Parábolas de Jesus à luz da doutrina espírita: Volume 2
De Rafael Papa
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Sobre este e-book
aprofundando o Evangelho de Jesus em seus templos internos.
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Curas Espirituais à Luz da Doutrina Espírita Nota: 5 de 5 estrelas5/5Curando as feridas da alma Nota: 0 de 5 estrelas0 notas
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Parábolas de Jesus à luz da doutrina espírita - Rafael Papa
DE VOLTA PARA CASA
Lucas Gabriel
Eu sou a videira, vós os ramos. Quem permanece
em mim, e eu nele, esse produz muito fruto, porque
sem mim não pode produzir nada (JOÃO 15:5).
Jesus é o Caminho, a Verdade e a Vida. O Peregrino da Alvorada não desdenhou, desde o princípio, socorrer-nos no antro de nossos sofrimentos pungentes. Milênios de escuridão voluntária e desvios continuados não foram capazes de ofuscar um fragmento sequer de sua claridade infinita. Eis, portanto, que vem o eco de sua voz cujo tempo não conseguiu apagar de nossas memórias clamando da humanidade por mudança de rota.
Relembrá-lo é trazer à memória a visão sublime do Mar do Tiberíades, o toque singelo do vento de Nazaré, o sol luminoso da Galileia, a admiração da transfiguração gloriosa no Tabor; e, para lá disso tudo, dos vislumbres do deserto, evocar sua memória é recomeçar os passos esquecidos do passado no entendimento de seu Evangelho.
Desde já, concebemos os irmãos, muito bem-intencionados, em depreciar a relevância dessa empreitada, argumentando em posição contrária. Não olvidemos, entretanto, a tarefa árdua que daí se desdobra para aquele com coração bem-intencionado. O objetivo deste livro não é apenas rememorar as palavras do Mestre. A intenção aqui é colaborar com os passos de nossa benfeitora muito amada, Alcíone em o livro Renúncia
, quando nos ensinou o caminho da aquisição dos valores do Mestre: conhecer, meditar, sentir, viver. Não será trabalho das mais altas incumbências a regeneração de entendimentos corrompidos?
Erramos no passado por não termos o zelo necessário em extrair o espírito da letra, engessando o Evangelho de Redenção nos labirintos vazios de uma mente orgulhosa. A Boa Nova de Jesus é teoria da alma, ela fala, acima de tudo, aos corações.
Frutificar a Árvore da Luz necessitará, consequentemente, de muitos braços. É o que o amigo encontrará neste livro.
Muitas almas amigas, que se irmanam em Jesus, reúnem-se num banquete de luz, fazendo o labor dos trabalhadores da vinha, no universo da letra.
Retiram a erva perniciosa do solo, são os conceitos incipientes.
Escavam a terra e adicionam o fertilizante necessário, é o adubo dos esclarecimentos.
Transplantam a pequenina semente ao chão, para depois cobrir e regar, é a semeadura da paciência.
Esperam o bom tempo e os raios de sol, é o convite ao nosso esforço pessoal com o conhecimento que nos foi dado. De nada nos adiantará, a partir daí, se não trabalharmos em Cristo para a frutificação desses valores. Sem Cristo, não produziremos nada de bom. Tornamo-nos os náufragos dos milênios, quando menoscabamos esse passo, conhecendo a árvore, mas lhe podando o tronco.
Quanto ao mais, o interessado é diferente do interesseiro, porque caminha e ora, estuda e auxilia. Felicita-nos sempre conceber que o Evangelho de Jesus Cristo é o caminho de volta para casa.
imagemA RELIGIÃO DE JESUS
Nara de Campos Coelho
Jesus é o nosso Governador Espiritual do Orbe Terrestre, que divide a História em antes e depois Dele, contudo, continua enfrentando barreiras que obscurecem a razão, impedindo a chegada de Sua mensagem aos corações ansiosos de conhecimento. O homem sabe de todos os martírios a Ele promovidos, de todas as suas dores e aí se detém como se tal fosse a sua magna tarefa na Terra. Desconhecem-lhe a mensagem redentora, que não é uma religião nos moldes dogmáticos e materiais, mas um código de amor que, se seguido, é capaz de fazer feliz a humanidade inteira.
Jesus veio trazer-nos a Lei Divina, a qual exemplificou com sabedoria e razão: a cada um segundo as suas obras
. Por isso, Sua mensagem não se aparta da ciência. E o que fizeram com Seus ensinos? Transformaram-no em um sincretismo religioso, quando princípios do paganismo e do judaísmo a eles se juntaram, atendendo mais a interesses políticos, sociais e econômicos do que espirituais. Suas lições foram, no máximo, condicionadas à memorização repetitiva, marcadas por rituais inatingíveis pelo senso comum, na tentativa constante de transformar o que é espiritual em material, incapazes, pois, de alcançar seu objetivo superior de transformar a humanidade. Tal posicionamento é, insistentemente, repetido até hoje, mesmo por estudiosos, sem nenhuma preocupação!
Em determinada reportagem recente sobre religião e religiosidade, a matéria em questão confundiu cristianismo com catolicismo, ao afirmar a narrativa evangélica "Não faça ao outro o que não deseja que façam a você" como um pensamento católico. Eis que os ensinos do Cristo tornaram-se propriedade particular de uma religião, que Dele se assumiu porta-voz, fazendo-se cristianismo oficial, ainda que em detrimento do Cristianismo com Jesus.
Com o Espiritismo, todas as pessoas têm acesso às maravilhosas e fundamentais lições do Mestre, impedindo-as de permanecerem em pequeno círculo de privilegiados e, ao mesmo tempo, evitando que continuem a lhes confundir os postulados. O que faz com que a lógica dos seus ensinos, mantenha-se sobrepujada pelo misticismo, pela fantasia que não transformam o homem e, ainda, conduzem aqueles que insistem em usar a razão aos braços do materialismo, causa de tanta dor.
Na mesma matéria, é preocupante a opinião de um cientista respeitável que afirma: a grande utopia de Jesus foi pedir que amássemos uns aos outros e não apenas nos tolerássemos
. Estudando as palavras de Jesus sob o enfoque do pensamento judaico-cristão
, denominação dada pela matéria em questão, perde-se a visão racional que o Mestre veio impetrar, que contraria os dogmas, a dependências aos rituais, ao fanatismo, ao misticismo, que O levou à crucificação. A mensagem de Jesus é toda de amor, mas do amor que raciocina. Por isso, Ele disse: Eu sou o caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém irá ao Pai senão por mim
. E o Espiritismo esclarece: quando alguém faz o que Jesus ensinou, tendo ou não uma religião, amadurece espiritualmente, a ponto de desvendar a verdade que o liberta e o transforma, percebendo a vida que extrapola os limites da matéria física, alcançando Deus, pelo conhecimento de Suas leis, harmonizando-se com Ele, pois Deus é amor! Como dizer que é utopia amar o próximo? Isto é razão! Só o amor neutraliza o mal, a violência, os erros. O amor cobre a multidão dos pecados
¹, ensinou o apóstolo Pedro, que entendendo a mensagem de Jesus, percebeu que, se amarmos o semelhante, superaremos o sofrimento, porque este tem por finalidade impulsionar o homem a vencer suas más tendências. E, quando o amor já faz este trabalho, a dor torna-se desnecessária. Assim, o amor faz-se primeiro pela consciência esclarecida; depois, pela evolução alcançada.
Se considerássemos o amor ao próximo uma utopia, o que diríamos de pessoas como Francisco de Assis, Gandhi, Chico Xavier, John Huss, Joana D’arc, Irmã Dulce e tantos outros incontáveis benfeitores da humanidade, milhares anônimos, que não hesitam em dedicar-se ao bem de seu próximo. E, afinal de contas, a utopia é, simplesmente, a realidade do amanhã. Se nos séculos passados alguém falasse sobre todo o avanço da ciência e da tecnologia que o homem moderno assiste, seria motivo de chacota, seria apenas um louco...
O Espiritismo traz Jesus de volta aos corações daqueles que já entendem a vida como oportunidade divina de aperfeiçoamento com vistas à educação integral. E alerta para a necessidade de não agir paradoxalmente, pois, títulos religiosos não fazem ninguém evoluir. O que interessa é a religiosidade, ou seja, a espiritualização de cada um, promovida por ações no bem. Sem rituais, sem culto exterior, sem o orgulho que os títulos religiosos costumam conferir aos que os detêm e que afastam entre si os adeptos das diferentes religiões, alimentando o horror do fundamentalismo religioso. Quem segue Jesus sabe que é preciso amar o seu próximo, compreendendo suas deficiências, seus erros, assim como nós mesmos os temos e, além de tudo, auxiliá-lo na conquista da felicidade. Amar o próximo é romper com o orgulho e com o egoísmo – as maiores chagas da humanidade, no dizer de Kardec, que tornam o homem irascível, amargo e cruel, fomentando as maiores dores que impregnam a sociedade, destruindo-a.
Homens de razão começando a descobrir Jesus pelo uso da lucidez, apreendida de Seu Evangelho. Com o Espiritismo, esta ferramenta se torna poderosa, porque é capaz de fazer comum a fé raciocinada, segundo Kardec: "fé inabalável é somente aquela que encara a razão face a face em todas as épocas da humanidade".² Fé iluminada pela razão, razão iluminada pela fé! Grandiosa conquista da alma esclarecida, que não se deixou dominar pelo materialismo, tampouco pelo fanatismo religioso, muito menos pelo misticismo plural, que aliena as almas tanto quanto as mantém na infantilidade espiritual, incapazes de usar seu livre-arbítrio, conquistado a duras penas e indispensável para uma caminhada segura e independente.
Jesus, Mestre e Amigo incondicional, veio à Terra para ensinar aos seus irmãos mais novos a ciência do bem viver. Por isso repetia sempre: quem tiver olho de ver, que veja; ouvidos de ouvir, que ouça
.³ Demonstração clara de que Seus ensinos precisavam de tempo, para que o homem amadurecesse e compreendesse a Sua mensagem, eminentemente espiritual, dirigida ao Espírito que reencarna tantas vezes quanto necessárias, para seu aprimoramento. Por isso, a reencarnação é uma justiça e uma esperança que se renova, propiciando a todos, hoje ou amanhã, a convicção de que o homem só será feliz quando amar o seu próximo como a si mesmo! Eis a religião de Jesus!
¹ DIAS, Haroldo Dutra (Trad.). O Novo Testamento. 1. ed. Brasília: FEB, 2015.
² KARDEC, Allan. O Evangelho segundo o Espiritismo. Trad. Guillon Ribeiro. São Paulo: NOVA VISÃO, 2019.
³ DIAS, Haroldo Dutra (Trad.). O Novo Testamento. 1. ed. Brasília: FEB, 2015.
imagemJESUS E A INTELIGÊNCIA EMOCIONAL
Suely Caldas Schubert
Afirma Daniel Goleman em seu livro Inteligência Emocional
que os grandes mestres espirituais, como Jesus e Buda, tocaram o coração dos seus discípulos falando na linguagem da emoção, ensinando por parábolas, fábulas e contos
.¹ Segundo o escritor, estes mestres espirituais falam no vernáculo do coração
; o que, do ponto de vista racional, tem pouco sentido.
Goleman explica ainda que, segundo Freud, em seu conceito primário
de pensamento, essa lógica da mente emocional é a lógica da religião e da poesia, da psicose e das crianças, do sonho e do mito
.² Isto engloba também as metáforas e as imagens como as artes, os romances, os filmes, as novelas, a música, o teatro, a ópera etc., pois tocam, de forma direta, a mente emocional.
Isto nos leva a entender por que as expressões religiosas e artísticas agradam tanto: é que a imensa maioria das pessoas é dominada pela emoção. Também explica o motivo dessa preferência das multidões a essas crenças novas, rotuladas de evangélicas, que manipulam as emoções como fator de atração e direcionamento de seus adeptos.
Mas, o que é a EMOÇÃO? O dicionário registra: qualquer agitação ou perturbação da mente; sentimento; paixão; qualquer sentimento veemente ou excitado.³
Segundo Goleman: EMOÇÃO se refere a um sentimento e seus pensamentos distintos, estados psicológicos e biológicos, e a uma gama de tendências para agir
.⁴
Não podemos perder de vista as sutilezas em que as emoções se manifestam, para melhor entendimento do assunto e encaminhamento do nosso raciocínio.
Os estudiosos do tema propõem famílias básicas (assim como as cores básicas); mencionaremos algumas:
IRA: fúria, revolta, ressentimento, raiva, exasperação, indignação vexame, animosidade, aborrecimento, irritabilidade, hostilidade e, no extremo, ódio e violência patológicos.
TRISTEZA: sofrimento, mágoa, desânimo, desalento, melancolia, autopiedade, solidão, desamparo, desespero e, quando patológica, severa depressão.
MEDO: ansiedade, apreensão, nervosismo, preocupação, consternação, cautela, escrúpulo, inquietação, pavor, susto, terror e, como psicopatologia, fobia e pânico.
PRAZER: felicidade, alegria, alívio, contentamento, deleite, diversão, orgulho, prazer sensual, emoção, arrebatamento, gratificação, satisfação, bom humor, euforia, êxtase e, no extremo, mania.
AMOR: aceitação, amizade, confiança, afinidade, dedicação, adoração, paixão, ágape (caridade).
E as virtudes e os vícios que vão desde a fé, a compaixão, a esperança, a coragem, o altruísmo, o perdão, a equanimidade até a dúvida, a preguiça, o tédio, dentre outros. Há um debate científico sobre como classificar as emoções, já que podem ser igualmente um estado de Espírito, de temperamento ou se transformam em distúrbios emocionais como depressão, angústia, ansiedade ou fobias.
Depreende-se, portanto, que, em várias circunstâncias de nossa vida, as emoções prevalecem e nos dominam. Quantas vezes nos surpreendemos diante de nossas alternâncias de estado de Espírito, pois podemos ser muito racionais num momento e irracionais no seguinte, quando o calor da emoção passa a comandar nossas atitudes.
É, exatamente, nos estados extremos das emoções que as pessoas cometem ações das quais se arrependem, amargamente, no minuto seguinte, quando a mente racional começa a reagir. É esse o caminho dos crimes passionais, quando se diz que houve privação dos sentidos
.
Portanto, emoções são sentimentos a se expressarem em impulsos numa vasta gama de intensidade, gerando ideias, condutas, ações e reações. Quando burilados, equilibrados e bem conduzidos transformam-se em sentimentos elevados, sublimados, tornando-se, aí sim – virtudes.
O livro de Daniel Goleman traz-nos preciosas contribuições que devem ser analisadas à luz da Doutrina Espírita. Observemos, em princípio, o que consideramos a contribuição fundamental de sua obra: a distinção entre inteligência emocional e racional, em que linguagem
a primeira se manifesta e todas as consequências que daí advém. Mas, iremos analisar, especificamente, o discurso de Jesus, sob esta ótica.
Segundo o autor, e, conforme mencionamos anteriormente, Jesus utilizou-se do vernáculo do coração
, falava, portanto, a linguagem da emoção, a que acrescentamos: do sentimento sublimado – por isto se diz que Ele trouxe a Lei de Amor.
Todavia, para a mentalidade racional que impera no Ocidente, nas elites intelectuais, sobretudo, essa mensagem passou a ser vista como sinônimo de psicose, de infantilidade, de poesia e de utopia. Por outro lado, os principais fatores que geraram esse tipo de leitura foram as distorções, as interpolações e as mutilações que o Evangelho sofreu e que o transformaram nesse cristianismo dos tempos atuais, muito distante da verdadeira Boa Nova.
É, exatamente, no momento crucial em que a Europa, liderada pela França, entroniza a deusa Razão
, zombando dos valores espirituais, cultivados pela religião dominante, que a Terceira Revelação chega à Terra. O Espiritismo veio fazer uma leitura do Evangelho através da razão. Tendo em suas bases a moral cristã em sua pureza primitiva, interpretada, todavia, na linha do raciocínio, a fim de que o seu aspecto emocional passe agora pela mente racional e possa ser aceita, assimilada pela mentalidade que prevalece em nossa época.
Cremos que a resistência na aceitação da Doutrina Espírita, por parte dos países europeus, (e mesmo norte-americanos), deve-se ao fato de não terem conseguido, ainda, assimilar essa nova mentalidade, pois destacam, de forma predominante, os valores intelectuais e a linha racional, não admitindo a prevalência da emoção ou a sua equiparação com a razão.
A Doutrina Espírita vem colocar o Evangelho do Cristo, na linguagem da razão, com explicações racionais, filosóficas e científicas. Vejamos bem, sem deixar de lado o aspecto emocional, que é colocado na sua expressão mais alta, tal como pretendeu Jesus, ou seja, o sentimento sublimado, demonstrando, assim que, o SENTIMENTO E A RAZÃO, podem e devem caminhar pela mesma via, pois constituem as duas asas de libertação definitiva do ser humano: O AMOR E A SABEDORIA.
A questão 627, de "O Livro dos Espíritos", traz-nos primorosa síntese das finalidades do Espiritismo e, a certa altura da resposta, transmitida pelos Espíritos Superiores, afirma:
O ensino dos Espíritos tem que ser claro e sem equívocos, para que ninguém possa pretextar ignorância e para que todos o possam julgar e apreciar com a razão. Estamos incumbidos de preparar o reino do bem que Jesus anunciou. Daí a necessidade de que a ninguém seja possível interpretar a lei de Deus ao sabor de suas paixões, nem falsear o sentido de uma lei toda de amor e de caridade.⁵
¹ GOLEMAN, Daniel. Inteligência Emocional. 35. Ed. São Paulo: Objetiva, 1995.
² Idem
³ PERES, Ney Prieto. Manual Prático do Espírita. 6. Ed. São Paulo: Pensamento, 1984. (Parte 2)
⁴ GOLEMAN, Daniel. Inteligência Emocional. 35. Ed. São Paulo: Objetiva, 1995.
⁵ KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. Trad. Guillon Ribeiro. São Paulo: NOVA VISÃO, 2019.
imagemJESUS, A PORTA; KARDEC, A CHAVE.
Gutemberg Paschoal
Assim como o eminente codificador da Doutrina dos Espíritos, Sr. Allan Kardec, recebia muitas acusações, a Doutrina nascente, igualmente, sofria os ataques insanos de seus detratores que forjaram a forte armadura das verdades consoladoras. As lutas, em meio a essa missão abençoada, eram quase inextinguíveis. Diante do panorama histórico da Europa, com sequências de fenômenos mediúnicos por toda a parte, a falta de originalidade
seria um adjetivo curioso imputado ao Espiritismo.
Enquanto incautos rebatiam a doutrina nova, não se davam conta de que chamá-la pouco original
lhe conferiria cará