1) PERIODIZAÇÃO
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O primeiro texto escrito em português foi criado no século XII (1189 ou 1198)
era a “Cantiga da Ribeirinha”, do poeta Paio Soares de Taveirós, dedicada a D.
Maria Paes Ribeiro, a Ribeirinha.
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CONTEXTO HISTÓRICO-CULTURAL
Tipos de Cantiga.
Os primórdios da literatura galaico-portuguesa foram marcados pelas
composições líricas destinadas ao canto.
Essas cantigas dividiam-se em dois tipos:
Refrão, caracterizadas por um estribilho repetido no final de cada estrofe,
Mestria, que era mais trabalhada, sem algo repetitivo.
Essas eram divididas em temas, que eram: Cantigas de Amor, Amigo e de
Escárnio e Maldizer.
Temas
Cantiga de Amor
Quem fala no poema é um homem, que se dirige a uma mulher da nobreza,
geralmente casada, o amor se torna tema central do texto poético. Esse amor
se torna impraticável pela situação da mulher. Segundo o homem, sua amada
seria a perfeição e incomparável a nenhuma outra. O homem sofre
interiormente, coloca-se em posição de servo da mulher amada. Ele cultiva esse
amor em segredo, sem revelar o nome da dama, já que o homem é proibido de
falar diretamente sobre seus sentimentos por ela (de acordo com as regras do
amor cortês), que nem sabe dos sentimentos amorosos do trovador. Nesse tipo
de cantiga há presença de refrão que insiste na idéia central, o enamorado não
acha palavras muito variadas, tão intenso e maciço é o sofrimento que o
tortura.
São cantigas que espelham a vida na corte através de forte abstração e
linguagem refinada.
Cantiga de Amigo
O trovador coloca como personagem central uma mulher da classe popular,
procurando expressar o sentimento feminino através de tristes situações da
vida amorosa das donzelas. Pela boca do trovador, ela canta a ausência do
amigo (amado ou namorado) e desabafa o desgosto de amar e ser abandonada,
em razão da guerra ou de outra mulher. Nesse tipo de poema, a moça conversa
e desabafa seus sentimentos de amor com a mãe, as amigas, as árvores, as
fontes, o mar, os rios, etc. É de caráter narrativo e descritivo e constituem um
vivo retrato da vida campestre e do cotidiano das aldeias medievais na região.
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Cantigas de amor
Estes meus olhos nunca perderan, / senhor, gran coyta / mentr' eu vivo
fôr; / e direy-vos, fremosa mia senhor, / d'estes meus olhos a coyta que
an: / choran e cegan, quand' alguen que veen.
E nunca ja poderey aver ben, / poys que amor já non quer nem quer
Deus; / mays os cativos d'estes olhos meus / morrerán e cegan, quand'
alguen non veen, e ora cegan por alguen que veen.
(Gran coyta: grande paixão desgosto. / Fremosa mia senhor: minha bela senhora)
Cantigas de amigo
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Cantigas de escárnio e de maldizer
Esse tipo de cantiga procurava ridicularizar pessoas e costumes da época
com produção satírica e maliciosa.
As cantigas de escárnio são críticas, utilizando de sarcasmo e ironia, feitas
de modo indireto, algumas usam palavras de duplo sentido, para que, não se
entenda o sentido real.
As de maldizer utilizam uma linguagem mais vulgar, referindo-se
diretamente a suas personagens, com agressividade e com duras palavras, que
querem dizer mal e não haverá outro modo de interpretar.
Os temas centrais destas cantigas são as disputas políticas, as questões e
ironias que os trovadores se lançam mutuamente.
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Cantigas de Escárnio
Ai, dona fea, fostes-vos queixar / que vos nunca louv' en [o] meu cantar;
/ mais ora quero fazer um cantar / en que vos loarei toda via; / e vedes
como vos quero loar; / dona fea, velha e sandia!
Dona fea, se Deus me perdon, / pois avedes [a] tan gran coraçon / que
vos eu loe, en esta razon / vos quero loar toda via; / e vedes qual será a
loaçon / dona fea, velha e sandia!
Dona fea, nunca vos eu loei / en meu trobar, pero muito trobei; / mais
ora já un bon cantar farei, / en que vos loarei toda via; / e direi-vos
como vos loarei: dona fea, velha e sandia!
(Loarei: louvarei / Sandia: louca / Avedes tan gran coraçon: tendes tanto desejo /
loaçon: louvor)
Cantigas de Maldizer
Neste tipo de cantiga é feita uma crítica pesada, com intensão de ofender a pessoa
ridicularizada. Há o uso de palavras grosseiras (palavrões, inclusive) e cita-se o nome
ou o cargo da pessoa sobre quem se faz a sátira
5)Novelas de cavalaria
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Autores (Trovadores)
Os mais conhecidos trovadores foram: João Soares de Paiva, Paio Soares de
Taveirós, o rei D. Dinis, João Garcia de Guilhade, Afonso Sanches, João Zorro,
Aires Nunes, Nuno Fernandes Torneol.
Mas aqui falaremos apenas sobre alguns.
Paio Soares Taveirós
Paio Soares Taveiroos (ou Taveirós) era um trovador da primeira metade do
século XIII. De origem nobre, é o autor da Cantiga de Amor A Ribeirinha,
considerada a primeira obra em língua galaico-portuguesa.
D. Dinis
Dom Dinis, o Trovador, foi um rei importante para Portugal, sua lírica foi
de 139 cantigas, a maioria de amor, apresentando alto domínio técnico e
lirismo, tendo renovado a cultura numa época em que ela estava em
decadência em terras ibéricas.
D. Afonso X
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D. Dinis
Dom Dinis (1261-1325) o Lavrador ou o Trovador, foi um rei importante para Portugal,
não só pelas suas conquistas em termos de cultura (mandou fundar a Universidade de
Lisboa, que depois se transferiu para Coimbra) e uso da língua (mandou que se
redigissem documentos em português, não em latim), mas também e principalmente
pelas suas conquistas na agricultura (drenou pântanos, plantou florestas, fez reforma
agrária), economia (estimulou o comércio interno e externo) e política (apaziguou a
Igreja com a Concordata de 1290). Mas o que nos interessa é sua lírica: 138 ou 139
cantigas, a maioria de amor, apresentando alto domínio técnico e lirismo, tendo
renovado a cultura numa época em que ela estava em decadência em terras ibéricas.
http://www.geocities.com/Athens/Styx/2607/portuguesa/trovad.html
7)Os cancioneiros