Você está na página 1de 1

EDM 402 - Didtica Fabiano Aparecido Nunes n USP: 5897104 Licenciatura em Fsica Sntese 3 Compreender e ensinar

A Didtica no olhar do senso comum definida apenas como a 'arte de ensinar'. Apesar da beleza desta definio, ela implica que nem todos os que se prope a ensinar podem ser denominados artistas, afinal, quantos Mozart, Beethovens e Eschers existem no mundo? Dessa forma, o entendimento da Didtica como uma cincia cujo objeto o ensino nos parece bem mais generosa. A Didtica, como cincia que volta-se para o ensino formal, ou seja, no mbito de uma instituio escolar, de suma importncia no processo de compreenso da atuao dos professores no Brasil. Afinal, como nosso sistema de ensino em geral pautado num modelo tradicional e pouco humanizador, uma cincia que prope o ensino como um encontro com nossa realidade sensorial atravs da valorizao dos conhecimentos preconcebidos do educando, de forma que ele possa se articular a novos saberes e possa abstrair-se para evoluir como ser pensante fundamental no exerccio da docncia. O ensino como agente humanizador do educando , por extenso, humanizador do educador, pois, afinal, como afirma Terezinha Rios no possvel falar sobre ensino desvinculado de aprendizagem e se no h ensino sem aprendizagem, poderamos afirmar que o ensinante tambm aprende com o trabalho educativo, tambm humaniza-se. Orientando a anlise da importncia da Didtica, na esfera terica, sobra a busca de alternativas para pensar o ensino, principalmente num mundo repleto de inovaes tecnolgicas, polticas, sociais e morais, qual seria o requisito para inovarmos a pratica educativa? talvez no haja resposta trivial, mas a ideia de uma qualidade ausente, assim como o socialismo utpico para alguns grupos polticos, essencial por estimular projetos diversos, propor-nos desafios ilimitados e, aproveitando a metfora, nos fazer caminhar com destino ao horizonte da realidade plena. Referncias [1]RIOS, T. A. Compreender e Ensinar - por uma docncia da melhor qualidade. S. Paulo, Cortez, 2001, Cap. I, p.51/56; e 135 143.

Você também pode gostar