Você está na página 1de 3

LAMPIO REI DO CANGAO.

HISTRIA CONTADA EM VERSO PELO POETA ANTONIO HERRERO Continuao - ( 2 PARTE) ...E por aqueles caminhos, em poucos minutos sumia, quebrando cip no peito, saltando rios e cisternas, os tiros das espingardas passavam roando as pernas. Rastejava ligeirinho livrando do tiroteio, apavorados e assustados, arrepiavam at os pelos, Resmungava e soluavam a tudo pedia apelo Chorava tal quais as moas, na hora no pesadelo, Era homem s no nome, uns frouxos pedindo arrego, No se pode imaginar os tamanhos dos marmanjos, com patente de sargento fraquejando nesta hora, no defenderam o povo, no momento vexatrio estavam fazendo feio, os baitolas avergonhados correram dos cangaceiros, uns machos pela metade, s faltava vestir saias, estes colunas do meio.

Gritavam desesperados na hora da correria;

Valha-me nossa senhora, Acode-me santa Luzia se for de sua vontade Quero continuar vivendo nem que sejam mais uns anos Ou que sejam mais um dia.

Depois de tantas clemncias E tantas oraes a santa se aborreceu, sem avaliar seus pedidos Por Jesus ela atendeu livrando os cabras da morte, Pelo amor do filho seu. Agora s o que restaram, era ir embora pra casas, os cabras de lampio. Haviam desistido da caa Os pedidos de orao tocaram lhe o corao e a mando de santa Luzia a padroeira do serto Os soldados da captura foram livres do perigo e logo correram pra casa. Buscando o melhor abrigo.

Estes soldados frangotes em situao vergonhosa, Com as roupas cheirando mal quando chegaram casa Difcil foi explicar no adiantava mentir suas esposas sabia de tudo destas atitudes covardes Que aconteceu na quela hora no arraia na aquele dia.

Depois de levarem esculacho estes soldados capachos Sem querer e no queria Levaram um grande deboche e uma grande zombaria As mulheres destes molengas ficaram aborrecidas, do fato acontecido, cientes do prejuzo de ter como marido estes homens recatados. Diziam e repetiam, com palavras de efeito, chamava de todo nome, sem medir os palavreados, estes cabras no so macho, parecem uns catingueiros que vivem l no roado. Cabritinhos do cerrado que tem o casco rachado, que serve a todo o mundo, com o nome de veado. No vale o feijo que come, que sujeito sem ao. Borra-se de tanto medo das volantes de lampio. a.h.p/.*

Você também pode gostar