Direito Processual Eleitoral - Parte 1 - Ações Civis Eleitorais por descumprimento da Lei das Eleições
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Direito Processual Eleitoral - Parte 1 - Ações Civis Eleitorais por descumprimento da Lei das Eleições - Alexandre Rollo
Apresentação
O Direito Eleitoral brasileiro tem merecido crescente atenção e protagonismo em nosso cotidiano, mercê de sua constante evolução legislativa e jurisprudencial. Casos emblemáticos como tentativas de cassação de mandatos eletivos Presidenciais, de Governadores e de Senadores da República (além dos sucessivos processos envolvendo Deputados, Prefeitos e Vereadores), despertam a atenção da sociedade, de forma geral, e da comunidade jurídica, de forma específica, para os temas e assuntos eleitorais.
Nesse contexto, é primordial para os operadores do Direito, não apenas conhecimento mais aprofundado sobre as questões materiais do Direito Eleitoral, mas, também, sobre os temas processuais, para a correta aplicação, nas contendas judiciais, desse importante ramo do Direito Público.
Este livro cuida exatamente das ações eleitorais de natureza civil, deixando clara a possibilidade – e, até mesmo, a necessidade – de aplicação subsidiária do Código de Processo Civil nessas demandas, nos exatos termos de seu art. 15.
Passando do geral para o mais específico, este volume, primeira parte da obra dividida em dois livros, trata das representações eleitorais previstas na Lei n° 9.504/97: Representação do art. 96 (também conhecida como representação de propaganda por tratar, majoritariamente, de infrações ligadas à propaganda eleitoral), do Direito de Resposta (importante instrumento para o combate à disseminação de afirmações sabidamente inverídicas e de ataques pessoais feitos durante a campanha contra candidatos, partidos e coligações e que extrapolem os limites da liberdade de expressão), e das chamadas Representações Especiais pautadas nos arts. 23 (excesso de doação realizado por pessoas físicas), 30-A (ilicitudes praticadas na arrecadação e gastos de recursos nas campanhas eleitorais), 41-A (captação ilícita de sufrágio), e nos arts. 73, 74, 75 e 77 (que tratam das condutas vedadas aos agentes públicos em campanhas eleitorais)
Nos tópicos relativos a cada umas dessas ações são abordados a legitimidade ativa e passiva, o objeto, as causas de pedir e o pedido, o prazo para ajuizamento, a competência, o procedimento e os recursos de cada qual, de maneira a proporcionar ao operador do Direito todas as ferramentas necessárias para atuação no contencioso civil eleitoral.
Introdução
No processo civil eleitoral há um pequeno número de remédios processuais a serem trabalhados pelos operadores do Direito. São eles:
Representação do art. 96 da Lei 9.504/97
Direito de Resposta
Ação de Investigação Judicial Eleitoral – AIJE
Ação para decretação de perda de mandato por infidelidade partidária
Ação declaratória de justa causa para desfiliação partidária
Representações Especiais que tenham por causa de pedir as hipóteses previstas nos arts. 23, 30-A, 41-A, 45, VI, 73, 74, 75 e 77 da Lei n° 9.504/1997 (que seguirão o procedimento do art. 22 da Lei Complementar n° 64/1990)
Ação de Impugnação a Pedido de Registro de Candidatura – AIRC
Ação de Impugnação de Mandato Eletivo – AIME
Recurso contra a Expedição de Diploma – RCED
Ação Rescisória Eleitoral
Se esses remédios processuais eleitorais forem comparados com a gama de ações previstas no Código de Processo Civil, chegaremos à conclusão de que, no processo civil eleitoral, realmente temos um número pequeno de ações que podem ser propostas o que, de alguma forma, facilita a atuação dos profissionais ligados a essa área do conhecimento.
CAPÍTULO 1
Disposições comuns às ações eleitorais de natureza civil
1.1 Aplicação subsidiária do CPC ao processo eleitoral
Não há mais qualquer margem a dúvidas ou discussões sobre a possibilidade e até mesmo a necessidade de aplicação subsidiária do Código de Processo Civil nas demandas eleitorais dessa mesma natureza (ações de natureza civil/eleitoral). Já nos idos de 1969, no acórdão n° 4432 de 14/11/1969 de São Luis/MA, o Tribunal Superior Eleitoral, por unanimidade, deu provimento a um recurso de agravo pontuando que o art. 32 do Código de Processo Civil da época era "aplicável subsidiariamente ao processo da Justiça Eleitoral" (Rel. Min. Célio Silva). Desde então o que se tem é um entendimento pacífico e uníssono neste mesmo sentido até em razão da inexistência de um Código de Processo Civil Eleitoral.
Como as regras processuais eleitorais são tratadas, de forma não exauriente, em leis esparsas (Código Eleitoral, Lei das Inelegibilidades, Lei das Eleições), há necessidade, em muitas situações, dessa aplicação subsidiária do Código de Processo Civil, o que é corroborado expressamente pelo art. 15 daquele Código (Lei n° 13.105/2015), no sentido de que "Na ausência de normas que regulem processos eleitorais, trabalhistas ou administrativos, as disposições deste Código lhes serão aplicadas supletiva e subsidiariamente". Também por conta deste preceito legal, foi editada pelo TSE a Resolução 23.478 que trata justamente da aplicação (ou não), das normas do Código de Processo Civil nas demandas civis-eleitorais.
Vale dizer que há normas do CPC que se aplicam às ações eleitorais, assim como é certo que há outras normas (como, v.g., a contagem de prazos processuais em dias úteis), que não se harmonizam com a realidade eleitoral, devendo ficar claro que a aplicação subsidiária aqui tratada sempre propugnou pela existência de dois requisitos: lacuna e compatibilidade sistêmica. Assim, em havendo norma processual eleitoral expressa é ela que deverá ser aplicada, não o CPC. Nesse sentido: "...Havendo previsão expressa na legislação específica, não há falar na aplicação subsidiária do CPC ou na prevalência da sua aplicação sobre aquela (TSE, Ação Rescisória nº 060128917, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, DJE, Tomo 178, 14/09/2017). Por outro lado, mesmo havendo lacuna, há institutos do processo civil comum que não se aplicam ao processo civil eleitoral em razão de sua incompatibilidade sistêmica tais como, por exemplo, a intervenção de
amicus curiae", que é expressamente afastada pela Resolução TSE 23.478. Em suma, referida resolução ajuda o intérprete a distinguir quais institutos do processo civil comum são ou não aplicáveis subsidiariamente às demandas eleitorais.
1.2 Princípio da não surpresa
O contraditório e a ampla defesa, conforme estabelece o art. 5º, inciso LV da Lei Maior, devem ser garantidos aos litigantes e aos acusados em geral, "em processo judicial ou administrativo, o que evidentemente inclui as demandas de natureza eleitoral. Daí porque a Resolução TSE 23.478 dispõe que os artigos 9º e 10 do Código de Processo Civil
aplicam-se aos processos eleitorais. Neles, o que se verifica é que, como regra,
Não se proferirá decisão contra uma das partes sem que ela seja previamente ouvida, estando o juiz proibido de
decidir, em grau algum de jurisdição com base em fundamento a respeito do qual não se tenha dado às partes oportunidade de se manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a qual deva decidir de ofício. Trata-se de simples respeito ao princípio da não surpresa, reputando-se por
decisão surpresa" o pronunciamento judicial que, no julgamento final de mérito da causa, lastreia-se em premissa fática ou fundamento jurídico não submetido à prévia apreciação de uma ou ambas as partes da controvérsia.
O princípio da não surpresa deve ser respeitado inclusive na chamada AIRC (Ação de Impugnação de Registro de Candidatura), de onde se extrai que o Juiz Eleitoral poderá conhecer de ofício eventual existência de inelegibilidade ou ausência de condição de elegibilidade "desde que resguardado o contraditório e a ampla defesa" (Súmula 45 do TSE). Importante esse esclarecimento