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Os Anjos
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Os Anjos

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A angeologia é uma das mais difíceis doutrinas encontradas nas Escrituras Sagradas. Contudo, dada sua importância devemos impor a este assunto grande valor. Anjos são ministros da providência de Deus, agentes ativos na vida do crente e da Igreja de Cristo. O não entendimento, ou a falta de estudo, sobre sua natureza e atividades, tem ocasionado o surgimento de muitas seitas, heresias e credos, distintos e distantes da sã doutrina, conforme encontrada na Palavra de Deus. Neste estudo pretendemos estabelecer os ensinos das Sagradas Escrituras sobre este assunto, atendo-nos a uma interpretação literal-histórico-gramatical do texto bíblico, sempre comparando escritura com escritura, evitando alegorizar qualquer passagem.
LanguagePortuguês
Release dateAug 9, 2021
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    Os Anjos - Eugenia Gomes

    ANJOS UMA VISÃO GERAL

    OS ANJOS NA HISTÓRIA DA

    HUMANIDADE

    EUGENIA GOMES

    Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

    (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

    Gomes, Eugenia

    Anjos : os anjos na história da humanidade /

    Eugenia Gomes. -- Salvador, BA : Ed. da Autora, 2021.

    ISBN 978-65-00-25760-1

    1. Anjos 2. Anjos - Cristianismo 3. Anjos -

    Doutrina bíblica 4. Anjos - Ensinamento bíblico I. Título.

    21-70870

    CDD-235.3

    Índices para catálogo sistemático:

    1. Angeologia : Teologia cristã 235.3

    Cibele Maria Dias - Bibliotecária - CRB-8/9427

    A Câmara Brasileira do Livro certifica que a obra intelectual descrita abaixo, encontra se

    registrada nos termos e normas legais da Lei nº 9.610/1998 dos Direitos Autorais do Brasil.

    Conforme determinação legal, a obra aqui registrada não pode ser plagiada, utilizada,

    reproduzida ou divulgada sem a autorização de seu(s) autor(es).

    APRESENTAÇÃO

    A angeologia é uma das mais difíceis doutrinas encontradas nas Escrituras

    Sagradas. Contudo, dada sua importância devemos impor a este assunto grande

    valor. Anjos são ministros da providência de Deus, agentes ativos na vida do

    crente e da Igreja de Cristo. O não entendimento, ou a falta de estudo, sobre sua

    natureza e atividades, tem ocasionado o surgimento de muitas seitas, heresias

    e credos, distintos e distantes da sã doutrina, conforme encontrada na Palavra

    de Deus. Neste estudo pretendemos estabelecer os ensinos das Sagradas

    Escrituras sobre este assunto, atendo-nos a uma interpretação literal-histórico-

    gramatical do texto bíblico, sempre comparando escritura com escritura,

    evitando alegorizar qualquer passagem.

    DEDICOTÓRIA

    Aos meus avós – Ortodoxos – que foram capazes de passar todos estes ensinamentos que aqui vos

    apresento, a Deus primeiramente, - saberes milenares e eternos. A toda a equipe de trabalho,

    coordenadores e aos amigos. A todos que colaboraram para que este livro fosse publicado. Obedecendo

    a formação para o nosso doutorado, na pessoa de Douglas e dos nossos professores de Teologia,

    Alexandre Mauro, a todos.

    Atenciosamente,

    Eugenia Gomes

    SUMÁRIO

    INTRODUÇÃO…………………………………………………………....…….……..7

    CAPÍTULO I

    DOUTRINA SECULAR ACERCA DOS ANJOS………………………….………..11

    CAPÍTULO Sumário II

    OS ANJOS NO DECURSO DA HISTÓRIA………………………..……...…….…12

    CAPÍTULO III

    DOUTRINA BÍBLICA DOS ANJOS…………………………..………………..……16

    CAPÍTULO IV

    DEUS É O AUTOR DAS COISAS VISÍVEIS E INVISÍVEIS…………..………….18

    CAPÍTULO V

    A ORIGEM DOS ANJOS…………………………………………………………….21

    CAPÍTULO VI

    A NATUREZA DOS ANJOS…………………………………………………………23

    CAPÍTULO VII

    ESTADO ORIGINAL…………………………………………………………………28

    CAPÍTULO VIII

    SÃO SERES PESSOAIS……………………………………………………….……31

    CAPÍTULO IX

    O PODER A VELOCIDADE DOS ANJOS………………………………….………33

    CAPÍTULO X

    CONFORME O VELHO TESTAMENTO............................................................37

    CAPÍTULO XI

    CONFORME O NOVO TESTAMENTO..............................................................44

    CAPÍTULO XII

    OS ANJOS SÃO DOTADOS DE GRANDE INTELIGÊNCIA..............................46

    CAPÍTULO XIII

    HERESIAS NA ANJEOLOGIA...........................................................................47

    CAPÍTULO XIV

    CONHEÇA OS ENSINAMENTOS DE JESUS A CERCA DOS ANJOS…….....48

    CAPÍTULO XV

    O EVANGÉLHO E A BOA NOVA.......................................................................52

    CAPÍTULO XVI

    CÉU...................................................................................................................61

    CAPÍTULO XVII

    COSMOGONIA.................................................................................................68

    CAPÍTULO XVIII

    JARDIM DO EDEM……………………………………………………………….....74.

    CAPÍTULO XIX

    ÁRVORE DA CIÊNCIA DO BEM E DO MAL……………………………....……..76

    CAPÍTULO XX

    CABALA.............................................................................................................82

    CAPÍTULO XXI

    O ANJO MIGUEL...............................................................................................94

    CAPÍTULO XXII

    OS SARAFINS...................................................................................................95

    CAPÍTULO XXIII

    OS QUERUBINS................................................................................................96

    CAPÍTULO XXIV

    O ANJO GANRIEL.............................................................................................97

    CAPÍTULO XXV

    O ANJO DO SENHOR.......................................................................................98

    CAPÍTULO XXVI

    O CARATER DOS ANJOS……………………………………..…………….…....100

    CAPÍTULO XXVII

    A MISSÃO DOS ANJOS...................................................................................101

    CAPÍTULO XXIII

    O CULTO AOS ANJOS....................................................................................102

    CAPÍTULO XXIX

    ANJOS CABALÌSTICOS..................................................................................105

    CONCLUSÃO………………………………………………………………….……120

    BIBLIOGRAGIA……………………………………………………………………..121

    NOTAS

    7

    INTRODUÇÃO

    Terminologia. O termo anjo da língua portuguesa tem origem na palavra latina

    angelu, que por sua vez se deriva do termo aggelov (aggelos) do grego. Em

    hebreu, a palavra traduzida como anjo é K) lm (mal'ak). A palavra malak ocorre

    214 vezes no Antigo Testamento, e a palavra aggelos ocorre 188 vezes no Novo

    Testamento, sendo que ambas têm o significado de mensageiro, representante,

    enviado ou embaixador. Pela terminologia também podemos entender que os

    anjos têm gênero masculino, pois são assim invariavelmente referidos. Não

    cabe, portanto, a ideia de que anjos não teriam gênero definido. Se assim o

    fosse, seriam estes representados por palavras de gênero neutro nas línguas de

    origem, ou em ocasiões seriam representados utilizando-se palavras de gênero

    masculino e em outras de gênero feminino; fatos estes que nunca ocorrem.

    Anjo (em hebraico: ךְ ָא ְל ַמ, malach, mensageiro) é um ente que na maioria das vezes espiritual serve de elo transmissor entre o homem e o Criador. Sua

    existência é denotada em vários trechos da Bíblia hebraica e em diversos textos da literatura rabínica e do folclore judaico. Alguns anjos são citados por nome, até mencionados na liturgia religiosa, e também servem de protetores da

    humanidade e das pessoas individualmente. São entes inteligentes, mas

    vinculados e dependentes do poder Divino, que podem assumir diversos tipos

    de tarefas, que, aos olhos humanos, podem ser boas ou más.

    Anjo (do latim angelus e do grego ángelos (ἄγγελος), mensageiro), segundo

    a tradição judaico-cristã, a mais divulgada no ocidente, conforme relatos bíblicos, são seres celestiais e espirituais, conservos de Deus como os homens

    (Apocalipse 19:10), que servem como ajudantes ou mensageiros de Deus.

    Na iconografia comum, os anjos geralmente têm asas de ave, um halo e tem uma beleza delicada, emanando forte brilho. Por vezes são representados como

    uma criança, por sua inocência e virtude. Os relatos bíblicos e

    a hagiografia cristã contam que os anjos muitas vezes foram autores de fenômenos milagrosos e a crença corrente nesta tradição é que uma de suas missões é ajudar a humanidade em seu processo de aproximação a Deus.Os

    anjos são ainda figuras importantes em muitas outras tradições religiosas do

    passado e do presente e o nome de anjo é dado amiúde indistintamente a todas

    as classes de seres celestes.

    Os muçulmanos, zoroastrianos, espíritas, hindus e budistas,

    todos

    aceitam

    como fato sua existência, dando-lhes variados nomes, mas às vezes são

    descritos como tendo características e funções bem diferentes daquelas

    apontadas pela tradição judaico-cristã, esta mesma apresentando contradições

    e divergências de acordo com os vários autores que se ocuparam deste tema.

    Além disso a cultura popular em vários países do mundo deu origem a um

    copioso folclore sobre os anjos, que muitas vezes se afasta bastante da descrição

    mantida

    pelos

    credos

    institucionalizados

    dessas

    regiões.

    Angelologia ou angeologia é um ramo da teologia que estuda os anjos. Como os

    Pais da Igreja (com exceção de Orígenes de Alexandria) não demonstravam in

    8

    teresse especial pela natureza dos anjos, pode-se dizer que as bases das

    doutrinas angelológicas ocidentais foram formuladas por Santo Agostinho no século IV d.C. Segundo o pensador cristão, os anjos teriam uma natureza

    puramente espiritual e livre. Comentando o Gênesis, Agostinho1 definiu as funções destes seres celestes, que seriam responsáveis pela glorificação

    de Deus e pela transmissão da vontade divina. De acordo com a doutrina

    angelológica agostiniana, os anjos estariam voltados tanto para o mundo

    espiritual quanto para o mundo visível, no qual interviriam com certa frequência.

    Para Agostinho, os homens e os anjos tinham semelhanças notáveis, tendo

    ambos sido criados à imagem de Deus. Ademais, ambos seriam criaturas

    inteligentes. Porém os anjos sendo imateriais e os homens feitos de matéria.

    Mais tarde, Gregório Magno2 acrescentou algumas noções angelológicas ao pensamento agostiniano. Segundo ele, o homem teria como função ocupar

    no Céu os lugares abandonados por anjos caídos. Gregório Magno também foi

    responsável por introduzir no Ocidente a lista dos nove coros celestes (serafins,

    querubins, tronos, dominações, potestades e virtudes, principados, arcanjo e

    anjos). No começo do século IX d.C., o texto A Hierarquia Celeste, atribuído a Dioniso, o Areopagita3, consolidou a noção de hierarquia angelical. No século

    XI, o pensamento teológico sobre os anjos sofreu mudanças. Santo

    Anselmo rejeitou as relações de causalidade entre a queda dos anjos e a criação de Adão. A teologia de São Bernardo conferiu aos anjos um papel essencial na ascensão mística, uma vez que esses seres celestes seriam responsáveis por

    preparar a alma para a visão de Deus. Nessa época, emerge a figura do anjo da

    guarda individual.

    No século XV, a devoção aos anjos da guarda individuais se torna regra, e a teologia passa a se ocupar desse aspecto da essência angelical.

    1Agostinho de Hipona (em latim: Aurelius Augustinus Hipponensis), conhecido universalmente como Santo Agostinho, foi um dos mais importantes teólogos e filósofos dos primeiros anos do

    cristianismo cujas obras foram muito influentes no desenvolvimento do cristianismo e filosofia ocidental.

    Ele era o bispo de Hipona, uma cidade na província romana da África. Escrevendo na era patrística, ele é amplamente considerado como sendo o mais importante dos Padres da Igreja no ocidente. Suas obras-primas são A Cidade de Deus e Confissões , ambas ainda muito estudadas atualmente.

    2 Papa Gregório I (em latim: Gregorius I; originalmente Gregório Anício, em latim: Gregorius Anicius), conhecido como Gregório Magno ou Gregório, o Grande foi papa entre 3 de setembro de 590 e sua morte, em 12 de março de 604. É conhecido principalmente por suas obras, mais numerosas que as de seus predecessores. Gregório é também conhecido como Gregório, o Dialogador na Ortodoxia por causa de seus Diálogos e é por isso que seu nome aparece em algumas obras listado como Gregório Dialogus.

    Foi o primeiro papa a ter sido monge antes do pontificado.

    3 Escriba burgúndio - Retrato de Jean Miélot, em Miracles de Notre Dame, século XV. Pseudo-Dionísio, o

    Areopagita ou simplesmente Pseudo-Dionísio, ou São Dionísio, é o nome pelo qual é conhecido o autor

    de um conjunto de textos ( Corpus Areopagiticum) que exerceram, segundo os historiadores da filosofia e

    da arte, uma forte influência em toda a mística cristã ocidental na Idade Média. Esses textos foram muito lidos e admirados pelo Abade Suger de Saint-Denis, construtor do primeiro grande exemplar

    de arquitetura gótica: a basílica de Saint-Denis[1] (ou Pseudo-Dionísio, em português).

    9

    A teologia dos anjos sofre importantes mudanças e é retomada por pensadores

    como Vicente Ferrer,  João Gerson e Ludolfo da Saxônia. Hoje, as diferentes denominações têm diferentes tratamentos e níveis de atenção dados a doutrina.

    Enquanto algumas igrejas os reverenciam e os admiram, outras evitam o tópico,

    associando-os a idolatria e desvio de foco de atenção, mentiras, falsos sinais, e

    desordem de culto. Dentre os anjos, normalmente são classificados como bons

    ou maus, fiéis ou rebeldes. Os últimos, também chamados de anjos caídos, e de

    demônios, são extremamente malvistos na maioria das denominações, postos

    como inimigos de Deus e do seu povo. Os anjos de nomes conhecidos na Bíblia

    incluem Miguel, Rafael, Gabriel e Lúcifer.

    A teologia pentecostal de algumas igrejas tem classificado muitas vezes anjos

    como seres sem sentimento, ou livre arbítrio, como já tendo-o usado e agora não podendo tomar mais decisões próprias, sendo os fiéis principalmente

    mensageiros, e que não entram em contacto com o ser humano, salvo em raras

    exceções.

    O desejo de salvar anjos caídos teve pouco estudo até hoje, sendo um dos que

    creram nessa hipótese Orígenes4. Atualmente, há poucos pastores que

    concordam com a possibilidade de conversão de anjos caídos. A "Teoria da

    Salvação Total", recentemente proposta por um estudante de teologia, é uma

    nova tentativa de converter esse tipo de criatura, que estaria condenada,

    segundo a Bíblia. Por isso se diz que os demônios não podem ouvir um crente a

    orar ou louvar.

    A palavra de Deus é a única fonte de informação que merece confiança, e que

    possui respostas para estas perguntas. Ela deixa claro que há outra classe de

    seres superiores ao homem. Esses seres habitam nos céus e formam os

    exércitos celestiais, a inumerável companhia dos servos invisíveis de Deus.

    Esses são os anjos de Deus, os quais estão sujeitos ao governo divino, e o

    importante papel que têm desempenhado na história da humanidade torna-os

    merecedores de referência especial. Existem também aqueles, pertencentes a

    mesma classe de seres, que anteriormente foram servos de Deus mas que agora

    se encontram em atitude de rebelião contra seu governo. A doutrina dos anjos

    segue logicamente a doutrina de Deus5, pois os anjos são fundamentalmente os

    ministros da providência de Deus. Essa doutrina permite-nos conhecer a origem,

    existência, natureza, queda, classificação, obra e destino dos anjos. A doutrina

    dos anjos é fundamentalmente o estudo dos ministros da providência de Deus

    (são os agentes especiais de Deus). Como em toda doutrina, há uma negligência

    muito grande desta, nas igrejas e entre os teólogos, que chega a ser verdadeira

    rejeição. Considerado pelos estudiosos contemporâneos como a mais notável e

    difícil das matérias, por isso tem sido marco da implantação de

    grandes seitas e heresias, do mundo atual. Três aspectos de negligência desta

    doutrina.

    4 Mestre grande pai da igreja primitiva

    5Pois os anjos são fundamentalmente os ministros da providência de Deus.

    10

    grandes seitas e heresias, do mundo atual. Três aspectos de negligência desta

    doutrina:

    Primeiro - Desde o princípio do cristianismo, os gnósticos prestavam adoração

    aos anjos (Cl 2.18); depois então, na Idade Média, com as crenças absurdas dos

    rituais de bruxarias envolvendo culto aos anjos, e agora em nossos dias, os

    estudos cabalísticos personalizados no meio esotérico e místico, ensinam

    novamente o culto aos anjos. Sabendo que antes de tudo, a existência

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