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Este livro é um conto fictício de capítulos curtos, baseado no evangelho de Judas Iscariotes. Contado de uma forma diferente, este livro trás uma ‘narrativa’ muito peculiar. O Evangelho de Judas é um evangelho apócrifo1 atribuído a autores gnósticos2 nos meados do século II, composto de 26 páginas de papiro escrito em copta3 dialectal que revela as relações de Judas com Jesus Cristo sob outra perspectiva: Judas não teria traído Jesus, e sim, atendido a um pedido especial do mesmo ao denunciá-lo aos romanos. Desaparecido por quase 1700 anos, a única cópia conhecida do documento foi publicada em Seis de abril de 2006 pela revista National Geographic. O manuscrito, autentificado e datado como do século III ou IV (220 a 340 D.C.), é uma cópia de uma versão mais antiga ainda redigida em grego. Contrariamente à versão dos quatro Evangelhos oficiais, estes textos clamam que Judas era o discípulo mais fiel a Jesus, e aquele que mais compreendia os seus ensinamentos. Não se sabe ainda oficialmente quem escreveu este evangelho, mas se sabe que devido à data, com certeza não foi o próprio Judas. Este evangelho é não Bíblico, não canônico, ou seja, não aceito pela igreja católica no Concílio de Nicéia em 325 DC nem no Concílio de Trento entre 1500, 1600 D.C. Acredita-se que o evangelho de Judas foi ignorado e excluído muito tempo antes disso, junto com muitos outros evangelhos e condenado por heresia por um bispo chamado Irineu de Lião em 180 D.C. Essa é fonte da qual se deu origem e sentido a este livro.
LanguagePortuguês
Release dateMay 1, 2020
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    Conspirare - M. Domingues

    1

    M. DOMINGUES

    2

    Tu vais ultrapassar todos.

    Tu sacrificarás o homem que me revestiu

    3

    Conspirare

    Prefácio

    Este livro é um conto fictício de capítulos curtos, baseado no evangelho de Judas Iscariotes. Contado de uma forma diferente, este livro trás uma ‘narrativa’ muito peculiar.

    O Evangelho de Judas é um evangelho apócrifo1 a tribuído a autores gnósticos 2 nos meados do século II, composto de 26 páginas de papiro escrito em copta 3 dialectal que revela as relações de Judas com Jesus Cristo sob outra perspectiva: Judas não teria traído Jesus, e sim, atendido a um pedido especial do mesmo ao denunciá-lo aos romanos.

    Desaparecido por quase 1700 anos, a única cópia conhecida do documento foi publicada em Seis de abril de 2006 pela revista National Geographic. O manuscrito, autentificado e datado como do século III ou IV (220 a 340 D.C.), é uma cópia de uma versão mais antiga ainda redigida em grego. Contrariamente à versão dos quatro Evangelhos oficiais, estes textos clamam que Judas era o discípulo mais fiel a Jesus, e aquele que mais compreendia os seus ensinamentos.

    Não se sabe ainda oficialmente quem escreveu este evangelho, mas se sabe que devido à data, com certeza não foi o próprio Judas.

    Este evangelho é não Bíblico, não canônico, ou seja, não aceito pela igreja católica no Concílio de Nicéia em 325 DC nem no Concílio de Trento entre 1500, 1600 D.C.

    Acredita-se que o evangelho de Judas foi ignorado e excluído muito tempo antes disso, junto com muitos outros evangelhos e condenado por heresia por um bispo chamado Irineu de Lião em 180 D.C.

    Essa é fonte da qual se deu origem e sentido a este livro.

    1-Não Canônico, não aceito entre os quatro evangelhos da Bíblia.

    2- Autores cristãos que não foram reconhecidos pela igreja católica como inspirados por Deus.

    3- Uma versão modificada do alfabeto grego.

    4

    Capítulos

    P. 6 --------------- C 1 - Origem da ira

    P. 8 --------------- C 2 - A esperança

    P. 18 -------------- C 3 - As chaves do reino

    P. 21 -------------- C 4 - Intervenção da rainha

    P. 23 -------------- C 5 - A ponte

    P. 25 -------------- C 6 - O jogo de Pilatos

    P. 28 -------------- C 7 - A promessa

    P. 31 -------------- C 8 - A ordem

    P. 33 -------------- C 9 - O sim

    P. 35 -------------- C 10 - O plano

    P. 39 -------------- C 11 - A ceia

    P. 41 -------------- C 12 - O fardo

    P. 44 -------------- C 13 - A indução

    P. 51 -------------- C 14 - O traidor

    P. 54 -------------- C 15 - O acordo oculto

    P. 61 -------------- C 16 - As correntes de Barrabás

    P. 65 -------------- C 17 - O conselho

    P. 69 -------------- C 18 - A negação

    P. 71 -------------- C 19 - A primeira presença P. 75 -------------- C 20 - Herodes e o louco P. 79 -------------- C 21 - A segunda presença

    P. 86 -------------- C 22 - A troca

    P. 90 -------------- C 23 - Mãos limpas

    P. 93 -------------- C 24 - As profecias

    P. 94 -------------- C 25 - A desolação de Judas P. 95 -------------- C 26 - A sombra e a luz

    P. 97 -------------- C 27 - Ato consumado

    P. 99 -------------- C 28 - A queda do templo P. 101 ------------- C 29 - O sentido

    P. 106 ------------- C 30 - O límpido

    5

    Conspirare

    6

    C 1- Origem da ira

    A no 12. ‘ Aproximadamente’

    A manhã era diferente, escura e fria. Sentia na alma uma dor que não me abandonava. Uma dor que foi minha companheira por longos anos.

    Na época de sucessores do imperador Julio César, vivíamos em Roma, eu e todo o meu povo judeu. Um acordo tinha sido selado entre nós: o de que podíamos seguir nossa religião, desde que não houvesse manifestações fora do templo sagrado. Caífaz era recém-nomeado pelos romanos como sumo sacerdote do templo. Nesta época, tropas romanas cobravam severos impostos dos judeus.

    Humilhavam o povo e matavam aqueles que se rebelasse contra o império de César ou mesmo contra qualquer romano. Muitos dos condenados a execução foram acusados de resistência ou rebeldias. E nessa manhã, era o dia de executar os condenados. Um desses condenados era alguém especial para mim. Seu nome?

    Simão de Queriotes. . Meu pai.

    Eu ainda era menino e chorava em seus pés, pedia por misericórdia, mas ninguém ouvia ninguém se importava. Vi em seus olhos antes da morte, a dor da agonia e de seu medo.

    O tempo então passou, mas a dor não. Eu cresci e a injustiça de sua morte me fez frio, cego e cheio de ódio. O exército romano não cessava de matar, humilhar e tirar tudo que o povo judeu tinha em impostos. Quem não tinha nada ou tinha apenas pouco para pagar tributos, era considerado injustamente como rebelde e o seu destino era um só.

    7

    A no 32. ‘Aproximadamente’

    A época era de Tibério César como imperador de Roma.

    Pôncio Pilatos era governador da província romana, e Herodes Antípas era o governador da Judéia.

    A vida toda eu tive o sonho de erguer um exército judeu e em uma batalha, matar todos os romanos, junto com todo o seu império, mas isto era apenas um sonho.

    O propósito parecia inalcançável, Herodes jamais se rebelaria contra César, ou Pilatos, mesmo sendo eles inimigos cordiais. Mas, foi nesses mesmos tempos de caos para nós, que vi a oportunidade deste propósito, se realizar com os rumores da chegada de um suposto rei dos judeus nessas terras. Um Galileu nascido em Belém, cujos nomes que se ouviam eram vários: Jesus, o Cristo, Messias, Nazareno entre outros. Muitos eram os nomes, mas um só era o significado: esperança de paz para os judeus, esperança de guerra para mim.

    Há muito tempo ouvíamos profecias sobre a vinda de um messias, o verdadeiro rei para a salvação dos judeus. Este messias era descendente de Davi e tinha nascido há pouco tempo em Belém, na época do rei *Herodes. Rei esse, que por não aceitar outro rei fora de sua linhagem, ao saber do nascimento desse messias e por não saber quem era ou onde ele estava de fato, mandou matar na mesma época todas as crianças judias abaixo de dois anos, acabando assim, com a esperança do povo sobre o messias prometido.

    Mas, de algum modo ele sobreviveu e hoje adulto, estava na Galiléia.

    Muito já se falavam sobre seus milagres e curas. Seus seguidores já se multiplicavam a cada dia.

    Eu nunca acreditei que ele fosse realmente o messias, isso na verdade não me importava o que realmente importava, é que o povo já lhe declarava rei. E todo rei tem que ter seu exército.

    *Herodes I, Não Herodes Antípas.

    8

    C 2- A esperança

    A o saber que Jesus, o rei dos Judeus estava no Jordão batizando pessoas nas águas, fui ao seu encontro, e quando vi aquele homem vestido como um mendigo custou-me a acreditar. ‘Um rei

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