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Estamos envoltos por determinismos sociais.

Sabemos que, hoje, quem nasce com uma vagina socialmente titulado como mulher e quem nasce com um pnis socialmente titulado como homem, com isso, a nica relao afetiva aceitvel e natural entre um homem e uma mulher. Mas quero que pensemos em algumas possibilidades: imaginem pessoas que nascem com os pr-requisitos que a sociedade impe para ser homem ou mulheres, mas no se identificam nem com homem nem com mulheres, ou, ainda, se identificam como homem ou mulheres, mas nasceram sem esses pr-requisitos. Temos ns opresses por termos sexualidades diversas, mas digo-vos que tem muito mais opresses quem rompe com as questes de gnero. Noss@s amad@s travestis e transexuais quando no enfrentam a Transfobia enfrentam o Machismo, quando os dois no se juntam. Prova disso vermos o quo pouco inserido esto os indivduos trans* no mercado formal de trabalho, nas nossas universidades e nos modos polticos de nosso pas. Vivemos na UFPR um terreno hostil para pessoas trans*, atualmente algum que de entrada com o pedido do uso do nome social (nome que reflete a identidade de gnero de um individuo) passa o curso inteiro lutando, com duas ou trs prreitorias, para conseguir que no ultimo semestre de seu curso seu nome e identidade sejam respeitados, quando no, desistem do seu curso por no suportarem o desrespeito e humilhao de ser transexual ou travesti e ser tratada com seu nome de registro, que a mxima normativa diz ser masculino. Sem contar que precisamos de uma greve inteira para que a diversidade sexual e de gnero sejam respeitadas nas casas estudantis (at o compromisso de que as casas estudantis sejam mistas, os indivduos transexuais e travestis no conseguiriam acesso a elas, atualmente, no h nada que comprovem que a identidade de gnero seja respeitada nos novos moldes de casas estudantis). Chega de humilhao, de desrespeito com seu corpo, com sua identificao. Juntem-se a ns, seja livre, seja homem ou mulher como um homem ou uma mulher devem ser pra voc. Lucas Sanchez

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