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poeeeeceecececcesseroceseosoeoecoesesorens poLitica DA FEDERACAG NACIONAL DE ESTUDANTES iG Caderno de Textos Fevereiro/2012 Sumaré - SP as Es [DE ESTUDANTES DE DIREITO indice Prefacio a “Contribuigdo a Critica da Economia Politica” Introducao 4 Economia Politica Capitalismo e Estado Capitalismo e Ideologia Capitulos 11 e 12 do Livro “Os direitos Humanos na Perspectiva de Marx e Engels” Como se faz anilise de conjuntura Acclasse trabalhadora no Brasil de hoj processo de reorganizagio Educacio no Governo de Lula da Silva: a ruptura que nao aconteceu Judiciério e movimentos sociais: uma relagdo de repressio estrutural A Tlusdo da Jurisprudéncia A Estrutura Familiar eas Opressées no Capitalismo Por uma FENED anticapitalista e anti-homofobica! Contra o Racismo e o Exterminio da Juventude Negra! Também serao disponibitizados online os textos complementares ao IT CFP da FENED, indicados aos espagos de "CFS Il: © que é 0 Direito”, "Movimento Estudantil e/ou/= Movimento Social", "Opressies II” ¢ "Processo de Consciéncia”, além do Plano Politico Pedagégico do Curso”. or Samara Marino, Texto indicado ade I: o Estado, 0 socie RES, © esPage “Como funcionaa ireito e a [deologia” Preficio 4“Contribuigao a Critica da Economia Politica” (..)O resultado gerala que cheguei e que, uma vez obtido, serviu de fio condutor aos meus estudos, pode resumir-se assim: na produgdo social da sua vida, os homens contraem deter minadas relagdes necessarias e independentes da sua vontade, relagdes de produgdo que cor respondem auma determinada fase de desen- volvimento das suas forgas produtivas mate~ riais, O conjunto dessas relagdes de produgdo forma a estrutura econdmica da sociedade. a base real sobre a qual se levanta a superestru- turd juridica e politica e @ qual correspondem determinadas formas de consciéncia social. O modo de produce da vida material condicio- na o processo da vida social, politica e espiri tual em geral. Nao é a consciéncia do homem que determina o seu ser, mas, pelo contrério, 6 seu ser social é que determina a sua consci- ancia. Ao chegar a uma determinada fase de desenvolvimento, as forgas produtivas mate- riais da sociedade se chocam com as relagdes de produgao existentes, ou, 0 que nao é sendo a sua expressdo juridica. com as relagoes de propriedade dentro das quais se desenvolve- ram até ali. De formas de desenvolvimento das forgas produtivas, estas relagdes se con- yertem em obstaculos a elas. E se abre, assim, uma época de revolugao social. Ao mudar a base econdémica, revoluciona-se, mais ou me- nos rapidamente, toda a imensa superestrutu- ra erigida sobre ela. Quando se estudam essas revolugdes, é preciso distinguir sempre entre as mudangas materiais ocorridas nas condi- gdes econdmicas de produgdo e que podem ser apreciadas com a exatiddo propria das ci- éncias naturais, ¢ as formas juridicas, politicas, religiosas, artisticas ou filoséficas, numa pala- MARX, Karl. Contribuigio Critiea da Econdmica Politica. Tradusdo de Florestan Paulo: Expressio Pop vra, as formas ideolégicas em que os homens adquirem consciéncia desse conflito € lutam para resolvé-lo, E do mesmo modo que nao podemos julgar um individu pelo que ele pensa de si mesmo, no podemos tampouco julgar estas épocas de revolugio pela sua cons- ciéncia, mas, pelo contrario, € necessario ex- plicar esta consciéncia pelas contradigdes da vida material. pelo conflito existente entre as forcas produtivas sociais e as relagdes de pro- dugdo. Nenhuma formacao social desapare~ ce antes que se desenvolvam todas as forgas produtivas que ela contém, e jamais aparecem relagdes de préducdo novas € mais altas antes de amadurecerem no seio da propria socie- dade antiga as condigdes materiais para a sua existéncia. Por isso, 2 humanidade se propde sempre apenas os objetivos que pode aleancar, pois, bem vistas as coisas, vemios sempre, que esses objetivos $6 brotam quando ja existem ou, pelo menos, estdo em gestagao as condi- ‘goes materiais para a rua realizagao. A grandes tragos podemos designar como outras tantas gpocas de progresso, na formagio econémica da sociedade, 0 modo de ptodugdo asiatico, 6 antigo, 0 feudal e 0 modemo burgués./As relagdes burguesas de produgao séo a ultima forma antagénica do processo social de pro- dugdo, antagénica, nao no sentido de um an- tagonismo individual, mas de um antagonis- mo que provém das condigdes sociais de vida dos individuos. As forgas produtivas, porém, que se desenvolvem no selo da sociedade bur- guesa criam, ao mesmo tempo, as condig6es materiais para a solugdo desse antagonismo. Com esta formagio social se encerra, portan- to, a pré-historia da sociedade humana (...) Fernandes. 2. ed. Sio ular, 2008. 288 p.

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