de Melo

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    COMITÊ CIENTÍFICO DA COLEÇÃO CIÊNCIAS SOCIAIS

    AGRADECIMENTOS

    Os autores agradecem especialmente ao Instituto de Pesquisa e Estudos em Administração Universitária (INPEAU), pelo apoio técnico e o suporte financeiro necessário para tornar realidade esta publicação.

    Os autores agradecem também à Universidade Federal de Santa Catarina, por permitir a realização deste trabalho.

    APRESENTAÇÃO

    Este livro nasceu de uma provocação que o Prof. Pedro Melo recebeu do reitor da Universidad Veracruzana, do México, durante reunião da Organização Universitária Interamericana (OUI), realizada na Cidade do Panamá, no final de 2018. Na ocasião, o dirigente universitário mexicano destacou a necessidade de publicar uma obra que analisasse alguns dos principais desafios que atualmente enfrentam a gestão universitária.

    Ao retornar ao Brasil, Pedro Melo reuniu-se com seu colega do Programa de Pós-Graduação, Bernardo Meyer, para auxiliá-lo na organização deste livro. Seu propósito foi promover o debate de temas atuais que atualmente afetam a gestão da administração universitária. Na construção desta obra buscou-se integrá-la de trabalhos de cunho teórico e prático com o intuito de construir uma obra diversificada e robusta, beneficiando praticantes e estudiosos desse campo de atividade. Assim, participam desta publicação experientes e destacados profissionais da gestão e pesquisadores com conhecida experiência e trajetória destacada nessa área.

    O livro está dividido em seis capítulos. O primeiro deles, de responsabilidade de Pedro Melo, em parceria com Júlio Ornelas, discute a importância e contribuição do pensamento estratégico e seus efeitos na gestão das instituições de educação superior. Um roadmap é apresentado para os gestores universitários como sugestão para o desenvolvimento do pensamento estratégico na gestão de suas instituições.

    No segundo capítulo, Caio Camargo da Silva desenvolve uma rica e relevante discussão acerca da educação superior à luz das lógicas institucionais com implicações na gestão universitária. O texto provocativo do autor traz à luz as diferentes racionalidades que orientam as várias abordagens gerenciais presentes na gestão de instituições de educação superior.

    No terceiro capítulo, Victor Meyer Jr. questiona a adoção de teorias e modelos empresariais na administração universitária. Destaque é dado às especificidades da organização universitária e os riscos derivados da incorporação de modelos gerenciais de origem empresarial. Meyer adverte que essa prática, via de regra, tem produzido resultados pífios, onerosos e frustrantes aos gestores e instituições. O foco na administração universitária e suas práticas, por meio de ações, iniciativas e aprendizado de seus praticantes, torna-se uma importante fonte para a construção incremental de uma teoria nesse campo.

    No quarto capítulo, Leonardo Secchi, Marcelo Gomes e Rosilane Pontes Bernard apresentam instrumento de transparência derivado de estudo que visa facilitar o acesso às informações referentes à decisão e gestão nas áreas do ensino, pesquisa e extensão da Universidade do Estado de Santa Catarina. Os resultados revelaram que a ferramenta utilizada facilitou o entendimento dos dados, melhoria na gestão e maior transparência da universidade.

    O quinto capítulo, de autoria de Mário Cesar Barreto de Moraes, trata de um exame do sistema de educação superior brasileiro com destaque para a reavaliação do sistema, por meio da revisão dos modelos atuais de avaliação. O autor propõe mudanças de paradigmas regulatórios, como meio de se inaugurar um novo ciclo para organizar educação superior brasileira.

    No sexto capítulo, Horácio Barreda, apresenta uma abordagem internacional a partir de sua ótica educação superior peruana. Seu texto aborda a importância estratégica da pesquisa nas universidades para a sociedade e analisa o caso da gestão da pesquisa na Universidad Nacional de San Agustín de Arequipa (Unsa). O autor apresenta um rol de lições aprendidas a partir da análise do caso.

    O penúltimo capítulo de autoria de Bernardo Meyer destaca o papel relevante desempenhado pelas instituições de educação superior nos ecossistemas de inovação. Para o autor, as universidades têm sido atores fundamentais no desenvolvimento dos ambientes de inovação. Contudo, há a necessidade de as universidades melhor se organizarem, em termos internos e externos, de forma a cumprir seu papel com maior efetividade.

    Finalmente, o último capítulo, last but not least, de autoria de Lucilaine Pascuci e Albert Fishlow, aborda os desafios da administração universitária em tempos de mudança. Essa temática adquire ainda maior importância no contexto atual em que o mundo foi atingido pela crise da pandemia do Coronavírus, fato que exigiu enormes capacidades adaptativas e mudanças por parte das instituições de educação superior em todo o mundo.

    Pedro Melo

    Bernardo Meyer

    PREFÁCIO

    Nos meus 12 anos de gestão universitária — primeiro como pró-reitor de planejamento, depois como vice-reitor e, por último, como reitor da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) — percebi que existem alguns fundamentos básicos para o sucesso de uma instituição de ensino superior (IES).

    O livro Administração universitária em tempos de mudança: novos rumos e desafios, organizado pelos professores Pedro Antônio de Melo, Bernardo Meyer e com a contribuição de outros docentes, destaca, por meio de suas experiências e vivências, pontos importantes e determinantes ao desafio de gerir uma das instituições mais complexas que existem na atualidade, ou seja, as universidades.

    Desse modo, recomendo a leitura deste livro que traz no primeiro capítulo a potencialização do pensamento estratégico como forma de se chegar ao almejado planejamento estratégico da instituição. Fica evidenciado de forma muito prática e direta que muitas tentativas de elaboração de um consistente planejamento estratégico devem ser antecedidas pelo aculturamento do pensar estratégico.

    Já no segundo capítulo, com muita competência, o autor questiona a educação superior acerca de uma nova definição que se faz necessária sob uma lógica institucional baseada nas sete ordens institucionais (família, comunidade, religião, estado, mercado, profissões e a corporação). Todas elas exercem pressões e demandam respostas por parte das organizações.

    Pode-se atestar, ainda, a contribuição para uma teoria da administração universitária, em função de que dado o elevado grau de complexidade das instituições de ensino superior, as teorias de gestão existentes, muitas vezes, não se aplicam às IES. A contribuição baseia-se fundamentalmente em compreender as organizações sob a ótica da ação (saber lidar com o ambiente de transformação) e a interpretação dos atos e fatos da vida organizacional.

    A transparência na gestão, retratada no quarto capítulo, tem sido destacada em todas as práticas de gestão, especialmente na gestão pública. Considerando o elevado grau de complexidade na gestão das universidades, sobretudo em decorrência da estrutura organizacional composta por segmentos (docentes, técnicos e discentes) das mais diversas áreas do conhecimento, bem como a necessidade de responder por sua atuação à sociedade. Assim, o capítulo é muito importante quando destaca o caso prático de uma universidade que tem buscado aprimorar o processo de transparência na gestão.

    O relevante conteúdo trazido no capítulo quinto evidencia a estrutura do modelo educacional brasileiro, baseado nas funções de regulação, avaliação e supervisão. Nesse capítulo, o leitor pode encontrar, de maneira suficientemente sucinta, os caminhos para descobrir as particularidades e especificidades do processo de regulação, avaliação e supervisão, que são imprescindíveis no auxílio à gestão das Instituições de Ensino Superior, no Brasil.

    O sexto capítulo destaca, por meio de uma aplicação prática, a gestão estratégica da pesquisa em universidades. O capítulo fundamenta-se na relação de investimentos econômicos praticados em pesquisa e suas consequências em termos de inovação, desenvolvimento tecnológico e econômico que as universidades podem entregar.

    Por último, no capítulo derradeiro, cria-se uma discussão muito interessante sobre o papel das universidades nos ecossistemas de inovação. Na leitura do capítulo fica evidenciado que as universidades necessitam urgentemente se desencapsular, ou seja, sair dos seus muros e desbravar novos horizontes, isso é vital para a preservação da qualidade do ensino, da pesquisa e da extensão. No contexto atual, trata-se do grande trunfo para estabelecer uma relação sempre profícua de confiança recíproca entre as universidades e a sociedade.

    Assim, mais uma vez, recomendo fortemente a leitura aos interessados (docentes, discentes, técnicos universitários e demais) em conhecer melhor como funcionam as universidades, em suas especificidades e particularidades. Lamento, apenas, não ter tido a oportunidade e o acesso à uma obra como esta quando iniciei na gestão da UDESC em abril de 2012, com certeza, teria evitado alguns percalços.

    Marcus Tomasi

    Professor da UDESC/Esag e reitor da UDESC no período de 2016-2020

    Sumário

    Introdução 13

    POTENCIALIZANDO O PENSAMENTO ESTRATÉGICO EM UNIVERSIDADES 15

    Júlio Eduardo Ornelas Silva e Pedro Antônio de Melo

    O QUE É A EDUCAÇÃO SUPERIOR? UM ENSAIO SOB A PERSPECTIVA DAS LÓGICAS INSTITUCIONAIS 31

    Caio Camargo-da-Silva

    A PRÁTICA DA ADMINISTRAÇÃO UNIVERSITÁRIA: CONTRIBUIÇÕES PARA A TEORIA 47

    Victor Meyer Jr.

    UDESC em números: um INSTRUMENTO DE transparência Da Gestão Universitária 71

    Marcelo Gomes Cardoso, Leonardo Secchi e Rosilane Pontes Bernard

    O MODELO EDUCACIONAL BRASILEIRO 91

    Mário César Barreto Moraes

    GESTIÓN ESTRATÉGICA DE INVESTIGACIÓN EN UNIVERSIDADES: CASO UNSA 107

    Horacio V. Barreda Tamayo

    O PAPEL DAS UNIVERSIDADES NOS ECOSSISTEMAS DE

    INOVAÇÃO 131

    Bernardo Meyer

    Universidade em tempos de mudança: contexto, lições e desafios 143

    Lucilaine Pascuci e Albert Fishlow

    COLABORADORES 159

    Introdução

    As universidades são uma das mais importantes instituições de nossa sociedade. Criadas na Idade Média tem percorrido, ao longo dos séculos, uma longa trajetória desempenhando importante papel na formação de pessoas, no desenvolvimento das ciências, das artes, e das humanidades. Nos últimos tempos, contudo, universidades têm sido criticadas, de forma sistemática, por sua lentidão diante dos crescentes desafios impostos pelo setor produtivo e pela sociedade.

    Forças econômicas, políticas, sociais, tecnológicas e sociais desafiam o comportamento e o desempenho das instituições universitárias. Assim, provocações como escassez de recursos, uso de novas tecnologias, custos operacionais crescentes, acesso, novas processos de aprendizagem, diversidade, dentre outros, vêm confrontando as instituições de educação superior e seus gestores.

    Responder aos desafios da sociedade é uma responsabilidade das universidades, quer públicas ou privadas, na busca de melhor desempenho e relevância social. Nesse contexto, a gestão das universidades se reveste da maior importância ao buscar romper o imobilismo organizacional na busca de melhoria de desempenho, com a participação efetiva da comunidade acadêmica.

    A importação de abordagens gerenciais managerialistas, oriundas do mundo empresarial, na gestão universitária tem se constituído em prática disseminada em universidades. Modismos gerenciais, ou panaceias, têm sido incorporados em instituições na busca de soluções para os problemas que afligem os gestores universitários. Trata-se de um grande obstáculo para a gestão de instituições de educação superior dadas as especificidades das organizações universitárias e a natureza das atividades finalísticas nelas realizadas. As avaliações dessas experiências, contudo, revelam muitos questionamentos diante dos custos envolvidos e resultados alcançados gerando frustrações.

    Diante desse contexto, o debate em torno de temáticas que permeiam a gestão universitária faz-se extremamente oportuno e necessário ao conduzir as organizações universitárias a reflexão a respeito das melhores decisões e estratégias continuem contribuindo com o desenvolvimento econômico e social das regiões em que se encontram inseridas. A dificuldade ou a lentidão em responder a essas confrontações externas podem comprometer as instituições universitárias, transformando-as em organizações anacrônicas e menos relevantes à sociedade.

    Os estudiosos que tratam da gestão de universidades precisam ser capazes de examinar mais profundamente os desafios atuais da educação superior e como responder a esses desafios num contexto de mudanças. Para isso, necessitam compreender a complexidade dessas importantes instituições sociais como são as universidades.

    Esta

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