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Do perdão a cura do coração
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Do perdão a cura do coração

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A primeira necessidade que temos é a de permitir que o Espírito Santo repouse e o ponto de partida para o ministério de evangelização é o batismo. O Espírito Santo é o agente da transformação, aquele que movimenta tudo.
Jesus quer que o Espírito repouse sobre nós, que ele paire no nosso caos. No início da criação o Espírito pairava no caos. Deus disse: "faça-se! ", mas foi o Espírito que achou e fez. Fez do caos, cosmos; trouxe vida ao caos.
O batismo no Espírito é o que nos capacita, fortalece e nos enche do poder de Deus para evangelizar. O Espírito Santo é o agente principal da evangelização, da cura e da libertação. A consagração por sua unção capacita por seus dons e santifica-te.
LanguagePortuguês
Release dateMar 1, 2023
ISBN9788594630841
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    Do perdão a cura do coração - Maria Eunice

    Apresentação

    Jesus é o sol da justiça que pode curar as feridas causadas pelas injustiças da vida. Conforme se dá a cura, o coração se liberta dos sentimentos de ódio, rancor ou amargura, e esse lugar é ocupado pelo amor que brota em torrentes do Coração de Jesus. Em Isaías (53,4–5), com razão diz o profeta: eram nossas as doenças que levava, tomou nossos sofrimentos, assumiu todas as nossas enfermidades e por Suas chagas fomo s curados.

    Os traumas da infância que carregamos conosco, têm repercussão na vida presente, por exemplo, um alcoólatra não pode deixar de tomar álcool enquanto não for curado na raiz de seu problema. Por isso, dois efeitos tem a cura interior: livra-nos das causas que nos afetam e leva-nos à fortificação, para perseverarmos no bem.

    Vi tuas lágrimas, por isso vou curar-te (II Reis 20,5).

    Oração de cura e libertação

    Vinde, Espírito Santo, penetrais as profundezas da minha alma com o Vosso amor e o Vosso poder.

    Arrancai as raízes mais profundas e ocultas da dor e do pecado enterradas em mim.

    Lavai no precioso Sangue de Jesus e aniquilai definitivamente toda ansiedade que trago em mim; toda amargura, angústia, sofrimento interior, desgaste emocional, infelicidade, tristeza, ira, desespero, inveja, ódio e vingança, sentimento de culpa e de autoacusação, desejo de morte e de fuga de mim mesmo (a), toda opressão do maligno na minha alma, no meu corpo e toda insídia que ele coloca em minha mente.

    Bendito Espírito Santo, queimai com o Vosso fogo abrasador toda treva instalada dentro de mim, que me consome e impede de ser feliz.

    Destrua em mim todas as consequências dos meus pecados e dos pecados dos meus ancestrais, que se manifestam em minhas atitudes, decisões, temperamento, palavras, vícios.

    Libertai, Senhor, toda a minha descendência da herança de pecado e rebelião às coisas de Deus que eu lhe transmiti.

    Vinde, Santo Espírito! Vinde, em nome de Jesus!

    Lavai-me no Sangue precioso de Jesus, purificai todo o meu ser, quebrai toda a dureza do meu coração, destrua todas as barreiras de ressentimento, mágoa, rancor, egoísmo, maldade, orgulho, soberba, intolerância, preconceitos e incredulidade que existem em mim. E, no poder de Jesus Cristo ressuscitado, libertai-me, Senhor! Curai-me, Senhor! Tende piedade de mim, Senhor!

    Vinde, Santo Espírito! Fazei-me ressuscitar agora para uma vida nova, plena do Vosso amor, alegria, paz e plenitude.

    Creio que estais fazendo isto em mim agora e assumo pela fé a minha libertação, cura e salvação em Jesus Cristo, meu Salvador.

    Glórias a Vós, meu Deus!

    Bendito sejais para sempre!

    Louvado sejais, ó meu Deus!

    Em nome de Jesus e por Maria nossa Mãe.

    Amém!

    PARTE 1 RECONHECENDO AS FERIDAS EMOCIONAIS

    É preciso tocar nas feridas para curá-las

    Moisés respondeu ao povo: ‘não temais, tende ânimo e vereis a libertação que o Senhor vai operar hoje em vosso favor, os egípcios que hoje vedes, não nos tornareis a ver jamais, o Senhor pelejará por vós. Quanto a vós, nada tereis a fazer. O Senhor disse a Moisés: ‘porque clamas a mim? Dize aos filhos de Israel que se ponham em marcha, ponham-se a caminho. E tu, levanta a tua vara, estende a mão sobre o mar e fende-o para que os israelitas possam atravessá-lo a pé enxuto.

    (Êxodo 14,13–16)

    Estamos em tempos de guerra, mas queremos procurar a paz, pois precisamos dela. São tempos difíceis, os tempos estão abreviados. Guerras estão acontecendo no mundo inteiro e, também, no mundo espiritual. É tempo de nos prevenirmos, refletirmos sobre nossas ações e pedir mos a paz.

    Aqui no Brasil vivemos uma grande guerra, em que muitas pessoas perdem suas vidas diariamente nas ruas, com a violência e a falta de compaixão. Além disso, vivemos uma guerra espiritual, que estamos travando no Céu e na Terra. Diante disso, eu pergunto a você, caro (a) leitor (a): que paz você quer para seu coração?

    Nosso Senhor é a paz, portanto, convido você a desejá-la para si mesmo (a) e para aqueles que estão por perto, que lhes são queridos. Jesus quer trazer essa paz para os nossos corações, mas, precisamos, cada um de nós, ajudá-lo nessa missão. Somos uma gota no oceano diante de tanta guerra, mas que sejamos nós a pedir a paz. Que paz você está pedindo?

    Em 2013, o Papa Francisco realizou um pronunciamento em que pedia a paz mundial. Naquela época, esse discurso foi intencional, especialmente, a pedir a paz na Síria, que sofria com uma guerra sangrenta. Apesar de já ter se passado quase uma década desde então, o discurso do Papa Francisco continua atual e necessário, pois, mudam-se os países e as motivações, mas a guerra permanece assolando nossos povos. Leia, a seguir, um trecho do pronunciamento:

    Hoje, queridos irmãos e irmãs, queria fazer-me intérprete do grito que se eleva, com crescente angústia, em todos os cantos da Terra, em todos os povos, em cada coração, na única grande família que é a humanidade: o grito da paz! É um grito que diz com força: queremos um mundo de paz, queremos ser homens e mulheres de paz, queremos que nesta nossa sociedade, dilacerada por divisões e conflitos, possa irromper a paz! Nunca mais a guerra! Nunca mais a guerra! A paz é um dom demasiado precioso, que deve ser promovido e tutelado.¹

    O Papa Francisco também diz que de uma guerra não se tem ganhador, só perdedor, devemos aprender com estas sábias palavras, refletir e observar como elas se encaixam em nossas vidas: como está sua casa? Sua família? Seu coração?

    De fato, a paz que desejamos — e que precisamos — deve ser construída, em um movimento coletivo e individual, simultaneamente. O Espírito Santo é o protagonista, que vem para transformar, para movimentar o nosso coração, para retirar todo tipo de guerra, também aquelas que são interiores. Você está em ausência de paz quando não perdoa, está ressentido, doente, triste, com depressão. Nesses casos a sua paz vai embora, mas é preciso lembrar que vida em nós é o dom da paz.

    Muitas pessoas pensam: como desejarei a paz, se estou em guerra comigo?. A resposta é simples: Jesus nos enche de paz o tempo todo, livrando-nos do mal, portanto, busque Nele a paz que não encontra. O caminho está diante de você.

    O caminho da paz, da cura e da libertação

    Qualquer mudança passa, antes, pelo reconhecimento daquilo que não está indo bem em sua vida. Esse é um momento sensível, pode ser frustrante ou mesmo doloroso, mas é necessário para você construir um novo caminho, que te leve ao bem e à paz.

    Não tenha medo de fazer a paz acontecer, ainda que para isso você precise tocar em suas feridas, entrar em sua história e admitir que você precisa ser curado (a) das suas machucaduras, porque você fere e é ferido (a). É preciso coragem e disposição para essa caminhada. Quantas pessoas estão esvaziadas de ânimo? Ânimo vem de alma, da alma animada. Tende ânimo!, disse Moisés ao seu povo, e também o Senhor nos diz para termos ânimo.

    O espírito do Senhor repousa sobre mim, porque o Senhor consagrou-me pela unção e enviou-me a levar boas novas aos humildes, para curar os corações doloridos e anunciar aos cativos, a redenção e aos prisioneiros, a liberdade. O Senhor veio curar os corações tristes (Isaías 61, 1–2). Ora, Jesus veio curar aquilo que estava perdido e deixou o Espírito Santo repousar sobre Ele.

    A passagem citada foi lida na sinagoga de Nazaré e Lucas (4,14–21) repete no Novo Testamento². Esse texto era chamado de Carta de Apresentação de Jesus, descrevendo, em linhas gerais, toda a missão de Jesus, após ter sido batizado no Jordão e da tentação do deserto.

    Cheio da força do Espírito Santo, Ele dirigiu-se à sinagoga de Nazaré, pegou o pergaminho — era um dia de sábado, todo o povo estava reunido e todas as pessoas olhavam-Lhe atentamente — e, então, disse categoricamente: hoje se cumpriu esse oráculo que acabares de ouvir, essa palavra está sendo cumprida aqui. Ao dizer isso, Jesus declarava estar sendo cumpridas as palavras dos profetas que anunciavam a vinda do Messias ao mundo, Ele estava se revelando.

    Essa passagem deixa evidente que a obra de Jesus está intrinsecamente ligada à jornada pela cura e pela libertação. Jesus, cheio do Espírito Santo, proclama as boas novas aos humildes e cura suas enfermidades.

    A grande pregação de Jesus é o anúncio do reino e o centro desse anúncio é sua própria pessoa, porque Nele estão contidas todas as bênçãos e as graças desse reino. Ele evangeliza com as palavras e os sinais, embora, hoje, em geral, as pessoas falem e não os vejam. Os sinais acompanharão aqueles que creem, então, tanto as palavras quanto os sinais são evangelhos, anúncios, proclamações, porque são demonstrações do amor misericordioso de Deus para com cada um de nós.

    A escolha do texto de Isaías (61, 1–2) por Jesus foi proposital, para torná-lo o discurso inaugural da sua obra messiânica. Jesus quer curar, mais do que isso, Ele veio para nos salvar.

    A importância do batismo

    A primeira necessidade que temos é a de permitir que o Espírito Santo repouse e o ponto de partida para o ministério de evangelização é o batismo. O Espírito Santo é o agente da transformação, aquele que movimenta tudo. Jesus quer que o Espírito repouse sobre nós, que ele paire no nosso caos. No início da criação o Espírito pairava no caos. Deus disse: faça-se!, mas foi o Espírito que achou e fez. Fez do caos, cosmos; trouxe vida ao caos.

    O batismo no Espírito é o que nos capacita, fortalece e nos enche do poder de Deus para evangelizar. O Espírito Santo é o agente principal da evangelização, da cura e da libertação. A consagração por sua unção capacita por seus dons e santifica.

    É no coração onde estão alojadas as nossas maiores dores, os nossos maiores sentimentos, sofrimentos, traumas emocionais, sentimento de culpa, remorso, frustrações, decepções, angústias… E, se não cutucarmos tudo isso, não há cura. Muitas vezes pensamos que nossos corpos estão sadios, que as finanças estão sadias, tudo está sadio, mas em nós, algo não está são, não está em paz; e a graça reservada aos humildes é ter a cura dos corações doloridos, a cura e libertação interior e profunda.

    O Evangelho traz esse anúncio de cura para os traumas das nossas almas. O que nos cura é a palavra de Deus, que em nós promove a libertação das carências afetivas, inseguranças, ansiedades, decepções e tudo que queira roubar nossa paz.

    Somos seres feridos pelos pecados das origens e pelos nossos próprios pecados. Sendo feridos, em nossas convivências diárias, também ferimos. Recebemos as feridas devido aos nossos pecados pessoais, comunitários e sociais, e o pecado tem consequências.

    Jogamos para nossa subconsciência as lembranças dolorosas para não nos revisitarem e para que não sintamos dor. De 70 a 80% do nosso comportamento exterior vem do que carregamos no nosso interior; 90% de nossas dores são de ordem psicossomática, por isso rezamos para a cura.

    A cura interior é uma questão de necessidade, de salvação. Consiste em descermos, com Jesus, aos nossos porões para que Ele nos cure da dor. É preciso tocar na própria história e às vezes ela não é bonita, mas é a nossa história. É preciso trazer para fora aquilo que nos machuca para que haja a cura. O sofrimento não é ruim, ele nos ensina. É tempo de cura. A paz vai acontecer quando deixarmos nosso interior ser invadido.

    O Senhor é o mesmo ontem, hoje e sempre.


    ¹ Papa Francisco realizou tal pronunciamento em um domingo, dia 1º de setembro de 2013, na Praça de São Pedro. Você pode consultar o discurso na íntegra, em texto e vídeo, acessando o link: https://www.vatican.va/content/francesco/pt/angelus/2013/documents/papa-francesco_angelus_20130901.html

    ² Consulte a citação completa no capítulo Passagens bíblicas deste livro.

    A força da fé

    Você acredita ser possível viver uma vida vitoriosa na graça de Deus, mesmo nesse mundo contaminado?

    Sabe como vencer as artimanhas inimigas de Deus?

    Você tem ideia de como superar as provações do cotidiano sem desanimar?

    Já pensou em buscar as coisas no alto?

    ***

    Algumas pessoas, certamente, responderão mais nãos do que sins para essas perguntas e esse pode ser o seu caso. Neste capítulo você encontrará algumas reflexões sobre como transformar o seu não em sim, ou seja, sobre como tornar-se forte diante das provações e imune às contaminações de ste mundo.

    Para isso, precisamos buscar as coisas no alto, pois é de lá que viemos e é para lá que voltaremos. Precisamos pensar nas coisas do Céu, mais do que nas coisas da Terra. Muitas vezes nos preocupamos demais com as coisas que vamos fazer, comer e vestir, e esquecemos o que Jesus nos disse: para que não vivêssemos preocupados com o que comer ou beber, nem com o que vestiremos, pois a vida é mais que o alimento, e o corpo é mais que a roupa³. Disse-nos ainda: Olhai os pássaros do céu: não semeiam, não colhem, nem guardam em celeiros. No entanto, o vosso Pai Celeste os alimenta. Será que vós não valeis mais do que eles?

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