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O relgio liquido no conta as horas que passam.

um pssaro apenas suas penas se liquefazem como liquens com o passar do tempo afetivo. O relgio louco detona flores gelatinosas no arco da memria. Aide-memoire a nos lembrar que o tempo no existe assim, sozinho: depende de ns o seu desenrolar. O relgio mole se desfaz e respinga rosas e odores de prosa e poesia sobre as curvas do tempo: matria prima de sonhos surreais. O relgio fantasma registra passos lassos laos os compassos das odes ao esprito E os cnticos matria de gentes que foram, que so, que viro.

gentes que so causa e consequencia de qualquer poesia. O relgio poema liquidifica-se em nuvens brancas de algodo quando tocado Por inbeis mos: suas cores so palavras tcteis so fractais de tempos que flutuam, indiferentes na nvoa da eternidade: s o poeta capaz de toc-las e transmut-las em coisas tangveis.
Sobre a obra o tempo lquido-fluido. escorre

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