Aspectos ecofisiológicos, morfológicos da anatomia foliar em espécies florestais amazônicas
By Aldeize Santos, Daniela Pauletto, Maria Lita and
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Buscou-se despertar e manter o interesse dos estudantes, introduzir conteúdos de forma prática que abordem questões utilizadas na aclimatação de plantas em viveiros e processos adaptativos na floreta, levando o leitor a entender a dinâmica de respostas a varrições de condições ambientais.
Para tanto, esta obra é constituída de três capítulos: 1. Respostas fotossintéticas de Dipteryx odorata (aubl.) Willd sob diferentes níveis de sombreamento; 2. Initial development of Carapa guianensis aubl. Plants under different shading levels: a two-year study on growth and physiological variables; e 3. Anatomia quantitativa de folhas de Eschweilera em uma floresta de terra firme na Amazônia Central.
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Aspectos ecofisiológicos, morfológicos da anatomia foliar em espécies florestais amazônicas - Aldeize Santos
CAPÍTULO I. RESPOSTAS FOTOSSINTÉTICAS DE DIPTERYX ODORATA (AUBL.) WILLD SOB DIFERENTES NÍVEIS DE SOMBREAMENTO
Aldeize Santos Tribuzy¹, Daniela Pauletto², Luciana Cristina De Sousa Vieira³; José Carlos Rodrigues Soares⁴; Raul da Cunha Lima Neto⁵; Maria Lita Padinha Correa Romano⁶, Edgard Siza Tribuzy⁷.
RESUMO
O crescimento e o desenvolvimento das plantas estão diretamente ligados à radiação solar. Em média 90% da matéria seca acumulada pelas plantas se origina da fotossíntese. Cumarú, Dipteryx odorata (Aubl.) Willd., é uma espécie florestal amazônica que vem se destacando pela possibilidade de adicionar renda aos produtores rurais. Têm sido implantados cultivos sistematizados desta espécie buscando a venda das amêndoas que alcançam altos valores no mercado. A eficiência produtiva de cultivo desta espécie depende das interações entre condições edafo-climáticas e os processos fisiológicos, que determinam o crescimento e a produtividade dos indivíduos. Objetivou-se com esse trabalho avaliar o efeito de diferentes níveis de sombreamento nas respostas fotossintéticas de mudas de D.odorata em diferentes níveis de sombreamento. O estudo foi conduzido em viveiro na Universidade Federal do Oeste do Pará. O delineamento experimental consistiu-se em quatro tratamentos de níveis de sombreamento: 0% de sombreamento (plena abertura) e os com sombreamento de 30%, 50% e 70%. Avaliou-se as respostas da respiração das folhas (Rfol) e da fotossíntese (A) às variações de radiação fotossinteticamente ativa (RFA), e concentração de CO2 na câmara subestomática (Ci), desenvolvendo-se curvas de respostas entre A e Ci. Para o cultivo de Dipteryx odorata, recomenda-se o sombreamento de 30%, tendo em vista que obtiveram melhor desempenho das plantas. A fotossíntese foi afetada no tratamento controle por diminuição da capacidade de transporte de elétrons (Jmax), enquanto T 50% e T 30% tiveram a fotossíntese mais limitada devido a menor velocidade de carboxilação (Vcmax) e transporte de elétrons (Jmax).
Palavras-chave: Fotossíntese Máxima; Modelos Fotossintéticos; Luminosidade.
INTRODUÇÃO
O crescimento e o desenvolvimento das plantas estão diretamente ligados à radiação solar (ALMEIDA, 2005). Para Berry et al. (1980), a fotossíntese é um processo fisiológico sensível ao calor, e altas temperaturas tendem a reduzir a taxa fotossintética, ainda que as plantas apresentem consideráveis amplitudes entre suas temperaturas ótimas e seus limites toleráveis. Segundo Andrade (2005), 90% em média da matéria seca acumulada pelas plantas durante seu crescimento se origina da atividade fotossintética, a qual pode ser efetuada pela disponibilidade de luz, e as demais atividades estão relacionadas com a disponibilidade de nutrientes do solo.
O cumarú, Dipteryx odorata (Aubl.) Willd., é uma espécie leguminosa, florestal amazônica que vem se destacando pela possibilidade de adicionar renda aos produtores rurais. Consiste em uma árvore frondosa, podendo alcançar até 30 metros de altura, que produz fruto contendo uma única semente (ARAÚJO et al., 2004). Têm sido implantados cultivos sistematizados desta espécie buscando a venda das amêndoas que alcançam altos valores no mercado e ainda apresentam cultivo barato e fácil (EMBRAPA, 2005).
O cumarú é uma árvore de grande porte, nativa da floresta primária de terra firme (CAMPOS et al., 2002). O nome Dipteryx
vem do grego e faz referência às duas alas da ráquis da folha, enquanto o nome específico, odorata
, vem do odor das sementes (EMBRAPA, 2004).
As sementes produzem um óleo, a cumarina (ISMAEL, 2009; FARIAS, 2009), que tem uma fragrância agradável, tendo sido por diversas vezes utilizada para substituir a baunilha para fabricação de chocolates, bebidas, fumos e perfumes. As sementes contêm óleo aromático, também é utilizado para fins medicinais. Atualmente seu principal uso é na fabricação de venenos de ratos, causando falha no sistema de coagulação do sangue (BERG,