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Ver muito lucidamente prejudica o sentir demasiado. E os gregos viam muito lucidamente, por isso pouco sentiam.

De a a sua perfeita execuo da obra de arte.

Vem sentar-te comigo, Ldia, beira do rio. Sossegadamente fitemos o seu curso e aprendamos Que a vida passa, e no estamos de mos enlaadas. (Enlacemos as mos). Depois pensemos, crianas adultas, que a vida Passa e no fica, nada deixa e nunca regressa, Vai para um mar muito longe, para o p do Fado, Mais longe que os deuses. Desenlacemos as mos, porque no vale a pena cansarmonos. Quer gozemos, quer no gozemos, passamos como o rio. Mais vale saber passar silenciosamente. E sem desassossegos grandes

Nasceu em 1888 e faleceu em 1935.

Viveu em Lisboa, na poca do Modernismo.

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