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Descomplicando os investimentos pessoais
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Ebook154 pages1 hour

Descomplicando os investimentos pessoais

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Descomplicando os investimentos pessoais? é mais do que um simples guia de gestão financeira. O que poderia ser um complexo exercício repleto de fórmulas revela-se um convite à reflexão constante sobre nosso futuro, nossa longevidade. Nas melhores condições financeiras! Afinal, é preciso dinheiro para manter o padrão de vida desejado.
Com uma redação direta e orientações bem objetivas, a obra é dividida em quatro partes: primeiro explora as razões de se controlar o dinheiro. Depois, se detém sobre os investimentos em renda fixa e renda variável. Na terceira parte, desmistifica os investimentos no exterior. E, por fim, é apresentado um modelo de investimentos.
O autor conduz o leitor pelo caminho dos investimentos, alertando para as armadilhas que nele se escondem e orientando quanto às oportunidades que cabem a cada leitor, já que as expectativas são diferentes. É impossível enxergar seu dinheiro da mesma forma depois da leitura deste livro!
LanguagePortuguês
Release dateMar 16, 2023
ISBN9786587958125
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    Descomplicando os investimentos pessoais - Osias Brito

    Sobre o Autor

    Osias Santana de Brito é doutor em finanças pela Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA-USP), possui pós-doutorado pela IESE Business School – Universidad de Navarra (Espanha) e é professor de finanças e mercado de capitais na Fundação Getulio Vargas (FGV).

    Trabalha no mercado financeiro desde 1985 e é hoje sócio-fundador da BR Finance, consultoria especializada em fusões e aquisições.

    Foi diretor-superintendente da Vicunha Holdings, diretor-superintendente do Banco Fibra, diretor executivo de Planejamento e Controle do Unibanco, diretor executivo do Grupo Santander Banespa, representante legal do WestLB Banco Europeu para a América Latina e vice-presidente executivo do Banco Credibanco S.A./The Bank of New York.

    É também autor dos livros Mercado financeiro, Guia prático de economia e finanças, Gestão de riscos e Controladoria de risco-retorno em instituições financeiras, os quatro editados pela Saraiva Educação.

    Apresentação

    Escrever sobre investimentos pessoais é um exercício muito complexo, uma vez que discutimos nosso futuro e nossa longevidade.

    Somos um ser econômico e, como tal, interagimos continuamente com termos como dinheiro, riscos, investimentos, despesas, retornos, ansiedade e frustrações e motivações.

    Planejar adequadamente nossa vida financeira nos leva a um bem-estar mental muito importante.

    Entender a importância de gastarmos o essencial e acumularmos capital nos ajuda a sermos mais felizes no presente e no futuro.

    A nossa liberdade somente é completa após atingirmos nossa liberdade econômica, que se dá quando conseguimos acumular capital e fazermos o nosso dinheiro trabalhar para nós!

    Nascemos com alto potencial de sermos felizes. Essa obra procura contribuir para evitarmos que seu lado financeiro estrague essa felicidade e a dos seus.

    Nosso futuro é definido no presente, como consequência das escolhas que fazemos.

    A nossa felicidade futura deve ser contratada no presente.

    Somos responsáveis por nossas escolhas e as suas consequências.

    Por fim, procuramos, nesta obra, ilustrar esses temas e criar um modelo nosso, descomplicado, de como lidar com despesas e investimentos.

    PARTE A

    Nossas finanças pessoais

    1. Por que conhecer e controlar nossas finanças?

    Qual a importância de controlar as finanças? 

    Ter uma dívida em atraso nos traz um incômodo emocional. Muitos relatam sintomas de inquietude, irritação, insônia, desânimo e ansiedade. 

    Com relação à parte pessoal, vários inconvenientes podem surgir, como, por exemplo, conta bancária bloqueada, escritórios de cobrança enviando notificações e ligando para a gente, possibilidade de bloqueio de bens pela Justiça, ter o nome inscrito em serviços de proteção ao crédito e, inclusive, passar por situações que geram vergonha social. 

    Entender como nossa vida financeira é muito importante e criar mecanismos de controle financeiro pessoal nos ajuda a melhor evitar esses acontecimentos desagradáveis.

    Atualmente, ao redor de 50% dos brasileiros fazem controle de finanças e, mais recentemente, ao redor de 52 % da população teve seu nome inscrito em serviços de proteção de crédito.

    Muitas vezes, isso ocorre por total falta conhecimento e planejamento financeiro, onde um pequeno problema não cuidado adequadamente se torna um grande problema. A transformação de um problema pequeno para um grande se dá, principalmente, como consequência das altas taxas de juros praticadas no mercado financeiro brasileiro, o que pode, muitas vezes, tornar nossa dívida impagável.

    Desenvolver competências, para melhor enfrentar o dia a dia da nossa vida financeira, é fundamental para uma melhor qualidade de vida.

    Olhando a vida como uma longa jornada

    Os seres humanos sempre se preocupam com o amanhã. Isso se dá porque já nascemos com a orientação genética de sobrevivermos. Como a morte é um evento indefinido futuro, nos preservamos dela, o que nos faz alocarmos nossa preocupação também com o futuro. Procuramos, continuamente, nos proteger das incertezas do amanhã.

    Uma das incertezas que mais nos gera preocupação é a financeira, uma vez que dependemos dela para satisfazer várias outras. Viver custa muito e a tranquilidade financeira nos ajuda a viver melhor. Nesse sentido, algumas atitudes e mentalidade nos levam para um caminho melhor:

    Gastar menos do que se ganha

    Temos algumas certezas na vida, e uma delas é que, para viver, se faz necessário gastar dinheiro.

    Quando a pessoa desenvolve um padrão de consumo elevado, ela pode acabar escrava dessa escolha. Uma vez que condicionamos uma vida pautada em gastos elevados, precisamos gerar renda contínua para pagar esses gastos. Caso contrário, temos que nos endividar para sustentar esse padrão de consumo.

    Como o futuro traz incertezas, termos elevados gastos faz essas incertezas serem ainda mais aflitivas, o que prejudica nossa saúde mental e profissional.

    Uma forma importante de evitarmos essa situação desconfortável é entendermos o que são despesas recorrentes e despesas eventuais.

    Despesas recorrentes são aquelas que, uma vez incorridas, têm alta chance de existirem continuamente e se tornarem despesas habituais.

    Exemplos de despesas habituais são as mensalidades da faculdade, das escolas dos filhos, a alimentação do dia a dia, ou seja, despesas que acabam sendo parte rotineira das nossas vidas.

    Como o futuro traz muitas incertezas com relação aos nossos ganhos, como, por exemplo, ser mandado embora do serviço, ter um problema de saúde, a empresa onde trabalhamos gerar resultados ruins e até fechar ou ser vendida, quanto menos despesas recorrentes tivermos, melhor será nossa saúde mental.

    Diferente é o tratamento a ser dado para as despesas eventuais, como, por exemplo, planejarmos uma viagem. Essas despesas têm como característica não gerar necessidade contínua de pagamentos. Para esses casos, temos que ter uma poupança específica. Podemos planejar uma viagem com antecedência e pouparmos pouco a pouco, para enfrentarmos esses gastos. Desta forma, quando a viagem termina, não temos necessidade de nos preocuparmos de onde vamos achar dinheiro para pagar os gastos incorridos.

    Muitas vezes, porém, as despesas eventuais surgem sem planejarmos. Um exemplo disso são as despesas com doenças, que, muitas vezes, surgem de forma repentina. Para esses casos, temos que ter uma poupança, de forma a não nos endividarmos para a necessidade que acaba de surgir.

    Toda vez que incorremos em uma dívida, a preocupação com o futuro se modifica. Passamos a depender mais do futuro para resolvermos problemas passados. O melhor seria olharmos para a frente sem nada a pagar para trás.

    Por que dívida pode ser tão ruim? Porque significa que precisamos ter dinheiro para uso no presente , o qual iríamos ganhar, potencialmente, somente no futuro. E alguém me antecipar esse dinheiro custa.

    Sempre que queremos usufruir hoje e pagar no futuro, temos um sacrifício a fazer. Quem regula essa troca, onde um agente antecipa nosso futuro, é o juro.

    Ele funciona para remunerar a postergação de um desejo nosso (como, por exemplo, comprar daqui a três anos ao invés de hoje) ou nos é cobrado por antecipar um desejo hoje (compro hoje através de dívida, para pagá-la no futuro).

    Ao antecipar um benefício que somente viria no futuro, incorro num custo, através de juros que tenho que pagar. Ao potenciar um benefício, recebo juros ao aplicar o dinheiro para a compra futura.

    Ao conseguir não assumir dívidas, nos tornamos mais livres para decisões futuras, inclusive mudança de emprego, uma vez que tomamos decisões melhores quando nossas obrigações financeiras estão organizadas.

    Fazer o dinheiro trabalhar para a gente

    Poupar representa criar uma proteção contra as incertezas do futuro. E juro é o prêmio que recebemos por postergar benefícios.

    O juro remunera o capital. E essa remuneração não precisa do nosso trabalho contínuo: o próprio dinheiro, através dos juros, gera dinheiro.

    A cultura de gastar pouco e poupar é a arte de melhor evitar infortúnios e surpresas desagradáveis no

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