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Os Gestores Públicos E Os Desafios Da Sociedade Digital
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Os Gestores Públicos E Os Desafios Da Sociedade Digital

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About this ebook

Esta obra foi projetada para apoiar as autoridades e o gestor público na compreensão, relacionamento e utilização dos recursos da tecnologia da informação. Busca-se assim, a relação de equilíbrio entre as iniciativas de alinhamento da área de TI e da área de negócio, num cenário de plena transformação digital.
LanguagePortuguês
Release dateFeb 22, 2018
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    Os Gestores Públicos E Os Desafios Da Sociedade Digital - Silvino Silveira

    Silvino Silveira

    Os Gestores Públicos e os Desafios da Sociedade Digital

    A Tecnologia da Informação e Negócios como Plataforma de Resultados Sociais

    1ª Edição 

    ISBN 978-85-915252-4-9

    Ajuste nas configurações do seu tablet ou smartphone a melhor configuração para sua leitura. 

    e-book validado no padrão CSS 2.1 

    icone validade w3 2 icone validade w3 1

    Brasília-DF 2018

    www.silvinosilveira.com.br  -  contato@silvinosilveira.com.br

    Equipe

    Coordenação Técnica:

    Fernando A. Santoro Autran Jr.

    Preparação e Revisão de Texto:

    Elsie Mary Carvalho Queiroz de Almeida.

    Supervisão e Revisão Textual:

    Juliana Escames Pizzolato.

    Design de Capa e imagens dos capítulos 1 a 6:

    Casé de Souza - Ás Comunicação

    Plataforma Editorial:

    Clube de Autores - www.clubedeautores.com.br

    Imagem capítulo 7

    Istock by getty images - www.istock.com

    Copyright © 2018 Silvino César Silveira

    Agradecimentos

    À querida Lídia Maria Borges de Moura, minha admiração pela gestão forte e inspiradora com que lidera times de sucesso e pela acuidade com que apoia as autoridades na entrega efetiva de resultados sociais. Meu eterno obrigado pelos conselhos, pela preciosa mentoria e, principalmente, pela inabalável vontade de fazer o bem!

    Meu obrigado e devido reconhecimento ao Exmo. Desembargador Romão Cícero de Oliveira, pela sabedoria e temperança cardinais no trato das inovações tecnológicas, tão importantes que inspiraram esta obra quando observou:  

    ... neste momento este software lembra belas rosas em plena exuberância, entretanto trata-se de um buquê apartado de suas raízes e não será muito fácil mantê-lo assim.

    A minha amada Família, de sol a sol um presente divino um sorriso parte menina, parte menino.

    Apresentação

    Sou Administrador e ao longo de mais de três décadas de relacionamento com o processamento de dados – o que mais tarde se tornaria a informática e hoje é definido como tecnologia da informação (TI) – me especializei no processo e nos projetos de integração entre as ferramentas tecnológicas, os sistemas de informação e os gestores de negócio.

    Durante esta jornada convivi com autoridades, executivos e gestores. Trago na lembrança a ordem dos generais para queimar etapas, implantar os sistemas de ‘informática no QG do Exército e resolver tudo num aperto de apenas um botão". Também me lembro da sagacidade de um ex-diretor do SEBRAE-DF que, ao perceber a resistência dos funcionários em utilizar os novos microcomputadores, determinou que todas as máquinas datilográficas – com exceção de uma, que ficava bem no meio do saguão de entrada – fossem trancadas em um depósito. 

    E foi assim que ajudei a trocar máquinas de escrever por micros; pastas de relatórios por bancos de dados; e fichários por planilhas eletrônicas. Talvez você se lembre de quando era necessário o usuário se deslocar até o Centro de Processamento de Dados (CPD) para buscar os relatórios e outros impressos, ou como era comum preparar um texto e ganhar tempo enviando-o via fax. 

    Pois é! Quanta inovação! E hoje, temos o quê? Informações que chegam a nossas mãos em uma velocidade desumana!

    É possível que você já tenha lido ou assistido alguma história em que o médico vira paciente. Então, esta obra nasceu quando me afastei da área de TI para recuperar a saúde plena. Demorei quase um mês para me adaptar às diferenças de ritmo ao assumir a perspectiva do usuário.

    Curioso mesmo foi enxergar a infraestrutura e as ferramentas de TI às avessas. Foi como se Atlas¹ tivesse colocado o mundo no bolso. Fora da caixa-preta, tive de batalhar pelos recursos de TI em vez de decidir como distribuí-los. Claro que tantos anos de labuta na área técnica ajudaram a encurtar caminhos e gerar resultados. Junto com a nova equipe, criamos um ambiente informatizado de gerenciamento de projetos – específico para autoridades e gestores, que batizamos de clicks estratégicos e que foi premiado pelo TSE:

    - Com a união das equipes técnicas e de negócio foi possível implementar uma solução para que, em no máximo três cliques, o alto escalão conseguisse acessar às informações dos projetos institucionais (imagens, áudio e texto) disponíveis para a tomada de decisão!

    - Como a unidade de negócio definiu e acompanhou pontualmente sua própria demanda, sob um ambiente de confiança mútua, a infraestrutura de TI funcionou plenamente e possibilitou trazer mais dados de baixo para cima, ajustando assim o fluxo de comunicação para apoiar as decisões.

    Foi vital vivenciar as dificuldades que a área de negócio tem na interlocução e na negociação para que houvesse resultados úteis com o apoio efetivo da equipe e dos recursos de TI. A visão e a consciência dessa cisma me motivaram para o estudo deste tema sob a perspectiva mais humana da tecnologia, isto é:

    - O usuário, mais especificamente, o gestor de negócio.

    Apesar dos problemas de comunicação entre a área de TI e os usuários serem muito comuns na literatura técnica e gerencial, nunca imaginei a magnitude desta dissonância – há muito ruído!

    Decidi pesquisar e conversar muito sobre a percepção de valor que cada amigo, gestor, autoridade e fornecedor tinham sobre os recursos de TI. Veremos mais adiante que valorizar e assumir a perspectiva do usuário faz toda a diferença na obtenção de resultados úteis, principalmente quando se tem de lidar com a equipe técnica. Pessoalmente, imagino que a mudança de ângulo, ao passar de provedor para consumidor de tecnologia, tenha sido uma das melhores experiências profissionais que vivenciei, uma vez que resultou em inspiração para compreender a importância de levar isso até você.

    - Afinal, já dizia o pesquisador cibernético Paul Idatte que por mais fantástica que seja, a informática é apenas um meio (1970).²

    A Estrutura do Livro

    Antes de tudo, o que é a Tecnologia de Negócio?

    Se você pesquisar na internet verá que este termo é recente³ e possui um espectro amplo tanto na sua definição quanto na sua aplicação. Enquanto nos Estados Unidos e Canadá são oferecidos cursos, softwares e serviços de business technology, no Brasil esse tema ainda se mostra incipiente.

    Considerando que o principal pilar deste livro é o foco no valor imbuído no resultado, adotaremos conceitualmente a TN como: o melhor esforço e investimento tecnológico da área de negócio para obtenção dos resultados planejados. 

    Lembre-se:

    - O conceito de tecnologia não está limitado ao uso das tecnologias da informação (TI).

    - Tecnologia da informação não é, obrigatoriamente, sinônimo de softwares, hardwares ou eletrônica digital.

    - Tecnologia da informação é um recurso institucional. Não deve ser confundido com a área técnica responsável pelo gerenciamento de equipamentos, softwares (sistemas) e redes de comunicação.

    Durante a fase de pesquisas deste livro, deparei-me com um conceito interessante de gestão da Tecnologia de Negócios, na figura do Technology Business Management Council (TBMC). O TBMCouncil⁴ – como é conhecido nos Estados Unidos – tem como objetivo:

    - Criar e promover as melhores práticas na aplicação da TI para conduzir os negócios a um bom resultado. Trata-se de mais um movimento da área de TI para se aproximar e melhorar a comunicação com as áreas demandantes, demonstrando assim o valor dos investimentos realizados. 

    Comentando um pouco a essência do que veremos, a questão não é polarizar se é a área de TI que deve se alinhar ao negócio ou vice-versa. Isto ocorrerá natural e sistemicamente em cada organização. O foco é utilizar os recursos tecnológicos efetivamente como o melhor caminho para o maior valor social possível.

    Nesse intuito, esta obra foi projetada para apoiar as autoridades e o gestor público na compreensão, relacionamento e utilização dos recursos da tecnologia da informação. Busca-se assim, a relação de equilíbrio entre as iniciativas de alinhamento da área de TI e da área de negócio.

    Perceba que ao longo do tempo a equipe de TI foi capacitada em disciplinas-chave como: estratégia, projetos e contratos, além de destacar profissionais para se especializarem no negócio e fazer a ponte entre as duas áreas.

    Por sua vez, as áreas de negócio mostram-se incipientes na estruturação de medidas de alinhamento com a TI a partir de sua própria visão.  Diante disso, buscaremos ao longo do livro sinergia com sua experiência e seu conhecimento profissional. Então, trataremos o assunto sob perspectivas bem pontuais:

    - O uso da tecnologia da informação como ferramenta de negócio;

    - O relacionamento com as equipes da área de TI;

    - A metodologia orientada para projetos públicos.

    O objetivo principal é orientá-lo nos projetos de inovação para entregar muito mais do que um produto, isto é, entregar resultados sociais úteis e com valor reconhecido pela sociedade.

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    Inicialmente, faremos uma breve contextualização do tema no âmbito da Administração Pública. Em seguida, no primeiro capítulo, abordaremos os conceitos e princípios pétreos da Administração para assegurar sua superioridade estratégica ao lidar com qualquer tipo de tecnologia. No terceiro e no quarto capítulos, apresentaremos subsídios para compreender melhor a tecnologia da informação e ter mais segurança ao negociar com a área técnica, órgãos parceiros, terceirizados e fornecedores.

    Enfatizamos aqui duas características criadas para otimizar o aprendizado:

    - Você notará que em vários momentos a ideia principal estará destacada da narrativa em negrito e/ou num parágrafo a parte, de modo a reforçar o tema e provocar uma reflexão instantânea ao leitor. 

    - Também estruturamos o texto para ser lido em etapas com aproximadamente 15 minutos de duração (15’). Desta forma, você poderá planejar e escolher o melhor momento para leitura e se concentrar ao máximo na fixação dos conceitos.

    Após o conteúdo conceitual, teremos um momento de introspecção, um capítulo especial para você pensar, analisar e contextualizar seu plano de ação. Selecionamos dentre os melhores pensadores de ontem e de hoje, as reflexões e postulados ideais para incrementar seu modelo mental. Uma nova percepção do contexto organizacional aumentará a habilidade para defender e compartilhar sua visão de negócio com o apoio das soluções de TI.

    Mais adiante, os capítulos A Inovação é o Resultado e a Teoria em Humanização – são focados na prática. É neste momento que todo o aprendizado dos capítulos anteriores será inserido no contexto da ação e da inovação. E, para finalizar, apresentaremos o MPR (Método Projeto-Resultado). Esse método parte de uma abordagem simples, mas muito efetiva, para você utilizar os conceitos adotados no livro dentro do contexto dos projetos institucionais. 

    Capítulo 1

    As Soluções de TI no Contexto da Área Pública

    Ao longo das últimas décadas, a cultura de utilização dos recursos de tecnologia da informação, em especial na área pública, acumulou poucos sucessos e muito dinheiro despendido sem a efetividade esperada. Existem, ainda, muitos casos em que a busca pela inovação serviu de pano de fundo para o uso equivocado ou indevido de recursos públicos.

     Bem por isso, as leis e normativos evoluem no sentido de incitar autoridades e aos gestores de negócio uma postura ativa e claramente corresponsável pela contratação e geração de resultados por meio das Soluções de Tecnologia da Informação (STI). A Instrução Normativa 04/2014-SLTI/MPOG⁵, dentre outros normativos, coloca os gestores da área de negócio, da área de tecnologia da informação e da área administrativa, em pé de igualdade: todos são solidários perante a contratação de soluções de TI.

     Vale acrescentar neste cenário a ampla atuação dos órgãos de controle, por exemplo, a Controladoria Geral da União (CGU) que, em 2016 concluiu o processo de expulsão de 6.000 servidores federais – sem considerar as estatais como Caixa e Banco do Brasil⁶.

     - No acumulado histórico desde 2003, dentre todos os tipos de penalizações, 67,7% foram de punições expulsivas⁷.

    Por sua vez, os Relatórios de Atividades do Tribunal de Contas da União (TCU), em 2014, 2015 e 2016⁸, indicam a condenação de servidores públicos para pagamento de multas e indenizações no valor de mais de oito bilhões de reais.

    - Os mesmos Relatórios apontam que, 439 servidores foram considerados inabilitados para cargos em comissão e funções de confiança. E quase 10.000 cobranças executivas (CBEX), também conhecidas como multas, foram autuadas!

    Adicionalmente, a AP-470⁹, mais reconhecida como processo do mensalão, brindou a sociedade com a aplicação da teoria do domínio do fato¹⁰. Essa nova perspectiva, de certa forma, abre espaço para vincular a gestão da organização aos servidores responsáveis pela especificação, licitação e homologação de recursos e soluções de TI.

    Fechando o cerco, temos a Lei Anticorrupção (12.846/13)¹¹ que, além de penalizar a contratada em até 20% do faturamento bruto anual, imputa-lhe a chamada responsabilidade objetiva – punindo-a sem a necessidade de comprovação de culpa ou dolo. Em 2015 e 2016, segundo o TCU, 189 empresas foram declaradas

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