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Superior Tribunal de Justia

AGRAVO DE INSTRUMENTO N 634.661 - MA (2004/0125252-6) RELATOR AGRAVANTE ADVOGADOS AGRAVADO ADVOGADO : MINISTRO CARLOS ALBERTO MENEZES DIREITO : BANCO DO BRASIL S/A : MAGDA MONTENEGRO EUMARISA MARTINS DOS SANTOS E OUTROS : JOSINO FRANCISCO DOS SANTOS : PAULO DE TARSO FONSECA E OUTRO DECISO Vistos. Banco do Brasil S.A. interpe agravo de instrumento contra o despacho que no admitiu recurso especial assentado em ofensa aos artigos 4, do Decreto 22.626/33 e 5, do Decreto-lei n 167/67. Insurge-se, no apelo extremo, contra acrdo assim ementado: "PROCESSUAL CVEL. APELAO. EMBARGOS EXECUO. CONTRATO DE CONFISSO DE DVIDA. CAPITALIZAO DOS JUROS. IMPOSSIBILIDADE. CDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. CLUSULA DE MULTA PACTUADA ANTES DO ADVENTO DA LEI N. 9.298/96. PREVALNCIA DO CONTRATO. I - Nos termos do art. 4 do Decreto n. 22.626/33 e da Smula 121 do STF vedada a capitalizao de juros, ainda que expressamente convencionada. II - pacfico o entendimento do STJ, no sentido da aplicabilidade das disposies do Cdigo de Defesa do Consumidor aos contratos bancrios, estando as instituies financeiras inseridas na definio de prestadores de servios, nos termos do artigo 3, 2, daquele diploma legal. III - Contudo, como a Lei n 9.298, de 01.08.1996, que alterou o art. 52, 1, do Cdigo de Defesa do Consumidor, posterior data do contrato objeto da ao principal, aplica-se a multa nele prevista, de 10%, nos limites constantes do prprio Cdigo de Defesa do Consumidor, em sua redao originria. IV - Recurso conhecido e parcialmente provid o" (fl. 24). Opostos embargos declaratrios, foram rejeitados (fls. 33/36). Decido. O inconformismo no prospera. O acrdo recorrido no permitiu a capitalizao mensal dos juros sob a afirmao de que o ttulo objeto do processo no uma cdula rural. O recorrente, por sua vez, sustenta que "na Escritura Pblica de Confisso de Dvidas, a origem das dvidas confessadas derivam exclusivamente de
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Cdulas Rurais, portanto ttulo de crdito rural" (fl. 20). Acolher a irresignao do agravante, no caso presente, demanda o reexame do contrato, operao vedada nesta instncia especial em face do disposto na Smula n 05/STJ. Ante o exposto, nego provimento ao agravo. Intime-se. Braslia (DF), 25 de novembro de 2004.

MINISTRO CARLOS ALBERTO MENEZES DIREITO Relator

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