Tese de Mestrado - Unicamp - Ivan Coelho Nascimento - 1987 - Este trabalho é um estudo detalhado da questão do salário em Marx, que procura mostrar que a determinação do valor da força de trabalho em sua obra oscila entre aquela formulada a partir da materialidade dos trabalhadores, e a realizada como fixação do conjunto de bens consumidos pelos trabalhadores em determinado momento histórico. Argumenta-se que a primeira deixa de considerar o fato de o valor de uso da força de trabalho não ser mera materialidade mas duplamente determinado como fonte de valor e de valor de uso, e que a segunda – por não ser mais que uma hipótese plausível para um determinado momento histórico – carece de conteúdo explicativo. Propõe-se, então, uma formulação, também implícita em Marx, em que a determinação do valor da força de trabalho resulte de relações de produção historicamente determinadas, com o que passa-se a conceber os salários a partir de um ponto de vista eminentemente histórico e sempre em referência a uma economia concreta. A participação dos trabalhadores surge, então, como a expressão quantitativa da forma pela qual se organiza uma produção historicamente determinada, se mais favorável ou menos favorável à apropriação de riqueza por parte dos trabalharores. Pode-se, com esta formulação, explicar a elevação dos salários reais que tem sua origem no aumento da produtividade, na medida em que uma parte da redução do valor das mercadorias se incorpora aos salários reais. Propõe-se, finalmente, uma curva de demanda em função do preço de produção – em oposição à usual curva em função do preço de mercado – como um modelo para visualizar o processo de elevação dos salários reais, o surgimento de novas necessidades, e a distribuição de capital pelos diversos setores, a partir dos processos de elevação de produtividade e de criação de novos produtos.
Título original
A Determinação do Valor da Força de Trabalho: um Estudo sobre a questão do Salário em Marx
Tese de Mestrado - Unicamp - Ivan Coelho Nascimento - 1987 - Este trabalho é um estudo detalhado da questão do salário em Marx, que procura mostrar que a determinação do valor da força de trabalho em sua obra oscila entre aquela formulada a partir da materialidade dos trabalhadores, e a realizada como fixação do conjunto de bens consumidos pelos trabalhadores em determinado momento histórico. Argumenta-se que a primeira deixa de considerar o fato de o valor de uso da força de trabalho não ser mera materialidade mas duplamente determinado como fonte de valor e de valor de uso, e que a segunda – por não ser mais que uma hipótese plausível para um determinado momento histórico – carece de conteúdo explicativo. Propõe-se, então, uma formulação, também implícita em Marx, em que a determinação do valor da força de trabalho resulte de relações de produção historicamente determinadas, com o que passa-se a conceber os salários a partir de um ponto de vista eminentemente histórico e sempre em referência a uma economia concreta. A participação dos trabalhadores surge, então, como a expressão quantitativa da forma pela qual se organiza uma produção historicamente determinada, se mais favorável ou menos favorável à apropriação de riqueza por parte dos trabalharores. Pode-se, com esta formulação, explicar a elevação dos salários reais que tem sua origem no aumento da produtividade, na medida em que uma parte da redução do valor das mercadorias se incorpora aos salários reais. Propõe-se, finalmente, uma curva de demanda em função do preço de produção – em oposição à usual curva em função do preço de mercado – como um modelo para visualizar o processo de elevação dos salários reais, o surgimento de novas necessidades, e a distribuição de capital pelos diversos setores, a partir dos processos de elevação de produtividade e de criação de novos produtos.
Tese de Mestrado - Unicamp - Ivan Coelho Nascimento - 1987 - Este trabalho é um estudo detalhado da questão do salário em Marx, que procura mostrar que a determinação do valor da força de trabalho em sua obra oscila entre aquela formulada a partir da materialidade dos trabalhadores, e a realizada como fixação do conjunto de bens consumidos pelos trabalhadores em determinado momento histórico. Argumenta-se que a primeira deixa de considerar o fato de o valor de uso da força de trabalho não ser mera materialidade mas duplamente determinado como fonte de valor e de valor de uso, e que a segunda – por não ser mais que uma hipótese plausível para um determinado momento histórico – carece de conteúdo explicativo. Propõe-se, então, uma formulação, também implícita em Marx, em que a determinação do valor da força de trabalho resulte de relações de produção historicamente determinadas, com o que passa-se a conceber os salários a partir de um ponto de vista eminentemente histórico e sempre em referência a uma economia concreta. A participação dos trabalhadores surge, então, como a expressão quantitativa da forma pela qual se organiza uma produção historicamente determinada, se mais favorável ou menos favorável à apropriação de riqueza por parte dos trabalharores. Pode-se, com esta formulação, explicar a elevação dos salários reais que tem sua origem no aumento da produtividade, na medida em que uma parte da redução do valor das mercadorias se incorpora aos salários reais. Propõe-se, finalmente, uma curva de demanda em função do preço de produção – em oposição à usual curva em função do preço de mercado – como um modelo para visualizar o processo de elevação dos salários reais, o surgimento de novas necessidades, e a distribuição de capital pelos diversos setores, a partir dos processos de elevação de produtividade e de criação de novos produtos.