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...o Poeta-matuto-marg!nal Na Sombra De 1984...
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Ebook58 pages22 minutes

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Impactado – é como fiquei ao primeiro contato com os poemas do autor. Posso dizer que, por alguns momentos, imaginei como se sentiram os leitores, críticos e livreiros quando se depararam com obras como “1984” e “A Revolução dos Bichos”, de George Orwell, na primeira metade do século XX. Circunspeto – foi como permaneci durante todo o trabalho de leitura-hipnose dos textos de Célio Lima, dentro do emaranhado labirinto deste poeta-filósofo sem “papas” na língua e sem câimbra nos dedos. E, entre embevecido e estático, eu – que sou um homem de poucas leituras – percebi nunca ter lido nada igual nos últimos anos. Logo eu, um neófobo por (de)formação, às voltas com um discurso poético incisivo e despudorado que me leva, como num passe de mágica, a vários lugares sensitivos. Como li muito pouco sobre cada um desses aí, me vi transportado ora a Ferreira Gullar ou Wally Salomão; ora aos concretistas Augusto e Haroldo de Campos ou até mesmo Paulo Leminski; ora Zé Limeira e Arnaldo Tobias... E, guardando as devidas proporções, é como se estivesse ouvindo Tom Zé e Mutantes, Arrigo Barnabé ou o grande Caetano Veloso, em “Outras palavras”... Uma insurgente verborragia poética em meio a uma onírica euforia. Sim, porque é esse “coquetel” que o autor nos serve: uma salada acrídoce de palavras, meias palavras, palavras-e-meias, neologismos, palavras-chave, palavras-número, jargões neolatinos, multilíngües, linguagem cibernética e muita, muita criatividade; dessas de tirar o fôlego, tirar o chapéu, de tirar onda... Tudo isso subvertendo a métrica, a rima, a gramática, a lógica(...) Célio inundou a imutável Bizarros, dos anos 2000, com sua oralidade visceral orando para Marias que não são santas, falando o que a maioria não tem coragem em diversos recitais do agreste ao litoral. O Poeta Matuto Marginal, como ele bem diria, plagicamente, combinatoriamente arregaçou a gramática e criou a sua própria forma de dizer versos em papel, e assim vem pichando as linhas/muros. O livro torna-se uma feijoada literária ainda mais complexa ao ser gestado entre 2016 e 2020 – em meio a novíssima pandemia que reduziu a praga humana a praga política. Que o leitor deleite-se e seja atingido no coração pela bala da palavra – verso soprada pelos ventos agrestes(...) Por fim, refeito do impacto que a leitura do livro produz em nós, estou quase convencido de que tudo serve de alimento para a bulimia insana da poesia, seja ela formal e acadêmica ou transgressora e porra-louca. E que o sentimento de mundo cabe nas mãos de Célio Lima, esse passageiro do futuro; e cabe, sim, na poesia urbana desse matuto cibernético. Dando os trâmites por findos, senhoras e senhores, bom apetite! (Carlos Lima/D. Everson)
LanguagePortuguês
Release dateAug 14, 2020
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    ...o Poeta-matuto-marg!nal Na Sombra De 1984... - -c.p.b.p.jr: (célio Lima)

    . .O POETA-MATUTO-MARG!NAL

    NA SOMBRA

    DE 1984. .

    -c.p.b.p.jr:

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    . .O POETA-MATUTO-MARG!NAL

    NA SOMBRA

    DE 1984. .

    -c.p.b.p.jr:

    2020

    6

    LIMA, Célio / -c.p.b.p.jr: . O Poeta Matuto Marginal na Sombra de 1984, 2020.

    Toda e qualquer reprodução, parcial ou integral (para fins não comerciais), da obra é autorizada pelo autor, desde que a autoria seja devidamente atribuída. Avante e sempre. . Que toda poesia seja livre!

    Organização:

    Célio Lima

    Arte – Capa/Miolo:

    Jimmy Marcone

    Bricolagem:

    Célio Lima

    Correção – Revisão:

    Célio Lima

    7

    Dedicatória

    À George Orwel ; Michael Radford

    Winston Smith; Gordon Comstock;

    Zizo; Zeto, Julia e Joy.

    "Não: não quero nada

    Já disse que não quero nada.

    Não me venham com conclusões!

    A única conclusão é morrer.

    Não me tragam estéticas!

    Não me falem em moral!

    Tirem-me daqui a metafísica!

    Não me apregoem sistemas completos, não me enfileirem conquistas

    Das ciências (das ciências, Deus meu, das ciências!)

    —Das ciências, das artes, da civilização moderna!

    Que mal fiz eu aos deuses todos?

    Se têm a verdade, guardem-na!

    Sou um técnico, mas tenho técnica só dentro da técnica.

    Fora disso sou doido, com todo o direito a sê-lo.

    Com todo o direito a sê-lo, ouviram? Não me macem, por amor de Deus!

    Queriam-me casado, fútil, quotidiano e tributável?

    8

    Queriam-me o contrário disto, o contrário de qualquer coisa?

    Se eu fosse outra pessoa, fazia-lhes, a todos, a vontade.

    Assim, como sou, tenham paciência!

    Vão para o diabo sem mim,

    Ou deixem-me ir sozinho para o diabo!

    Para que havemos de ir juntos?

    Não me peguem no braço!

    Não gosto que me peguem no braço. Quero ser sozinho.

    Já disse que sou sozinho!

    Ah, que maçada

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