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Betão Armado I

Engenharia Civil – 1º Ano Mestrado Bolonha

Ano lectivo 2008/2009

Aula de Laboratório

Ensaio de um modelo de viga de betão armado

TRABALHO ELABORADO POR:


Gilberto José Silva Laranja _ 2010004
João Pedro Santos Perneta _ 2063604
João Silva _ 2010404
Nuno Miguel Barros de Sousa _2011104
Ricardo Dário Filipe Fernandes _ 2030605

Funchal, 27 de Janeiro de 2009


Índice
1. Aspectos relevantes no comportamento do modelos de viga ensaiados................................................ 3
2. Cálculo da resistência média do betão pela norma NP EN 206 e do aço. ............................................. 3
2.1 Betão ........................................................................................................................................................ 3
2.1 Calculo das características do aço. .......................................................................................................... 3
3. Estimativa do valor Q associado a fendilhação. ........................................................................................ 4
4. Determinação de momentos flectores e esforço transverso resistentes. .................................................... 4
5. Cálculo da carga Q máxima com o nível de segurança regulamentar que pode actuar na viga. ............... 5
Analise/Discussão: ............................................................................................................................................ 5
6. Diagramas de carga - deslocamento do ensaio da viga. ........................................................................... 5
Analise/Discussão: ........................................................................................................................................ 6
7. Tipo de rotura. ........................................................................................................................................... 6
Analise/Discussão: ........................................................................................................................................ 6
Bibliografia. ....................................................................................................................................................... 6

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1. Aspectos relevantes no comportamento do modelo de viga ensaiados.

Na observação do ensaio a flexão da viga bi-apoiada com apoios em rótula, verificamos que
a zona condicionante situou-se a meio vão, onde momento é máximo e onde surgiram as primeiras
fendas, como era de esperar, após a primeira fenda houve um alastramento das fendas na direcção
dos apoios com uma inclinação aproximadamente a 45º com horizontal. Outro aspecto significativo
foi o modo de rotura da viga, a viga teve uma rotura dúctil, o aço cedeu bastante antes da rotura do
betão, indica uma boa razão As/Ac. O betão na zona comprimida rompeu depois de a viga já
possuir uma grande flecha, com este comportamento podemos prever a rotura ou a instabilidade
podendo tomar as devidas precauções.

2. Cálculo da resistência média do betão pela norma NP EN 206 e do aço.

2.1 Betão
Quadro 1: Ensaios dos cubos de betão resistência média, característica e de cálculo
Dimensões Rotura
Mass Massa Media Desvio
a1 a2 h A a volúmica Força Tensão fcm padrão fck γc fcd
2
Dias mm mm mm mm Kg Kg/m3 kN MPa MPa MPa - MPa
43 152 150 150 22800 8,189 2394,44 856,7 37,575
43 152 151 150 22952 8,18 2375,97 866,9 37,77 38,374 1,21866 36,57 1,5 24,38
48 152 150 150 22800 8,222 2404,09 906,9 39,776

No cálculo da resistência média, fcm, efectuou-se uma media aritmética dos valores obtidos no
ensaio.
Para o cálculo fck, usou-se a especificações da norma em que: fck = fcm - Desvio padrão* 1,48.
O valor de fcd foi adquirido pela aplicação o factor de segurança para betão de 1,5 (γc=1,5).

2.1 Calculo das características do aço.

Quadro 2: Ensaio de provete de aço.


Provete 1
Diâmetro d (mm) 6
Área S0 (mm2) 28,27
Força máxima Fm (kN) 19,91
Tensão de rotura à tracção Rm (MPa) 704,1
Tensão limite conv. de porp. a 0,2% Rp (MPa) 607,83
Modulo de elasticidade E (GPa) -

Quadro 3: Valores característicos do aço do provete ensaiado.


Aço fsyk fsyd γs
- MPa MPa -
A600 600 521,74 1,15

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Observando a Tensão limite conv. de porp. a 0,2% Rp (MPa) tiramos 600MPa de tensão no
aço, este valor é retirado do gráfico extensão % vs tensão na zona elástica que será valores
utilizados para calculo de dimensionamento de estruturas. Então podemos dizer que se trata do aço
A600, aplicando factor segurança para aços obtemos o fsyd de 521 MPa.

3. Estimativa do valor Q associado a fendilhação.

Quadro 4: Valores do calculo do momento de fendilhaçao.


h b fctm QExperimental Mreal cr Mcr Q teórico
m m MPa kN kN.m kN.m kN
0,14 0,07 3,8 5 0,875 0,86893 4,965

No cálculo do Mcr estimado teoricamente utilizou-se a expressão seguinte:


ܾ × ℎଶ
‫= ݎܿܯ‬ × ݂௖௧௠
6
para Mreal cr observou-se no gráfico o provável momento que ocorreu a primeira fenda e retirou-se o
valor da força vertical aplicada no momento pela estática através do braço calculou-se o momento e
comparou-se os valores. Usando um fctm de 2.6GPa obtínhamos um Mcr muito baixo não podendo
ser o real. Depois de verificar Mcr para 2,6GPa foi-se aumentando o respectivo valor até atingir
momentos iguais e verificamos que o fctm estimado do betão seria 3,8GPa.

4. Determinação de momentos flectores e esforço transverso resistentes.

Quadro 5: Valores para cálculo do MRd com resistência média do betão e tensão última do aço.
Cálculo da carga Q estimada.
n φ r b d Asflexao fcm fsyk ω µ k x MRd Q
2
- mm m m m m MPa MPa - - - m MN.m kN.m kN
2 6 0,35 0,07 0,115 5,65E-05 38,3737 600,00 0,1098 0,1027 0,16146 0,0186 0,0036 3,6484 20,847

Quadro 6: Cálculo do esforço transverso resistente.


// n φ z ϴ fsyd Asw VRd
2
m - mm m º MPa cm /m MN kN
0,1 2 6 0,09 45 521,74 5,65487 265,533 265533

Quadro 7: Valores do momento flector para uma rotura dúctil.


Para uma rotura dúctil que verifica rotura com segurança o
valor do momento flector situa-se:
0,1 <µ< 0,25
3,552 < MRd (kN)< 8,881

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5. Cálculo da carga Q máxima com o nível de segurança regulamentar que pode actuar na viga.

Quadro 8: Valores para calculo da carga máxima aplicada a viga com verificação da segurança
estipilada.
n φ r b d Asflexao fcd fsyd ω µ k x MRd Q
2
- mm m m m m MPa Mpa 0,1503 - - m MN.m KN.m kN
2 6 0,35 0,07 0,115 5,65E-05 24,38 521,74 0,1503 0,137 0,2209 0,0254 0,0031 3,0921 17,668

Quadro 9: Valores obtidos da carga Q no ensaio da viga.


Q max do ensaio Q médio do ensaio
kN kN
21,3 21,1

Analise/Discussão:
No quadro 9 calculou-se a carga máxima com o nível de segurança usando os factores de
segurança regulamentares, aplicados as características dos materiais, e obteve-se o valor de
17,668kN para a Q, comparando com valor da carga última esperada no ensaio que foi 20,847kN
(quadro 5) verificamos que carga última esperada é superior a máxima de segurança numa relação
de 1,19. Comparando ainda com valores obtidos directamente no ensaio da viga, Qmax de 21,3kN
(quadro 9), tem-se ainda um valor superior a carga última esperada no ensaio, calculada sem
factores de segurança. Isto indica que a viga estava bem dimensionada por verificar os valores
esperados e os valores do ensaio e carga ultima estimada serem muito aproximados.

6. Diagramas de carga - deslocamento do ensaio da viga.

Gráfico 1: Diagrama de carga-deslocamento até a rotura.

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Gráfico 2: Diagrama de carga-deslocamento na fase elástico plástico.

Analise/Discussão:
No gráfico 1 temos o diagrama de carga-deslocamento do ensaio da viga até à rotura
completa, no gráfico 2 temos o diagrama da fase elástico plástica, ampliado, para observamos com
maior precisão, este estado é o de maior importância para os cálculos. Analisando o gráfico 2
através da observação das mudanças de declive podemos dizer que aproximadamente aos 6kN a
viga mudou de estado, estado fendilhado, abrindo a primeira fenda. Aos 12kN observamos uma
descontinuidade no gráfico esta deve-se a paragem da aplicação da carga por instantes.
Sensivelmente aos 19kN há uma mudança brusca de declive da linha carga deslocamento isto
indica-nos a plastificação do aço e o inicio do rompimento do betão à compressão, ainda assim a
viga resistiu ate aos 21kN de carga.

7. Tipo de rotura.

Analise/Discussão:
A viga teve uma rotura dúctil, podemos verificar a rotura dúctil pela observação do ensaio
directamente onde a viga flectiu consideravelmente antes da rotura indicando que iria ruir, num
caso de aplicação real com estes sinais poderíamos tomar as devidas precauções antes da rotura
final. Por interpretação do gráfico também poderíamos dizer que se trata de uma rotura dúctil, o
gráfico carga deslocamento define bem os estados por onde a viga passou, elástico, fendilhaçao,
plástico, e não existe nenhum sinal de rompimento súbito da viga. Isto indica rotura dúctil. No
gráfico 7 indica-nos o intervalo de valores do momento flector da viga para uma rotura dúctil, este
intervalo foi obtido pelos valores do momento flector reduzido indicados para uma rotura dúctil,
como podemos observar o valor do momento resistente encontra-se dentro do intervalo. Podemos
concluir que a viga teve um grau de ductilidade grande tendo em conta verificar os aspectos
anteriores.

Bibliografia.
Módulos de ESTRUTURAS DE BETAO I, instituto superior técnico, ano 2008/2009

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