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p 4 eI =| Ss 4 a a =) 2 rv > VOLUME 1 Anténio Maximo Beatriz Alvarenga =S oun Anténio Maximo Ribei Beatriz ALVARENGA € ANTONIO ‘sao autores da cole¢ao Fisica, em doi: editada pela Oxford University Press em lingua espanhola, e do Fisica — volum - editado pela Scipione, ilustragdes de Rubens Villaca, Paulo Cézar Pereira, € Anténio Robson ois ic Al Sao Paulo, 2006 IMcneceenetan 1 edigio Ao estudante A. preparar este texto, uma de nossas preocupacées foi tornar ‘© seu curso de Fisica interessante e agradavel, tentando evitar que vocé © considere apenas como mais uma de suas obrigacdes escolares. Julga- mos que ele poder entusiasmar tanto aos jovens que pretendam continuar seus estudos em uma carreira ligada as ciéncias exatas,como aqueles que provavelmente nao mais terdo outro contato com 0 estudo da Fisica. © conhecimento das leis e fenémenos fisicos constitul um comple mento indispensavel 4 formagao cultural do homem moderno, néo s6 em virtude do grande desenvolvimento cientifico e tecnolégico do mundo atual, como também porque o mundo da Fisica nos rodeia por completo. De fato, a Fisica est4 totalmente envolvida em nossa vida didria: esté em nossa casa,no 6nibus, no elevador, no cinema,no campo. de futebol ete. ‘Assim, com a orientagéo de seu professor, lendo com aten¢io os textos de cada capitulo, discutindo com seus colegas e procurando rea- lizar as atividades sugeridas, esperamos que, 20 final deste curso, vocé tenha conseguido compreender as leis fundamentals da Fisica, perce- bendo que elas representam modelos que procuram traduzir a harmo- nia e a organizasio presentes na natureza. Esta visio, possivelmente, fara crescer dentro de vocé o amor e 0 respeito pelas coisas ¢ fatos do mundo em que viverios. Ao mesmo tempo, entre seus sentimentos passara a figurar, por certo, a admiraco aos grandes cientistas que, através de arduos esforcos, conseguiram edificar este importante ramo do conhecimento humano. OsAutores Como usar esta obra Desenvolvemos os textos e as diversas atividades que compéem este livro tendo sempre em mente a produgao de um trabalho que se constitua um auxilio real a seus estudos e a sua aprendizagem. Esperan- do que este propésito possa ser concretizado apresentamos, a seguir, algumas orientagées que, acreditamos, o levario a conhecer melhor 0 seu livro e, conseqiientemente, a usé-lo com o maximo proveito: > Inicie sempre o estudo de um determinado assunto com a leitura da sec¢fo que 0 aborda. A linguagem simples e a divisio do texto em pequenos blocos, com titulos indicativos de seu contetido, facilitam esta tarefa, Procure compreender o topico exposto e,se houver di- vida, discuta-a com 0 professor e com seus colegas. Nao tente apenas memorizar eventuais formulas ali presentes, pois a formula isolada pouco ou nada representa do conhecimento que ela sintetiza. A leitura € a compreensio do texto sio passos indispensivels 4 construgao deste conhecimento. Depois de terminar a leitura de cada secslo, passe a solucdo dos Exercicios de FixacSo apresentados logo apés cada uma delas. Esses exercicios sero, geralmente, resolvidos com certa facilidade, colabo- rando para sedimentar 0 conhecimento em estudo e para incentivé- loa prosseguir em outras atividades. Nao passe para a seccao seguinte nem tente resolver problemas mais sofisticados, antes de responder a todos os Exercicios de Fixagao. Seu raciocinio nao pode dar saltos muito grandes e estes exercicios foram propostos exatamente para vocé ir construindo seus conhecimentos paso a passo. > OTépico Especial, como indica o seu subtitulo, para vocé aprender um pouco mais, foi desenvolvido como uma extensio aos conhecimentos ali abordados. Usando uma linguagem simples e um tratamento qua- litativo da matéria, com quase nenhum apelo a matemitica, esse tex- to ora apresenta aspectos histéricos do assunto, ora uma visio mais moderna dos conceitos e leis a ele relacionados ou, ainda, suas aplica- des tecnoldgicas interessantes e atuais. Estamos convictos de que vocé ird apreciar a leitura de um desses Tépicos Especiais e esteja certo de que a Fisica neles contida de tio boa qualidade quanto a do restante do capitulo. > A Revisio, que aparece no final de cada capitulo, é uma espécie de estudo dirigido, proposto para que vocé obtenha uma viséo global do assunto,apés ter estudado cada seca separadamente, Ao completar essa atividade, vocé teré em mAos um resumo deste capitulo, ao qual poderd recorrer quando desejar recapitulé-lo rapidamente. > Outra atividade importante para facilitar a compreensio e a aprendi- zagem dos temas apresentados em um capitulo sio as Experiéncias propostas no final de cada um. Escolhemos experiéncias bem simples, que, em geral, requerem material disponivel em sua prépria residén- cia, possibilitando, assim, sua realizagio como tarefa para casa. Nao deixe de fazer essas experiéncias e leva-las & escola para serem discu- tidas com seu professor e seus colegas.Temos certeza de que essas. atividades Ihe dardo muitos momentos de prazer e Ihe permitirao uma visio mais clara e concreta dos fendmenos em estudo. > Os problemas, comumente usados nos cursos de Fisica para que os estudantes testem e apliquem seus conhecimentos,sio apresentados em trés séries em nosso texto: Problemas e Testes, Questdes de Vestibular e Problemas Suplementares. Sendo muito grande o nimero total desses problemas, vocé, provavelmente, nfo tera tempo para resolver todos eles. Pega, entio, para seu professor selecionar aqueles que forem mais significativos para seu curso e para o seu préprio contexto. Procurando solugées para eles, vocé estar4 subindo mais alguns degraus em sua formagio cientifica. Sumario VOLUME! Unidade I - Introdusao 1. Algarismos significativos 1.1..Os ramos da Fisiea—_______ 1.2. Poténcias de 10 - Ordem de grandeza 1.3, Algarismos significativos. 14. Operagées com algarismos signiticativos 1.5. A origem do sistema métrico Revisdo = ‘Algumas Experiéncias Simples. Problemas e Testes Unidade 2 - Cinematica 2. Movimento retiline 2.1, Introdugio.. 2.2. Movimento retilineo uniforme 12.3.Velocidade instantinea e velocidade média. 2.4. Movimento retlineo uniformemente variado 2.5. Queda livre 2.6. Galileu Galilei. Revisdo_. ‘Algumas Experiéncias Simples. Problemas eTestes——— Problemas Suplementares 3. Vetores - Movimento curvilineo 3.1, Grandezas vetorias e escalares. 3.2 Soma de vetores. 3.3. Vetor velocidade e vetor aceleragio. 3.4. Movimento circular 3.5. Composiglo de velocidades 3.6. Fisica nas competicdes esportivas———____. Unidade 3 - Leis de Newton __. 4. Primeira e terceira leis de Newton. 4.1. Forga. A primeira lei de Newton 4.2. Equilbrio de uma particula, 43.Terceira lel de Newton AA. Forga de atrito. 4S. lsaac Newton, Reviso—___ ‘Algumas Experiéncias Simple pe ured rents eet a et Oe Apéndice .. ‘A.L. Momento de uma forga. ‘A2. Equilibrio de um corpo rigido Problemas Suplementares. 5, Segunda lei de Newtor 5.1, A segunda lei de Newton. 5.2. Unidades de forga e massa... 5.3. Massa e peso 5.4. Exemplos de aplicacio da segunda lei de Newton... 5.5. Queda com resisténcia do ar 5.6.Forgas no movimento circular 5.7. Limitagées da Mecinica Newtoniana Revisto ‘Algumas Experiéncias Simples Probleras e Testes. Apéndice- B.l. Movimento de um projét B.2. A aplicagio das leis de Newton a sistemas de corpos: Problemas Suplementares 6. Gravitasio Universal 6.1 Introdusdo— 62. As leis de Kepler — 6.3, Gravitago Universal 6.4. Movimento de satélites 6.5.Nariagbes da acelerago da gravidade 6.6.0 triunfo da Gravitagio Universal. 7. Hidrostatica 7.1.Pressio e massa especifica 7.2.Pressio atmosférica 7.3. Variacio da pressio com a profundidade 7-4, Aplicacées da equacio fundamental 7.5.Principios de Arquimedes.— 7.6, Arquimedes Riese ‘Aigumas Experiéncias Simples Problemas e Testes Problemas Suplementares — Unidade 4 ~ Leis de conservagie_ 8, Conservacio da energia.. 8.1-Trabalho de uma forsa.— 8.2, Poténcia.. 8.3.Trabalho e energia cinética, 8.4.Energta potencial gravitacional —____ 8.5. Energia potencial elistica. 8.6. Conservagio da energia, 8.7. Exemplos de aplicacio da conservagio da energia VOLUME 2 Unidade 4 - Leis de conservagio 9. Conservacao da quantidade de movimento Unidade 5 - Temperatura ~ Dilatagao - Gases 10.Temperatura e dilatagao 11 Comportamento dos gases Unidade 6 - Calor 12. Primeira lei da Termodinamica 13, Mudangas de fase Unidade 7 - Otica e ondas 14, Reflexao da luz 15, Refracio da luz 16, Movimento ondulatério Questaes de Vestibulor Respostos Volores dos FuncSes Trigonométricos CConstantes Fsicas VOLUME 3 Unidade 8 ~ Campo e potencial elétrico 17. Carga elétrica 18. Campo elétrico 19, Potencial elétrico Unidade 9 = Circuitos elétricos de corrente continua 20. Corrente elétrica 21. Forea eletromotriz ~ Equacao do circuito Unidade 10 - Eletromagnetisme 22.0 campo magnético ~ |* parte 23.0 campo magnético - 2" parce 24, Inducdo eletromagnética - Ondas eletromagnéticas 25. nova Fisica Apéndice E.LA lei de Biot-Savare Questdes de Vestibular Respostas Vlores dos Fungaes Trigonométricas ConstantesFiscas Algarismos significatives oe {A Fisica, no inicio de seu desenvolvimento, era considerada como a ciéncia que se dedicava a estudar todos os fendmenos que ocorrem na natureza. Dai ter sido esta ciéncia, durante muitos anos, denominada “Filosofia Natural”. Entretanto,a partir do século XIX,a Fisica restringiy seu campo, limitando-se a estudar mais profundamente um menor numero de fendmenos, denominados “fenémenos fisicos”, os fendémenos que dela se destacaram deram origem a outras iéncias naturais. Se tentissemos, porém, esclarecer quais sto os chamados “fendmenos fisicos”, verificarlamos que nio seriamos capazes de estabelecer uma definicio clara. Mas nio nos preocupemos com isto. Com o desenrolar deste curso, vocé ir descobrindo que é mais importante saber e compreender o que ji se fez no campo da Fisica, mesmo que niio possa defini-la,em poucas palavras. Vera que € possivel explicar uma grande variedade de fendmenos, aparentemente nao relacionados, a partir de alguns principios basicos,e que estes principios deverdo ser bem compreendidos, pois, com eles, poderemos enfrentar € resolver problemas novos LL. Os ramos da Fisica No inicio do desenvolvimento das ciéncias, os nossos sentidos eram as fontes de informacio utilizadas na observacio dos fenémenos que ocorrem na natureza. Por isso mesmo o estudo da Fisica foi se desenvolvendo, subdividido em diversos ramos, cada um deles agrupando fendmenos relacionados com 0 sentido pelo qual eles eram percebidos. Entio, surgiram: Mecénica ~ E.0 ramo da Fisica que estuda os fend- menos relacionados com 0 movimiento dos corpos.. Assim, estamos tratando com fendmenos mecinicos quando estudamos 0 movimento de queda de um cor- po, o movimento dos planetas, a colisto de dois auto- méveis ete. Calor ~ Como 0 proprio nome indica, este ramo da Fisica trata dos fenémenos térmicos. Portanto, a variagio da temperatura de um corpo, a fusio de um pedago de gelo, a dilatagio de um corpo aquecido sio fendmenos cestudados neste ramo da Fisica. Fig. 1-2: Os fendmenos térmicos consti- tuem um importante ramo da Fisica, 2 Fig.l-l: No Mecanico, es- tudomos os movimentos dos corpos. as Fig 1-3: © som & um tipo de onda e rey ertudo & feito juntamente com oz demals fendmenos ondu= Tatérios Figst-s menos elétricos © magné ticos constitu! 0 romo da Fisica denominado Eletri- cidade. Movimento Ondulatério - Nesta parte estudamos as pro- priedades das ondas que se propagam em um meio material como, por exemplo, 2s ondas em uma corda ou na superficie da gua, Também sao estudados, aqui, os fendmenos sonoros, porque o som nada mais é do que um tipo de onda que se propa- gu em meios materiais, Orica - Ba parte da Fisica que estuda os fendmenos relacionados com a luz. A formagio de sua imagem em um espelho, a observa- gio de’ um objeto distante através de uuma Tuneta, a sepa- ragio da luz solar nas cores do arco-iris etc. sio todos fendmenos fig. 1-4:A Orica & o romo da Fisica que es Sticos. tuda os fendmenos luminosos. Eletricidade ~ Neste ramo da Fisica incluem-se os fend- menos elétricos e magnéticos. Desta maneira, sio estudados: as atrages e repulsoes entre os corpos eletrizados, 0 funciona mento dos diversos aparelhos eletrodomésticos, as pro- priedades de um fma, a produgio de um relémpago em uma cempestade ete. Fisica Moderna ~ Esta parte cobre o desenvolvimento da Fisica aleangado no século XX, abrangendo o estudo da estru- tura do tomo, do fenémeno da radioatividade, da teoria da relatividade de instein etc. ‘Tradicionalmente, a Fisica € comumente apresentada, através desses ramos. Além disso, por comodidade didética, essa mesma subdivisio é respeitada na maioria dos textos de ensino da Fisica. Entretanto, esses ramos ndo constituem com- partimentos estanques. Pelo contririo, os fendmenos estudados nos diversos ramos esto relacionados entre si através de um pequeno mimero de principios bésicos, sendo possivel, entio, encarar esses ramos como um todo, tornando a Fisica uma estrutura légica e consistente. Em nosso curso, a Meednica seré desenvolvida prin- cipalmente neste 1 volume. O estudo do Calor, das Ondas ¢ da Otica seré feito no 2° volume e 0 3° volume trataré da Eletricidade. Algumas nogdes de Fisica Moderna serio apresentadas em certas “Leituras”, inclufdas no final dos capitulos, ou mesmo distribufdas ao longo do texto, sempre que se julgar oportuno. Algarismos significativos (DL Lucic @xel€icio de fixagao consultando 0 texto sempre que julgar necessario. ls Antes de passar ao estudo da préxima sec¢do, responda a questao seguinte, | 4. Cite alguns fendmenos que so estudados em cada um dos seguintes ramos da Fisica: a) Mecénica 4) Movimento Ondulatério ) Calor «) Eletricidade ©) btica f) Fisica Moderna 1.2. Poténcias de 10-Ordem de grandeza POR QUE USAMOS AS POTENCIAS DE 10 ‘Se nos disserem que o raio do dtomo de hidrogénio é igual a 0,000000005 cm ou que uma dada eélula tem cerca de 2 000 000 000 000 de stomos, dificilmente seremos capazes de assimilar estas idéias. Isto ocorre porque estes niimeros esto afastados dos valores que os nossos sentidos esto acostumados a perceber ~ esto fora do nosso quadro de referéncias. No estudo da Fisica encontraremos, freqiientemente, grandezas como estas, que sio expressas por niimeros muito grandes ou muito pequenos. A apre- sentagio escrita ou oral desses ntimeros, da maneira habitual, tal como foram escritos acima, bastante incémoda e trabalhosa. Para contornar o problema, é usual apresentar estes niimeros em forma de poténcias de 10, como veremos a seguir. Este novo tipo de notagio, além de mais compacto, nos permite uma répi- da comparacio destes mimeros entre si e facilita a realizagio de operagdes matemiticas com eles, ‘COMO ESCREVEMOS OS NUMEROS NA NOTAGAO DE POTENCIAS DE 10 Consideremos um néimero qualquer como, por exemplo, 0 nimero 842 Seus conhecimentos de Algebra Elementar lhe permitirao compreender que este iimero pode ser expresso da seguinte maneira 842=8,42%100=8,42%10° Observe que 0 mimero 842 foi expresso como sendo o produto de 8,42 por uma poténcia de 10 (no caso, 10°). “Tomemos um outro mimero, por exemplo, 0,037. Podemos escrever: 3,7 10° Novamente, temos 0 niimero expresso pelo produto de um niimero com- preendido entre I e 10 (no caso, 3,7) por uma poténcia de 10 (no caso, 10°). 3,7x10" Baseando-nos nestes exemplos, chegamos 3 seguinte conclusio: um ntimero qualquer pode sempre ser expresso como © produto de um niimero compreendido entre 1 ¢ 10 por uma poténcia de 10 adequada. Procure exercitar-se no uso desta regra, analisando os dois exemplos seguintes: 62300 = 6,23 10000 = 6,23%10* 2a 2x10, 9100002 = 759000 * To" Observagio - Uma regra pritica para se obter a poténcia de 10 adequada é a seguinte: a) Conta-se o niimero de casas que a virgula deve ser deslocada para a esquerda; este niimero nos fornece o expoente de 10 positivo. Assim: 62.300 = 6,23 x 10' eases ) Conta-se o miimero de casas que a virgula deve ser deslocada para a direita; este mimero nos fornece o expoente de 10 negativo. Assim: 0.00002 =2 x 10 Seas Nesta representacio de poténcias de 10, os niimeros citados no inicio esta seco poderiio ser escritos, compactamente, e de maneira mais cimoda, do seguinte modo: raio do étomo de hidrogénio = 5x 10? em :mimero aproximado de 4tomos de uma célula = 2 10" OPERAGOES COM POTENCIAS DE 10 Voce pode perceber facilmente que seria complicado ¢ trabalhoso efetuar operagdes com os ntimeros muito grandes, ou muito pequenos, quando escritos na forma comum. Quando estes mimeros slo escritos na notaglo de poténcias de 10, estas operagdes tornam-se bem mais simples, seguindo as leis estabelecidas em Algebra, para as operages com poténcias. Os exemplos seguintes 0 ajudario a recordar estas leis: a) 0,0021 x30 000 000 = (2,1>10")x(3x10") = (2,13)x(10” x10") =6,3 x10" b) 7,28x10° _ 7,28 10° ) aE 18 I 4x10! 4 “10! ©) (5x10) =5'x(10") =125x10" como 125=1,25x10* vem 125x10° =1,25 x10" x10" = 125x107 1,82x107 ) 2,5x10° = /25x10" = 25 x-/10" =5x10? Algarismos significatives — OBSERVE COMO SE PROCEDE NA ADICAO Nos exemplos apresentados, s6 apareceram as operag3es de multiplicagio, divisio, potenciacio e radiciagio. Quando estivermos tratando com adigzo ou subtragio, devemos ter 0 cuidado de, antes de efetuar a operasio, expressar os ‘mimeras come os quais estamos lidando na mesma potencia de 10. Consideremos os exemplos seguintes: a) 6,5%10' -3,2x10° Neste caso, como os miimeros jé estdo expressos na mesma poténcia de 10, poderemos efetuar a operacio diretamente, como segue: 6,5%10° 3,210? =(6,5-3,2) x10? =3,3 10° ) 4,23% 107 +1,310° Devemos, inicialmente, expressar as parcelas em uma mesma poténcia de 10. Isto pode ser feito escrevendo a primeira parcela como uma poténcia de 10°, da seguinte maneira: 4,23 107 +1,3%10° =42,3x10° + 1,3 x10° = (42,3-+1,3) 10° =43,6x10° = 4,36x10° 0 eilculo pode ser efetuado de outra maneira, expressando a segunda parcela como uma poténcia de 10”. Teremos: 4,23 10" +0,13x10" = (4,23+0,13) x10" = 4,36%10" Evidentemente, procedendo de uma maneira ou de outra, obtivemos o mesmo resultado final. ORDEM DE GRANDEZA “Muitas vezes, a0 trabalharmos com grandezas fisias, no hé necessidade ou interesse em conhecer, com precisio, 0 valor da grandeza. Nesses casos, é sufi- ciente conhecer a poténcia de 10 que mais se aproxima de seu valor. Fssa potén- cia € denominada ordem de grandeza do niimero que expressa sua medida, isto é, ordem de grandeza de um mimero é a poténcia de 10 mais proxima deste mimero. Entdo, a ordem de grandeza de 92 € 10° porque 92 esté compreendido entre 10 e 100, mas esta mais préximo de 10°. Da mesma forma, a ordem de grandeza de 0,00022 = 2,2 10*€ 10%. Assim, conhecendo as ordens de grandeza de diversas medidas, € ficil comparé- las e podemos rapidamente distinguir a menor ow a maior dentre elas, € aquelas que sio aproximadamente iguais. Além disso, freqiientemente temos condigio de obter a ordem de grandeza sem cilculos laboriosos, mesmo no possuindo o valor da grandeza medida, como veremos no exemplo 2 a seguir. 7 Ordens de grandeza de distancias Ordens de grandeza de tempo (ems) — Ordens de grandeza de massas (em g) Nas tabelas 1-1, 1-2 € 1-3 apresentamos ordens de grandeza de (om em 10 — Distancia A galaxia mals ‘Tempo desde primeira ||;939 _ OSol afastada ous - vida na Terra aera Tasos emcee cose media dade da raga humana 10 =~ a tua Um ancduz tov . Vida média do plutdnio ° 10!5 — Tamanho do Sistema Solar Vida média do homem 10! ~ Um transatlantic Distancia da Terra a0 Sol eae joe _ UM auilograma to!» — Raio do Sot 1 ae "ym grama Raio daTerra ‘Vida média de um | rote, oe ies Altura do monte Evereste néutron livre patel deum 7 I quilémetro vemaaail ._ het to ~ Lremunde-empe {110° somo de urnlo 10° | contimetro batidas do coragio gue. Proton Espessura de um fio de 105 10°" Etétron ‘abelo ~ Tempo para a corda de um Comprimento de onda volo efecuar uma ios _ dalur Vibragio Tamanho das motéculas —_|/10-!°- Tempo médio para um organicas deomo manterse excitado ‘< acl as antes de emir pleroerre. co niclen ‘Tempo para um elétron Didmetro de uma particula || 5 ,,_ sifarem torno do g-ts__ elementar 10°'°— préton no étomo de a hidrogénio: 107°— Tempo para um préton girar dentro do nacleo Tabela I-l. Tabela 1-2. Tabela 1-3. intervalos de tempo ¢ massas, em um dominio de intervalo muito amplo, Exemplo 1 ‘S80 dadas as seguintes medidas de comprimento: < 3x10%m —4x10?m = T7x40*m 4) Qual é a ordem de grandeza de cada uma delas? CConsideremos a reta seguinte*, que representa 0 conjunto dos nimeros racionais, na qual ~assinalamas 0s pontos que representam algumas poténcias de 10. to tes 199 _ 192 ty = ee t . t aioe axto? sett "Observe que o desenho da reta fof feito em escala linea, ‘Algarismos significatives Localizando, nessa rete, as medidas fomecidas, ¢ fécll perceber qual a poténcia de 10 mais préxima de cada uma. Vemos, entéo, que 7 x 10" est compreendida entre 10 e 10°, ‘mas esté mais préxima de 10°. Logo: a ordem de grandeza de Tx 10° é 10° De maneira semelhante, temos*: ‘a ordem de grandeza de 3x 10" 6 10° ‘orem de grandeza de 4 x 10? é 10° Observe que esses resultados podem ser obtidos com rapidez (sem a preocupagéo de localzar as medidas na reta), da seguinte maneira: Na medida 7 x 10°, considerando apenas o algarismo 7, sabemos que sua ordem de ‘gandeza é 10. Logo, a ordem de grandeza de 7 x 10 seré 10%10° = 10° Podemos proceder da mesma forma para determinar a ordem de grendeza das outras medidas: 3x 10° 1x10? = 10° 4x 10° 1x10? = 10° ') Qual a ordem crescente das medidas fomecidas? E evidente, observando a ordem de grandeza de cada uma, que temos 7x10%<3x107<4x 10° Exemplo 2 Determine a ordem de gandeza do nimero de gotas de aga que cabem em uma bana. ‘Devemos, iniclalmente, determinar a orem de grandeza do volume de uma banheira comum. Evidentemente, o comprimento da banhelra estaré compreendido entre 1 m e 10 m, isto é, entre as seguintes poténclas de 10: 10°m e 10m. E facil perceber, também, que esse ‘comprimento esté mais préximo de 1 m. Logo, a ordem de grandeza do comprimento da ba- ‘nheira 6 1m ou 10? m. Com raciocinio semeinante, concluimos que as medidas, tanto da lar ‘gura, quanto da profundidade da banheira, esto mais préximas de 1 m, isto 6, a ordem de ‘grandeza de ambas é 1 m ou 10? m. Logo, a ordem de grandeza do volume da banheira é: Amximxim = 1m Para encontrar a ordem de grandeza do volume da gota de égua, podemos Imaginé:-la com a forma de um cubo. A aresta desse cubo esté compreendida entre 1 mm (10 m) € 1 cm (207 m), mas 6 claro que, para uma gota comum, essa aresta estaré mais proxima de mm. Logo, a ordem de grandeza do volume da gota é: 10° mx10°m 10% m = 10° m* ‘Aordem de grandeza do nimero de gotas que cabe na banheira seré, entéo: Am? 10°m® 10° gotas isto 6, 1 binéo de gotas! Nao devemos nos preocupar em esabelecer criti rigorosos para determinar a poténcia de 10 mais préxima do mimero, pois 0 conceito de ordem de grande7a, por sua prépria natureza, € uma avaliagi0, Sproximada, na qual no abe nenluma preocupagio com rigor matemitico, Por ess mesma rari, quan- {doo aero estveraproximadamente no meio entre duas poténcas de 10, ser indiferene escolher uma ‘ou outra para represenar a ordem de grandeza daquele nimero, as ‘Se 20 2 3 ine exelCiicios de fiXAga0 O01 Antes de passar ao estudo da préxima seccao, responda as questdes seguintes, consultando © texto sempre que julgar necessario. Cite duas vantagens de se escrever os nimeros na otagao de poténcias de 10. Complete em seu caderno as iqualdades seguintes, conforme o modelo. Modelo: cem = 100 = 10? 2) mil = ) cern mil ©) um milhao = 4) um centésimo = €) um décimo de milésimo = 1) um milionésimo ‘Compiete em seu cademo as igualdades seguintes, ‘conforme o modelo. Modelo: 3,4 x10" = 340000 a) 2x10" ) 7,5x107 b) 1,2x10° = d) 8x10% = . Usando a regra pritica sugerida no texto, escreva lem seu caderno os nameros seguintes em notago de poténcia de 10. a) 382 0) 0,042 = b) 21.200 = 2) 075= ©) 62000000 = 9 0,000069 = . a) Dados os nlimeras 3x 10° e 7 x 10, qual {eles 6.0 maior? b) Coloque as poténcias de 10 seguintes 4x10"; 2x107 e 8Xx10"'em ordem orescente de seus valores. Efetue as operacbes indicadas: a) 10° x10° a (10°) b) 408 x40 my (axso*) = 9 V16x 10° ©) 2x 10% x 4x10? = 4) 10°°:108 = e) 10°*: 10° = 1) 48x10: 1,210" = 8. Efetue as operagoes indicadas: a) 5,7x104 +2,4x104 b) 64x10" 8.1107 9. Para adicionar ou subtrair dois nimeros que esto ‘expressos em poténcias de 10, cujos expoentes ‘s80 diferentes, 0 que deve ser feito antes de efetuar a operacao? 410. Efetue es operagées indicadas: a) 1,28 10° +4 x10" b) 784x410 ~3,7 x10 11. Amassa da Terra é '5 980 000 000 000 000 000 000 000 ig, 4) Escreva esse nimero usando a notagéo de poténcia de 10. ) Qual é a ordem de grandeza da massa da Terra? 12. 0 indice de leitura no Brasil 6 de apenas 2 livros por pessoa, por ano, enquanto em paises desen- volvidos esse indice chega a 15 livros. €) Qual é a ordem de grandeza do numero de livos lidos, por ano, no Brasil? ») Qual sera essa ordem de grandeza quando atin- {irmos o indice dos paises deserwohidos? 13, Uma pessoa utiliza em média, por dia, aproxima- ddamente 200 L de dgua. a) Qual deveria ser a ordem de grandeza, em metros edibicos, do volume de um reservatério ‘capaz de fornecer gua para a populagao de ‘qualquer uma das maiores cidades do mundoy ‘durante 1 dia, sem reabastecimento? b) Quais as ordens de grandeza, em metros, de ‘cada uma das dimensées (comprimento, largura € profundidade) que vocé proporia para esse reservatorio? 1.3. algarismos significatives ALGARISMOS CORRETOS E AVALIADOS Imagine que vocé esteja realizando uma medida qualquer, como, por exemplo, a medida do comprimento de uma barra (fig. 1-6). Observe que a menor divisio da régua utilizada é de 1 mm. Ao tentar expressar o resultado desta medida, vocé percebe que ela est compreendida entre 14,3 cm e 14,4 cm. A fragio de Aigarismos significatives = ———— — milimetro que deverd ser acrescentada a 14,3 em teré de ser avaliada, pois a régua no apresenta divisdes inferiores a | mm. Para fazer esta avaliagio, vocé devera imaginar o intervalo entre 14,3 em e 14,4 em subdividido em 10 partes iguais, e, com isso, a fragdo de milfmetro, que deverd ser acrescentada a 14,3 cm, poders ser obtida com razodvel aproximagio. Na fig. 1-6 podemos avaliar a fragio mencionada como sendo 5 décimos de milimetro ¢ 0 resultado da medida poderd ser expresso como 1435 em Observe que estamos seguros em relagio aos algarismos 1, 4 3, pois eles foram obtidos através de divisoes inteiras da régua, ou seja, eles sio algarismos corretos. Entretanto, o algarismo 5 foi avaliado, isto é, vocé no tem muita certeza sobre o seu valor e outra pessoa poderia avalié-lo como sendo 4 ou 6, por exemplo. Por isto, este algarismo avaliado & denominado algarisme duvidoso ou algarismo incerto, F claro que nao haveria sentido em tentar descobrir qual o algarismo que deveria ser escrito, na medida, apés o algarismo 5. Para isso, seria necessério imaginar 0 intervalo de 1 mm subdividido mentalmente em 100 partes iguais, 0 que evidentemente & impossivel. Portanto, se o resultado da medida fosse apresentado como sendo 14,357 cm, por exemplo, poderiamos afirmar que a avaliagZo do algarismo 7 (segundo algarismo avaliado) néo tem nenhum significado e, assim, ele no deveria figurar no resultado. ALGARISMOS SIGNIFICATIVOS Pelo que vimos, no resultado de uma medida devem figurar somente os algarismos corretos e o primeiro algarismo avaliado. Esta maneira de proceder é adotada convencionalmente entre os fisicos, os quimicos e, em geral, por todas as pessoas que realizam medidas. Estes algarismos (corretos e 0 I* duvidoso) sio denominados algarismassignificativas. Portanto, algarismos significativos de uma medida sio os algarismos corretos e o primeiro algarismo duvidoso. Desta maneira, a0 efetuarmos uma medida, devemos apresentar o resultado apenas com os algarismos significativos. O resultado da medida da fig. 1-6 deve, ‘entio, ser expresso como 14,35 cm. COMENTARIOS 14 1) Se cada divisio de 1 mm da régua da fig. 1-6 fosse, realmente, subdividida em 10 partes iguais, 0 efe- tuarmos a leitura do comprimento da barra (usan- do um microscépio, por exemplo), o algarismo 5 15 passaria a ser um algarismo correto, pois iria cor- responder a uma divisio inteira da régua (fig.1-7). Neste caso, o algarismo seguinte seria o primeiro 2 | 104 FigsI-6: Ao realizarmos lume medida, obtemes elgo- rikmos corretos © um ol {rise evaliods. Figs -7: Com esta réguo, 0 ‘algoriemo 5 passaria a ser tim algoriame correto. Fig 1-8: Usondo esta ré- {tue,0 resultado de medida do comprimento deverd ter apresentado com ope- nas trésalgarismos. cc il acsc exelGi¢ios de fiXagao c: avaliado e passaria a ser, portanto, um algarismo significativo. Se nesta avaliagio fosse encontrado o algarismo 7, por exemplo, o resultado da medida poderia ser escrito como 14,357 em, sendo todos estes algarismos significativos. Por outro lado, se a régua da fig. 1-6 nao possuisse as divisdes de milimetros (fig. 1-8), apenas os algarismos 1 e 4 seriam corretos. O algarismo 3 seria 0 primeiro algarismo avaliado e o resultado da medida seria expresso por 14,3 cm, com apenas trés algarismos significativos. Vemos, entdo, que o mimero de algarismos significativos, que se obtém no resultado da medida de uma dada grandeza, dependerd do aparelho usado na medida. 2) A convengio de se apresentar o resultado de uma medida contendo apenas algarismos significativos é adotada de maneira geral, nao s6 na medida de comprimentos, mas também na medida de massas, temperaturas, forgas etc. Esta convencio é também usada ao se apresentar 0s resultados de cileulos envolvendo medidas das grandezas. Quando uma pessoa the informar, por exemplo, que mediu (ou calculou) a temperatura de um objeto e encontrou 37,82°C, vocé devera entender que a medida (ou 0 célculo) foi feita de tal modo que os algarismos 3, 7 € 8 sio corretos eo tiltimo algarismo, neste caso 0 2, ésempre duvidoso. 3) A partir deste momento, vocé pode compreender que duas medidas expressas, por exemplo, como 42 cm e 42,0 cm, nio representam exatamente a mesma coisa. Na primeira, 0 algarismo 2 foi avaliado e nao se tem certeza sobre o seu valor. Na segunda, o algarismo 2 € correto, sendo 0 zero 0 algarismo duvidoso. Do mesmo modo, resultados como 7,65 kg ¢ 7,67 kg, por exemplo, no so fandamentalmente diferentes, pois diferem apenas no algarismo duvidoso. Cleles Ge t Antes de passar ao estudo da préxima seccdo, responda as questées seguintes, consultando 0 texto sempre que julgar necessario. +14, Considerando a figura deste exercicio: apenas. Se esta pessoa Ihe disser que a velocidade €@) Coro woo expressaria o comprimento da bara AE? Seem carw-ers 23. ») Qual ¢ o algarismo correto desta medida? © 0 2) Quais os algarismos que ela leu no velocimetro algarismo avaiaco? (uauiarioa creoe? 4 ere! 1) Qual o algarismo que ela avaliou (algarismo uvidoso)? 117. A temperatura de uma pessoa foi medida usando- Exercicio 14 se dois termbmetros diferentes, encontrando-se 36,8 e 36,80, 15. O que séo algerismos significativos de uma medida? 16. Uma pessoa sabe que o resultado de uma medida ) Na segunda medida o algarismo 8 é duvidoso deve ser expresso com algarismos significativos ou correto? a) Qual € 0 algarismo duvidoso da primeira medida? Algarismos significatives ——__ = —_ 1.4. operagées com algarisimos significativos Conforme dissemos, os resultados de cileulos que envolvem medidas devem conter apenas algarismos significativos. Ao resolver exercicios de Fisica, Quimica etc., teremos que realizar operagdes envolvendo essas medidas e os resultados desses exercicios também devem ser expressos com algarismos significativos somente. Para isto, seri necessdrio observar as regras que apresentaremos a seguir. Se estas regras nio forem obedecidas, suas respostas poderio conter algarismos que nao sio significativos. ADICAO E SUBTRAGAO Suponha que se deseje adicionar as seguintes parcelas 2807,5 0.0648 83,645 525,35 Para que o resultado da adigio contenha apenas algarismos significativos, vocé deverd, inicialmente, observar qual (ou quais) das parcelas possui o menor miimero de casas decimais. Em nosso exemplo, essa parcela é 2807,5, que possui apenas uma casa decimal. Esta parcela seré mantida como esti. As demais parcelas deverio ser rmodificadas, de modo a ficar com o mesmo mimero de casas decimais que a primeira escolhida, abandonando-se nelas tantos algarismos quantos forem necessérios. Assim, na parcela 0,0648, devemos abandonar 05 algarismos 6, 4 € 8. Ao abandonarmos algarismos em um niimero, 0 ltimo algarismo mantido deverd ser acrescido de uma unidade, se o primeiro algarismo abandonado for superior a 5 e, quando inferior a 5, 0 ultimo algarismo mantido permanecers invarivel (regra de arredondamento). Entio, a parcela citada (0,0648) deveré ser escrita como 0,1 Na parcela 83,645 devemos abandonar os algarismos 4 e 5; logo, a parcela £83,645 fica reduzida a 83,6. Finalmente, na parcela 523,35, devemos abandonar o algarismo 5. Quando © primeiro algarismo abandonado for exatamente igual a 5, sera indiferente aerescentar ou nio uma unidade ao iltimo algarismo mantido. De qualquer maneira, as respostas diferirio, em geral, apenas no siltimo algarismo e isto nao tem importincia, pois ele é um algarismo incerto. Podemos, entio, escrever a parcela 525,35 indiferentemente como 525,3 ou 525, Vejamos, pois, como efetuaremos a adigio: 2807,5 permanece inalterada .. 0,0648 passa a ser escrita.. 83,645 passa a ser escrita 525,35 passa a ser escrita O resultado correto € Na subtragio, deve-se seguir o mesmo procedimento. MULTIPLICAGAO E DIVISAO Suponha que desejemos, por exemplo, multiplicar 3,67 por 2,3. Realizando normalmente a operagio, encontramos 3,67x2,3=8,441 Entretanto, procedendo desta maneira, aparecem, no produto, algarismos que nio sio significativos. Para evitar isto, devemos observar a seguinte regra: verificar qual 0 fator que possui o menor nimero de algarismos significativos e, no resultado, manter apenas um niimero de algarismos igual ao deste fator. Assim, no exemplo anterior, como 0 fator que possui o menor mimero de algarismos significativos é 2,3, devemos manter, no resultado, apenas dois algarismos, isto é, o resultado deve ser escrito da seguinte maneira: 3,67x2,3=8,4 ‘Na aplicagdo desta regra, a0 abandonarmos algarismos no produto, devemos seguir o critério de arredondamento que analisamos ao estudar a adicio. Procedimento anilogo deve ser seguido ao efetuarmos uma divisio, COMENTARIOS 1) As regras citadas para operar com algarismos significativos nfo devem ser consideradas como absolutamente rigorosas. Elas se destinam, apenas, a evitar que vocé perca tempo, trabalhando inutilmente com um grande niimero de algarismos que no tém significado algum. Assim, no sendo estas, regras muito rigidas, na multiplicagio analisada acima seria perfeitamente razoavel manter um algarismo a mais no resultado. Sao, pois, igualmente eis os resultados 3,67x23=84 ou 3,67x2,3=8,44 2) Ao contar os algarismos significativos de uma medida, devemos observar que 0 algarismo zero s6 é significativo se estiver situado a direita de um al- garismo significativo. Assim, a 0,00041 tem apenas dois algarismos significativos (4 e 1), pois os zeros nio sio significativos. 40100 tem cnc algarismos signifiativos, pois aqui os zeros so sgnificatives. (0,000401 tem té algarismossigniicativos, pois os zeros & esquerda do algarismo 4 io Sio significativ. 3) Quando realizamos uma mudanga de unidades, devemos tomar cuidado para no escrever zeros que nio sio significativos. Por exemplo, suponha que queiramos expressar, em gramas, uma medida de 7,3 kg. Observe que esta medida possui dois algarismos significativos, sendo duvidoso o algarismo 3. Se escrevéssemos 7,3 kg =7300g estarfamos dando a idéia errdnea de que 0 3 € um algarismo correto, sendo Ultimo zero acrescentado 0 algarismo duvidoso. Para evitar este erro de interpretagao, langamos mao da notagao de poténcia de 10 e escrevemos 7,3 kg=7,3x10'g Algarismos significatives 4 Desta maneira, a mudanga de unidades foi feita e continuamos a indicar que 0 3 € 0 algarismo duvidoso. Finalmente, chamamos sua atengio para alguns nimeros que encontramos ‘em f6rmulas (na Matemética ou na Fisica) que ndo sfo resultados de medida ¢, para os quais, portanto, nio teria sentido falar em niimero de algarismos significativos. Por exemplo, na férmula que fornece a érea A de um tringulo de base be altura 4, bxb A 2 se b for medido com trés algarismos significativos e b com cinco algarismos, significativos, a drea, como jé sabemos, deveri ser expressa com trés (ou quatro) algarismos. © mimero 2 nao foi obtido através de medida e, assim, no deverd ser levado em consideragio para a contagem dos algarismos significativos do resultado. (Os mesmos comentarios aplicam-se a outros mimeros tais como 0 niimero da placa de um automével, de um telefone etc. eibuacke @xel"icios de fixagae ©. ntes de passar ao estudo da préxima seccdo, responda as questdes seguintes, ae consultando texto sempre que julgar necessario. 18. Lembrando-se da “regra de arredondamento", ‘escreva em seu cademo as medidas seguintes ‘com apenas trés algarismos signficativos: a) 422,320? —) 3,428g 0) 16,158 19. Uma pessoa deseje realizar a seguinte adigao, de tal modo que o resultado contenha apenas algaris- 10s signficativos: 27,48 cm+2,5 om 4) Qual das parcelas permanecerd inalterada? 'b) Como devera ser escrita a outra parcela? ©) Qual 6 o resultado da adigao? 20. Para efetuar a muttiplicago 342,2x1,14 responda: a) Qual dos fatores possui 0 menor numero de algarismos signficativos? b) Com quantos algarismos devemos apresentar 0 resultado? ©) Escreva o resultado da multiplicagao com alga- rismos signficativos apenas. ) Seria aceitével apresentar 379,8 como resuita- do desta multiplicacso? e 379,84? 21. 22. 23. Quantos algarismos signiicativos hé em cada uma das medidas seguintes? a) 702m, ) 36,00 hg ©) 0,00815 m 4) 0,05080 L ‘Ao medir 0 comprimento de uma estrada, uma pessoa encontrou 56 km. a) Qual o algarismo duvidoso desta medida? b) Seria aceitével escrever esta medida como 56 000 m2 ©) Qual a maneira de expressar esta medida em metros, sem deixar dividas quanto aos ‘algarismos signficatvos? (© volume de um cone & dado pela expresso Axh 3 ‘onde A 6 a érea de sua base e h 6 sua ature. Para um ‘dado cone temos A= 0,302 m? e h=1,020m. ‘Com quantos algerismos vocé deve expressar 0 volume deste cone? v ME 2c. Este enorme oparelho fol construido pelo astrénomo dinamarqués Tyeho Brohe, rho século XVI, com 0 abje- tivo de realizar culdedoras medidas das posicses de corpos eelestes no decorrer {do ono. Estas medides eran ‘obtides com uma extraor- inéria precisdo, demons ‘rando ¢ enorme habildade ‘experimente! do fomoro ‘ortrénomo, bt area um tépico especial para voce aprender um pouco mais 1.5. A origem do sistema métrico A IMPORTANCIA DAS MEDIDAS Para descobrir as leis que governam os fendmenos naturais, os cientistas, devem realizar medidas das grandezas envolvidas nestes fendmenos. A Fisica, em particular, costuma ser denominada “a ciéncia da medida”. Lord Kelvin, grande fisico inglés do século XIX, salientou a importincia da realizagio de ‘medidas no estudo das ciéncias por meio das seguintes palavras:, “Sempre afirmo que se vocé puder medir aquilo de que estiver falando ¢ conseguir expressi-lo em niimeros, vocé conhece alguma coisa sobre 0 assunto; mas quando vocé néo pode expressi-lo em mimeros, seu conhecimento é pobre e insatisfatério... ‘Como sabemos, para efetuar medidas é necessério escolher uma tnidade para cada grandeza. O estabelecimento de unidades, reconhecidas internacionalmente, € ‘também imprescindivel no comércio e no intercimbio entre os paises. UNIDADES ANTERIORES AO SISTEMA METRICO Antes da instituigao do Sistema Métrico Decimal (no final do século XVID, as unidades de medida eram definidas de mancira bastante arbitraria, variando de um pafs para outro, dificultando as transagBes comerciais ¢ 0 intercimbio cientifico entre eles. As unidades de comprimento, por exemplo, ram quase sempre derivadas das partes do corpo do rei de cada pais: a jarda, 0 pé, a polegada etc. (fig. 1-9). Até hoje, estas unidades so usadas nos paises de [ingua inglesa, embora definidas de uma maneira moderna, através de padres. o ‘Algarismos significatives Podemos destacar ainda outra inconveniéncia das unidades antigas: seus miltiplos e submiltiplos nao eram decimais, o que dificultava enormemente a realizagao das operagées matemiticas com as medidas. Até recentemente, os estrangeiros, na Inglaterra, encontravam grande dificuldade em operar com a ‘moeda inglesa porque o sistema monetirio britinico néo era decimal (1 libra valia 12 sbillingsc 1 shilling valia 20 pence). © SISTEMA METRICO DECIMAL As inconveniéncias que acabamos de apontar levaram alguns cientistas dos séculos XVII e XVII a propor unidades de medida definidas com maior rigor ¢ que deveriam ser adotadas universalmente. Estas diversas propostas, embora rio tivessem obtido uma aceitagio imediata, acabaram por dar origem 20 cestabelecimento do Sistema Métrico, na Franga. A assinatura do decreto de 7 de abril de 1795, que introduziu este sistema, foi uma das mais significativas contribuigdes da Revolugio Francesa. ‘As principaiscaracteisticas do Sistema Métrico Decimal, entio proposto, eram: 1) como o seu nome indica, o sistema era decimal; 2) 05 prefixos dos miiltiplos e submiltiplos foram escolhidos de modo racional, usando-se prefixos gregos e latinos (quilo = 10’, mili = 10°, deca = 10, deci = = 10" etc.); 3) a‘Terra foi tomada como base para a escolha da unidade de comprimento: ‘© metro foi definido como sendo a décima milionésima (10°) parte da distincia do Equador ao pélo (fig. 1-10). Esta distincia foi marcada sobre uma barra de platina iridiada ~ 0 metro padrio — até hoje conservada em ‘uma reparticio de pesos e medidas em Paris (ig. 1-11). ee) OT Picea iting SS ———— — ane Fig. I-11: Cépia da barra de platina iridiada que constitul o metro padrdo. Exté guardada nna Repartieao Internacional de Pesos e Medidas, em Peris. originalmente, ‘como sendo 10” do dis- tancla entre o pélo eo Equador terrestre, M2 A implantagio do Sistema Métrico, na prOpria Franca, foi cercada de grandes dificuldades, pois, como era de esperar, a populagio reagiu 4 mudanga de hibitos jé arraigados aos seus costumes didrios. Em virtude da reaga0 popular, Napoleio Bonaparte, entio imperador dos franceses, assinow um decreto permitindo que as unidades antigas continuassem a ser usadas, mas, 20 ‘mesmo tempo, tornando obrigatério o ensino do Sistema Métrico nas escolas. Finalmente, em 1840, uma nova lei tornava ilegal 0 uso de qualquer unidade nfo pertencente a0 Sistema Métrico, ficando, assim, definitivamente implantado na Franga 0 novo sistema. Por esta época, o Sistema Métrico jé se tomnara conhecido em outros paises ¢, em 1875, realizava-se em Paris a célebre Convengio do Metro, na qual 18 das ‘mais importantes nagdes do mundo se comprometiam a adoté-lo. A Inglaterra ‘nfo compareceu 4 reunizo, negando-se a usar as unidades desse sistema. © SISTEMA INTERNACIONAL DE UNIDADES ‘A partir de entio, 0 uso do Sistema Métrico foi se espalhando gradualmente por todo o mundo, Novas unidades para medir outras grandezas, conservando as ‘mesmas caracteristicas usadas na definicio do metro, foram sendo incorporadas 40 sistema, Entretanto, a precisio dos padrées estabelecidios no século passado nfo era suficiente diante do grande desenvolvimento cientifico do século XX. ‘Assim, os cientistas perceberam a necessidade de uma reestruturagao do Sistema ‘Métrico e, em 1960, durante a 11* Conferéncia de Pesos e Medidas, também realizada em Paris, foi formulado um novo sistema, denominado Sistema Internacional de Unidades (S.L). Deve-se observar que o SII € ainda baseado no Sistema Métrico Decimal, mas suas unidades sio definidas de maneira mais rigorosa ¢ atualizada (em nosso curso de Fisiea, usaremos quase que exclusivamente as unidades deste sistema). Atualmente, o Sistema Internacional de Unidades € aceito universalmente e mesmo nos paises de lingua inglesa (onde até hoje as unidades libra, pé, polegada etc. sio usuais) tem sido feito um grande esforco para sua adogio, nao s6 nos trabalhos cientificos como também pela populagio em geral. -[cies Ge { ieib acdc @xell€icies de fixag&e o.. LE Lue 1. Usando a notagéo de poténcia de 10, expressar: 1) Uma area de 2 km? em om. 'b) Um volume de 5 cm? em m. ©) Um volume de 4 L em mm?. 4) Uma massa de 8 gem kg. -vesuce problemas e teStes |>).(2! C11: Tercoira experiéncia Vocé jé conhece, de seu curso de Matematica, algumas, formulas que permitem calcular o volume de corpos com formas geométricas simples (esfera,clindro, cubo ete. Entretanto, nao é possivel encontrar uma formula que ‘nos permita determinar 0 volume de um corpo de forma inregular, como uma pedra, por exemplo. Isso, porém, pode ser feito experimentalmente com bastante faci dade, da seguinte maneira: 1) Tome 0 objeto cujo volume vocé quer determinar (uma pedra ou outro objeto sdlido e macigo ‘qualquer). Procure obter um recipiente graduado (em. Unidades de volume) e coloque um certo volume de ‘gua dentro dele. Anote o valor do volume. 2) Introduza o objeto no recipiente. O objeto deve ficar totalmente imerso na Sgua. Faca a letura do volume Correspondente a0 novo nivel da agua (volume da ‘gua + volume do objeto). 3°) A partir de suas medidas, determine 0 volume do ‘objeto regular (observe os algarismos significativos). Observagies, 2) Se voce quiser obter um resultado mais preciso, se um recipiente no qual o nivel da agua sofra um deslocamento apreciével quando 0 objeto & Introduzido nele e faga as lelturas desses niveis ‘com bastante cuidado. b) Se no conseguir um recipiente graduado, vocé Poderd usar uma seringa de injegéo para medi 0 volume de égua deslocado quando 0 corpo foi introduzido no recipiente (procure, vocé mesmo, uma maneira de medir esse volume usando & serings). 2. Entre as poténcias de 10 seguintes 10” 10" 40° 10° 10° escolha aquela que voos julga estar mals préxima 2) da populacao do Brasil. ») da populagéo do mundo. 3. Determine o resultado da expresso seguinte: 408 x 10? x v0" Go") 4, @) Supondo que o préton tenha a forma de um cubo, cuja aresta 6 10° om, calcule 0 seu volume. ') Considerando que a massa do proton é 10 g, determine a sua densidade (a densidade de um corpo é obtida dividindo-se a sua massa pelo ‘seu volume). 5. Colocando-se cuidadosamente, sobre a superficie de um tanque d'gua, uma gota de éleo, cujo volume 6 V=6x407cm®, ela se espalha, formando uma camada muito fina, cuja area 6 A=2x10' om. Calcule a espessura desta camada de 6leo. 6. Observe os apareihos mostrados na figura deste problema. 2) Qual a maneira adequada de expressar a leitura do velocimetro? Qual é 0 algarismo avaliado? ) Qual a maneira adequada de expressar a leitura da balanca? Qual o némero de algarismos significativos desta leitura? Problema 6. 7. Para testar sua capacdade de percepgo de valores de ‘algumas grandezas, resoha as seguintes questtes: €) Procure colocar suas méos separadas por uma distncia que voc’ considera igual a 1m. Em seguida, pega a um colega para medir essa disténcia. Voc8 conseguiu avaliar razoavelmente ‘bem a distancia de 4m? by Observe a fotografia da fig. 1-11. Sem o auxilio de qualquer aparetho de medida, avalie a érea dessa fotografia em cm*. Em seguida, medindo as dimensées da foto, calcule a sua area, A avaliagao que vocé fez fi razodvel? ©) Segurando em sua mao um objeto qualquer (este livvo, por exemplo), procure avaliar a sua ‘massa (em gramas ou em quilogramas). Em seguida, determine a massa do objeto em uma balanga e verifique se sua avaliagdo fol préxima do valor fornecido pelo aparelho. CObservagéo ~ As atvidades propostas em (a, (be c) deste problema podem ser feta por um grupo de estudantes como se fosse um jogo, para verificar aquele que consogue melhores avalagbes. 8 Em cada uma das figuras deste problema so apresentadas situagdes nas quais a pessoa est ‘cometendo uma fata. Procure identiicar quais 630 esses falhas. 9. Em cada uma das figuras deste problema existem ‘eros nas interpretagdes das leituras dos aparelhos, rmostrades. Procure identific-los. “Aeorente 6 0,13A" “A oltagem 6024\." 410. a) Mega o tempo necessério para o coragéo efe- tuar 100 batidas. Use um cronémetro ou um re- 460 com ponters de segundos e expresse 0 re- sultado com 0 nimero adequado de algarismos significatos. ) Apart do valor obtido em (a), determine o inten de tempo entre duas batidas consecutas (observe 0s algarimos signicetivs). 32 a 32 11. Um trem viaja registrando os seguintes intervalos de tempo entre as diversas estagdes de sua rota: deAateB:2,63h de Caté D:0,873h deBatéC:8,2h de DateE: 3h Como vocé expressaria coretamente 0 tempo que 0 trem gastou! 2) Para ir da estagaoA até a estagao C? ) Para irde B até D? ©) No percutso total? 12, Efetue as operacdes indicadas a seguir de tal modo que 0 resultado contena apenas algaris mos significatwos: 2) 8,20 x 10° + 5,4 x 10% = b) 3,72 10" - 2,65 x 107 13. Antes de efetuar as operagies seguintes, expresse os ‘nlimeros em notagao de poténcia de 10. Calcule o resultado, lembrando-se dos algarismos signficativos. ey; 100 0,035, ) 0,052x 0,0084 420 14, Quais das igualdades seguintes apresentam 0 resultado expresso adequadamente em relagao 4208 algarismos significativos? (Nao é necessério fefetuar as operagées, pois os resultados esto nnumericamente corretos.) a) 150x109 x2,0x10* = 3x10 b) 3,41 x 10° — 5,2 x 10? = 3,44 x 10° ©) 1,701 x2,00x 107 = 3,410 ) 9,2x 10°:3,0%10? =3,1 x10 Uler queStGes de vestibular Guchuc cv 15. Desejando construir um modelo do sistema solar, lm estudante representou 0 Sol por meio de uma bola de futebol cujo raio é igual a 10 cm. Ele sabe que 0 raio do Sol vale, aproximada- mente, 10° m. 2) Se 0 rai da Tera 6 cerca de 10% m, qual deve ‘ser 0 ralo da esfera que vai representé-la. no modelo? ») Considerando-se que a distancia da Terra a0 Sol é 10 m, a que distancia da bola de futebol 0 estudante deverd colocar a estera ‘que representa a Terra? 116. 0 ano-luz 6 uma unidade de comprimento usada para medir disténcias de objetos muito afastados de nds (como as estrelas, por exemplo). 2) Faca uma pesquisa para descobrir qual 0 valor de 11 ano-luz e expresse este valor em km, usando @ notagéo de poténcia de 10, ') Procure saber qual é, em anos-luz, a disténcia até a estrela mais préxima da Terra. Expresse ‘esta distncia em km. 117. A escala de uma balanga esta dividida de 1 kg em ake. 2) Com quantos algarismos significativos voce ‘obteria 0 seu peso nesta balanga? ) Qual seria sua resposta para a questdo anterior ‘se voce pesasse mais de 100 quilos? ©) Se voo8 colocar, nesta balanga, um pacote de ‘manteiga (cerea de 200 g), como voce expressaria alleitura da balenga? ce VES As questées de vestibular se encontram no final do livro. 9 ~~ c eo C g 3 = Movimenta retilines 2.1. introdugao No capitulo anterior, estivemos tratando de assuntos introdutérios, necessérios a0 desenvolvimento de nosso curso. Neste capitulo, comega- remos 0 curso de Fisica propriamente dito € daremos os primeiros passos parao estudo da Mecinica, iniciando-o com a Cinemitica. (© QUE SE ESTUDA NA CINEMATICA Quando estudamos Cinemtica, procuramos descrever os movimen- tos sem nos preocuparmos com suas causas. Por exemplo: analisando 0 ‘movimento de um carro, diremos que ele esti se movendo em uma estrada reta, que sua velocidade é de 60 km/h, que, em seguida, ela passa para 80 km/h, que ele descreve uma curva etc., mas no procuraremos explicar ‘as causas de cada um destes fatos. Isto seré feito a partir do cay quando estudaremos as leis de Newton. © QUE E UMA PARTICULA E comum, ao estudarmos o movimento de um corpo qualquer, traté- lo como se ele fosse uma particula. Dizemos que um corpo é uma particula quando suas dimensdes sio muito pequenas em comparacio com as de- mais dimensdes que participam do fenémeno. Por exemplo: se um auto- mével, de 3,0 m de comprimento, se desloca de 15 m, ele nio poderé ser considerado como uma particula, mas, se este mesmo automével viajar de uma cidade a outra, distanciadas de, digamos, 200 km, o comprimento do automével é desprezivel em relagio a esta distancia e, assim, neste caso, 0 automével poderé ser tratado como uma particula (fig. 2-1). Quando um corpo pode ser tratado como uma particula, o estudo de seu movimento simplifica-se bastante. Por este motivo, sempre que nos referirmos 20 movimento de um objeto qualquer (salvo se for dito 0 con- twirio), estaremos tratando-o como se fosse uma particula. A A A © MOVIMENTO £ RELATIVO = zs eS Suponha que um aviio, voando = horizontalmente, solte uma bomba (fig. 2-2). Se vocé observar a queda da bomba de dentro do aviao, voce vera que ela cai ao longo de uma reta vertical. Entretanto, se vocé estivesse parado so- bre a superficie da Terra (em B), obser- vando a queda da bomba, vocé veria que ela, a0 cais, descreve uma trajetéria cur- va, como mostra a fig. 2-2. No primeiro caso, dizemos que o movimento da bom- ba estava sendo observado com o refé- $80 despreziveis em com- paracao com as demals ddimensbes do problema. ac. rencial no avido e, no segundo caso, com 0 referencial na Terra. Este exemplo nos mostra que ‘0 movimento de um corpo, visto por um observador, depende do referencial no qual o observador esta situado. Em seu cotidiano, vocé encontra virios outros exemplos desta dependéncia do movimento em relagio ao referencial. Examinemos 0 caso da fig. 2-3: 0 observador B, sentado em um trem de ferro (que se movimenta sobre os trilhos) e 0 obser- vador A, parado sobre a Terra, observam uma lémpada presa 20 teto do vagio. Para 0 observador 4, a limpada e o observador B esto em movimento, juntamente com o trem. Entretanto, sob © ponto de vista do observador B, a lampada e o trem encon- tram-se em repouso, enquanto o observador A esti se des- locando em sentido contrério a0 do movimento do trem sobre a ‘Terra. Em outras palavras, B se movimenta para a direita em relagio ao observador A, e A se movimenta para a esquerda em relagao ao obseroador B. Outro exemplo importante da dependéncia do movimento pacitiem Rictscao sk, emrelagio ao referencial é 0 case deve tee que a Tem gira em torno do Sol. Serveder 8, mas em movie Isto é verdade se o referencial estiver no Sol, isto €, se 0 observador se imaginar ‘mento em relas8o a0 0b- situado no Sol, vendo a Terra se movimentar. Entretanto, para um observador enter na Terra (referencial na Terra), 0 Sol é que gira em torno dela. Assim, tanto faz dizer que a Terra gira em torno do Sol, ou que o Sol gira em torno da Terra, desde que se indique corretamente qual o referencial de observagio. O astronomo Copérnico (séc. XVI) o fisico Galileu (sé. XVII) tinham uma visio clara destas idéias, mas a maioria de seus contemporineos nio chegava a compreendé-las e, por isto mesmo, Galilen foi vitima de perseguigdes, forcado a comparecer perante 0 Tribunal da Inquisigio e obrigado a afirmar que a Terra no poderia estar girando em tomo do Sol. Quase sempre nossos estudos de movimentos sio feitos supondo o referencial na Terra (0 observador parado na superficie da Terra), Toda vez que cestivermos usando outro referencial, isto seré dito explicitamente. y c @xelCicios de fiXAgao exel-Cicics de i Antes de passar ao estudo da préxima seco, responda as questdes seguintes, consultando 0 texto sempre que julgar necessario. 1. Adisténcia da Terra ao Sol & cerca de 10* vezes maior do que o diémetro da Terra. Ao estudarmos 0 movimento da ‘Terra em tomo do Sol, vocé acha que podemos traté-la como uma particula? 2. Um satiite artificial, de 40 m de raio, esté girando em tomo da Terra a uma altura de 500 km. Sabe-se que 0 raio da Terra vale cerca de 6 000 km. No estudo deste movimento: 2) A Terra poderé ser considerada uma particula? b) Eo satelite? Movimente retilines ——— 7 3. Dois carros A e 8 deslocam-se em uma estrada plana e reta, ambos no mesmo sentido. O carro A desenvolve 660 kewh e 0 carro B, um pouco mais frente, desenvolve também 60 krvh. 2) A distincia entre A @ B esté variando? ) Para um observador em A, 0 carto B esté parado ou em movimento? ‘4, Uma pessoa, na janela de um énibus em movimento, solta uma pedra, que cai em diregao 20 solo. a) Para esta pessoa, qual é a trajetria que a pedra descreve ao cair? ') Para uma pessoa parada sobre o solo, em frente & janela, coro seria a trajetéria da pedra (faga um desenho)? ©) Procure verficar suas respostas, reproduzindo experimentalmente a stuagao desorita neste exercci. 2.2. Movimento retilineo uniforme DISTANCIA, VELOCIDADE E TEMPO Quando um corpo se desloca com velocidade constante, a0 longo de uma trajetéria retilinea, dizemos que 0 seu movimento € retilineo uni (@ palavra “uniforme” indica que o valor da veloci- dade permanece constante) ‘Como exemplo, suponhamos um automével movendo-se em uma estrada plana e reta, com seu velocimetro indicando sempre uma velocidade de 60 km/h. Como vocé sabe, isto significa que em 1,0 ho carro percorrera 60 km Este avldo se desloce a0 em 2,0 ho carro percorrers 120 km fangs de sens trojeettio em 3,0 ho carro percorrera 180 km ete. Observe que, para obter os resultados mencionados, voc@ intuiti- vamente foi acrescentando 60 km a cada acréscimo de 1,0 h no tempo de percurso. Vocé poderia, entio, chegar aos mesmos valores da distancia percorrida multiplicando a velocidade pelo tempo gasto no percurso. Portanto, representando por da distancia percorrida vavelocidade (constante) 1 0 tempo gasto para percorrer a distancia d podemos escrever Evidentemente, esta equacZo se aplica mesmo no caso de a traje- t6ria nio ser retilinea, como na fig. 2-4, mas nfo se esqueca de Fig.2-4:Pord o movimen- que ela é vélida somente quando o valor da velocidade perma- eee Shae necer constante. ia 6 curve, Fig.S: Exe gréfico nos mos- ‘ra que o valor da velocdade permaneceu constante di runte.o movimento. Fig2-:Poro.o exemple |. GRAFICO VELOCIDADE x TEMPO (v x *) Considere que 0 automével representado no alto da fig. 2-5 esteja se deslocando em movimento uniforme, com uma velocidade v= 60 km/h e que esta velocidade seja mantida durante um tempo t= 5,0h, Para construir 0 gréfico da velocidade deste carro em fungio do tempo (grifico 2 x r, que se Ié “v versus ¢”), devemos tracar dois eixos perpendiculares para representar estas grandezas (como voce jf deve saber do seu curso de Matemitica). Na fig. 2 ~ no eixo horizontal representamos diversos valores do tempo f; ~ no eixo vertical representamos os valores da velocidade v corres- pondentes a cada valor do tempo r. Quando comegamos a contar o tempo (¢=0), 0 carro jf possuia a velocidade v = 60 km/h. O ponto d da fig. 2-5 mostra este fato, pois nos eixos das velocidades (eixo vertical) a distincia 40 representa um valor de 60 km/h. Apés decorrido um tempo t = 1,0h, carro continua com uma velocidade v = 60 km/h e isso é indicado pelo ponto B do grafico, cuja altura acima do eixo horizontal é a mesma do ponto A. 30m No instante 1 = 2,0 h, a velocidade do carro seré representada pelo ponto Cdo grafico, ainda na mesma altura acima do eixo dos tempos. Evidentemente, nos instantes seguintes os pontos D, E e F, que representam a velocidade em cada instante considerado, estariam também situados sobre a reta horizontal que passa pelos pontos A, Be C (veja fig. 2-5). Suponhamos que este carro tenha se movimentado durante 5,0 h, percorrendo, pportanto, uma distancia d = 300 km. Se calcularmos a iirea sob o grifico, mostrado na fig. 2-5, obteremos 60 x 5 = 300, isto ,o valor da distancia percorrida Aprendemos, assim, que no movimento uniforme © grafico v x # é uma reta paralela ao eixo dos tempos © que a drea sob este grifico nos fornece o valor da distancia percorrida, Exemplo 1 Um eutomével move-se em uma estrada, de tl modo que o grafico vx t sea como 0 a ng. 2-6. : ee 2) Desereva © movimento do automével. 0 gréfico nos mostra que 0 movimento fol observado durante um tempo total de 4,0 n. Quando foi iniclada a contagem do tempo (instante inicial t = 0), 0 auto- ‘mével jé estava se movendo com uma velocidade de 30 km/h. Ele manteve esta velocidade durante 1,0 h. No instante t=1,0h, 0 motorista apertou o acele- rador e sua velocidade aumentou brus- camente para 90 km/h. Na realidade, uma mudanga instanténea na velocida- de, como neste caso, ndo 6 possivel, Entretanto, se a mudanga for muito répi- a, a situagao real diferiré muito pouco daquela mostrada no gréfico e esta dl- ferenga nao precisaré ser consideradé 39 Movimento rei A pantr deste instante, o gréfico nos diz que o carro manteve sua velocidade de 90 km/h du- ‘ante 2,0 h, isto 6, até 0 instante t = 3,0 N, Neste instante, 0 motorista calcou o frelo e a velocidade calu rapidamente para 60 km/h, mantendo-se constante durante 1,0 h (até 0 instanve t = 4,0h). ) Qual fol a dist€ncia percorrida pelo automével durante o tempo em que foi observado? E evidente que 0 movimento do automével néo & uniforme, pols 0 valor de sua velocidede so- fre variagées durante o percurso. Portanto, a equagdo d = vt néo poderia ser usada para calcularmos d. Entretanto, 0 movimento pode ser dividido em partes, em cada uma das {quais a velocidade nao variou e onde a equacao d = vt se aplica. Assim, de t = 0 até {= 1,0 h, quando a velocidade se manteve constante e igual a 30 kmyh, teriamos uma dis- tdncla percorrida d, dada por 6-20! x3,0n endo 6 = 304 De modo andlogo, encontramos a distancia d, perconida enve t=1,0he t=3,0hea disténcia d, percorida entre t = 3,0he t= 4,0 = 904 x2,0h donde dy d= 60" x1,0n donde dy = 60 en Ccada uma destas alsténclas percorridas corresponde a uma certa érea sob 0 gréfico vxt © estéo todas indicadas na fig. 2-6, A disténcia total procurada seré dada por a d+d+d, ud = 270km sta afstancia comesponde, na fig. 2-6, & rea total sob o grfico, desde t = 0 até = 40h, Portanto, vooé jd comegou @ encontrar movimentos nos quais a equagdo d = vt néo pode ser ‘aplicada diretamente, mas verfcou que a érea sob o gréfico vt, mesmo neste movimento ‘mais complicado, continua a nos fomecer a disténcia percorida pelo mével Exemplos de tojetéries curilineas: ) Vrtas da Terra, a5 estrlasdeserevem troetérascreulares no cu, que foram repitrader por umo cimara fotografia cuje objetiva fol Imontide aberta durante um certo tempo. b)A trajetéria de uma bola langade abliquamente no espaco (préximo 2 Terre) é ume curva denominada perabole. i i 8 e i i Estudantes usondo compu- tador no laboratérie para ‘analizar 0 movimento de lum corpo, © QUE SIGNIFICA UMA VELOCIDADE NEGATIVA Quando um corpo se desloca em uma trajet6ria, costumamos con- vencionar um dos sentidos do movimento como sendo positivo; o outro sentido, entio, seré considerado negativo. Assim, para um automével que se move ao longo de uma estrada, podemos considerar como positivo 0 sentido no qual o carro afasta-se do inicio da estrada (sentido de eresci- mento da indieagio dos marcos quilométricos). Se o automével estiver se aproximando do comego da estrada, dizemos que ele esti se movendo no sentido negativo. No primeiro caso, a velocidade do carro seria conside- rada positiva e, no segundo, ela seria negativa, Portanto, quando dizemos que a velocidade de um carro é de ~ 60 km/h, devemos entender que ele esti se movendo a 60 km/h, no sentido convencionado como negativo, ATENCAO PARA AS UNIDADES Se a velocidade de um corpo vale v = 30 km/h e vocé deseja calcular a distincia que ele percorreu durante um tempo t = 3,0 h, jé sabemos que: 4 = ot = 30487 13,04 = 90 Observe que a unidade de tempo simplifica-se ao realizarmos a multiplicacao. co resultado é expresso corretamente em km, que é uma unidade de distancia, Mas, se o valor da velocidade for, por exemplo, v = 60 m/min (0 corpo percorre 60 mem cada minuto) e o tempo decorrido for t = 15 s, a operagio no poderia ser realizada, pois terfamos = 60 x155 d= e vemos que, a0 contririo do caso anterior, nao é possivel simplificar as unidades de tempo. Estamos nos deparando, pela primeira vez, com um problema que muitas vezes teremos de enfrentar, tanto na vida pritica quanto durante 0 nosso curso: operar com unidades diferentes, usadas para medidas de uma mesma grandeza. CChamamos sua atengio para que observe as unidades, antes de efetuar qualquer operagio e, ocorrendo o fato citado, vocé deverd reduzir uma unidade a outra. Assim, para calcular a distancia percorrida, vocé deveré expressar o intervalo dé tempo de 15 s em minutos, ou expressar a velocidade de 60 m/min em m/s. Na primeira hipétese, basta lembrar que I min = 60 s, logo 15 s = 0,25 min, donde 60 Tg 025 mi = 15 m Na segunda opgio, veja como vocé deverd proceder: d=u m m_19m 2607 S005 LO isto é, a velocidade de 60 m/min corresponde a 1,0 m/s. Desta maneira, a 0 x15, ee Evidentemente, os dois célculos efetuados sio equivalentes e nos levam a0 mesmo valor da distincia percorrida. Sm Movimento retilines: —_ GRAFICO DISTANCIA x TEMPO (d t) Consideremos um automével deslocando-se em uma estrada reta com uma velocidade constante ¥ = 20 mV/s, Usando a relagio d = v-t, podemos calcular a distancia d que ele percorre para diversos valores do tempo ¢ decorrido a partir do instante £ = 0 (inicio da contagem do tempo). Obtemos a seguinte tabela: [Tempo (5) o 1 2 3 4 5 [Distancia (m) o 2 ©40 ©=—60 S000 Observe, pela tabela, que, quando o valor do tempo ¢é duplicado (por exemplo, de 1, = 1s para t = 25), 0 valor da distancia d tam- bém duplica (de d, = 20m para d, = 40m). Do mesmo modo, quando ¢ € triplicado, d também é multiplicado por 3 e, assim, suces- sivamente. Quando isto ocorre com duas grandezas quaisquer, isto é, 20 multiplicarmos uma delas por um certo mémero a outra fica mul- tiplicada por este mesmo ntimero, dizemos que estas grandezas variam de modo diretamente proporcional (uma grandeza é direta- mente proporcional & outra). Portanto, no exemplo que estamos analisando, a distancia d é diretamente proporcional ao tempo f isto ‘corre sempre que o movimento € uniforme. Entdo, temos: Em qualquer movimento uniforme (v = constante) a distancia d percorrida por um objeto é diretamente proporcional ao tempo t decorrido neste percurso. Este fato é representado matematicamente pela relacio d« t, onde o simbolo « significa “é proporcional a”. ‘Com os valores da tabela podemos tracar o gréfico d xt para este movi- mento, obtendo o resultado mostrado na fig. 2-7-a. Observe que: ~ 0 primeiro ponto marcado no grifico a origem O dos dois eixos, porque, quando t = 0, temos também d = 0. ~o segundo ponto marcado (ponto A) indica que até o instante t, = havia percorrido uma distincia d, = 20 m. s ocarro, ~0 terceiro ponto marcado (ponto B) indica que até o instante ¢, havia percorrido uma distincia d, = 40 m etc. s o-carro Unindo os pontos marcados, vemos que eles estio situados sobre uma reta. Pode-se mostrar que isto ocorre sempre que a velocidade do movimento & cons- tante. Destacamos entio: Em qualquer movimento uniforme, grifico distancia x tempo & wma reta que passa pela origem dos eixos. Sempre que uma grandeza Y for diretamente proporcional a uma grandeza X,0 grifico ¥ x X seré uma reta passando pela origem. 1 23 4 8 te Fig.2-7a:Gréfico d x «pare ‘um movimento uniforme. a a2 er INCLINAGAO DO GRAFICO No grifico d x da fig. 2-7-a, tomemos dois pontos quaisquer, como 4 ¢ D, por exemplo, Esses pontos do grafico correspondem a dois pontos diferentes da trajet6ria do carro, separados pela disténcia que ele percorreu em um certo intervalo de tempo. Para os pontos A e D considerados, é facil ver que temos (ob- servando 0s eixos): ~ intervalo de tempo = 45-15 =35 ~ distincia percorrida = 80 m - 20 m = 60 m Em Matemética, a variagao de uma grandeza qualquer ¢ representada pelo simbolo da grandeza, precedido da letra grega A (delta). Assim, Ar representa a variagio no tempo f e Ad representa uma variagio na distancia percorrida d. Logo, na situagio que estamos analisando, teremos: ‘At = 3s (intervalo de tempo entre 1 se 4s) ‘Ad = 60 m (distincia percorrida naquele intervalo) ‘Observe os valores de Ar e Ad indicados na fig. 2-7-2 ‘Uma grandeza muito importante no estudo dos grificos € a sua inclinagio. Para o caso do grafico d x r temos, por definigzo: Caleulemos, entio, a inclinagio do gréfico da fig. 2-7-a. Temos: Ad _ 60m inclinagio= 44 = 62™ gy inclinagio=20:m/s Hinagio = = ou inclinags Como vemos, este valor coincide com o valor da velocidade do automével (v=20 m/s). Este resultado poderia ser previsto porque, quando calculamos 2 inclinagdo do gréfico, estamos obtendo o quociente entre a distincia percorrida por um mével e o tempo gasto para percorrer esta distincia, Esse quociente repre- senta exatamente o valor da velocidade no movimento uniforme. Entio, temos: ‘A inclinagao do grafico dx t para um movimento uniforme nos fornece o valor da velocidade desse movimento, isto é, Exemplo 2 Um carro, em movimento uniforme, percore: em 4,0 h—60 km em 2,0h—420 km ol 10 20 30 40 tm em 3,0hh—180 km Fig.2-Tb: Paro o exemplo2 em 4,0h—240 km 8) Construa o grafico d x t para este carro. Escolhendo uma escala apropriada e marcando os pontos correspondentes aos pares de valo- res de te d, obtemos uma reta passando pela origem (fig. 2-7-0), como jé era esperado. ) A partir do gréfico, calcule a velocidade do carro. ‘Como jé foi dito, a velocidade é dada pela inclinagéo do grafico d x t, isto é ea at Esealhendo dots pontos quaisquer da fig. 2-7-b, como, por exemplo, os pontos A e B, ternos: At =3,0h-1,0h=20h ‘Ad = 180 km ~ 60 km = 120 km Eno y= Bd _ 120 km donde v= 60 kwh ‘Apantr dos dados fomecidos, vocé J4 poderia ter previsto este resultado. © QUE £ POSIGAO DE UM MOVEL E SUA TRAJETORIA Voce ja deve ter observado que nas estradas existem placas, denominadas “marcos quilométricos”, indicando a distincia da posigo dessa placa até o comego da estrada (quilémetro zero). Suponhamos, entio, que um automével ‘esteja, no instante fy = 0, passando em frente A placa do “quilémetro 30”, como mostra a fig. 2-8-a. Dizemos que a pasigao do carro em relagio ao comego da estrada & dy = 30 km (representando a posigio pela letra d). Evidentemente isto nio significa que a distancia percorrida pelo carro tenha sido de 30 km, pois ele pode nao ter iniciado a sua viagem no quilémetro zero. Suponha, ainda, que o carro prossiga em sua viagem (sempre no mesmo sentido) e, no instante 1, = Lh, se encontre em frente 2 placa do “quilometro 80” (fig. 2-8-a). Agora a posigo do carro € d, = 80 km (em relacio ao comeco da estrada). Vocé pode concluir facilmente que, no intervalo de tempo At = 1h (de f, = 0 até r, = 1h), o carro percorreu uma distincia Ad = 50 km (da posigio d, = 30 km & posigio 4, = 80 km). Destacamos, entio: Para se determinar a posicao de um corpo em uma dada trajetéria, basta que se forneca o valor da sua distancia, medida sobre a trajet6ria, a um ponto dela tomado como referéncia (origem). t=0 : > —_ — im I sokm Fig.2-Ba:A posigdo do carronno instante = 04d = 30km e,mo instante t = Ih,é d = 80 km. MMMMas at GRAFICO POSICAO « TEMPO Suponhamos que o automével da fig. 2-8-a tenha sido observado durante ‘um tempo total igual a +h (de ty = 0 até t, = 4h) € que o grafico da fig. 2-8-b represente a sua posigio em fungao do tempo (grafico d xt). Analisando o grifico, vemos que: ~no instante 1, = 0, 0 carro se encontrava na posigdo d, = 30 km e,a partir deste ponto, desenvolveu um movimento uniforme (0 grifico dx t um segmento de reta), afastando-se desta posicio (o valor de d aumenta) até atingir a posigio d, = 80 km no instante £, = 1 h. Obser- ve que esta descricio do movimento corresponde aos dados da fig. 2-8-a «que ja haviamos analisado. Evidentemente, a velocidade do carro, neste trecho, & dada pela inclinagao do grifico e seu valor é v = 50 km/h. ~de 1, = Ih até +, = 3h, a posigéo do carro no se alterou, perma- necendo constante no valor d, = 80 km. Isto indica, entio, que 0 carro permaneceu parado no “quilometro 80” durante um intervalo de tempo Ar = 3h-1h = 2h, Portanto, nesse segundo intervalo, 1 Gréffco posio wenpo pare temas = 0, que corresponde A inclinagdo nula do grafico dx tim automével em uma extra. (Gegmento de reta horizontal). — no terceiro intervalo, de t, = 3h até 1, = +h, o valor ded, que representa a posigio do automével, diminui com o decorrer do tempo. Isto significa que 0 carro esti voltando sobre a sua trajetéria, dirigindo-se para a origem, chegando a ela (d, = 0) em 1, = 4h. O carro percorreu, ento, uma distineia Ad = 80 km em um tempo At = 1h, isto é, 0 valor absoluto (ou médulo) de sua velocidade, neste movimento de retorno, foi » = 80 km/h. of 3 2 3 4 tH Lacks exelllcios de fIXag%o Excl-Cicive cet Antes de passar ao estudo da préxima sec¢ao, responda as questdes seguintes, consultando 0 texto sempre que julgar necessario. 5. Uma pessoa ihe informa que um corpo esta em ©) 0 tempo que a luz gasta para vir do Sol 8 Terra ‘movimento retiineo uniforme. (d=1,5 x10 m)sabendo-se que sua velocida- a) O que esta indicado pelo termo “retiineo"? ‘de é constante e vale v = 3,0 x 10° ms. ) E pelo termo “uniforme"? 6. Quando um corpo est em movimento uniforme, ‘com velocidade v, qual 6 a expresso matematica que nos permite calcular a distancia d que ele per- 8. a) Desenhe 0 gréfico v xt para um carro que ‘se movimenta com velocidade constante v=50 km/h, durante um tempo t = 3,0 n. a ) O que representa a rea sob 0 grico que voc’ Hee eee at ‘desentou? Qual 0 seu valor? 7. Usando a expresséo solcitada no exercicio anterior, calcule: 9. Supontia que 0 caro do exerccio anterior tenha se 2) A distincia percorida por um cao que se mov deslocado de uma cidade A pare outa cidade B, rmenta com velocdade constante v = 54 km/h, send 0 sentido de A para B considerado positive. Se dlrante um tempo t = 0,50 n. © carro retorar de 8 para A, também com velo- ) A velocidade, suposta constante, de um nade- cidade conetante, gastro sinda 3,0 fino percursa: dor (tecordista mundial) que percore uma dis- 2) Como vocé deveria expressar sua velocidade tancia d= 100m, em nado livre, em um neste retomo? tempo t = 50s. ) Desenhe o grafico v x t para este caso. Movimento retilines 10. Deseja-se calcular a distancia que um carro, com —$— ©) Qual a velocidade deserwo'vida pelo carro nesta | veloidade constante = 72 kh, pereorte em primeira hore de viegem? uum tempo t = 208. «) Em que posigdo e durante quanto tempo o carro | 2) Qual a provincia que se deve tomar antes de permanecey parado? substiur estes valores om d= vt? ) Qual posigo do carro no fim de 4,0 h de 2) Sabendo-se que 3,6 knvh = 1 mvs, expresse viagem? 72 kovh em ms. 1) Qual a velocidade do carro na viagem de volta? ©) Feito isto, calcule a distancia procurada. | 11. Na expresséo d = ve, que é vélida para um movi mento uniforme, d e ¢ variam enquanto v perma- rece constante, 2) Senco assim, quel € 0 tpo de eiagéo entre d er? ) Mostre, com um desenho, como € 0 gréfco Oxt. €) O que representa a inclinagao deste gético? 12. 0 grafico deste exercicio representa a posi¢go de um carro, contada a partir do marco zero da estra da, em fungéo do tempo. 8) Qual era a posigéo do carro no inicio da viagem (=o ) Qual aposigo do caro no instante t dm) Oh? Exereiio 12. 2.3. Velocidade instantAnea e velocidade média VELOCIDADE INSTANTANEA Quando o valor da velocidade de um corpo nao se mantém constante, dize- mos que este corpo est em mavimento variado. Isto ocorre, por exemplo, com um automével cujo ponteiro do velocimetro indica valores diferentes a cada instante. O valor indicado no velocimetro, em um dado instante, é a velocidade instantiinea do automével naquele momento. ‘Vejamos uma maneira de calcular esta velocidade instantinea. Consideremos um automével, em movimento variado, que passa pelo ponto A (fig. 2-9), no instante t, com uma velocidade instan- tinea 2 (leitura do velocimetro neste instante). Depois de decorrido ‘um intervalo de tempo A¥, o carro estar em B, tendo percorrido uma distincia Ad. Se o movimento fosse uniforme, ao calcular o quociente ‘AdfAst, obterfamos a velocidade do carro. Entretanto, sendo o movi- ‘mento variado, verificamos que o valor de Ad/At geralmente nio coincide com a indicagio do velocimetro no instante t. Verificamos, porém, que, se o ponto B fosse tomado bem préximo de A, de maneira que 0 Fig2-9: A velocidade ins- intervalo de tempo At se tornasse muito pequeno, teriamos um quociente Ad/Ar fo"rénen em § é gage por muito préximo da indicagao do velocimetro em A, isto 6, muito préximo do valor menor At posive. v da velocidade instantanea. O valor de Ad/At estaria tanto mais préximo de 7 quanto menor fosse o intervalo de tempo As. Portanto, em um movimento variado, a velocidade instantanea é dada por v = Ad/At, sendo At o menor possivel. Fig.2-10: No grofico d = « @ Inclinagao da tangente nos fornece o valor da velo~ dade instontaned. A figura mostra como varia, com 0 tempo, a velocidade de uma pessoa em uma corrida de 100 m resor,per- corridos em 13 s. Observe o Indicacao de que o veloc dode média da pessoa fol de 7,7 mis, sto 6, 0 ela £0 deslocasse sempre com ferta velocidade, percorre- fia of 100 m no mesmo tempo de 13 DETERMINAGAO GRAFICA DA VELOCIDADE INSTANTANEA Consideremos o grifico da fig. 2-10, que representa a distancia percorrida por um automével em fungio do tempo. Vocé deve observar que 0 movimento deste carro é variado pois, se fosse uniforme, 0 grifico d X t seria retilineo. E possivel, a partir deste gréfico, obter a velocidade instantinea do automével em um instante qualquer, f,. Para isto, devemos tragar a tangente 20 grifico no ponto da curva correspondente aquele instante (ponto P, na fig. 2-10). A inclinagio desta tangente fornece o valor da velocidade no instante considerado. Do mesmo modo, para obter a velocidade em outro instante, t, devemos determinar a inclinagio da tangente & curva no ponto P,, Observe que, no caso do movimento representado na fig. 2-10, a inclinagao da tangente em P, é maior do que em P, e, portanto, a velocidad instantinea em t, é maior do que em t,. Coneluindo, a inclinagio da tangente no grifico dx t nos fornece o valor da velocidade instantanea. VELOCIDADE MEDIA Se um auromével, em uma viagem, percorre uma distancia de 560 km em 8,0 h, vocé e, provavelmente, muitas outras pessoas diriam: “o automével desenvol- veu, em média, 70 km/h”. Este resultado, que foi obtido di indo-se a distancia percorrida (560 km) pelo tempo de viagem (8,0 h), € o que denominamos velocidade ‘édia e representamos por v,. Temos, entio, por definicio velcidae (s) distancia total percorrida oul tempo gasto no percurso tempo () Movimente retilines = a Observe que, durante o movimento, a velocidade do carro pode ter softido variagdes. No exemplo citado, seu valor pode ter sido, as vezes, maior e, outras vezes, menor do que 70 km/h, Entretanto, se a velocidade fosse mantida, durante todo o percurso, igual a 70 km/h, o carro teria percorrido aquela mesma distin- cia naquele mesmo tempo. Exemplo 1 Um automével percore uma distancia de 150 km deservohendo, nos primeiros 120 km, uma velocidade média de 80 krryh e, nos 30 km restantes, uma velocidade média de 60 kann. «) Qual fi o tempo total de viagem? Conhecendo-se a alstincia percorrida e a velocidade médfa, a relagéo v, = dt nos fome- ce t = dq. Entdo, na primeira parte do percurso, o tempo gasto fol 320 4 80 ou | =2,5h Na segunda parte do percurso, teremos ov =} = O,5h Assim, 0 tempo total de viagem fo! ta45h+05n oot } Qual fo a velocidade mécia do automdvel no percurso total? Sendo de 150 km a distancia total percorida e 2,0 h o tempo total de viagem, a velocidade imédfa, neste percurso, teré sido 20h Vn eeu 7S Km/h. DETERMINAGAO GRAFICA DA DISTANCIA PERCORRIDA Quando 0 movimento de um corpo € uniforme, a distancia que ele percorre é dada por d = vt ou pela {rea sob o grafico vxt . Entretanto, se o movimento for variado, a relagio d = vt nfo pode mais ser aplica- da, mas a distincia percorrida poderé, ainda, ser obti- da pela rea sob 0 grifico vx; isto é a drea sob 0 grafico v x t nos fornece a distincia percorrida em qualquer movimento. Na fig. 2-11, por exemplo, que apresenta o grifico vx de um movimento variado, a area assinalada nos Ber isa ta bors fornece o valor da distancia que 0 corpo percorre, desde Tiecss pucstee coro. o instante f, até o instante f,. ‘quer movimento. Ma an Fig.2-12:Pore o exemple 2. Exemplo 2 Um automével, em frente a um sinal de trafego, logo que a luz verde se acendeu, arrancou com uma velocidade variando de acordo ‘com 0 gréfico da fig. 2-12. Depo's de decorridos 10 s, qual a distancia (que 0 carro percorreu? Como 0 movimento & variado (a velocidade variou de v=0 a v = 20 m/s em 10 s), a disténcia percorrida deverd ser calculada através da area sob 0 gréfico v xt. Na fig. 2-12, esta drea é a do triéngulo mostrado, cuja base corresponde ao tempo de 10 s e cuja altura corresponde a velocidade de 20 m/s. Entéo, como para um triéngulo temos area = (base x altura) /2, vird: 10x20 2 ou og exelCicios de fiXAGAO Oxo Civs Antes de passar ao estudo da préxima sec¢ao, responda as questdes seguintes, consultando 0 texto sempre que julgar necessario. 13. 14, 15, Um automével destoca-se em linha reta. Classi- fique o movimento deste automével supondo que: a) 0 ponteiro do velocimetro indica sempre o mesmo valor. b) A posigo do ponteiro do velocimetro varia de Um instante para outro. Uma pessoa, observando 0 movimento do carro da fig. 2-9, verifica, apés 0 carro passar pelo pponto A, que: decorrido At = 0,10 s, a disténcia percorrida foi ‘Ad = 0,50 m decorrido At = 5,05, a distancia percorrida fol ‘Ad = 60m 2) Calcule o quociente Ad/At para cada cbservacdo. ) A velocidade instanténea do carro, em A, deve estar mais préxima de 5,0 mvs ou de 12 nvs? [No movimento uniforme vimos que o gréfico d x t 6 uma reta passando pela origem e sua inclinagso ros forece © valor da velocidade. 2) No movimento variado, o grafico d x t ainda é uma reta? ) Neste movimento, como se calcula, usando 0 gréfico d xt, 0 valor da velocidade em um dado instante? ©) Na fig. 2-10, a inclinagao da tangente ao grafico 6 maior em P, ou em P,? E 0 valor da veloci- dade, é maior no instante t, ou em £,? 16. Um corpo cai verticalmente de uma altura de 80 m ‘@ gasta 4,0 s para chegar ao solo. Qual é a veloci- ‘dade mécia do corpo neste movimento? 417. a) Como se calcula, usando 0 gfico v x t, a cis- tancia percorrida por um corpo, em movimento variado, desde um instante t, até um instante t,? ) A figura deste exercicio mostra o gréfico v x t ‘para o movimento de um automével. Este movi- mento € uniforme? ©) Calcule a distancia que 0 automével percorreu desde (= Oatét = 4,05. ° 10-20-8040) Exereclo 17. Movimenta retilines = 2.4. Movimento retilineo uniformemente variado © QUE E ACELERACAO Consideremos um automével, cujo velocimetro esteja indicando, em um certo instante, uma velocidade de 30 km/h. Se, 1 s ap6s, a indicagio do velocimetro passar para 35 km/h, podemos dizer que a velocidade do carro variou de 5 km/h em 1s. Em outras palavras, dizemos que este carro recebeu uma aceleracao. O conceito de aceleragio esté sempre relacionado com uma mudanga na velocidade. Para definirmos matematicamente aceleragdo, suponhamos um corpo em movimento retilineo, como na fig. 213. Representemos por 2, 0 valor de sua velocidade no instante f,. Se 0 movimento do corpo for variado, no instante qualquer t, sua velocidade tera um valor v,, diferente de v,, isto é, durante 0 intervalo de tempo At = t, ~ t,, a velocidade sofreu uma variagio Av = v, ~ O valor da aceleragio do corpo é dado por variagio da velocidade intervalo de tempo decorrido Av isto é at COMENTARIOS Para facilitar 0 estudlo do movimento variado, vamos considerar a velocidade sempre com valor positivo, isto, vamos considerar 0 sentido no qual o corpo esti se movendo como sendo o sentido positivo. Desta maneira, ¢fécil concluir que: 12) Seo valor da velocidade estiver aumentando com o tempo, teremos v, > 2 (av > O)e, entio, a aceleracio do movimento seré positiva. Neste caso zemos que o movimento € aceerado, Se o valor da velocidade estiver diminuindo com o decorrer do tempo, tere- mos v, < x,(Av <0) €, entio, a aceleragio do movimento seri megativa Neste caso dizemos que o movimento € retardado.* Exemplo 1 Na fig. 2-13, suponhamos que v, =10 mse que, apés 12 s (At =12.s), a veloci- dade seja v, = 70 m/s. Qual foi a aceleragéo do corpo? Usando @ equacéo de definicéo, temos ‘Av _ TO nvs=20 mvs _ 60 mvs at 12s 2s "No capitulo seguint, 20 analisarmos os concetos de vetorveloidadee veoracderapo,veremos que 0 fat de um movimento relineo ser acelerado ou retardado pode ser expresso de uma maneira geal, e mais propriada, do seguinte modo: ‘Umm movimento seri acelerado quando a velocidade e a aceleragdotverem o mesmo sentido e serd eta dado quando elas iverem sentidos opostos. 7 Fig2-13: Quando a velo- cidade de um corpo varia, dizemor que 0 corpo postu ‘aceleracao. 8 Este resultado significa que a velocidade do corpo aumentou de 5,0 ns em cada 1 s. €cos- tume expressar as unidades da seguinte maneira: ou a =5,0% Este movimento, no qual a velocidade cresce com 0 tempo, é, como vimos, denominado ‘movimento acelerado. ‘Se a velocidade diminuir com 0 tempo, jé aissemos que o movimento é retardado. Por exem- blo: se v, = 36 rvs, e, apds 5,0 s a velocidade passar para v= 6,0 m/s, a aceleragéo do movimento seré Isto significa que a velocidade esté diminuindo de 6,0 m/s em cada ts. Observe que, no movimento acelerado, o valor da aceleragao & positivo e, no movimento retardado, a aceleragao é negative, como jé havia sido destacado (lembre-se de que esta- ‘mos considerando a velocidade sempre positiva). MOVIMENTO RETILINEO COM ACELERAGAO CONSTANTE Suponha que estejamos observando o velocfmetro de um carro em movi- mento retilineo, em intervalos de tempo sucessivos de I s, e que obtivemos os seguintes resultad observagio 30 enh } 2observacio (I sapésa!2) 35 km/h 3tobservacdo(I'sapésa2) 50 km/h # observasio(I'sapésa34) 52 km/h Podemos notar que a variagao da velocidade em cada 1 s nao é constante e, portanto, nao é constante a aceleracio do carro. . Entretanto, em outra observagio do velocimetro, poderiamos obter os valo- res seguintes: era Se ye stan Hoteragio(isaiea) inn fn Baber airs 2 3 observacio (| s apés a 2) 40 km/h ayes 4 observagio (I's apésa3) 45 kmh Neste caso, a variagio da velocidade em cada 1 s 6 constante, isto €, a acele- ago do movimento € constante. Um movimento como este, no qual’a acelerago constante, é denominado movimento retilineo uniformemente variado. Até o final desta secgio estaremos estudando apenas movimentos deste tipo. Movimenta retitines rT CALCULO DA VELOCIDADE Consideremos um corpo em movimento yy uniformemente variado, com uma velocidade 1) —= no instante em que vamos iniciar a contar 0 tem- po, isto é, no instante t = 0(fig. 2-14-2). A velo- cidade v, € denominada velocidade inicial. Sendo 010 movimento uniformemente variado, 0 corpo pos sui uma aceleragio constante, ou seja, a variagio de sua velocidade em cada 1 s € numericamente igual ao valor de a. Assim, a velocidade v do corpo variard do seguinte modo: emr=0 avelocidade é x emt=ls avelocidade € v4 + a-1 emt=2s avelocidade € v +a-2 emt=35 avelocidade é vy +4-3 , depois de ¢ segundos, a velocidade seré vy + at- Fig.2-14-2: A volocidade Inicil v, € equela que © ‘corpo postul no instante t=0. Portanto, a velocidade %, depois de decorrido um tempo t qualquer, é dada por DS Uybat Observe que o valor da velocidade, no instante r, é2 soma da velocidade ini- CALCULO DA DISTANCIA PERCORRIDA A distancia d percorrida pelo corpo desde o instante inicial até o instante ¢ (fig. 2-14-a), poderd ser obtida através da érea sob o grafico ¥ Xt, como aprendemos na seccio 2.3. O grifico 7X t que corresponde 4 equagio v= y+ até retilineo (veja a fig. 2-14-b), mas no passa pela origem, pois quando t = 0 temos v = 2). Em Mate- mitica, usa-se dizer que v varia linearmente com t. Neste caso, v nao é diretamente proporcional a t, pois o gréfico 2x nao passa pela origem (duplicando o valor de t, 0 valor de v nao é duplicado etc.). A fig.2-14-b mostra 0 grifico ¥ xt para o caso em que a velocidade cresce com © tempo (se a aceleracio for negativa, o grifico xt con- tinua a ser retilineo, apresentando um aspecto semelhante aquele do exercicio 17 da secgio anterior). Como vemos na figura, a area sob o grifico é a soma das éreas de: uum retingulo de lados 2, € ¢— érea = a4 1xat ‘um triangulo de base te altura at rea. zs com o produto at, que representa a variagio da velocidade durante 0 tempo t. volocidade ° t tempo Fig.2-14-b: No movimento Uuniformemente acelerado, 2 velocidade oumenta line tempo. Lia sae 2 formente com 0 decorrer do Portanto, a distancia d percorrida pelo corpo, que é numericamente igual & rea total sob o grafico, sera dada por cae Observe que esta relagio entre as variaveis d et do tipo y = Ax' + By +C (trindmio do 2% grau, que vocé estudou em seu curso de Matemitica), no qual -ycorresponde ad xcorresponde at © A=(1/2)a, B=%, C20 VELOCIDADE EM FUNGAO DA DISTANCIA {J4 vimos que, conhecendo a velocidade v, ¢ a aceleragio a no movimento uniformemente variado, as expresses venta ¢ d=vgtt har ros permitem calcular a velocidade e a distincia pereorrida, em fungio do tempo t. ode acontecer que tenhamos necessidade de calcular a velocidade do corpo apés ter percorrido uma certa distancia, sem que seja conhecido o tempo t do movi- ‘mento. Isto pode ser feito facilmente, tirando o valor de tna primeira equacio pity a t ¢ levando este valor na segunda equagio: ‘Com esta expressio podemos caleular a velocidade » em fungio da distineia d (em conhecer o tempo t). COMENTARIOS 1) No estudo do movimento uniformemente acelerado, poder ocorrer que a velocidade no instante # = 0, isto é, sua velocidade inicial, seja nula (v, =0). Quando isto ocorre, dizemos que 0 corpo partiu do repouso. Para este caso, as equagdes do movimento tornam-se naturalmente mais simples: veda d= = ad 2) Arelagio d = 1/2 at” nos mostra que a distincia d varia proporcionalmente com o quadrado do tempo t (d « 1). Isto significa que: — duplicando t,o valor ded é meultiplcado por 4 ~ triplicando t,o valor de d émultiplicado por 9 Movimento retitines ae —— a € assim sucessivamente. Observe que, entio, d ndo € diretamente 4 ‘proporcional at (como jé dissemos, tem-se d x t*). O grafico dx ¢, para este caso, nao € retilineo, tendo 0 aspecto mostrado na fig. 2-15 (esta curva, como jé deve ser do seu conhes mento, é denominada pardbola). 3) Ja vimos que 0 movimento uniformemente variado pode ser ace~ Terado ow retardado. As equacdes ies venta deuteyar ¢ ° t too Fig.215: Esto curva, de- vat dad reine prdbol ope: Sento. relogdad ~ evidentemente sio vilidas para os dois casos. Entretanto, no se deve esquecer 4que, no movimento retardado, a aceleraglo & negativa e isto deve ser levado em conta quando as equagées citadas forem usadas (lembre-se de que estamos con- siderando a velocidade sempre positiva). Exemplo 2 Um autom6vel possui uma velocidade de 10 rvs no instante em que o motorsta pisa no acelerador. Isto comunica ao carro uma aceleragéo constante, que faz com que sua velo- dade aumente para 20 m/s em 5,0 s. Considere t = 0 no instante em que o motorsta pis ro acelerador. 2) Qual a acelerago do automével? No instante t = 0, temos vp = 10 m/s e, no instante t = 5,0, temos v = 20 m/s. En- tio, levando estes valores na equacdo V = Vo + at, temos 20 =10+ax5,0 donde = a=2.0 ‘Como a unidade de disténcia usada fol 1 me a de tempo foi 1 s, € claro que a= 2,0 més? ) Supondo que o carro fol mantido com esta aceleragao até o instante t = 10s, qual a valocidade atingjda neste instante? Usando novamente a equagdo v = Vo + at, teremos: v=10+2,0%10 donde v=30ms «6 Qual distancia percorrida pelo carro desde o inicio da aceleragdo até o instante t = 10 s? ta po io tap oc oon(2 8 alc d=t0xs042x20%10' inde d= 200m 10) No instante t = 10s, © motorista pisa no freio, retardando 0 automével com uma aceleracdo constante de 6,0 mys". Qual a distancia que o carro percorre, desde este instante, até parar? ara esta questéo, o instante inicial seré aquele no qual a velocidade era de 30 ms, Isto ¢, Yq = 30 mvs. Como a velocidade diminul com 0 passar do tempo, a aceleracéo & negative: =. es de th 6,0 m/s. Jé que no conhecemos 0 tempo que o carro gasta para parar, vamos empregar a relagao v = vj +2ad. Como estamos procurando o valor da disténcia d que © caro percore até para, teremos v 30° +2 (-6)¢ Sc @xel’€icios de fixagao « 0. Assim donde d= 75m vel-CLeies de it Antes de passar ao estudo da préxima secgao, responda as questées seguintes, consultando 0 texto sempre que julgar necessario. 18. Um automével, deslocando-se em linha reta, tem. sua velocidade variando com o tempo de acordo com a tabela deste exercico. '2) Em quais intervalos de tempo 0 movimento do ‘carro possui aceleragéo? b) Em que intervalo a aceleragao do carro é nula? (©) Em que interalo a aceleragao do caro ¢ negative?’ 6) Em que intervalo 0 movimento uniformemente acelerado? To) v (mis) 0 10 10 2 20 14 30 16 40. 6 50 16 60 15 70 18 80 20 Exercico 18 119. Na tabela do exercicio anterior, considere o interva~ lode tempo de t= Oat =3,0s. £2) Qual o valor de Av neste intervalo? 'b) Usando sua resposta & questao anterior, calcule a acaleragao do carro neste intervalo. ©) Bxpresse, em palavras (como foi feito no exem- plo 1), 0 que significa o resultado que voce tencontrou em (b). 20. Um corpo em movimento retilineo uniformemente ‘acelerado possui, no instante t = 0, uma veloci- dade inicial_ vo = 5,0 mvs e sua aceleracso 6 a= 1,5 m/s? 21. 22. 23, a) Caleule 0 aumento da velocidade do corpo no interalo de zero a 8,0 s. ) Calcule @ velocidade do corpo no instante t=8,0s. .) Deserihe 0 gréfico v xt para o intervalo de ‘tempo considered. 1) O que representa a inciinagao deste grético? Como vimos, a formula d = vst + (1/2) at? fol ob- tida calculando-se a area sob o grafico v xt. £2) Copie em seu cademo a fig. 2-14- e assinale @ parte da érea ob 0 gfico que coresponde & par cla vt. Faga 0 mesmo para a parcela (1/2) at’ ) Use a formula citada para caleular a disténcia que 0 corpo do exerccio anterior percorreu no intonalo de 2er0 8 8,0 8 2} Um corpo em movimento uniformemente vata do, com velocidade inicial v, ¢ aceleragéo a, percorre uma disténcia d. Qual a equagdo que ‘os permite calcular a velocidade no fim do percurso em fungao destes dados? (Observe ‘que 0 tempo tno 6 um dado do problema.) + ) Um carro esta se movendo com uma velocidade de 12 mvs. Em um certo instante (¢=0) 0 ‘motorist pis no feo, fazendo com que o carro ‘adquira um movimento uniformemente retarda- do, com uma aceleragao cujo valor numérico 6 4,0 mis. Calcule a velocidade deste automével ‘ap6s percorrer uma distancia de 40 m a partir do inicio da freada. Um corpo, partindo do repouso, deslaca-se em I- nha reta com aceleragdo constante, sendo d a ais- ‘ancia que ele percore em um tempo t. 2) Indique @ maneira correta de expressar a rel (Go entre d ef; “d € diretamente proporcional a 7; "d € proporcional ao quadrado de t*; *d € inversamente proporcional at. 'b) Faga um desenho mostrando 0 aspecto do gré- fico d xt. Como se denomina esta curva? 2.5. Queda livre QUEDA DOs CoRPOS Entre os diversos movimentos que ocorrem na natureza, houve sempre interesse no estudo do movimento de queda dos corpos préximos & superficie da Terra. Quando abandonamos um objeto (uma pedra, por exemplo) de uma certa altura, podemos verificar que, a0 cair, sua velocidade cresce, isto &, 0 seu movimento é acelerado. Se langarmos 0 objeto para cima, sua velocidade diminui gradualmente até se anular no ponto ais alto, isto €, 0 movimento de subida é retardado (fig. 2-16). As caracteristicas destes movimentos de subida e descida foram objeto de estudo desde tempos bastante remotos. ARISTOTELES E A QUEDA DOS CORPOS O grande fildsofo Aristételes, aproximadamente 300 anos antes de Cristo, acreditava que, abandonando corpos leves € pesados de uma mesma altura, seus tempos de queda nio seriam iguais: os corpos mais pesados alcangariam o solo antes dos mais leves. A crenca nesta afirmagio perdurou durante quase dois mil anos, sem que se tivesse procurado verificar a sua veracidade através de medidas cuidadosas. Isto ocorreu em virtude da grande influéncia do pensamento aristotélico em virias dreas do conhecimento. Um estudo mais minucioso do movimento de queda dos corpos s6 veio a ser realizado pelo grande fisico Galileu Galilei, no século XVI. GALILEU E A QUEDA DOS CORPOS Fig2-16: Desprezondo os efeitos do resis= téncla do ar, quando um corpo ca, sua ve- locidade oumenta continuamente. Se cle for arremessado para cima, sua velocidede sdiminui,anulando-se ne ponto mais alto. Galileu é considerado 0 introdutor do métedo experimental na Fisica, acreditando que qualquer afirmativa relacionada com um fenémeno deveria estar fundamentada em experiéncias e em observagdes cuidadosas. Este método de «studo dos fendmenos da natureza nao era adotado até entio e, por isso mesmo, virias conelusdes de Galileu entraram em choque com os ensinamentos de Aristoteles. Estudando a queda dos corpos através de experiéncias e medidas precisas, Galileu chegou & conclusio de que, abandonados de uma mesma altura, um corpo leve € um corpo pesado caem simultaneamente, atingindo 0 chao no mesmo instante. contrariamente ao que pensava Aristteles. Galilew Golitei (1564-1642) Veja 0 Tépico Especial no final deste capitulo. Contam que Galilew subi a0 alto da torre de Pisa ¢, para demonstrar experi- mentalmente sua afirmativa, abandonow varias esferas de pesos diferentes, que atingi- ram ochiosimultaneamente (fig. 2-17). Apesarda evidén- cia das experiéncias realiza- das por Galileu, muitos dos seguidores do pensamento aristotélico nao se deixaram convencer, sendo Galilewal- vo de persegui¢des por pre~ gar idéias consideradasrevo- lucionérias. Fig.2-17:A femose torre incinada dde Pisa, cuja altura 6 de, oproxi- ‘madamente, 45 m. Conto-se que, do alto dessa torre, Galileu real- 120u sua célebre experiéncia sobre ‘0 queda dos corpos. (QUEDA LIVRE Como vocé ja deve ter visto muitas vezes, ao deixarmos cair uma pedra € ‘uma pena, a pedra cai mais depressa, como afirmava Aristoteles. Entretanto, podemos mostrar que isto se dé porque o ar exerce um efeito retardador na queda de qualquer objeto e que este efeito exerce maior influéncia sobre 0 ‘movimento da pena do que sobre 0 movimento da pedra. De fato, se deixarmos caira pedra ea pena dentro de um tubo, do qual se retirou o ar (foi feito vicuo no Mavimente ratilince tubo), verificamos que os dois objetos caem simultaneamente, como afirmava Galileu (fig. 2-18). Entio, a afirmativa de Galileu s6 seria vslida para os corpos em queda no vicuo. Observamos, entretanto, que a resistencia do ar s6 retarda sensivelmente certos corpos, como uma pena, um pedaco de algodio ou uma folha de papel, senddo desprezivel para outros, mais pesados, como uma pedra, uma esfera de metal ou até mesmo um pedago de madeira. Entio, para estes tiltimos, a queda no ar ocorre, praticamente, como S¢ 0s corpos estivessem eaindo no vacuo; isto é, aban- donados de uma mesma altura, no ar, estes corpos caem sitnul- taneamente, como afirmava Galilew © movimento de queda dos corpos no vicuo ou no ar, quan~ doa resisténcia do ar é desprezivel, é denominado queda livre. A ACELERAGAO DA GRAVIDADE ‘onforme jé foi dito, o movimento de queda livre é acele- rado. Com suas experiéncias, Galileu conseguiu verificar que 0 movimento é tniformensente acelerado, isto €, durante a queda 0 corpo cai com aceleragio constante. Esta aceleragio, denominada aeleragio da gravidade, é representada normalmente por ge, pelo que ja vimos, pademos concluir que o seu valor 0 mesmo para todos os corpos em queda livre. A determinagio do valor de g pode ser feita de varias maneiras. Por exemplo, usando téenicas modernas, podemos obter uma fo- tografia como a da fig. 2-19. Esta foto mostra as posigbes sucessivas de duas esferas, de pesos diferentes, em queda livre. Vemos claramente que estas esferas abandonadas no mesmo ins- tante caem simultaneamente, como previra Galileu. Como as posigdes sucessivas foram fotografadas em intervalos de tempo iguais, é possivel verificar, através da foto, que a aceleracio é constante. Uma anilise cuidadosa de foros como esta nos permite obter o valor da aceleracio da gravidade, o qual resulta ser, aproximadamente, g=9,8m/s" 0 é, quando um corpo esté em queda livre, sua velocidade aumenta de 9,8 m/s em cada 1's Fig.2-19:Esto fotografia mostra ox posi- ‘Ber sucessivas de duas exferas, de pezot ‘diferentes, em quede livre. Observe que las caem simultaneamente,come previ- raGalllew T= com a mesma acelera¢ao. 24 93 Fig.2-20: Quando um corpo cal em quede livre, tua velocidade aumento de 9,8 misem cada I's. } Jaoro queda livre sao vélides os ‘equagdes que estabelecemos para 0 movimento uniferme- ‘mente variado, sendo (fig. 2-20). Se 0 corpo for langado verticalmente para cima, sua velocidade diminui de 9,8 m/s em cada 1 s. AS EQUAGOES DA QUEDA LIVRE Sendo o movimento de queda livre uniformemente acelerado, é evidente que podemos aplicar a ele as equagdes estudadas na secgio anterior para este tipo de movimento. Assim, supondo que um corpo seja langado para baixo com uma velocidade inicial v, (fig. 2-21), apés cair durante um tempo fe ter percorrido uma distincia d, sio validas as equagdes 1g wtat, d= tt 5at e vist Qed sendo @ = g. Estas mesmas equagdes podem ser empregadas para o movimento de subida, bastando lembrar que, neste caso, o movimento é uniformemente retardado (a aceleracio sera negativa pois convencionamos considerar a veloci- dade sempre como positiva).. Exemplo Um compo ¢ langaco verticalmente para cima com uma valocidade inicial vp = 30 mis. Considere g = 10 mis? e despreze a resisténcia do ar 2) Qual seré a velocidade do corpo 2,0 s apés 0 langamento? fo + at e, como 0 movimento ¢ retardado, temos A velocidade seré dada por v a=-10 mst. Entéo v=30-10%20 ou v= 40 mvs ) Quanto tempo o corpo gasta para atingir 0 ponto mais alto de sua trajetoria? ‘No ponto mais alt, temos v = 0 €, entdo, a equagdo V = vp + at nos femece 0=30-10t — donde 3,08 ©) Qual a altura méxima alcangada pelo corpo? A distancia peroorrida & dada por d = vst + (1/2) at®. Como para atingir 0 ‘Ponto mais alto 0 tempo gasto é t = 3,0 s, teremos, para a altura méxima, d= 30x3,0-2x10x3,0 oy d= 45m 0) Qual a velocidade com que 0 corpo retoma ao ponto de langamento? ‘0 descer, 0 corpo parte do repouso no ponto mais alto e val pereorer a mesma distncia que percorreu 2o subir Entéo, na equagao v? = vj + 2ad, temos vo = 0, d= 45me 10 m/s*, Logo vi = 2% 10x45 donde v= 30 ms. Como vocé pode perceber, 0 corpo retorma ao ponto de partida com a ‘mesma velocidade com que fo langado. £) Quanto tempo 0 corpo gasta para descer? Este tempo poderd ser obtido da equacao v = vp + at, onde ¥p = 0 (0 corpo parte do repouso no ponto mais alto), v = 30 mvs (contomme btivemos na questéo anterior) e @ = 10 mvs. Teremos 30 =10¢ donde t=308 Observe, pols, que quando um corpo é langado para cima o tempo de descida& igual ao tempo de subida. Movimento retilinea. cho @xell€icios de fiKagae ExelCicice Ge tt Antes de passar ao estudo da préxima secsao, responda as questdes seguintes, consultando 0 texto sempre que julgar necessario. 24. Um lio pesado e uma folha de papel so aban- ‘donados, simultaneamente, de uma mesma altura 1) Se a queda for no ar, qual deles chega primeiro 20 solo? b) Ese queda for no vécuo? ©) Por que as duas experiéncias apresentam resul- tados diferentes? 25. a) Um corpo 6 abandonado de uma certa altura e cal verticalmente. Em que condigdes podemos Considerar que este corpo esté em queda livre? ) Qual 6 0 tipo de movimento de um corpo que est caindo em queda livre? 26. Dols corpos, sendo um deles mais pesado do que o outro, estao em queda livte nas proximidades da 2) Qual 6 0 valor da aceleragéo de queda para 0 corpo mais pesado? E para o corpo mais eve? 'b) Como é denominada © como se representa esta ‘aceleracéo de queda dos corpos? 27. a) Quando um corpo esta caindo em queda live, © ‘que acontece com o valor de sua velocidade em ‘cada segundo? 'b) E se 0 corpo for langado verticalmente para cima? 28, Um corpo ¢ abandonado (isto é, parte do repouso) do alto de um edificio e gasta 3,0 s para chegar ao ‘solo. Considere a resisténcia do ar desprezivel © g = 10 ms‘, 8) Qual é a altura do edificio? —_ so ‘superficie da Terra, ) Qual 6a velocidade com que o corpo atinge o solo? um tépico especial para vocé aprender um pouco mais 2.6. Galilew Galilei ue? COM GALILEU ‘1580 DEU GALILEU: DA MEDICINA PARA A FISICA. grande fisico e astrOnomo italiano, Galileu Galilei, nasceu em Pisa no ano de 1564, filho de uma familia pobre da nobreza de Florenga. O jovem Galileu, 20s 17 anos, foi encaminhado por seu pai para o estudo de Medicina, por ser uma profissio lucrativa. En- tretanto, a carreira médica nio foi muito atraente para Galileu e seu espirito irrequieto fez. com que ele se interessasse por outros tipos de problemas. Conta-se que, certa ver, observando despreocupadamente as oscilagées de um lustre da Catedral de Pisa, interessou-se em medir 0 tempo de cada oscilagio, com, coma contagem do nimero de batidas de seu préprio pulso (naquela época nfo haviam ainda sido inven- tados 0s rel6gios e crondmetros). Verificou, com surpresa, que embora as osci- lagées se tornassem cada vez menores, 0 tempo de cada oscilagio permanecia sempre o mesmo. Repetindo a experiéncia em sua casa, usando um péndulo (uma pedra atada & extremidade de um fio) este resultado foi confirmado, verifi- cando ainda que o tempo de uma oscilacdo dependia do comprimento do fio. Estas descobertas levaram Galileu @ propor 0 uso de um péndulo de com- primento padrio para a medida da pulsagao de pacientes, O uso deste aparelho tornou-se muito popular entre os médicos da época. Fig.2-22: Golilew verificou experimentalmente que 0 movimento de um corpo, ddescende em um plano ine clinedo, ¢ unifermemente ‘occlerado, Para se ter uma ‘dela das dificuldades en- {rentadas por Golleu, bas- ta lembror que ele media “relogio isto é, deter ‘minava @. quantidade de gua que excoava de um recipiente, enquanto 0 cor- po descia'o plano, Fig2-23; conclusBes sobre a queda lire, observando 0 movi= mento de um péndul. ndulos da figu= ra eém o mesmo compri- Esta foia iltima contribuiggo de Galileu para a Medicina, pois o estudodopénduloedeoutrosdispo- sitivos mecinicos alteraram com- pletamente sua orientagio profis- sional. Apés alguma discussio com seu pai, ele modificou seus planos académicos ¢ comecou a estudar Matematica e Ciéncias. © PENDULO EA QUEDA LIVRE Em suas experiéncias com 0 péndulo, Galileu descobriu um ou- ‘to fato importante: 0 tempo de ‘uma oscilagio nao depende do peso do corpo suspenso na extremidade do fio, isto &, 0 tempo de oscilagio é 0 ‘mesmo tanto para um corpo leve quanto para um corpo pesado, Esta descoberta levou Galileu a fazer o seguinte raciocinio: uma pedra leve e uma pedra pesada, oscilando na extremidade de um fio, gastam o mesmo tempo para “cair”, isto é, para se deslocar da posigio mais alta até a posigo mais baixa da trajetoria (fig. 2-23). Entio, como ‘© movimento pendular ¢ a queda livre sio ambos provocados pela ‘mesma causa (gravidade), se essas duas pedras forem abandonadas li- vremente de uma certa altura, elas deverio também cair simultanea- ‘mente, gastando ambas o mesmo tempo para chegar 2o solo. Esta con- clusio era contréria aos ensinamentos de Arist6teles (como vimos neste capitulo) e, para comprovi-la, conta-se que Galileu teria realizado a fa- ‘mosa experincia da torre de Pisa (veja a secgio 2.5). Alguns historiadores duvidam que Galileu tenha realmente realizado estaexperiéncia, masnioba divida deque ele efetivamente realizou virias experiéncias, observando ob- jetos diferentes em queda e péndulos em oscilaglo, talvez em sua prépria residéncia. Em outras palavras, Galileu funda- ‘mentava suas conclusbes em experiéncias e observagdes cui- dadosas, aliadasaum raciocinio l6gico. Este modo de proceder constituia base do método experimental, introduzido por ele noestudo dos fenémenosnaturais, sendoporisto considerado precursor da grande revolugio verificada na Fisicaapartirdo século XVII. do diferentes. Procura-se DESCOBERTAS NA ASTRONOMIA ustrar que, pertindo jun tor de uma mesma altura, eles oscilam juntos, isto & — me e os dois péndulos tém 0 ‘mesmo perfodo, indepen- dentemente de suas mas- para 49s (procure realizar esta’ série ‘Além de seus trabalhos no eampo da Mecinica, Galilew deu também enor- contribuicao para o desenvolvimento da Astronomia. Em virtude de sua sgrande habilidade experimental, ele conseguiu construir o primeiro telesc6pio uso em observagdes astronémicas. Com este instrumento, realizou uma de descobertas, quase todas contrariando as crencas filos6ficas e religiosas experiéncio). dda época, as quais eram baseadas nos ensinamentos de Aristételes. Movimenta retiliince: Entre estas escobertas de Galileu podemos destacar: = percebeu que a superficie da Lua é rugosa e irregular e nio lisa e perfeita- mente esférica como se acreditava; = descobriu quatro satélites girando ao redor de Jpiter, contrariando a idéia aristotélica de que todos os astros deviam girar em tomo da Terra, Alguns filésofos da época recusavam-se a olhar através do telesc6pio, para nao serem obrigados a se curvar diante da realidade, chegando a afirmar que aquelas observagoes eram irreais e nfo passavam de truques criados por Galileu; ~ verificou que o planeta Vénus apresenta fases (como as da Lua) e esta observagio levou-o @ coneluir que Vénus gira em torno do Sol, como afirmava o astrénomo Copérnico em sua teoria heliocéntrica (fig. 2-24). Fig 2-24:As foses deVénus, vistas daTerra,enquanto gira em tomo do Sol. A partir destas descobertas, Galileu passou a defender ea divulgar a teoria de que a Terra, assim como as demas planetas, se move em tomo do Sol. Estas idgias foram apresentadas em sua obra Didlogos sobre Grandes Sistemas do Mundo publicada em 1632. GALILEU E A INQUISIGAO ‘As conseqiiéncias do grande tumulto produzido ps civagagSotdene Wao tee Ne ene eaten ec a nada pela Igreja, Galileu foi taxado de herético, preso esubmetido a julgamento pela Inquisig¢fo em 1633. Para evitar que fosse condenado & morte (queimado vivo) Galileu se viu teil renegar suas idéias através de uma “confissio”, lida perante o Santo Conselho da lgreja, Ainda assim, ele foi cond permanecer confinado em sua de se afastar daquele local, até o fim cego e muito doente, a prodigiosa atividade mental de Galle permaneceu inalterada e, em 1638, era publicada sua Ea intitulada Duas Novas Ciéncias, na qual ele langava as ba Mecinica, Ties anos mais tarde, ainda em atividade, suge cientistas da época varias idéia Galileu, completamente cego, a8 de janeiro de 1642. Capa de obra Didlegoe Sobre os Dois Grondes Sist ‘mes do Mundo, na qual Golllew defendia e teoria helioeéntrica, exelCicios de fiXagao © cletes & iL Antes de passar ao estudo da préxima secgao, responda as questdes seguintes, consultando © texto Sempre que julgar necessario. 29. a) Quais as duas cidades italianas,citadas no texto desta secca0, muito relacionadas com a vida e ‘a obra de Galileu? b) Procure localzar estas cidades em um mapa da Ita, 30. a) Qual foi a descoberta feita por Galileu sobre 0 ‘movimento de um péndulo, obsenvando as ‘oscilagdes de um lustre na Catedral de Pisa? ») Realizando experiéncias, Galileu descobriu um fator que influenciava no tempo de oscilagéo de ‘um péndulo. Qual é este fator? ‘31. a) Qual era 0 “cronémetro” usado por Galileu para ‘medi o tempo de oscilacdo de um péndulo? b) Com que objetivo Galileu sugeriu 0 uso do péndulo na Medicina? ‘32, a) Suponha que Galileu, na experiéneia represen- tada na fig, 2-23, tenha inicialmente usado uma esfera de 50 gramas de massa e observado que ‘0 tempo de oscilagdo desse péndulo era de 1,5 s. ‘Supsttuindo a esfera por outra, de massa igual a 4100 gramas (mantendo 0 fio com o mesmo ‘comprimento), 0 tempo de oscilago deste Novo ‘éndulo seria maior, menor ou igual a 1,5 s? reVisao by Observagées como aquelas fetas na experiéncia dda questdo (a) levaram Galileu a uma impor- tante concluséo sabre a queda lie dos corpos. (Qual fol esta conclusso? 33, Calcule 0 tempo aproximado que 0s corpos aban- ‘donados por Galleu, do alto da Torre de Pisa, gas- ‘aram para chegar ao solo. A altura dessa torre & ‘cerca de 45m. 34, A fig, 2-24 mostra Venus em diversas posigées: ‘em seu giro a0 redor do Sol. Sabendo-se que 0 ‘sentido desse movimento, na figura, 6 ant-horério (contrario a0 dos ponteiros de um reldgio), diga ‘em qual das posigées, A, 8, C ou D, uma pessoa ra Terra observa: 2) Vénus cheia. ) Vénus nova. ©) Venus minguante.. 6) Venus crescente. 35, Faca uma pesquisa sobre as teorias de Galleu que fentraram em choque com idéias estabelecidas ‘como dogmas na época e que 0 levaram a ser ‘condenado pelo Tribunal da Inquisig&o. As questdes seguintes foram formuladas para que vocé faca uma revisio dos pontos mais importantes abordados neste capitulo. Ao respondé-las, volte ao texto sempre que tiver dividas. 1. Em que condigdes podemos considerar um corpo ‘como uma particula? Dé exemplos. 2. a) O movimento de um corpo depende do refe- rencial no qual ele é observado. Cite exemplos ‘que ilustrem esta afirmacao. ) Descreva uma situagdo na qual um corpo se fencontra em repouso para um observador, mas ‘em movimento em relagéo a outro observador. ©) Quando dizemos que a Terra gira go redor do Sol, onde estamos supondo que esté situado o referencial? quando dizemos que 0 Sol gira ‘em tomo da Terra? 3. Um corpo esté se deslocando em movimento uniforme, 4. a) D8 um exempio mostrando que a distant 2) 0 que podemos dizer sobre 0 valor de sua velo- cidade v? ) Como 60 grafico v x t? ) Qual 6 a expresséo que relaciona a disténcia percorrida,d, @ velocidade ve o tempo de movi- mento t? €) Como 60 grafico d x t? ©) O que representa a inclinagéo deste grico? per. ‘corrida por um carro e a sua posi¢do em uma ‘estrada Go conceitos diferentes. ) 0 que vocé entende quando alguém ihe diz que ‘a velocidade de um carro 6 negativa? Movimenta retilines = 5, Em um movimento variado: 1) Em que condigdo o quociente Ad/At nos fomece 0 valor da velocidade instantanea? b) Como se obtém, no gréfico d x t, 0 valor da ve locidace em um dado instante? 6. Em um movimento qualquer: a) Como se define a velocidade média de um cor oem um certo percurso? 'b) Como podemos calcular a distancia percorrida plo corpo através do grafico v xt? 7. a) Um corpo em movimento retilineo tem veloci- dade v, no instante t,¢ velocidade v, no instante t,. Como se caloula a aceleragao deste corpo? ) Explique 0 que se entende por movimento ‘acelerado @ por movimento retardado. Qual 0 sinal da aceleracao em cada caso? 8. Copie em seu cademno a tabela seguinte e com- plete-a com as equacies estabelecidas neste capitulo para calcular cada grandeza indicada. No caso de uma dada grandeza ser nula ou constante, indique este fato. algumaS experi@ncias Para vocé fazer Primelra experiénct 1) Deise cair simultaneamente, de uma mesma altura, duas folhas de cademo (iguais). Observe que, 20 cai, las oscilam leverente em virtude da resisténcia do at Elas chegam, aproximadamente, juntas a0 chao? 2) Amasse uma das folhas fazendo com que ela tome uma forma aproximadamente estérica. Este proce- dimento altera 0 peso dessa fotha? Deixe-a cair simultaneamente com a folha nao amassa- do, de uma mesma altura. Elas chegam juntas ao cho? Por que razdo as quedas observadas na 1? e 2° partes séo diferentes? 3) Dee cair,simultaneamente, de uma mesma altur 1, duas folhas iguals abertas. Uma delas deveré ser colocada com seu plano na horizontal, € 8 Ou- tra na vertical. Observe a queda de ambas e tente explicar 0 que ocorreu. ‘Sogunda experiéncia Vocé podera verificar faciimente que as idéias de Galileu sobre a queda dos corpos sa0 corretas, reali- zando a seauinte experiéncia: 1°) Deke air, simultaneamente, de uma mesma altura, um livto pesado e uma folha de papel. Ob- sene’'2 queda de ambos e verifique qual deles ‘chega 2o solo em primeiro lugar. Tercel = om ‘Movimento retilineo uniformemente retilineo 9, Faca um desenho mostrando 0 aspecto do grifico, xt para um movimento reine, com velacida- de inicial v., supondo que ele seja €@) Uniformemente acelerado. ») Uniformemente retardado. 10. a) Faga um resumo do que fol exposto na secca0 2.5 a respeito das idéias de Aristoteles e Galileu sobre a queda dos corpos. ') Na tabela que voce completou na questo 8 (desta revisdo), quais as equagdes que se apii- ‘cam ao momento de queda live? Qual é 0 valor dea neste caso? imples 2) Segure 0 tivo, co- ‘mo mostra a figu- 1a, com a folha de z papel sobre ele. Solte o livro e ob- serve a queda. 0 livto e a folha cai- ‘am juntos, confor ‘me afirmava Ge leu? Explique por ‘que isto nao acon- «Segunda experiéncio. teceu quando 0s objetos cairam separadamente. 3?) Repita a experiéncia usando, agora, um pedaco de isopor e uma lata vazia (0 isopor deve caber, com folga, dentro da lata). Deixe cair ambos, em pri- meiro lugar separadamente e, depois, colocando ‘isopor dentro da lata. experiéneia Entre em um automével levando consigo um rel6gio aque marque os segundos (ou um crondmetr) e conve um colega pare ajudé-io nas obsenvagdes. Procure uma Pista retae horizontal para realizar a experéncia. 1) Pega 20 motorista para “arrancar” 0 mais rapida- mente possvel, sem mudar de marcha. Anote a velocidade maxima que o carro consegue ating © ‘tempo necesséro para alcancar esta vlocidade. M@M@M@Mca —— 2") Com 0 carro movendo-se a uma certa veloci- dade, peca ao motorista para tirar 0 pé do acelerador € meca 0 tempo decorrido até que a velocidade do carro se reduza & metade do valor inicial 3*) Com 0 carro movendo-se a uma certa velocidade, peca a0 motorista para freié-o, até parar, o mais. rapidamente possivel ‘Anote a velocidade inicial eo tempo necessétio para fazer parar 0 carro Usando suas anotagdes, determine: ) 0 valor da velocidade méxima atingida na arranca- da, emmys (lembre-se que 1 mvs = 3,6 km/h). 'b)_ 0 valor da aceleragao do carro, suposta constante, ‘durante @ arrancada, em m/s". Este valor é maior ‘ou menor do que a aceleragao da gravidade? ©) 0 valor da aceteragéo (em ms"), também suposta ‘constante, do movimento retardado do carro, quando o motorista trou o pé do acelerador. q) © valor da aceleragao (em m/s’), ainda suposta constante, durante a freada do carro. 0 valor absoluto dessa aceleragao é maior, menor ou igual ao valor da aceleracao na “arrancada"? 1. Os carros A, B, Ce D, em um dado instante, esto se movimentando em uma estrada reta e lara, com velocidades posigGes indicadas na figura deste problema. Para o matorista do carro A (observador em A), quals das afirmativas seguintes esto coretas? © CB Sinn Problema |. 2) 0 carro B esté se aproximando a 130 kn. b) O carro D esté se afastando @ 20 knvh. 1) O carro B esté se aproximando a 10 krvh. 4) O carro D esté se afastando a 100 knvh. ©) O carro D esta se aproximando a 20 krVh. 1) O carro Cesta se afastando 2 20 kv. probDlemas e testes |: Quarta experiéncia Voc8 pode medir o tempo de reagéo de um colega, com re- lativa facilidade, realizando a | seguinte expeniéncia: | 2), Mantenna uma régua (com | cerca de 30 om) suspersa | verticalmente, segurando-a entre seus dedos pela ex- tremidade superiog, de mo- do que 0 zero da régua es- teja_sitado ne extremi- dade inferior (ej a figura. 2 Pega a seu colega para colocar os dedos de sua ‘mao proximos do zero da régua, sem tocé-la, mas pronto para seguréla quando pereeber que voce abandonou a régla, deando-a 3°) Sem avso prévio, abandone a régua. Seu colega deve procuarsequré-a o mals rapksamente poss vel. Observando a posigao onde ele conseguiu se- sar argv, vos tera a distancia que ela pereor teu durante @ queda, correspondente ao tempo de reagdo de seu colega. Usando essa medida e 0s seus conhecimentos de queda lie, determine 0 tempo de reagto do colege. Compare o resutado com 0s tempos de reagBo de outros colegs. Quarta experiéncie. sientas 2. A velocidade dos navios € geralmente medida em uma unidade denominada né, cujo valor & cerca de 4,8 kan/h. Qual a disténcia que seria percontica por lum navio, deservolvendo uma velocidade constan- tede 20 nés, durante 10 horas? . 3. Um trem, cujo comprimento € de 100 m, moven- do-se com velocidade constante de 25 ms, deve atravessar um tinel de 200 m de comprimento. Em um ceno instante, a locomotiva esta entrando No tinel. Depois de quanto tempo o trem terd sal- do completamente deste tinel? 4, Suponha que uma pessoa the informe que um autordvelesté se movendo em uma estrada, de tal ‘modo que a distncia d que ele percorre é dada, em fungéo do tempo t, pela equacdo d = 60 t com t fem horas ed em km. Quais das efiragées seguintes séo conclustes cor retas que voo8 poder rar destas informagdes? 2-0 movimento é retiineo. b) Avelocidade do autorbvel é v = 60 kmvn. ©) Adistincia dé dretamente proporional ao tempo. 4) Avelocidade v do caro é diretamente proporcional aotempot, €) 0 grafico d x t é uma reta passando pela orgem. 0 grafico dx t da figura deste problema refere-se ‘20 movimento de um certo corpo. 4) Podernos afirmar que o movimento & uniforme? ) Podemos afirmar que o movimento ¢ retilineo? Problema 5. . Observe a figura deste problema e diga qual é 2 velocidade do corpo: 2) Para 0 caso representadio no grafico (a). »b) Para 0 caso representado no grafico (b). Waa a em) | = | « . ee Problema 6. Probleme 6-b. vent 20 Problema 7. (0 movimento de um carro em uma estrada esté representado na figura deste problema. Entre as afirmativas seguintes, relacionadas com este movi- mento, assinale aquela que esté errada. a) De t = 0,2hat = 0,4 h, ocamo permaneceu parado. ) A distancia total percoida pelo caro fo de 8,0 km. ©) No instante t = 0,6 h, 0 carro estava de volta 2 posigdo inicial. 4) O carro percorreu 4,0 kam em um sentido e 4,0 km ‘em sentido contréro. €) No instante t = 0 0 carro se encontrava no quilémetzo 20 e no instante t = 0,6 h 0 carro estava no quildmetro - 20. Construa o grafico posigdo x tempo (d x 0) para 0 ‘movimento deserto a seguir: um automével parte do quilémetro zero de uma estrada, desenvolvendo. :100 kmh durante 1,0 h; permanece parado du- rante 0,5 h; retoma a 50 krn’h durante 1,0 hy; tora a parar durante 0,5 he, inalmente, volta a0 ponto de partida ainda @ 50 krv’h. em 100 10 30 Problema 9 3. Dois automéves, A e B, desiocam-se em uma mes- mma estrada, Na figura deste problema mostramos @ posigdo de cada um, em relagéo 20 comego da ‘estrada, em fungao do tempo. Analise as afir- magées seguintes, retacionadas com 0 movimento estes caros e assinale aqueles que so coretas. 2) No instante t = 0, se encontra no quilémetro 2210 € B, no quilémetro 60. b) Ambos os carros se desiocam com movimento uniforme. ©) Det =O.at=2,0h, A percoreu 120 km eB peroorreu 60 km. 4) Avelocidade de A 6 60 km e a de B 6:30 km €) Aakcanca B no instante t = 2,0 h, 20 passarem pelo marco de 120 km, Problema 10. Os carros A e B deslocam-se em uma mesma es- trada reta de acordo com 0 gréfico da figura deste problema, Em t= (0, ambos se encontram no quilémetro zero. Analise as afirmacoes seguintes, relacionadas com 0 movimento destes carros © assinale aquelas que séo corretas. a) Em t = 0, temos v, = 0 © vg = 60 kmh. MB cs 7 ) Ambos os carros se deslocam com movimento uniformemente acelerado. ©) De t = Oat =2,0h,A percoreu 120 km e 8 ppercorreu 180 km. 4) A @ B tém velocidades constantes, sendo vq = 60 kmh e Vg = 30 ken, 2) Aalcanca Bem t = 2,0h. 11. Analise os gréficos seguintes e assinale aquele que ‘no pode corresponder a um movimento retilined uniforme. (0) ) © ) a 4 * = ie t a 7 “s ©) fe Problema 11. 12. Na figura deste problema mostramos 0 gréfico posig&o x tempo para um corpo em movimento variado. 2) A velocidade do corpo no instante t, € maior, ‘menor ou igual a velocidade no instante t,? +) Qual é a velocidade do corpo no instante f. ? 3 a Problema 12. 13. Um carro inicia uma viagem desenvolvendo 30 krtvh e mantém esta velocidade durante 4,0 h. Em seguida, ele passa a desenvolver 80 kirvh, viajando durante 1,0 h com esta velocidade. 4) Caloule a velocidade média do carro no percurso total ) Um estudante calculou a velocdade méia do caro ‘como sendo a média artmética das duas veloci- ades desernohidas. Oestudante estava certo? 14. Um corpo cuja aceleragao € nula pode estar em ‘movimento? Justfique sua resposta. 15. A tabela seguinte forece, em varios instantes, os valores da velocidade de um corpo que se desioca ‘om linha reta, ee) 1.0] 20] 30] 40] 50 views) | 5,0 | 80 | 11,0/ 140) 17.0 2) Qual o tipo de movimento deste corpo? ) Qual o valor de sua aceleragéo? ©) Qual € 0 valor da velocidade do corpo no instante t = 0 (velocidade inicia)? 4) Qual a distancia que 0 corpo percorre desde até t= 4,05? 16. A figura deste problema mostra uma pista horizon- tal onde fol testado um automével. Ao se movi- ‘mentar, 0 carro dea cair sobre a pista, de 1s em 15, gotas de 6leo que determinam os intervalos 4, 8, Cetc., mostrados na figura. Sabendo-se que 0 cao se movimenta de A para L, indique: ele tt eg ge ae got p geal gS Problema 16, a) 0 intervalo em que 0 carro desenvolveu maior velocidade. ') 0 intervalo em que 0 carro desenvoleu menor velocidad. ©) 05 intervalos em que 0 movimento do carro foi acelerado. ) 0 intervalo em que 0 movimento do carro foi retardado. €) 0 intervalo em que © movimento do carro foi uniforme, 117. Um carro esta se deslocando com uma velocidade de 15 mvs, quando 0 motorista pisa no freio. O ‘movimento passa a ser uniformemente retardado, fazendo 0 carro parar completamente em 3,0 s. 2) Calcule a aceleragSo que 0s freios imprimiram. 20 carro. ) Desenhe 0 gréfico v xt durante 0 tempo da freadi ‘No problema anterior, calcule a distncia que 0 carro percoreu durante a freada: @) A partir da rea sob o grafico v xt ') Usando a equagao d= vet + (1/2) at?. Compa- re este resultado com aquele obtido em (a). 119. Uma pessoa he fornece a equagao do movimento de um corpo que se desloca em linha reta: d=6,0t+2,5¢? (temsedemm). A partir desta informacéo, determi ‘2) 0 tipo de movimento do corpo. ) A velocidade inicial do corpo. ©) Aaceleragéo do movimento. 20. A figura deste problema mostra um corpo que par- tiu do repouso em queda live nas proximidades dda superficie da Terra. Observe, no instante t 1s valores de a, ve d para este corpo. A partt estes dados, determine os valores de a, ve d no instante t = 27. Problema 20. 21. © movimento de queda de um corpo, préximo & superficie de um astro qualquer, ¢ uniformemente variado, como acontece na Terra. Um habitante de um planeta X, desejando medi o valor da acelera- (ga0 a gravidade neste planeta, abandonou um corpo a uma altura de 64m e verificou que ele gastou 4,0 s para chegar 20 solo. 2) Qual o valor de g no planeta x? ) Qual a velocidade com que o corpo chegou a0 solo do planeta? 22. Um astronauta, na Lua, arremessou um objeto verticalmente para cima, com uma velocidade Inicial de 8,0 ms. 0 objeto gastou 5,0 5 para atingir 0 ponto mais alto de sua trajetéria. Com estes dados calcule: a) 0 valor da aceleragéo da gravidade na Lua. b) Aaltura que o objeto alcancou. 23. Suponha que um objeto fosse arremessado ver- ‘icalmente para cima, na superficie da Terra, com a mesma velocidade inicial do problema anterior. Calcule @ aitura que ele atingria e compare com & altura atingda na Lua. 124, Para a situagéo descrita no problema 22, determine: a) A velacidade com que 0 objeto retoma a mao do astronaut ) Durante quanto tempo 0 objeto ficou fora da ‘mao do astronauta. 25. A posigdo d de um automével em uma estrada va ria com 0 tempo t de acordo com o grafico da figu- ra deste problema. 2) Descreva 0 movimento do autorével. ) Construa 0 gréfico v x t para este movimento. 7 0] 05 40 15 20 mm) Problema 25. 26. Uma particula se desloca ao longo de uma reta. Sua posigéo d, em relacéo a um ponto 0 da feta, varia com 0 tempo de acordo com o grafico da figura deste problema. Considerando os instantes ty ty {@ fo: Problema 26. 1) Em qual deles a particula se encontra mais préxima de 07 e mais afastada? ') Coloque em ordem crescente os valores da velocidade da partcula nestes instantes. 0] 10 20 30 40 50 wm Problema 27. 27. A figura deste problema é um gréfico v xt para ‘um automével ao arrancar diante de um sinal de \wéfego, quando a luz verde se acendeu. 8) Qual adistncia equivalente& érea de cade ma- tha do quadriculado? ) Calcule a aistancia que o carro percoreu até 0 instante t = 5,0 s, através da contagem do né- ‘mero de malhas sob 0 grafico. ME ca. - ©) Qual fol a velocidade média do carro no intenvalo det=Oat=5,0s? Problema 28. 28. Os movimentos de trés cartos &, Be C, em uma rua, estdo representados no grafico v x t da figura deste problema. No instante t = 0, 05 trés carros estéo lum a0 lado do outvo e situados @ uma distancia de 140 m de um sinal de “trénsitoimpedido". 2) Descreva o movimento de cada caro. b) Usando o gréfico, verfique se algum deles avan- ou o sina. | 29. Miriam, @ namorada do Super-homem, & empurrada do alto de um ecificio de 180 m de altura e cai em queda livre. 0 Superchomem cchega a0 alto do edificio 4,0 s apés 0 inicio da queda de Miriam e parte, com velocidade ‘constante, para salvé-la. Qual o minimo valor da velocidade que 0 Super-homem deve desenvolver para alcancar sua namorada antes que ela chegue ‘20 solo? (Considere g = 10 mvs*,) 30. a) 0 astronauta Scott, da Apolo-15, na super- ficie da Lua, abandonou uma pena e um martelo, de uma mesma altura e, a0 verificar que os objetos chegaram juntos ao solo, exclamou: "Nao que o Sr. Galileu tinha razo?!". Como vocé explicaria o fato de os dois odjetos cairem simultaneamente? Por que, na Terra, normalmente, a pena cai mais lentamente do que o martelo? ) Umjomal da época, comentando 0 fato,afirnava: “A experiéncia do astronauta mostra a grande diferenga entre os valores da aceleragéo da gra- vidade na Terra e na Lua". Critique este comen- trio do jorna at queStGes de vestibular ¢ uct As questées de vestibular se encontram no final do livro. cces de vest problemas suplementares lerinas (Na solugéo destes problemas, considere g = 10 m/s?) 11. Um sonar, instalado em um navio, esté a ume altura de 6,8 m acima da superficie da gua. Em um dado instante, ele emite um ultra-som que, refletido no fundo do mar, etoma ao aparelho 4,0 s apds sua temiss&0. Sabe-se que 0 ultra-som se propaga com velocidade constante em um dado meio e que, no a, esta velocidade vale 340 mys, enquanto na agua vale 1, 40 x 10° ms. Determine a profundidade lo- cal do mar. 2. Duas estradas retilineas se cortam em Angulo reto. ois carros, A e 8, partem simuitaneamente desse pponto de enconto, cada um em uma estrada, desio- ccando-se com velocidades constantes v, = 15 mis. € Vg = 20 rvs. Depois de quanto tempo a distan- cia entre A e B seré igual a 250 m? 3. Um observador A, dentro de um vagao que se des- Joca horizontalmente em linha reta com velocida- de constante de 10 mvs, langa para cima uma es- ferinna que sobe verticalmente em relagéo a ele. Um observador B, no solo, em repouso em rela- (G80 & Terra, vé o vagao passar. Sejam v, @ vp, res- ectivamente, 0s valores da velocidade de esfera, fem relagao a cada observador, no instante em que ela tinge 0 ponto mais alto de sua trajetéria. Quais so 0s valores de v,€ Vp ? 4. 0 sinal luminoso na tela de um osciloscépio des- Creve um segmento de reta horizontal, de 5,0 cm cde comprimento, a partir do ponto 0, situado & es- querda do segmento. 0 gréfico pasigéo x tempo dese movimento esté representado na figura des- te problema. Movimente retitines 7 £2) Que tipo de movimento o sinal luminoso descre- ve entre 0 20 ms? (1. ms = 10 s) ) Qual , em crs, o médulo da velocidade do sina? ©) Qual 62 posigdo do sinal no instante t = 4 ms? .) O que acontece com o sinal logo apés 0 instante t=20ms? ©) Qual é a posigdo co sinal no instante t = 30 ms? deem) 50: 0 20 40 ts) Problema suplementar 4 A figura deste problema mostra o grfico posi x tempo para varios automéveis que se desiocam 20 longo de uma estrada. As posigées so contadas a part do quitdmeto zero da estrada. 4) Quai os cars que estdo sempre se afastando {do inicio da estrada? ) Qual 0 carro que desenvole uma velocidade onstante de maior médulo? ) Quais os carres que possuem a mesma velo cidade? ©, Que carro permanece sempre parado? ©) Que caro foi acelerado, a partir do repouso, adquirindo uma velocdade constante? posigto Problema suplementar 5. . Os fabricantes de bons automéveis anunciam que durante uma “arrancada’” os carros de sua fabricagao ‘so capazes de atingit 100 keh (a partir do repouso) fem 10 s. 0 médulo da aceleragso desse carro (suposta constante) 6 maior ou menor do que o mé- duo de aceleragao da gravidade? Quantas vezes? Um trem expresso passa por uma certa estagao movendo-se a 20 mm/s. A préxima estagdo est a 2,0 km de distancia e o trem passa por ela 1,0 minuto apés. 9. 11. 2) Avelocidade do trem se madiicou no trajeto en- ‘re as estacdes? Explique. b) Se howe modificacéo, qual fol a velocidade ‘com que 0 trem passou pela segunda estagao? Suponha constante sua aceleracdo durante todo 0 trecho. ‘Uma particu, deslocando-se em movimento ret- lineo uniformemente acelerado, percorre 20 cm durante o primeiro segundo de seu movimento 4110 cm durante 0 décimo segundo. Calcule, para essa particular 2) Sua aceleracao. ) Sua velocidade inicial. Um Boeing 747 Gumbo), para algar vo, precisa ‘alcangar uma velocidade de 360 km/h, Sabe-se ‘que 0s seus reatores 640 capazes de the imprimir, ‘em terra, uma aceleragao méxima de 3,0 mvs’. Supondo que 0 Jumbo, na pista, desenvolva uma aceleragdo constante, qual deve ser 0 minimo comprimento dessa pista para que seja possivel sua decolagem? . Um automével, em uma estrada, desenvolvendo 1120 kav, esté ultrepassando um caminhéo quando surge, em sentido contrério, outro automével a 1100 kin. Os dois motoristes pisam simultanea- ‘mente nos freios, retardando ambos os carros com uma aceleragéo de médulo igual a 5,0 mm/s". Qual deve ser a minima distancia entre os carr, no inicio da freada, para que nao haja colisio entre eles? Um automévelesté parado em um sinal luminaso de ‘wansito, No momento em que se acende a luz verde, ‘© automével parte com uma aceleragéo constante de 2,0 mis*. Nesse mesmo instante, um énibus, \deslocando-se com uma velocidade constante de 660 kan’, utrapassa o automével. A que cisténcia ce ‘seu ponto de partida 0 carro aleangaré o Gnibus? . Um motorista passa por um inspetor de trénsito que resolve segui-lo com sua motocicieta, pois a velocidade méxima naquele local era de 60 knvh & 0 carro estava desenvolvendo 72 kr. O inspetor, paartindo do repouso, inicia a perseguicao 10s ap6s a passagem do carro, desenvolvendo uma aceleragao constante. Sabendo-se que ele alcanca ‘o motonsta a 3,0 km de onde parti, determine a Velocidade do inspetor nesse momento. 0 maquinista de um trem rapido, movendo-se a 30 mvs, avsta na mesma linha, a uma disténcia de +100 m & sua frente, um trem de carga movendo-se {8 10 m/s no mesmo sentido. Imediatamente 0 ‘maguinista aciona 0s feios, imprimindo ao vem ‘um movimento uniformemente retardado de acele- ago a. Qual deve ser 0 menor valor do médulo de 2 para que os trens no colder’? G70 14. Um carro, ao ser freado, adquire um movimento, ‘uniformemente retardado, cuja aceleragao tem um ‘médulo igual a 4,0 /s?. © motorista desse carro, ‘que estava se deslocando a 72 kirvh, percebeu um obstaculo & sua frente. Acionando os freios, con- ‘Segui parar o carro apés um percurso de 60m, Ccontados a partido instante em que ele iu 0 obstd- ‘culo. Qual foi 0 tempo de reagdo do motorista? 15. Um elevador esté parado em um andar de tal modo que 0 seu piso se encontre a uma distincia de 30 m do fundo do pogo. Uma pessoa, dentro do elevador, sustenta uma laranja a 2,0 m acima do piso deste elevador. No momento em cue 0 eleva- dor comega a se mover, a pessoa abandona a la ranja. Quanto tempo ela gastard para ating 0 piso {do elevador supondo que, naquele instante: 2} 0 elevador inicie uma subida com aceleragéo de 4,0 mvs". ) O'cabo do elevador se rompa, 16. Uma pessoa, em um baléo flutuando a uma altura, {de 150 m, deixa cair um saco de areia e comega ‘subir com uma velocidade de 2,0 mis. A que altura ‘se encontra 0 baldo no instante em que o saco de ‘arela chega ao solo? 417. Um foguete & langado verticalmente para cima com uma aceleragéo constante de 8,0 mis* e 0 seu combustivel se extingue 6,0 5 apés 0 langa- mento. Supondo desprezivel a resisténcia do determine: 2) A altura méxima atingda pelo foguete. ) Quanto tempo apés o langamento o foguete retoma ao ponto de partida. 418, Um edicio tem 18 m de altura. Uma pessoa, twada na base desse edificio,langa uma bola ver- ticalmente para cima, com velocidade de 12 ms. No mesmo instante, outra pessoa no alto do edi Cio deixa air, na mesma vertical, outra bola. A que altura do solo as bolas se encontvaréo? 19. Uma pequena esfera de aco & abandonada de uma altura de 5,0 m acima de um tanque de area com superficie bem nivelada. Ela forma na areia uma depresso de 2,5 om de profundidade. Supondo constante a aceleragdo do retardamento provoca~ do pela areia, calcule o tempo que a esfera gasta Para parar, 20. Para achar a profundidade de um pogo, uma pessoa deixou cair nele uma pedra e 3,0 s de- ois ouviu o barulho do seu choque com o fundo do pogo. Sabendo-se que a velocidade do som no ar vale 340 m/s: €@) Calcule o tempo que a pedra gastou para chegar 20 fundo do poco, ») Determine a profuncidade do pogo. ©) Qual seria 0 erro cometido no caleulo da profun dlidade se fosse desprezado 0 tempo que 0 som gasta para chegar 20 owido da pessoa? (Cxpresse esse erro em forma percentual,) 21. Um menino, em uma passarela existente sobre ‘uma rua, deixa cair uma pedra exatamente no ins- tante em que um caminhao comega a passar sob 2 passarela. O caminhdo tem 10 m de compri- ‘mento e a pedra foi abandonada de uma posigao 5,0 m acima do veiculo. Qual deve ser, em krvh, ‘a minima velocidade dese caminhao para que @ pedra no 0 atinja? 22. Uma esfera metalica & abandonada de uma certa altura sobre a superficie de uma piscina, chela '€gua, com 6,0 m de profundidade. Dentro d'égua, a esfera se move com movimento uniforme, de Velocidade igual & que possuia 2o ating a superficie da piscina. Supondo que a esfera gaste 1,5 s para se destocar da superficie até 0 fundo, determine a ‘alture, em relagdo & Agua, da qual a esfera foi abandonada, 23. Um pedestre esté correndo a 6,0 m/s, que é @ mé- xima velocidade que ele consegue desenvolver, a fim de pegar um Gnibus que esta parado. Quando ele se encontra @ 25 m do Gnibus, este parte com uma aceleragao constante de 1,0 m/s". Mostre que o pedestre néo conseguir aleancar 0 Gribus & caleule @ menor dsténcia do veiculo que ele con- segue ating. Ee] 0 [20140160] 80 ]100 d(m) | 200 | 180 | 160 | 140 | 420 | 100 Probleme suplementar 24 24, A tabela deste problema fomece, em varios instan- tes, a posigéo d de uma bicicleta, em relagdo ao uildmetro zero da estrada na qual ela se desioca, 2) Escreva a equagéo que forece a posigéo d da bicicleta em fungio do tempo t 'b) Suponha que a origem da contagem da posi¢ao {fosse deslocada para a posi iia da bicgeta € que o sentido no qual ela Se mave fosse cons derado posto, Escreva, para esse caso, a equa- ‘¢40 que fomece a posigao d em funcao de t. 25. Uma particula se desloca sobre uma reta,partindo de um ponto 0 com uma velocidad constante de 3 m/s, Apés 6 s, a0 passar por um ponto P, ela Aadquire um movimento uniformemente aceleredo, ‘com uma aceleragaio de 4 mvs*. Escreva a equagao que fomece a posigdo d da partcula em fungéo do tempo t, para os seguintes casos: 2) A origem de d esta em 0 ¢ toma-se t= 0 ‘quando a particula passa por P. ») A origem de d est em Pe tome-se t ‘quando a partcula passa por esse ponto. )"Em qual dos casos considerados 0 valor que fornece a posigdo da particula coincide com a distancia percorrida por ela? capteuto 3 Vetores = Movimento ‘Quadro do artist italiano G. Bezzul pintado em 1841, no |quol ele represento uma cena em que Galilew ‘etudende 0 movimento de ume pequena exfer,em um plano inclinado, cercado de nobres,clentisas e estudantes de Piso. alileu évsto,ne quadre acim, incinade sobre ur ivr. Vetores-Movimente curvilines ee a 3.1. Grandezas vetoriais e escalares GRANDEZAS ESCALARES ‘Vocé esti habituado a lidar com uma série de grandezas como, por exemplo, ovolume de um corpo, a area de um terreno, a temperatura de um objeto etc. Assim, dizemos que o volume de uma caixa d’égua € de 1000 litros, que a érea coberta de uma casa é de 300 m2 ou que a temperatura de uma crianga com febre Ede 38°C ete. Observe que, em todos estes exemplos, as quantidades citadas ficam plenamente conhecidas quando especificamos o seu valor, isto é, 0 seu él ea unidade usada na medida. “Todas as grandezas, como as que mencionamos, que ficam completamente definidas quando se fornece apenas 0 seu valor, si denominadas grandezas escalares. Entretanto, existem outras grandezas, como veremos a seguir, que nio podem ser classificadas como grandezas escalares, pois elas nio ficam completa- mente determinadas se fornecermos apenas 0 seu médulo, DIREGAO E SENTIDO No estudo desta seccio, a compreensio das idéias de diregdo e de sentido ddesempenha um papel fandamental e, por isso, vamos discuti-las inicialmente. Provavelmente, vocé jé ouvin alguém fazer referéncia a esses ter- mos € € possivel que tenha alguma nogao do que eles significam. Para tornar mais preciso 0 conhecimento desses conceitos, observe a fig. 3-1- a. A reta r,, ali tragada, define ou determina uma diregao. Arreta ry, nio paralela a r,, determina outra diregio, diferente da direcio definida pela reta r,. Jé a retar, , paralela a r,, possui a mesma diregdo da reta r,. Portanto, 0 conceito de dirego tem sua origem na Geometria e é caracterizado por uma reta ¢ por todas as retas paralelas a ela. Em outras palavras, retas paralelas possuem a mesma diregdo. Por exemplo: carros que se movimentam em tuma mesma rua reta, ou em ruas retas paralelas entre si, esto se deslocando na mesma diregio. Consideremos, agora, uma dada dire- Glo, definida pela reta AB da fig 3-1-b. E —4—«__»_2_— claro que podemos imaginar uma pessoa se deslocando nessa reta (nessa dire¢o) de duas maneiras diferentes: de A para Bou de B para A. Dizemos, entio, que existem dois sentidos possiveis na diregio da reta AB: o sentido de A para B e o sentido contririo a ele, isto é, o sentido de B para A. Portanto, s6 tem significado dizer que dois sentidos sao iguais ou contririos se estivermos fazendo essa comparagio em uma mesma dire¢io. Por exemplo: considerando uma reta vertical, sabemos que ela define uma diregio ¢ sobre essa diregao temos dois, e apenas dois, sentidos possiveis: o sentido para baixo ¢ o sentido para cima oz Fig.3+I-a:Arretarr, er, tém 1 mesma diresdo, diferente da divegde de retar. a 7 Fig. 3-2-2: e um outomével via de Broslia para Recife, seu deslocamento é representade pelo seg- mento AB. aes -Iab: Podemos representor o deslocamento do automével por melo de um vetor tracado de A pore 3. GRANDEZAS VETORIAIS: DESLOCAMENTO Consideremos um automével que partiu de Brasilia, vigjando para Recife, seguindo as estradas indicadas no mapa (fig. 3-2-a). Este carro sofreu uma mudanga de pasigo: saiu de A (Brasilia) e foi para B (Recife). A mudanga de posigio € definida pelo segmento AB, denominado deslcmento do carro. Em outras palavras: deslca~ ‘mento de um corpo € o segmento que une a sua posicio inicial sua posigio final. Observe que o deslocamento nao deve ser confundido com a trajetéria seguida pelo corpo. Um avito, por exemplo, que fosse de Brasilia para Recife, provavel- ‘mente seguiria uma trajet6ria completamente diferente ¢, no entanto, 0 seu deslo- ‘camento seria 0 mesmo do automével (segmento AB, unindo Brasilia a Recife). Suponha que vocé desejasse informar a uma pessoa sobre o deslocamento do carro mencionado. Se voeé Ihe dissesse que carro se deslocou 1600 km, isto é, se vocé lhe fornecesse apenas o médulo do deslocamento, esta pessoa nao pode- ria fazer uma idéia da mudanca de posicio do carro. Esta mudanga de posicio, de 1600 km, poderia ter ocorrido em uma diregéo qualquer, que nio foi especificada por vocé. EntZo, para melhor entendimento, vocé deveria informar que o deslo- camento se deu na diregio da reta que passa por Brasilia e Recife. Mesmo assim, para ter a idéia completa do deslocamento, a pessoa teria que saber se ele se deu de Brasilia para Recife ou de Recife para Brasilia, isto é, ela teria que conhecer 0 sentido do deslocamento. Neste caso, vocé deveria Ihe informar que o sentido foi de A para B (de Brasilia para Recife). Em resumo, para especificarmos completamente um deslocamento AB qualquer, € necessirio fornecer: —0 seu médulo - valor do deslocamento; —a sua diregio— reta ao longo da qual ocorreu o deslocamento; — o seu sentido ~se foi de A para B ou de B para A. Yetores = Movimento curvilineo: ————_——— os Grandezas que se comportam como o deslocamento sio denominadas grandezas vetoriais, Portanto, uma grandeza vetorial sé fica completamente determinada quando sao conhecidos 0 seu médulo, a sua direcio ¢ 0 seu sentido. OUTRAS GRANDEZAS VETORIAIS Além do deslocamento, vamos encontrar, em nosso curso, virias outras sgrandezas vetoriais. A velocidade, por exemplo, é uma grandeza vetorial. De fato, se uma pessoa Ihe disser que um carro esti se movendo a 50 km/h (médulo da velocidade) voc® nao tera uma idéia completa de como o carro esta se movendo. Vocé precisaria saber também a diregio da velocidade (por exemplo: diregio Norte-Sul) e 0 seu sentido (de Sul para Norte, por exemplo).. A forga € outra grandeza vetorial que encontramos freqiientemente. Além de especificarmos o seu médulo (intensidade da forga), € necessério fornecer a sua diego (se ela atua horizontal, vertical ou inclinadamente) e também o seu sentido (Ge ela atua da direita para a esquerda ou da esquerda para a direita; se de baixo para cima ou de cima para baixo etc.). Oportunamente, nos préximos capitulos, iremos entrar em contato com outras grandezas vetoriais. REPRESENTAGAO DE UMA GRANDEZA VETORIAL Consideremos, novamente, um automével que viaja de Brasilia para Recife. Como jé vimos, o seu deslocamento s6 fica definido quando especificamos 0 seu médulo, a sua diregio ¢ o seu sentido. Estas trés caracteristicas da grandeza podem ser fornecidas, de uma $6 vez, se representarmos 0 deslocamento por meio da flecha AB mostrada na fig.3-2-b: 0 compri- aia mento da flecha, em uma escala apropriada, representa ‘Ben m6dulo do deslocamento; sua diregio é representada : pela dirego do segmento AB e 0 seu sentido é indica do pela seta na ponta da flecha. Qualquer grandeza vetorial pode ser representa da, geometricamente, de maneira idéntica. Assim, na fig. 3-3, a flecha representa a velocidade de 50 km/h (cada 1 cm representa 10 km/h), na diregao Norte-Sul eno sentido de Sul para Norte. Na fig. 3-4, a flecha z «sti representando, em médulo, diregao e sentido, a forga que a pessoa exerce no corpo. Dizemos que, nestas figuras, as flechas esto re- presentando vetores:na fig. 3-2-b, 0 vetor deslocamento, Fig3-3: A velocidade de Fig. 3-4: Uma forse tam- na fig. 3-3, 0 vetor velocidade e, na fig. 3-4, 0 vetor um automérel pode bém pode set represento- forga. Ao nos referirmos a um vetor qualquer, tragado Gtarein ees a de um ponto a outro, de A para B, por exemplo, a 76. escrevemos AB, que se Ié: vetor AB. Podemos, também, nos referir ao vetor usan- do uma tinica letra para representé-l -vetor v) como na fig. 3-3 ou F (lé-se: vetor F) como na fig. 3-4. fig. 3-2-b,5 (e lo. Por exemplo: d (lé-se: vetor d) como na ‘Quando nos referimos apenas a0 médulo de um vetor, deixamos de colocar a flecha sobre a letra que o representa, escrevendo simplesmente: d, v, F ete. Portamto, di: representa 0 vetor (médulo, diregio e sentido) 4d: representa apenas o médulo do vetor BC clo exelCicios de fiXagao excl-Cicivs ce tl Antes de passar ao estudo da préxima secgio, responda as questées seguintes, consultando 0 texto sempre que julgar necessario, 11. Em cada uma das frases seguintes, dizer se 6 pala- wa gifada corresponde a uma grandeza escalar ou vetoral. 2) 0 volume de uma caixa d'égua é de 500 L. b) Um menino puxa uma corda com uma forga horizontal, para a direita. ©) Um avigo voa, com uma velocidade de 500 kv, de Leste para Oeste. 6) A temperatura da sala de aula é de 25° C. Exereicl 2 2. Na figura deste exercicio, 08 vetores Vy Uy Yo © Uy representam as velocidades de alguns automévels ‘se movimentando no cruzamento de duas ruas. 4) Os vetores ¥%, e %, tm mesma diregéo ou diregées diferentes? b) 0s vetores i, e 7, tm mesma direcdo? Tém o ‘mesmo sentido ou sentidos contririos? ©) Os vetores ¥, e ¥, tém mesma diregao? Tém o mesmo sentido ou sentidos contrérios? 3. Um carro viajou, ao longo do litoral, indo de Sal- vador até Fortaleza. 3, ef aes race CH Exercico 3 8) Reproduza, em seu cademno, a figura deste exer- Ciclo e desenhe nela 0 vetor d que representa 0 deslacamento do carro. ) Observe a escala do mapa e determine isto 6, ‘© médulo do vetord. ©) Qual &adiregdo do vetord? 6) Qual &0 sentido do vetord? ms Vetores - Movimento curvilines 4. A figura deste exercicio mostra uma bola em queda livre, fem um certo instante. Neste instante, a velocidade da bola é de 8,0 mis, sua diregdo € vertical e seu sentido & de cima para baixo. Usando uma escala em que 4 em representa uma velocidade de 2 m/s, desenhe, em ‘uma cépia da figura, 0 vetor velocidade da bola naquele 4 instante, 3.2. Sema de vetores Voce ja esté bastante habituado a lidar com as grandezas escalares e sabe, portanto, que elas se adicionam de acordo com as regras comuns da Algebra. Por exemplo: se um tanque contém 2m’ de Agua, acrescentando-se mais 5 m’ 0 tanque ficard com 7 m’ de égua, pois 2m'+S5m’ = 7m’ ‘Se uma pessoa possui um terreno, cuja rea é de 1 000 m’, e vende um lote deste terreno de 400 m’ de érea, o lote restante ter4, evidentemente, uma dea de 1000 m?— 400 m? = 600m? ‘A maneira de operar com as grandezas vetoriais, entretanto, € bastante diferente, como veremos a seguir. RESULTANTE DE DOIS VETORES Consideremos um automével que se desloca de A para Be, em se~ guida, de B para C (fig. 3-5). Estes deslocamentos estio representados, na fig. 3-5, pelos vetores 7 ¢ J. O efeito final destes dois deslocamentos combinados ¢ levar o carro de A para C. Evidentemente, 0 vetor @, tra- sado de A para C (fig. 3-5), representa um deslocamento equivalente a0 efeito combinado de @ e b. Dizemos, entio, que 0 vetor @ é a soma ou resultante dos vetores d e B e escrevemos t a+d Fig. 351 0 vetorZ 60 Esta maneira de adicionar dois deslocamentos é vélida para qualquer retuttonte dos vetores © ¢ ‘grandeza verorial. Observe que as grandezas vetoriais se adicionam de maneira Histo é.c = 66 diferente das grandezas escalares e as palavras “soma” ou “adigio” e o sinal “+” tém, aqui, um significado especial. Assim, para evitar confusio, costumamos usar a expressio soma vetorial quando estamos adicionando vetores. Portanto, por meio da fig. 3-5, aprendemos que para encontrar a resultante, ¢, de dois vetores d e b, tracamos 0 vetor 6 de modo que sua origem coincida com a extremidade do vetor @. Unindo a origem do vetor @ com a extremidade do vetor 6, obtemos a resultante ¢. Fig.3-6: A resultante de dois vetores pode ser obti- ‘da, também, pela regra do lelograme, Fig.3-1: O diagrama mo: tra a resultante de vérior vetores, obtide ligando-se ‘Gerigem de primeiro vetor ‘O extremidade do atime. Vad, + 0,+ 0,40, Fig.3-8:Para.o exemple I REGRA DO PARALELOGRAMO ‘Uma outra maneira de obter a resultante 7 de dois vetores, 7 ¢ 5, est mostrada na fig. 3-6. Estes vetores sio tragados de modo que suas origens coincidam (por exemplo: d e b podem estar representando duas forgas aplicadas no ponto 0). Tragando-se um paralelogramo que tenha # eb como lados, a resultante ¢ sera dada pela diagonal deste paralelogramo que parte da origem comum dos dois vetores. Costumamos denominar este processo de regra do paralelogramo. Evidentemente, os dois processos apresentados (figs. 3-5 ¢ 3-6) para a determinacio da resultante de dois vetores slo equivalentes e conduzem a resultados idénticos. RESULTANTE DE VARIOS VETORES Para encontrar a resultante de varios vetores, usaremos um processo semelhante aquele visto para dois vetores. Consideremos, por exemplo, que tenham sido dados os deslocamentos 5,, 9, 9), 3, Escolhida uma escala apropriada, tragamos os vetores de modo que a extremidade de um coincida com a origem do seguinte, como mostra a fig. 3-7. Evidentemente, 0 deslocamento resultante, isto €, 0 desloca- mento capaz de substituir os deslocamentos sucessivos combinados seré ovetor ’, que une a origem do primeiro vetor com a extremidade do ‘iimo. Portanto, na fig. 3-7, temos Pa n+ + 14% Exemplo 1 @ Bede d, s+ 4 je | Consideremos dois deslocamentos d, € d,, de médulos d, = 4 med, = 3m. Determinara resultante D desses desiocamentos nos seguintes casos: 2), ed; tom a mesma diregdo e o mesmo sentido. Seguindo a oxentagéo estabelecida no texto, tragamos os vetores de modo que @ orgem de , coincida com a extremidade de d, (fg. 3-8-a). 0 deslocamento resultante D, abtido unin- Vetores = Movimento curvilines So do-se a origem de d, com a extremidade de d,, terd, como mostra a fig. 3-8-2, médulo ‘me.a mesma dregio e sentido dos vetores dads. 1) d,ed, t8m a mesma diregdo e sentidos contéros (ig. 3-8-b). Usando © mesmo processo, obtemos o deslocamento resutante D mostrado na fg. 3-8-b. Observe que seu médulo é D = 1 m, sua dregéo é a mesma dos vetores dedos e 0 seu sentido & 0 do vetor de maior médulo (sentido de d). )d, 6 perpendicular ad, como mostra a fig, 3-8. ‘tems a resultant © ligando a origem de dy com a extremidade de d,. Veros que esta ‘esutante é a hipotenusa de um triéngulo reténgulo,cujos catetos s40 de dO médule de Dpoderd ser obtido, algebricamente, usando-se 0 teorema de Pitdgoras, isto é, Daa+o? oy == 424 = Sm usar que tems 6 = dj + dj (oma vetria), mas © médulo de D6 aferente da soma dos imédvlos de 0, e 4, (54 +3), @)d, ed, formam um Angulo de 120°, como mostra a fig. 3-8-d. Para este caso, em que 0s vetores ndo estéo na mesma dlregdo e formam um anu ife- rente de 90°, embora possamos determinar aigebricamente a resultante, sera mais simples e mais prético usar 0 método grafico. Para isto, tragamos os vetores em uma escala apropri- ‘ada. Na fig. 3-8-d, escolhemos representar cada 1m por 1 cm (escala de 1:100) e, assim, ‘epresentamos d, por um vetor de 4 cm ed, por um vetor de 3 em. Ligendo @ origem do Yetord, com a extremidede de dy obtemos @ resutante D, mestrada em médulo, decéo {endco'na fg. 3-8-4 O sau médulo serd obo medindo-se, com uma régua, 0 comprimento de segmento que representa. Faga isto @voos obtrs, na 3-8: uma medida de 6,1 em. Fetanta, considerando a escala do desenho, o mdduio de D sera D = 6,1 m. Como /é fo destacado, este méculo nda é iva 8 soma dos méduls de ded COMPONENTES DE UM VETOR Consideremos o vetor I” representado na fig. 3-9. Tracemos, a partir da origem do vetor, os eixos perpendiculares OX ¢ OY. Da extremidade de V, tracemos uma perpendicular sobre OX. Assim, estamos projetando o vetor sobre o eixo OX e obtemos o vetor 7, mostrado na fig, 3-9. Este vetor 7, deno- mina-se componente do vetor 7 segundo a diregio do eixo OX. Portanto, a componente de um vetor, segundo uma diregao, € a projegio (ortogonal) do vetor naquela diregao. ‘Do mesmo modo, podemos obter a componente de sobre 0 cixo OY, projetando-o sobre este eixo. Esta componente, 7, também esti mostrada na fig. 3-9. V, e 7, sio denominadas componentes retangulares do vetar P. Observe que 7 € a resultante de 7, ¢ V, (lembre-se da regra do paralelogramo) e, portanto, o vetor 7 poderd ser substitufdo pelas suas componentes retangulares. Assim, a0 determinarmos as componentes retangulares de um vetor V’, encontramos dois vetores P, e P, que, em conjunto, podem substituir o vetor V. ct! Fig.3-9: Os vetores V, eV, s80 as componente: retan= agulares do vetor V. Para calcular matematicamente os valores destas componentes, voltemos & fig, 3-9. Lembrando que em um tridngulo retingulo temos as relagdes, cateto oposto a@ sen @ = “et hipotenusa cateto adjacente a @ cos @ = hipotenusa teremos, para o triangulo OAB da fig. 3 Y, sen = 7+ donde V, = Vsen 8 LA = cos = FF donde V, = Veos @ Estas relagSes nos permitem calcular os valores das componentes V7, e V, quando conhecemos 0 médulo do vetor 7 o Angulo que ele forma como eixo OX. Por outro lado, se conhecermos os valores das componentes 7, ¢ V0 médulo do vetor P podera ser obtido pelo teorema de Pitigoras. De fato, no tringulo OAB da fig. 3-9, temos Vv Vi+Vv? Exemplo 2 Consideremos um corpo que sofre um deslocamento D de 100 km, formando um Angulo de 30° com a diregdo Ceste-Leste, como mostra a fig, 3-10. Considerando 0 eixo OX dingo para o Leste e 0 eixo OY dinigido para o Norte, calcuiar as componentes By e 6, deste deslocamento, Projetando 0 vetor sobre OX e OY, encontramos as componentes 6, e B, (fg 3-10). 0s valores desta componentes serdo obtidospelasrelacses* D,=Dc0s0 e 0, = Dsend onde @ = 30° e D = 100 km. Consultando a tabela de fungées trigono- ‘métricas no final deste volume, encontramas (considerando dois algarismos ‘ignificativos) c0s30°= 0,87 @ — sen 30° = 0,50 D, = 100%0,87 donde 0, = 87 km. Fig.3-10:Para 0 exemplo 2. D, = 100x0,50 donde, = 5Okm Observe que quando 0 corpo sofre 0 deslocamento considerado, ele se afasta de O deslocando-se um tanto para Leste e um tanto para o Norte. As ‘componentes indicam estas quantidades. Portanto, 0s resultados D, = 87 km e D, = 50 km indicam que, em virtude do deslocamento D, 0 corpo se deslocou 87 km para Leste e 50 km para o Norte. a Metores - Movimento cxtrvilines — exelCicios de fiXagao ©. Antes de passar ao estudo da préxima sec¢ao, responda as questdes seguintes, consultando 0 texto sempre que julgar necessario. 5. A figura deste exercicio mostra o vetor é que 6 a resultante dos vetores 3 e 6. 8) Indique este fato por meio de uma expressao matematica. ) Seria correto indicar este fato escrevendo que c= a+b? zs @ Exercicio 5. 6. 0s vetores d, e d,, mostrados na figura deste exer- cicio, representam desiocamentos cujos médulos sod, =5 ome d, = 20m. 4 & » a Exercicio 6 a) Na figura (a), desenhe a resultante D desses votores e determine 0 seu médulo. ») Fagao mesmo para o caso da figura (b). | 0) Na figura (c), desenhe a resultante De use uma | régua para determinar 0 seu médulo. € € coreto dizer que, em todos 0s casos ante- ‘ores, temas B = d+ d.? ©) Em qual dos casos poder daer que D =? 7. Dos deslocamentos de 5 perpendicvlares entre si, ‘tm médulos a = 8,0 om ¢ b =6,0 em (veja figura). hoe e a Exercicio 7. 2) Desenhe, em uma reprodugao da figura, 2 resul- tante & desses dois vetores e determine o seu médulo usando uma régua, + ) Determine o médulo de é usando 0 teorema de Pitégoras. Compare este resultado com aquele {que vocé obteve graficamente, Exercicio 6 MlmMer —— 18. Faga uma cépia da figura desse exercicio. Em cada ‘um dos cases mostrados, desenhe a resultante das forgas F, e F., usando a regra do paralelogramo. | 9. Um avido parte de Teresina e, fazendo escalas em So Luis, Sobral e Fortaleza, chega a Mossoré. 2) Em uma cépia do mapa do exercicio 3, desenhe estes deslocamentos sucessivos do aviso. ) Desenhe, no mapa, o deslocamento resultante do avido. ©) Determine 0 médulo do deslocamento resul- tante (observe a escala do mapa) e diga qual é ‘a sua diregSo e 0 seu sentido, 4) Suponha que 0 avido, de Mossoré, retomasse 2 Teresina. Qual seria, entdo, o deslocamento sultante do trajeto total feito pelo avido? Exercico II LL. a) A figua deste exericio mostra as componentes {i.e V, de um vtor V. Desenhe ovetorV na figura. b) Sendo V, = 12 meV, = 16 m, determine 0 médvl de V. 12, a) Na figura (a) deste exercicio, qual é 0 valor do ngulo © que o vetor V forma com 0 exo OX? Determine o médulo de V,, bb) Responda as questées formuladas no item an: terior para o caso ca figura (b) Exercclo 10 vessem 10.0 vetor 7 mostrado na figura representa um ae vat60m deslocamento cujo médulo € = 20... 2) Desenhe, na figura, as componentes retangula- >< 5 ; res V,eV, do vetorV. ® »b) Sabendo'se que 6 = 25°, calule Ve, Exerc 12 3.3. vetor velocidade e vetor aceleragao Conforme mostramos na seegio 3.1, a velocidade é uma grandeza vetorial. Aaaceleragio também, como veremos a seguir, é grandeza vetorial. Entretantb, até agora ndo nos referimos ao carter vetorial dessas grandezas porque tratamos apenas de movimentos retilineos e, para este estudo, é suficiente conhecer © médulo da velocidade e da aceleragio. ~ x J VETOR VELOCIDADE / Consideremos uma particula descrevendo uma trajet6ria curva, como na ¢/ fig. 3-11. Para estudar um movimento como este, € necessério considerar 0 ge carter vetorial da velocidade, isto é, devemos definir 0 vetor velocidade, 3, em cada instante. Jé vimos, no capitulo anterior, como se calcula o valor da veloci Fig.3-11:A velocidade ins- dade instantinea (sec¢io 3.3). Este valor & 0 médulo do vetor d. A direcio de @ é tomines ¢ repreventeds, tangente& trajet6ria no ponto que a paricula ocupa no instante considerado e 0 sm cade ponte oc wciet®- seu sentido é o sentido do movimento da particula naquele instante. A fig. 3-11 eel mostra o vetor 3 tragado em diversos instantes do movimento. Vetores = Movimento carrwilines — Observe que, conhecendo o vetor # em um dado instante, conhecemos 0 va- lor da velocidade instantinea, a dirego do movimento naquele instante e, tam- bém, o sentido instantineo do movimento. ACELERAGAO CENTRIPETA Consideremos, agora, uma particula descrevendo uma trajetéria curva, de tal modo que o valor de sua velocidade permaneca constante (fig. 3-12). Embora 0 mddulo da velocidade seja constante, a dregao do vetor 3 esti variando (a diregio da tangente & curva varia). ‘Como vimos no capftulo anterior (secg20 2.4), quando o médulo da velocidade varia, existe uma acelerago que caracteriza esta variagio. Do mesmo modo, quando a diregio da velocidade varia, para caracterizar esta variagio definimos uma aceleragio, denominada accleragao centripeta. \ aceleracio centripeta, d., € um \etor perpendicular A velocidade e dirigida para 0 centro da trajetdria (“centripeta” significa “que aponta para o centro”). Esta aceleragio, em virtude de ser per- pendicular a 3, costuma também ser denominada aceleragdo normal, dy. Portanto, sempre que variar a diregio do vetor & (trajetdria curva) teremos uma aceleragio centripeta. Na fig. 3-12 mostramos o vetor @, em dois pontos da trajetoria. Na secgio seguinte, veremos como se calcula o médulo da aceleracio centripeta. 3412: Quando a iregdo do velocidade varia, existe lume aceleragae centripeta. ACELERAGAO TANGENCIAL Na fig. 3-13, suponhamos que um automével entre em uma curva com uma velocidade cujo médulo esti crescendo. Podemos dizer que este automével possui duas aceleragdes: a aceleragio centripeta 2, (pois a direcio de # esta variando) e, além disso, uma aceleragio denominada aceleragto tangencial, i, que caracteriza a variagio do médulo de. A aceleragio tangencial 2, 6 ‘um vetor na mesma diregio de J (tangente & trajetdria) ecujo médulo é aquele que voe® jé aprendeu a calcular (a; = Av/At). O sentido de 2, sera o mesmo de # se 0 movimento for acelerado (» aumentando) e contréio 20 de @ se o movimento for retardado (o diminuindo). Observe, na fig. 3-13, os vetores @,e a, em um determinado instante do movimento. Fig 313: Se om da voroe 20 ne dregao do vetor e- locidade ocorrer ma vara. so em seu modulo, a per Seale possi uma aelere- " fe contipeta o, também, Entio, em resumo, podemos dizer: lime eclergao tangencil. Sempre que variar a diregao do vetor velocidade de umcorpo, este corpo possuird uma aceleracio centripeta. Sempre que variar 0 médulo do vetor velocidade'de um corpo, este corpo possuiré uma accleracao tangencial. MMen ——— Durante oterrissogem deste Snibus espacial, 0 ve- tor velocidade do aeronave ‘oponta para a exquerda, Entretante, como seu movi- mento 6 retardado, 0 vetor ‘celeracao do aeronove ‘ponte para @ direita (2 resistencia do ar sobre 0 éra-quedas acentue 0 re- Sater exelCicios de fixa¢ao Antes de passar ao estudo da préxima seccao, responda as questdes seguintes, consultando © texto sempre que julgar necessario. 18. Em cada ua des figuras deste ence, tomos 8 | 14. a) Quand podemos afmar que uma patel em ‘rajetéria de uma particula que se desioca de A movimento possui aceleracao centripeta? para B. Desenhe, em uma copia das figuras, 0 b) Sendo i e d, os vetores velocidade e aceleragéo tetorvlocidede de partial, nos pons eB, ene es ore supondo que: instante, qual 6 0 valor do ngulo formado por 2) Na fiaua(@) movimento 6 unfome, estes vetoes? 1) fs fee () U noamonts 6 Uinlememedt «) Porque seclerato que crctrza a varia bestereco da drepio co wor be ceneinaaceeagto c) Na figura (c) 0 movimento é uniforme. centripeta? . €) Na figura () 0 movimento 6 untomemente | as, quando & que poderos amar que uma , ; parila em mevmento posi sclera tan terol? wy Por ue sta aclerifo 8 denaina gba ‘gao tangencial? ©) Quando 0 médulo da velocidade esté aumen- tando, os vetores Ve 3, tém o mesmo sentido ou sentidos contrarios? 1) Quando 0 médulo da velocidade esta diminuin- do, os vetores V7 &, tém 0 mesmo sentido ou sentidos contririos? 116. Considere os movimentos mostradas nas figuras do exercicio 13, Para cada uma dessas figuras, dizer se a particula possui: a) aceleragao centripeta. b) aceleragao tangencial so Vetores = Movimento curvilines - 3.4. Movimento circular INTRODUGAO Dizemos que uma particula esté em movimento circular quando sua trajetéria € uma circunferéncia como, por exemplo, a trajetéria deserita por uma pedra que gira presa na ponta de um barbante (fig. 3-14). Se, além disso, o valor da velocidade permanecer constante, 0 movimento é denominado circular uni- ure, Entio, neste movimento, 0 vetor velocidade tem médulo ‘constante, mas a diregio deste vetor varia continuamente. 0 tempo que a particule gasta para efetuar wma volta completa édenominado periodo do movimento ¢ é representado por T. O ‘spago percorrido pela particula, durante um periodo, € 0 com- primento da circunferéncia que, como vocé sabe, vale 2nR (R é ‘oraio da trajetoria). Portanto, como o movimento é uniforme, o valor da velo- cidade seré dado por Fig. 3:14; Umo portcula ‘que gre, presa ® extremi- ode de um barbant, ert emmorimento crear distincia percorrida ‘Tempo gasto no percurso logo,» FREQUENCIA DO MOVIMENTO CIRCULAR Suponha que, observando a pedra mostrada na fig. 3-14, verificassemos que ela efetua 30 voltas completas em um tempo igual a 10 s. A freqiiéncia, f, desse movimento é, por definigio, 0 quociente entre o niimero de voltas e o tempo gasto para efetui-las. Logo, a freqiiéncia da pedra seri: p20 eas ou 10s Observe que esse resultado significa que a pedra efetuou 3,0 voltas em cada 1s, A unidade de freqiiéncia, 1 volta/s, € denominada 1 hertz, em homenagem a0 cientista alemao H. Hertz (1857-1894). Portanto, podemos destacar: ular é definida por A freqiiéncia fde um movimento ci -_ _n'’de voltas efetuadas tempo gasto para efetud-las | Este resultado representa o numero de voltas que | 9 corpo executa por unidade de tempo. O coneeito de freqiiéncia pode ser aplicado em outros tipos de mo como seri visto no capitulo 16. A freqiiéncia ¢ © periodo de um movimento estio relacionados. Para relacionar fe T, basta perceber que essas grandezas sio inversamente propor- cionais e, assim, podemos estabelecer a seguinte proporgio: no tempo T (um perfodo) é efetuada I volta wentos, TESA 36 Fig. 3-15:Se ume porsiculo descreve um Gngulo Ai) em lum intervalo de tempos, sa velocidade angular é dode por) = Abie 360° = 2nrad | 1a0° = nad Tabela 3 —na unidade de tempo sero efetuadas f voltas(freqQiéncia) ou, esquematicamente T=—1 if Entio: fT=1)| donde fat ou T= L F Portanto, a freqiiéncia é igual ao inverso do periodo e reciprocamente. Por exemplo: se 0 perfodo de um movimento circular € T= 0,5 , sua freqiiéncia seré al = is = Fa Prag Monde f= 2voltas’s = 2hertz VELOCIDADE ANGULAR Consideremos uma partfcula em movimento circular, passando pela posigio P, mostrada na fig. 3-15. Apds um intervalo de tempo Ar, a particula estar passando pela posigio P,, Neste intervalo de tempo Af, © raio que acompanha a particula em seu movimento descreve um Angulo A@ (fig. 3-15). A relagio entre 0 angulo descrito pela particula eo intervalo de tempo gasto para descrevé-lo é denominada velocidade angular da particula, Representando a velocidade angular por « temos 20 oF a A velocidade definida pela relagio » = Ad/At, que jé conhecemos, costuma ser denominada velocidade linear, para distingui-la da velocidade angular que acabamos de definir. Observe que as definigdes de v e @ sfo semelhantes: a veloci- dade linear se refere & distineia percorrida na unidade de tempo, enquanto velocidade angular se refere a0 angulo descrito na unidade de tempo. A velocidade angular nos fornece uma informagio sobre a rapidez com que uum corpo est girando. De fato, quanto maior for a velocidade angular de um corpo, maior sera o Angulo que ele descreve por unidade de tempo, isto é, ele staré girando mais rapidamente. Lembrando que os angulos podem ser medidos em graus ou em radianos (como vocé deve ter aprendido em Matematica — ver tabela 3-1), concluimos que © poders ser medida em graus/s ou em rad/s. ‘Uma maneira de calcular a velocidade angular é considera a particula efe- tuando uma volta completa. Neste caso, o angulo descrito seré A® =2n rad (tabela 3-1) ¢ 0 intervalo de tempo sera de um periodo, isto é, At = T. Logo, Vetores - Movimento curvilinee _ RELAGAO ENTRE v Eo ‘Vimos que, no movimento circular uniforme, a velocidade linear pode ser obtida pela relagio eet T ° (Fr 2 ou Como 2n/T é a velocidade angular, coneluimos que v=oR Esta equagio nos permite calcular a velocidade linear 2, quando conhece- mos a velocidade angular we o raio R da trajetoria, Observe que ela s6 é vilida se (0s Angulos estiverem medidos em radianos ACELERACAO CENTRIPETA No movimento circular uniforme, 0 médulo da velocidade da particula permanece constante e, entio, a particula niio possui aceleragio tangencial. Entretanto, como a diregio do vetor velocidade varia continuamente, a particula possui uma aceleragio centripeta 7. Na fig. 3-16, estio representados os vetores & e a, em quatro posigées diferentes da particula, Observe que o vetor @_ tem a direcio do raio € aponta sempre para o centro da circunferéncia. Podemos deduzir, matematicamente, que 0 valor da aceleragio centripeta no movimento circular é dado por Fig. 36:4 figura mostra. crvetore: ¥ ede ume Porticula, em movimento Observe que o valor de @, € proporcional ao quadrado da Sate lerein velocidade e inversamente proporcional ao raio da circunferéncia. Rane Portanto, se um automével faz. uma curva fechada (R pequeno) com grande velocidade, ele teré uma grande aceleragao centripeta. Veremos, mais tarde, que estes fatos estio relacionados com a possiblidade de o carro conseguir ou nfo fazer uma curva, 4, nit Exemplo Uma barra gira, com movimento uniforme, em toro de um ‘eno que passa pelo ponto O (ig. 3-17), efetuando duas rotagées, or segundo, Para os pontos A e 8 da barra, stuados 8s distdncias R, = 2,0meR, = 3,0mdo eno de rotagao, calcular: 42) operiodo de rotagéo de cada um. videntemente, cada ponto da barra executa um movimento cie cular uniforme em tomo de O (fig. 3-17), sendo 0 periodo de rotagdo 0 mesmo para todos esses pontas. Como a barra efetua 2 rotagdes por segundo, é claro que, para efetuar 1 volta, ela gastard 0,50 s. Assim, todos 0s pontos da barra estéo girando ‘com um periodo T = 0,50's. Fig.3-17:Para 0 exemplo da seccdo 3.4. b) as velocidades angulares @, € wy ‘Sabemos que w = 2x/T. Como A e B possuem o mesmo period, terdo também a mesma velacidade angular (ambos descrevem 0 mesmo &ngulo de 2x rad no mesmo tempo de 0,50 8). Entéo 2r. 42 06 O55 ou @, = @, = 4rradis (©) as velocidades lineares v, € vy Observe, ne fig. 3-17, que 08 pontos A e B percorrem aisténcias diferentes em um mesmo intervalo de tempo. Portanto, embora possuam a mesma velocidade angular, eles tém velocidades lineares diferentes. Com efeito, como v = aR, teremos 0,8, = xx 20 ou Y= 255 0, = 4nx3.0 ou ‘Assim, como voce Ja deve ter previsto, a velocidade linear de B 6 malor do que a de A. €) 28 aceleragbes contipetas ae 2 4 aceleragéo centripeta¢ dada pora,= VIR. Logo: Vi 28? ayn Bn ou a= 31x10 mi? A gee aa BAS ou 2g = 48x10? ve? exel’Cicios de fiXxagao — cles cei ntes de passar ao estudo da proxima sec¢ao, responda as questées seguintes, consultando 0 texto sempre que julgar necessario. = 17. Um carro encontra-se em movimento circular unifor ‘me na pista horzontal mostrada na figura deste exer- ‘iio. 0 sentido do movimento € de A para B. 2) Reproduza a figura em seu cademo e desenhe 0 vetor velocidade do carro, em cada uma das posigées A, B, C, D e E mostredas. b) 0 carro possui aceleragao tangencial? Possui ‘aceleragao centripeta? ©) Desenhe, em sua cénia da figura, 0 vetor 8, em ‘cada uma das posigdes A, B, C, De E mostiadas. 48. Suponha que a pista do exercicio anterior tenha um raio R = 100 m e que 0 carro faga 2 voltas, na pista, por minuto. 2) Qual é, em segundos, 0 periodo do movimento do carro? ) Qualé, em hertz, a fequéncia deste movimento? ©) Qual é a distancia que o carro percorre em cada volta (comprimento da circunferénciay? 0) Qual 6 0 valor da velocidade linear do carro? ©) Qual 6 2 expressao que nos permite calcular a aceleragao centripeta? Use esta expresso © calcule 0 valor de &, para este carro. : Exerciclo 17 Vetores - Movimento curvilines 19, Para © movimento considerado no exercicio ante- rior, determine: 2) 0 valor do &ngulo (em graus e em radianos) des- crito peto carro durante um periodo. 21 Dois cares se desiocam com a mesma velocidade nas pistas P, e P, mostradas na figura deste exercico, 2) Qual das duas pistas tem maior rio? b) Para qual dos dois carros a aceleragao centr ———— ps ) A velocidade angular do carro (em rad/s € em | grausis). 20, a) Como se define a velocidade angular de um corpo, em movimento circular uniforme, que descreve um Angulo Ad durante um tempo At? Usando esta expressdo, calcule a velocidade angular de um corpo pare o qual AO = w/2 rad © At = 0,505. ) Qual é a equagdo que relaciona we T? Use esta equagéo para calcular 0 periodo do movimento {0 corpo citado em (a). ©) Calcule a frequéncia deste corpo. 4) Suponha que a trajetéria do corpo citacio em (a) tenha um raio R = 10 om. Use a relagao entre v, «we R para caloular a velocidade linear deste ‘corpo. ©) Voot poderia usar a expresséo pedida em (a) ‘com 0 valor de a em grausis? peta 6 maior? Exercicio 21. 3.5. Composigde de velocidades InTRODUGAO Consideremos um avio voando, com uma certa velocidade, em um local onde o ar esteja parado, sem ventos. Se comegar a ventar, 0 avifo estaré animado de dois movimentos: seu movimento em relagio ao ar, que lhe é proporcionado pelos motores, e o movimento do ar (em relagio 4 Terra), que também desloca 0 avo, Situagdes como esta, em que um corpo possui, simultaneamente, duas ou ‘mais velocidades em relagio a um observador, so encontradas freqiientemente. : Por exemplo, um barco que se movimenta em um rio enquanto é arrastado pela correnteza, uma pessoa que caminha dentro de um vefculo enquanto é levada pelo proprio veiculo ete. Qual seria a velocidade com que um observador veria se movimentar um corpo animado de virias velocidades? Lembrando que a velocidade € uma grandeza vetorial, podemos concluir que a velocidade observada para o corpo ser a resultante das velocidades que ele possui. Portanto, 0 avido citado anteriormente se deslocaré com uma velocidade igual 3 soma vetorial da velocidade do aviio no ar com a velocidade do ar em relagio 3 Terra. Exemplo 1. Consideremos um barco cuja velocidade em relagao & gua (proporcionada por seus motores) € vy = 6,0 mvs. Este barco se movimenta em um rio cuja correnteza tem uma wlocidade v, = 4,0 mis. ‘HERE 90 @) e Fig. 3-18: Em qualquer das situagdes mostrados,o velocidade ¥ do barce, em relagdo & Terra, é dada pela resultante de, € 7. 8) Qual a velocidade com que 0 barco desce 0 rio? 0 bareo esté animado, simultaneamente, por duas velocidades. Portanto, ele se movimen- ‘ard (em relagao a Terra) com uma velocidade ¥ que é a resultante de Ve Z..Neste caso Ty eV sdo vetores de mesma diregdo e de mesmo sentido (fig. 3-18-a). Entao, 6,0+4,0 ou v= toms \Vemos que o valor da velocidade resuitante ¢ dado pela soma algébrica dos médulos de V5 € ‘7ce, assim, o barco desce o rio mais rapidamente do que se nao existisse a corenteza, ') Qual a velocidade com que 0 barco sabe 0 rio? Para esta situagao, os vetores 7, V tém a mesma dlrego e sentidos contrérios (Ng. 3-18-b) 0 valor da velocidade resuttante ser VE Wyove = 60-40 ou v= 2,0ms Evidentemente, em vitude do menor valor da velocidade resultante, o bareo gastard mals tempo para subir o rio do que para descer. ©) Se a velocidade 7, for orientada perpendicularmente & margem (ig. 3-18-c), com que vvelocidade o barco se deslocaré no rio? Neste caso, 7, e ¥, néo possuem a mesma dlregao. A velocidade resultante 7 poderd ser ‘obtida pela regra do paralelogramo, como mostra a fig. 3-18-c. Consequentemente, 0 barca rg se deslocar ao longo da trajetéria AB mostrada na figura. Como V7, € perpendicular a V7, 0 médulo da velocidade resultante v seré va Vere =\60% +40? donde v= 7,2ms INDEPENDENCIA DAS VELOCIDADES: Examinando a fig. 3-18-c, notamos que as velocidades 3, (velocidade do barco) e J, (velocidade da correnteza) sio perpendiculares entre si Isto significa que &, nao tem componente na diregio de 3, ¢, portanto, a correnteza nio tera nenhuma influéncia no tempo que o barco gasta para atra- vessar 0 rio, Conseqiientemente, haja ou nao correnteza, o temp de travessia sera ‘o mesmo, pois o efeito da correnteza é unicamente de deslocar 0 barco rio abaixo. Vetores= Movimento curvilineo 2 Do mesmo modo, sendo nula a componente de Jp na diregio da correnteza, a velocidade do barco nao teré influén- cia no seu movimento rio abaixo. Logo, as velocidades 3, ¢ 3, sio independentes. Em outras palavras: Quando um corpo esta animado, simultaneamente, por dois movimentos perpendiculares entre si, o deslocamento na diregio de um deles é determinado apenas pela velocidade naquela direga Esta independéncia de dois movimentos simultineos ¢ yerpendiculares foi observada, experimentalmente, por Gali- pe Has Gg. 3-19 meweramia d Gperitaca realist por cle: S219) Guar wiios axes usuaeee Deixando um objeto A cair verticalmente ¢, no mesmo instan- seu movimento segundo a vertical. te, langando horizontalmente um objeto B, Galileu verificou que ambos caem simultaneamente, gastando 0 mesmo tempo para atingir o solo. O objeto A, em queda livre, tem apenas a velocidade vertical 3,. O objeto B esti animado por dois movimentos perpendiculares, possuin- do, além da velocidade 3, de queda, uma velocidade 7, horizontal, devida ao impulso do langamento. Como A e B gastam o mesmo tempo para cair, Galileu concluiu que avelocidade 8, no influi no movimento de queda do corpo B, isto é, as velocidades #,, ¢ ,-atuam simultanea- mente sobre B, independentemente uma da outra. Arualmente, podemos verificar que Galileu chegou a resultados corretos através de fotografias especiais, como a da fig. 3-20. Fig. 3-20: Este moderna fotografia mostra que as duos bolas caem simultaneamente, comprovande o desco- bertafeita por Galileu. Sendo ¥,,@ velocidade da pessoa em relaco ao trem e Fa velocidade do trem em relegdo ao solo, a velocidade ¥,, do pessoa em relegdo ao fy mrt eta retard oslo ME o> Exemplo 2 Um barco, com uma velocidade vy = 4,0 nV, orientada perpendicularmente ‘8 margem, atravessa um ro, cuja largura éL = 100 m, partindo do ponto Ae ‘chegando no ponto C (ig, 3-24). A velocidad da corenteza & v. = 2,0 rvs. 2) Quanto tempo o barco gastaré para atravessar oro? © tempo de travessia & determinado apenas por Vp pols V6 perpendicular a 7, J € do inful neste deslocamento (ver a fig. 3-21). Isto equwvale a dizer que 0 i ‘arco percorre uma disténcla L com a velocidade V,, gastando, na travessia, um t tempo t dado por donde t= 258 ‘Se ndo existisse a correnteza, 0 tempo de travessia seria, evidentemente, ainda i e255, E ) Qua o valor da cistnciad entre os pontos B eC da fig. 3-212 ik ‘Se no existisse a correnteza, 0 barco seguiria a trajetéria AB. A distancia d é, entao, 0 deslocamento provocado apenas pela correnteza, pois Vg néo infui it neste deslocamento. Como as dues velocidades atvaram simuitaneamente du- ‘ante um tempo t= 25 s, 0 deslocamento produzido por ¥ seré d= vt= 20x25 donde d= 50m exe Cicios de fixagao Antes de passar ao estudo da préxima seccio, responda as questées seg consultando o texto sempre que julgar necessario. 22. Um barco, deservolvendo uma velocidade 7,em | 23. Um avido esté vosndo com uma velocidade em relagdo a gua (velocidade que 0 motor imprime a0 ‘elagdo ao arv, = 200 kmh, Em um dado instante barco), vai atravessar um rio cuja correnteza tem omega a soprar um vento forte, com ume velo- uma velocidade 7. Estas velocidades esto repre- Cidade v, = 80 ken, drigida do Norte para 0 Sul ssentadas na figura deste exercicio. | Qual serd a velocidade do avido em relagao a Terra >= upondo que ele esté voando: 3 1) Do Norte para o Sul? ) Do SUI para o Norte? Exercicio 22 8) Se n&o existsse correnteza (égua parada), qual ‘seria a velocidade do barco em relagao & Terra? Mostre, na figura, a tragetéria que 0 barco seguiria nestas condigbes. ) Considerando a correnteza, desentie na figura a velocidade, v7, do barco em relagdo a Terra (velocidade resuttante) e a trajetéria que, neste aso, ele segue a0 atravessar o rio. Exerciio 24 8 : Vetores = Movimento curvilines 24. Suponha que 0 avido do exercicio anterior diigisse a sua velocidade V, de Oeste para Leste 2) Usando uma escala em que 1 cm representa 40 karvin, desenhe, em uma cépia da figura des: te exercicio, os vetores 7, ev, b) Desenhe a velocidade resultante do avido e deter- ‘mine o seu valor, medindo seu comprimento com uma régua (lemire-se da escala do desenho). ©) Para qual das cidades mostradas na figura (A, B, CouD) esta se dingndo 0 aviao? 4) Sabencio-se que 0 aviao se encontra a 430 km esta cidade, quanto tempo ele gastara para alcangé-la? | 25. Nafig. 3-19, suponha que 0 corpo A gastou 0,45 s para atingir 0 solo e que 0 corpo 8 tenha sido langado com uma velocidade v, = 2,0 mis. | 8) Quanto tempo 0 corpo B gastou para ating 0 solo? ») Sabendo-se que 0 valor da velocidade horizontal v, Permanece constante durante a queda, @ que distancia do pé da mesa cairé 0 corpo 8? um tépico especial para vocé aprender um pouco mais 3.6. Fisica nas Competi¢ées esportivas ERROS DE MEDIDA NOS ESPORTES Em atletismo, os resultados de competigdes envolvem medidas de com- primento e tempo. Embora estas medidas estejam sujeitas a erros, como qualquer outra medida fisica, eles nao sfo levados em consideragaio pelos juizes e autoridades que militam no campo do esporte, Além disso, certos fendmenos fisicos que podem afetar sensivelmente os indices registrados por um atleta sio também completamente ignorados, Estes fatos podem levar 3 atribuigio de um prémio em uma competicio ou a indicacio de um atleta como recordista mundial injustamente. professor americano P. Kirkpatrick, em um artigo bastante divulgado, analisa virias situagSes e aponta corregBes que deveriam ser feitas nas medidas atléticas para reparar enganos deste tipo. A seguir, descreveremos algumas dessus situagdes estudadas pelo professor Kirkpatrick em seu artigo. DOIS EXEMPLOS DE ERROS MUITO COMUNS . Ele inicia seu artigo criticando a falta de euidado com os algarismos signi- fcativos na apresentagio dos resultados das medidas efetuadas durante as com- petigdes. Por exemplo: € comum encontrar-se o valor da velocidade, desenvol- vida em uma corrida de automéveis, expresso com até sete algarismos; no entanto, a distancia percorrida € 0 tempo gasto no percurso, usados para caleular 0 valor da velocidade, nao sio medidos nem com 1/10 desta precisio. Um outro exemplo deste tipo de incoeréncia é encontrado em corridas de distincia: montam-se dispositivos elétricos ou fotogréficos capazes de medir 0 tempo com uma precisio de até 0,01 s; mas, ao mesmo tempo, o revélver que dé o sinal de partida e, simultaneamente, aciona 0 medidor de tempo, costuma estar situado a uma distincia tal dos competidores que o barulho do tiro gasta axé 0,04 s para chegara seus ouvidos. Observe, entio, que nfo tem sentido 0 uso de um crondmetro tio preciso, uma vez que o erro inicial na medida do tempo é bastante superior & precisio do aparelho. a os = 3-22: 0 foto de o ter- onde se disputa uma prova de arremesso de pe- 10 ndo ser bem nivelado pode acarretar erro: gros. ters no resultado da com- peticto. © volor da accleracéo do {gravidade influi no resulto- do de um salto disténcia, A IMPORTANCIA DO NIVELAMENTO NAS PROVAS DE ARREMESSO: fato de nao ser costume nivelar, com cuidado, o solo dos campos onde sto realizadas as disputas de arremesso de peso, disco ou dardo pode ser causa de algumas injusticas nos resultados dessas provas. Para entender isto, observe a fig. 3-22, a qual mostra um atleta arremessando um peso que atinge 0 solo no ponto B. Se o terreno estivesse nivelado, o peso cairia em A. Assim, percebe-se que o atleta foi beneficiado, no alcance de seu langamento, com um acréscimo igual a distancia AC. E claro que, dependendo das irregularidades do terreno, poderia ter ocorrido uma diminuigao no alcance real e, ento, o erro é cometido ‘a0 acaso, dependendo da sorte do arremessador. Poder-se-ia pensar que este erro fosse desprezivel. No entanto, os records destes lancamentos sio anotados até a “casa dos milimetros” e os erros causados pelo desnivel do terreno podem atingir até 15 cm (para mais ou para menos). A INFLUENCIA DA ACELERACAO DA GRAVIDADE Entre os numerosos erros que afetam as medidas no campo do esporte, aguele que é mais freqiientemente come- tido e que, no entanto, poderia ser mais facilmente corrigido esti relacionado com a variaglo da aceleracio da gravidade. Sabe-se que o alcance de um arre- ‘meso, ou de um salto a distincia, €invér- samente proporcional ao valor de g. Con- forme veremos em nosso curso (capitulos 5 e 6), a aceleragio da gravidade varia de "um local para outro da Terra, dependendo da latitude e da altitude do local. Entéo, um atleta que arremessar um dardo, por exemplo, em uma cidade onde o valor de g é relativamente pequeno (grandes altitudes e pequenas latitudes) seré beneficiado. Para dar uma idéia da importincia destas consideragdes, o professor Kirkpatrick mostra que um arremesso cujo alcance seja 16,75 m em Boston constituiria, na realidade, melhor resultado do que um alcance de 16,78 m na Gidade do México. Isto em vireude de ser o valor da aceleracio da gravidade, na Cidade do México, menor do que em Boston. : ‘As corregGes que poderiam ser facilmente feitas para evitar discrepincias desta natureza nio sio sequer mencionadas nos regulamentos das Olimpiadas. Vetores = Movimento curvilines AREJEICAO POPULAR AS TENTATIVAS DE CORREGOES: O autor do artigo, na qualidade de fisico, preocupado com as considera- bes apresentadas, tentou sensibilizar as autoridades do esporte, nos Estados Unidos, para que fossem tomadas medidas no sentido de atenuar aqueles erros. ‘Com surpresa, observou um grande desinteresse pelo assunto e concluiu, dle proprio, que a atividade esportiva €, predominantemente, uma arte € as pes- soas que praticam esta arte com sucesso dificilmente estariam dispostas a aceitar mudangas em seu modo de proceder. Kirkpatrick cta, en tentativa feita na California de usar ‘como auxilio ao juiz em suas mar- cagdes, numa partida de futebol A experiéncia foi um sucesso tecnolégico mas um fraeasso popular, pois a torcida recusava-se a aceitar uma marcacio que ela € 0 juiz ndo conseguiam perceber. Concluindo, ele afirma que, possivelmente, existe um sentimento genera lizado de que grande parte do encanto do esporte esta no acaso e na incerteza dos resultados das disputas. exel"Cicios de fiXAGAO Oe /CiCics Antes de passar ao estudo da préxima seccdo, responda as questdes seguintes, consultando © texto sempre que julgar necessario. 26. Um carro de Férmula 4, durente uma tomada de tempo para defini a pole-position, efetuou uma volta completa na pista e os aparelhos de medida regstraram os seguintes valores: ~ distancia peroomida = 4 846,6.m ~tempo de percurso = 82,6428 Loge depois, uma emissora de TV anunciou que 0 piloto deservolveu, nesse teste, uma velocidade mécia de 211,246 kh. 2) Vocé acha que, em termos de algarismos sig- nifleatvos, a emissora de TV apresentou corre- tamente o valor da velocidade? 2) Escreva 0 valor dessa velocidade de maneira adequada, 27. Sabe-se que a vlocidade do som no ar vale 340 mvs. 2} A que distncia do revblver se encontra o atleta, rmencionado no texto, que ouvi 0 tio 0,04 s aps o cisparo? ) Qual a maxima distancia que podera exstir en- tue 0 atleta © 0 revblver para que ela fosse coerente com a precisio (0,01 s) do dispositno 6 medida de tempo mencionado no testo? 28. Em um langamento de peso, 0 solo do local da prova nao se encontrava nivelado, como mostra @ figura deste exercicio, Assim, no arremesso de um atleta, 0 peso atingu 0 solo no ponto A. 2) Mostre, na figura, a posigdo aproximada na qual © pes0 atingiao solo se ele estivesse nvelado. b) 0 alleta foi prejudicado ou beneficiado nesse langamento? €) Indique, na figura, 0 erro aproximado que foi cometido na determinagao do aleance desse aremesso. Exerciclo 28. 28. Dols atletas artemessam pesos iguais, aplicando ambos 0 mesmo impulso a esses pesos. Um dos atietas encontra-se em Quito, no Equador, e 0 outro, no Rio de Janeiro. Qual deles sera favo- recido, em seu arremesso, pelo valor local da ace- leragio da gravidade? Expique. 30, Procure verficar se alguns dos fatores fisicos analisados nesta secgéo (ou outros fatores no ‘mencionados) estéo presentes em esportes que 008 patica ou que vooé conhege. EEE 96. — reVisao As questdes seguintes foram formuladas sempre que tiver duvidas. 1. 2) O que é uma grandeza escalar? Dé exernplos. ») Que caracteristicas devem ser fomecidas para que uma grandeza vetoral que bem determinada? D6 ‘exemplos de grandezas vetoriais. ©) Qual é a diferenca que vocé percebe entre as notagoes de a? 2. No texto, foram apresentados dois processos para, 4 determinagao da resultante ¢ de dois vetores 3 e 6. Desereva cada um desses processos. 3. a) Explique © que vocé entende por componente de um vetor V sobre um eixo OX. 'b) 0 que sdo componentes retanguares de um vetor? 4, a) Senda @ um angulo agudo de um triéngulo re- tangulo, defina sen 0 ¢ cos 8. ) Quats sao as expresses matemiticas que nos Permitem calcular as componentes retangulares. de um vetor? ©) Se conhecemos os valores das componentes retangulares de um vetor V, como pademos cal- cular 0 médulo deste vetor? 5. Vimos que a velocidade de uma particula, num dado instante, é representada por um vetor V. Diga ual é 0 médulo, a diregao eo sentido deste vetor. 6. 8) Qual é a diregso eo sentido do vetor aceleracdo, centripeta 8,? ) Se uma particula possul g., como deve ser a sua trajetona? Nestas condigées, qual a caracteistica {40 vetor 7que, obrigatoriamente, esté variando? Para vocé fazer Primoica experiéncia 41) Coloque uma pequene moeda na borda do prato de um toca-disco, Meza e ante a distancia, R, da moeda 20 | centro do prato,eligve aperetho. Usando um erond- metro (u um rego que marque os segundes) mega e dnote 0 tempo que a mocda gosta para efetuar 10 voltas. Para maior seguranca, é aconselnavel repetir esta medida algumas vetes. Baseado em suas anotagbes, determine: 2) 0 perio T e rotagdo da moeda. ) 0 nimero de rotagées que a moeda excouta em 4 minuto. Compare este resultado com a indica- .¢40 do aparelno. para que vocé faca uma revisio dos pontos mais importantes abordados neste capitulo. Ao respondé-las, volte ao texto 7. 8) Qual é a tiregdo e o sentido do vetor aceleragao tangencial 5? ) Se uma pantcula possul 4, qual a caracterstica 0 vetor Vque, obrigatoriamente, esté variando? 8 2) O que é periodo de um corpo em movimento cir cular uniforme? 'b) Um corpo esté em movimento circular uniforme. Coma se define a velacidade angular deste corpo? ©) Expresse esta velocidade angular em fungao do periodo T. 9. a} Qual é a expressdo que relaciona v, we Rem um ‘movimento circular uniforme? b) Qual é a expresso que fomece o valor de 4, no ‘movimento circular uniforme? 10. 2) Se um avido possui uma velocidade ¥, em relago ao ar € 0 ar se movimenta com uma ve- locidade Z, em relacao a Terra, como deveos pproceder para encontrar a velocdade, ¥, do avido em relagao & Terra? ) Quando um corpo esté animado de dois movi ‘mentos perpendiculares entre si, dizemos que les s80 independentes um do outro. Explique o {ue isto significa. ©) Descreva a experiéncia que Galleu realizou para ‘mostrar a independéncia de dois movimentos pperpendioulares. algumas experi€ncias simples ©) Avelocidade angular w da moeda. 0) Avelocidade linear v da moeda. @) Aaceleragao centripeta a, da moeda. 2)2) Se a moeda for colocada no meio do prato, de modo que o raio de sua trajetéria se tome duas vezes menor, 0s valores de T, o, ve a,, para esta posigé0, seriam maiores, menores ou ‘guais aos valores correspondentes a posigao anterior? ) Coloque a moeda nesta posigdo, faga as medidas necessérias ¢ calcule os valores de T, a, ve a,. 0s valores encontrados confirmam as previsbes que vcd fez em (a)? Vetores - Movimente curvilines Segunda experiéncia Conforme dissemos, na fig. 3-19 a velocidade horizontal que B possu no afeta o seu movimento vertical e, por sso, ‘Ae Batingem 0 solo simultaneamente (independéncia dos movimentos). A experiéncia seguinte, semelhante aquela ‘ealzada por Galileu, destina-se a verficar esta indeendén- ‘ia de dois movimentos perpendiculares entre si A figura apresenta a montagem que deve ser feta para @ realizagdo desta experiéncia: uma régua, parcialmente apoiada sobre uma mesa, € duas moedas, A e B, estan- do B sobre a mesa, préxima a sua borda, encostada 3 régua, &A sobre a régua ("ora da mesa). ‘Segunda experiéncia. 41) Fie a régua com um dedo no ponto P, de modo que ela ossa grrr em tomo deste ponto. Dé uma pancada si- bita na extremiade livre da régua, como mostra a figu- ra. Observe as trajetérias das duas moedas e verifique ‘se A cai verticalmente (queda livre) @ se 8, no mesmo instante, 6 arremessada horizontalmente para a direta. 2) Repita a experiéncia e, prestando atengéo ao barutho produzido pelas duas moedas ao atingirem 0 solo, veriique se elas gastaram o mesmo tempo para cait. 3) Repita mais uma vez a experiéncia, dando uma pan- cada mais forte na régua, para que B adquira maior velocidade inical. As moedas A e B continuam caindo ‘simultaneamente? Voc8 acha que ficou comprovada a independéncia dos dois movimentos (nortzontal e ver- tical) da moeda B? Terceira experiéncia Esta experiéncia permit a voc’ analsar o movimento de lum objeto langado horizontalmente, caindo sob a acao da | wevdade, Para relzila, proceda da seguinte manera: | 1) Tome uma superficie ida, como uma tabua (ou até mes- || mo.um lo), cobrindo-a corn uma folha de papel branco, | Coloque a superficie, coberta com o papel, apoiada de | _ maneira a permanecerincinada de um certo gu sobre ‘a horizontal (veja a fg (a) desta experince). a Tercelra experiéncio. 2) No alto da folha, assinale um ponto A (veja a figura b) @ disponha uma pequena plataforma (ou canaleta) horizontal de modo que sua extremidade coinciéa com (© ponto A. Se necessario, solicite a ajuda de um ‘olega 3) Tome uma pequena esfera (de aco, ou vidro etc.) € passe dleo ou vaselina liquida em sua superficie Coloque a esfera na plataforma e lance-a com uma certa velocidade horizontal, de modo que ela corra ‘sobre 0 papel. A trajetoria da esfera ficara marcada 1a folha e voc’ podera reforga-la e retocé-e com a ponta de um lépis. (0 movimento dessa esfera é igual aquele analisado na ssecgdo 3.5 e mostrado nai fig. 3-20. Neste caso, po- rém, a aceleragéo da queda é menor do que a da gra- vidade (em virude da inclinago da superficie). Lem- bre-se de que esse movimento cuja trajetéria foi tra- {gada é uma composigéo de dois movimentos inde- ‘endentes: um movimento horizontal, com velocidade Constante, e um movimento acelerado para baixo. 4) A partir do ponto A trace, na folha de papel, um eixo horizontal e outro perpendicular a ele, como na figura (6) desta experiéncia. No eixo horizontal, assinale ppontos P,, P,P, ete, de tal modo que AP, = P,P, P,P, =... Como o movimento horizontal é uniforme, ‘85898 disténcias correspondem a intervalos de tempo ‘guais no movimento da esfera. Assinale, agora, as disténcias AQ,, 0,0,, 0,0 ete., que correspondem aa0s deslocamentos da esfera, para baixo, em cada ‘um daqueles intervalos de tempo iguais. Observe que essas disténcias aumentam gradualmente, mostran- ddo que 0 movimento para baixo 6 aceleraco. 5) Observe a forma da trajetéria obtida no papel e veja ‘como ela ¢ semelhante & da fig. 3-20. Essa curva & ‘uma parébola, como a curva que descreve a variagéo com 0 quadrado que vocé jé conhece de seu curso dde Matematica. 6) Procure repetir a experiéncia, variando a velocidade inicial da bola e a inclinagdo da superficie. © © te ‘Um automével, sendo testado em uma pista circu lar de 300 m de raio, parte do ponto A mostrado na figura deste problema. - 22) Desenhe, em uma cépia da figura, 0 vetor d, ue representa 0 deslocamento do automével, ap6s ele ter completado meta volta. ) Qual é 0 médulo deste deslocamento? ©) Qual serd 0 médulo do deslocamento do auto- ‘m6vel ap6s ele ter completado uma volta? Problema 1. == Dois desiocamentos d, e d, t8m médulos ¢, = 4,0 m 0, =3,0 m, Sabe-se que G, tem dregso horizontal sentido da esquerda paraadieta. 2) Qual deve ser a diego e 0 sentido de d para que a resuitante desses vetores tenha médulo igual a7,0 m2? ») Responda a questo anterior, para que a resu- tante tenha méduilo igual a 1,0 m. ©) A esultante de d, e d, podera ter méduo igual 28,0 m? eigual a0,Sm? Na figura deste problema, os vetores F, e ,repre- sentam, em médulo,cregao e sentido, dues forgas ‘tuando sobre um objeto epciado em ume mesa Isa. Deseje-seapliar no objeto, uma fora de tal mo- do que a resutante das us forgas F,, Fe Fy seia ‘ula. Escoina, ene os vetores mostrados a seg, ‘aquele que melhor representa F,. Probleme 3. ces problemas e testes SILAS © UC 4, As figuras seguintes foram feitas por um estudante tentando obter a resultante, V, de dois vetores V, @ ¥., Indique as figuras nas quais a resultante V fol cobtida corretamente. 2 ») Q 4 °) Problema 4. 5. Na figura deste problema, os segmentos AB, BC, CA etc. representam vetoes (AB @ BA, por exer: plo, so vetores de sentidos contrérios). Nas igual- dades seguntes, estéo epresentades lgumas relagdes entre estes vetores. Assinale aquela que néo 6 verdadeira. iB + + A=0 0) Bb = AB + AD ©) BA + 6G = BD M+ CD = iD ©) AB + 8D + Ot = AC Problema s. x D 6. Qual das afirmativas seguintes esté errada? 2) 0 médulo da componente de um vetor no pode ser maior do que o médulo do proprio vetor. ) Sea componente de um vetor sobre um eixo for ‘ula, podemos conciuir que © médulo do vetor também é nulo. ©) Se um vetor for perpendicular a um @bx0, 2 com- pponente do vetor sobre 0 eixo é nul. 1) Se um vetor for paralelo a um eo, o médulo da ‘componente do vetor sobre o eixo ¢ igual a0 ‘médulo do vetor. «Se as components retangulares de um veto sto ‘ambas nulas, Podemos concluir que o médulo do vetor também é nulo. Problema 7. 7. Os vetores V7, @ 7, mostrados na figura deste pro bloma tém médulos 7, = 20cme7, = 10m. 2) Desenhe, numa cOpia da figura, as componen: tes retangulares 7, € 7, do vetor 7, ) Faga o mesmo para o vetor v7, ©) Calcule os valores destas componentes @, 20 apresentar os resultados, considere a seguinte convengéo de sinais: as Componentes sobre OX 80 positivas se orientadas para a direita e egativas em caso contrario; as componentes sobre OY s80 postivas se orientadas para cima ce negativas em caso contrério. 8. 0 velocimetro de um carro que se deslaca em uma estrada plana, mostrada na figura deste problema, indica constantemente 60 knvh no trecho AB. No trecho BO, a indicagdo do velocimetro cai gradual mente para 40 kmh e, no trecho CD, eumenta sgredualmente para 80 krrvh. Em uma oépia da figura, desenhe os vetores &, (aceleragéo cent peta) e &; (aceleragao tangencial) do movimento {do automével, nas posigdes indicadas. 9. Vooé sabe que a Terra possui um movimento de rotagdo em tomo de s2u eb. 2) Qual &0 perodo deste movimento? ) Qual é a velocidade angular deste movimento, em gausnora? 40. Uma pata A, em rotagdo, tem 10 cm de rao e um ponto de sua periferia tem uma velocidade linear {de 50 ems. Outra pola, B, de 25 om de rio, gra {de tal modo que um ponto de sua periferia tem uma vlocidade linear de 75 cms. 2) Caleule a velocidade angular de cada pola. 8) Qualdas duaspoias est grand mais rapidements? 41. Uma pedro, presa a um barbante, é colocada em ‘movimento circular uniforme de periodo T= 0,20 s eraioR = 10 om, Calcule, para esta pecra: 2) Avelocidade angular, em rads. ») Avelocidade linear, em ms. 6) Aaceleracio centrpeta, em mist 112. Considere cas pessoas, A e B, stuadas sobre a su- perfice da Terra, estando A no equador e B em um paralelo no hemisfério norte (veja a figura deste problema). Vocé sabe que estas pessoas esta0 g- rando, juntamente com a Terra em seu movimento de rotagéo. Dizer, entre as afimagdes seguintes, re- lacionadas com estes movimentos de rotagio de Ae £B, quais esto certas e quals estéo erradas. Problema 12. €@) 0 period de rotagao de A & maior do que o de 8. ) Avelocidade angular deA é igual 8 de B. ©) O rao da trajetéria de A 6 igual 20 raio da tra- jetria de B. 4) Avelocidade linear de A 6 maior do que a de B. @) A aceleracao centripeta de A 6 menor do que adeB. 13, Do's carros, A e B, estéo descrevendo uma mesma ‘curva circular de uma estrada, ambos desenvolven- 0 40 kin. 2) O motorista do carro A aumenta sua velocidade para 80 knvh. A aceleragéo centripeta do carro torna-se maior ou menor? Quantas vezes? ') 0 carro B, mantendo sua velocidade, entra em ‘uma curva mais fechada de raio duas vezes me- + ‘nor. Sua aceleragao centvipeta toma-se maior ou menor? Quantas vezes? 14, Na fig. 3-18-b, o que aconteceria ao barco se: 2) Vy = Ve? Dv < ve? Duas cidades, situadas nas margens de um rio, lstdo distanciadas de 400 km. Um barco, que faz © percurso entre elas, leva 5,0 h quando sobe 0 rio 4,0 h ao descer, Calcule: 2) Avelocidade da correnteza. ») Avelocidade do barco em relagéo & Saua. 16. Uma embarcagéo parte do porto e viaja, na diresdo. "Norte-Sul, deslocando-se 22 km para o Norte. Em sseguide, toma a diregdo Oeste-Leste @ desloca-se 19,0 km para Leste. Finalmente, retoma a gireg3o Norte-Sul, destocando:se 10 km para o Sul. 15. 100 a) Usando uma escala de 1 om: 1 km (1. em repre senta 4. km) desenhe um diagrama mostrando os deslocamentos sucessivos da embarcagao. ) Desenhe o vetor deslocamento resultante da ‘embarcagio e determine 0 seu médulo, medin- 0-0 diretamente no diagrama. ©) Use 0 teorema de Pitégoras para calcular 0 ‘médulo do deslocamento resultante, Compare este resultado com aquele obtido em (b).. 117. Em um quacrado de 20 om de lado € cua cagonal vale, portato, 28 om, esto representados os vetores 8,8, € ed (ea figura deste problema). De- termine 0 midulo do resultado de cada uma des seguintes operagbes veto: a a+5 Daebes _ 0) a+b+e+d Problema 17. 1B. © ponteiro dos segundos de um relégio tem 2 cm dde comprimento. Determine, para um ponto da ex- ‘tremidade deste ponteiro (considere r= 3): a) O seu periodo. ) Sua velocidade angular ©) Sua velocidade linear. 4) Sua aceleragéo centripeta. €) Sua aceleracao tangencial 119. Considere as rodas de transmisséo, Ae B, de uma bici- ‘leta, mostradas na figura deste problema. Como vooe sabe, a engyenagem B ¢ ligada & roda traseira C, @- rand juntamente com ela quando o cicista esté peda- Jando. Supondo que isto este. coTendo, responde: Problema 19. 2) A velocidade linear de ur ponto na periferia de ‘A 6 maior, menor ou igual & de um ponto na perferia de B? D) A velocidade angular de A & maior, menor ou igual velocidade angular de 8? ©) A velocidade angular de B & maior, menor au igual & velocidade angular de C? 4) A velocidade linear de um ponto na periferia de B maior, menor ou igual de um ponto na penteria de C? 20. Uma pecta se desprende de uma montanha e rola pela encosta, chegando @ beirada de um penhasco ‘com uma velocidade horizontal 7, (veja a figura deste problema). Em virtude desta velocidade ini- cial ela vai ating 0 solo no ponto P. Problema 20. ‘) Reproduza a figura em uma folha de papel e aga, nela, um desenho mostrando o aspecto da trajetbria que a pedra descreve no a. 'b) Sabendo-se que = 20m e considerando & = 10 mS, caleule 0 tempo que a pedra gasta para se deslocar da beirada do penhasco até © ‘obo. (©) Supondo que v= 6,0 rvs, calcule a distancia & ‘mostrada na figura. 21. Um menino, nadando com velocidade vy, deve atravessar um rio cuja correnteza tem uma veloci- ‘Suponfa que ele queira seguir a trjeténa ‘AB, perpendicular 8s margens (veja a figura deste problema). Para isto, 0 menino nada orientando ‘sua velocidade numa diregdo que forma um angulo 8 com a margem, x Probleme 21. a) Reproduza a figura em seu cademo e desenhe, rela, as componentes V,., (paralela a margem) € yy (Perpendicular & margem), Escreva as expres- bes destas componente em fungao de ¥,€ 0. , , Vetores = Movimento cutrvilines ) Qual deve ser a relagdo entre 7, @7, para que 0 ‘menino siga a trajetéria AB? ©) Considerando que v, = 0,50 m/s ev, = 1,0 mvs, calcule o valor de @ para que 0 menino siga a tiajet6ria AB desejada. 22. Sabemos que a Terra possui, além do movimento de rotagdo em tomo de seu exo, um movimento de translagao em toro do Sol. Na figura deste problema, as setas indicam 0s sentidos destes dois ‘movimentos. Analise a figura e responda: a veloci- dade resultante (em relagao a0 Sol) de uma pes QueSt6es de vestibular qu mre ‘oa situada no equador é maior ao meio-dia ou & meia-notte? oe + amans.agho Problema 2. sues As quest&es de vestibular se encontram no final de livro. problemas suplementares >. |> | 1. Alguns inros de Ciéncias para © ensino fundamen- tal costumam afirmar que as diregdes possiveis para uma reta so 8s seguintes: horizontal, vertical @ incinada. Para vooé perceber que essa afirmagao 6 totalmente equivocada, responda as perguntas soguintes: 2) Yoo’ acha que duas (ou mais) reas horaontais podem ter a mesma rego? E todas as retas ‘horizontals tém a mesma diregao? ») Voo8 acha que duas (ou mei) rtas incinadas ‘podem ter a mesma direcdo? E todas as retas incinadas tém a mesma diregao? «) Suponha uma reta vertical em um ponto do ‘equador @ outra em um ponto préximo a um dos los da Terra. Vooé acha que essas dues retas Verticals ttm a mesma diregao? @) Considere vérias retas verticals em pontos diferentes de sua sala de aula, Voce acha razoével considerar que essas retes verticals t8m a mesma diregdo? Expique. 2. Desenne um par de eb0s OX e OY perpendiculares entre si Tace um vetor V, da origem 0 a0 ponto ‘A, de coordenadas X, = 3 Y, = 4. Em seguida, trace 0 vetor V,, da origem 20 ponto B, de coordenadas X, = 4e Y, = 3. Responda: 2) V, éigualaV,? 0) V6 igual av, ? 3. Um helicéptero, a uma certa altura, partindo de um ponto A, desloca-se de 4,0 km até o ponte 8, man- tendo-se na mesma altitude. Em segulda, ainda mantendo-se a mesma ature, desioca-se de 3,0 km, {em &ngulo reto com a dtegéo AB, até 0 pont C. A parti de C, sobe vericalmente, percorrendo uma distancia de 5,0 km, chegando ao ponto D. a) Esboce um desenho, mostrando os desloca- mentos sucessivos do helicopter. ») Calcule © médulo do vetor deslocamento resuitante AD do helicéptero, €) Qual o valor do angulo de incinagao do vetor ‘AD em reiagdo & horzontal? 4) Quais so os méduios dag componentes hor zontal e vertical do vetor AD ? oe ob Problems suplementar 4. A figura deste problema mostra a resuttante V, dos vetores Ve V,, obtida por meio da regra do para- lelogramo. A geometia nos permite obter uma for ‘mula para caleular o valor da resultante, quando ‘séo conhecidos os médulos de V, eV, € 0 2ngulo @ formado por esses vetores. i 2) Para obter essa formula, considere as orientagies seguintes: usando as construgées feltas na figura, aplique o teorema de Pitagoras aos trngulos ABD MMMM ion © CBD, observe que 0 angulo BCD é igual a 6 € most que a formula procurada é: V, = VE+V3 + 2V,V,008 6 ) Dois vetores tém médulos V, = 10 om e V, = 6,0 cm e formam um &ngulo @ = 60°. Usando @ equacao deduzida em (a), calcule 0 ‘médulo V da resultante destes vetores. ‘fim de verificar que a equagdo obtida na questo {@) do probiema anterior fornece resultados que i s8o de seu conhecimento, apique-a aos seguintes casos partioulares, para obter © médulo da resul- tate V 8) Vie V7; t8ma mesma diregio e o mesmo sentido. ») Vie V; tém a mesma ciregéo e sentidos con- ttaros. _ ©) Vs6 perpendicular a V,. x ‘ 3 Problema suplementar 6 A figura deste problema mostra ses vetores de mé- pode estar em movimento, ‘mesmo que nenhuma forgo ‘esteja atuando sobre ele. As figs. 4-9 ¢ 4-10 mostram recursos experimen- tnis, usados na atualidade, que nos permitem compro- varas conclusdes a que chegou Galileu. 0, sia C0, vapor 1449 cow or tare napemaspesnrcmeé om mee | Incense ats come Glee Conte um pre | hc mses shrents pote na fae bros creando us ) ‘plete chlo de gloss (C0, id) Exovportanaoseecopa (7 Farms no Core foc itr de a Ents comes a _as Som ahticcameienecacserspeptererlse opal arc ne conede eae proven oo, oe Maan CovtaresGOPEE UC SP Fig 4-10: Esta 6 uma fotografia de um disco metalice que, de mado semethante ao disco de gelo- ‘200, desloce-re praticamente zem atrito sobre uma superficie horizontal. Observe que seu ‘movimento &retilineo e uniferme, conforme fol prevsto por Galileu. GS 112 — —= INERCIA [As experiéncias de Galileu o levaram a atribuir a todos 0s corpos uma propriedade, denominada inércia, pela qual um corpo tende a permanecer em seu estado de repouso ou de movimento. Em outras palavras: se um corpo estiver ‘em repouso, ele, por inércia, tende a continuar parado e 36 sob a agio de uma forga é que poderd sair deste estado; se um corpo estiver em movimento, sem que nenhuma forga atue sobre ele, o corpo tende, por inércia, a se mover em linha reta com velocidade constante. Seri necesséria uma forga para aumentar ou diminuir sua velocidade ou para fazé-lo desviar-se para um lado ou para outro. ‘Varios fatos ligados & sua experiéncia didria estio relacionados com 0 conceito de inércia. As figs. 4-11, 4-12 e 4-13 ilustram situagdes em que a inércia representa um papel importante. Interprete cada uma delas. Fig. 4-11: Um corpo em mo- wimento, por inca, tende a Continuarem movimento. Fig. 4-12: Um corpo em mo- vimento, por inéra,tende a se ‘mover em linha rete. Fig. 4-13: Um corpo em re~ pouso, por inérca, tende a Continuar em repouso, Primelras terceira tols oO Newton. APRIMEIRA LEI DE NEWTON Ao estruturar os principios da Mecinica, Newton se baseou em estudos de grandes fisicos que o precede- ram, entre eles Galileu. Assim, a I‘ lei de Newton nio & nada mais do que uma sintese das idéias de Galileu re- Iativas 3 inércia e, por isso mesmo, ela é também deno- " Esta figura mostra uma ‘maneira usual para fixar com firmeze 0 martelo em seu cabo de madeira. Apli- cando 0 conceito de Inér- ia, procure explicar este procedimente, iNacke exel"Cicios de fIXAgae CxclC Clee ce | Antes de passar ao estudo da préxima sec¢ao, responda as questées seguintes, consultando 0 texto sempre que julgar necessério. 41. Duas forgas, Fe Fy, etuam sobre um pequeno corpo. F, & vertical, para bao e vale F, = 8,0 N, enquanto F, é horizontal, para a direita e vale F,=60N. 2) Usando uma escala de 4 om: 2N, faga uma fgs- ‘a mostrando os vetores que representam F, @F- ) Nesta figura, desenhe a resultante de F, @F, 6, usando uma régua, determine o médulo desta resultante. 2. a) Vocd sabe que seu peso é uma forga vertical, P. Voo8 poder, agora, imaginar uma situagdo em que se tem N P porque o elevador esta subindo. ©) F > P porque o elevador esta subindo. Probleme 8. 9. Um corpo encontra-se em repouso sobre uma su- perficie horizontal com atrito. Explique por que & ‘mais dificil fazer com que o corpo comece a se mo- \imentar do que manté-1o em movimento uniforme. 10. Um corpo B, de peso P, = 20 kgf, apoiado sobre ‘uma superficie horizontal, esté ligado por meio de uma corda a um corpo, de peso P, = 5 kgf, como ‘mostra a figura deste problema. Analse as atirma- tivas seguintes e assinale aquela que esta errada. 5 Problema 10. a 8) Como P, > Py 0 sistema fica em repouso mesmo ue ndo evista arto entre Be a super. ) Seo sistema esté em repouso, a forca de atito estético em B vale 5 ke. ©) Se o sistema esté em repouso @ 0 coefciente de atrito esttico entre B e a superficie vale 0,4, pO- eriamos aumentar 0 peso de A até 8 kgf sem ‘que o sistema saia do repouso. ©) Se 0 compo A esté descendo em movimento uni- forme, a forga de atito cinético em B vale 5 ket. ©) Se 0 corpo A est descendo com movimento Uniform, 0 coeficiente de atrto cinético entre & a superficie vale 0,25. 0 M2 114 Um bloco esté send arrastado sob a ago de uma forga F na superficie de uma mesa. Suponha que também atue no bloco uma forga de arto cinéico {= 2 (ejaafigura deste problema) Problema I. 2) Qual é 0 corpo que esté exercendo a forga f, sobre 0 bioco? b) Qual é 0 médulo, a diregao e o sentido da rea 80 da forga?.2 ) Em qual corpo esté aplicada esta reagao? 12, Um bloc & compro contra uma parade por uma forga F, como mostra a fu deste probe. Erive a8 afirmativas seguintes, existe uma errada. Qual é? Problema 12. a) A parede exerce sobre 0 bloco uma reagdo normal de mesmo méduloe de sentido contréno a. 1) Se o bioco fica em repouso, existe uma forca de atnito estatico, atuando sobre ele, diigiéa para cima €) Se 0 bloco fica em repouso, podemos concluir que aforca de ato estatico da parede sobre ele € maior do que o peso do bloco. 6) Se 0 valor de F for nul, ndo haverd forge de atito da parede sobre obioco. 6) Se 0 cosficionto de atito entre @ parede o 0 bloco for nulo, 0 bloco cairé por maior que seja ovaloréeF. 13. Um bioco, de peso igual a 100 N, esta sendo ar rastado para cima, com movimento uniforme, 30 longo de um plano incinado sem atrito, por meio cde uma forga F (veja a figura deste probiema). En- tre as afrmagées seguintes,assinale aquelas que estao coretas. 2) 0 bloco exerce sobre o plano uma compresséo normal igual a 400 N. b) A componente do peso que tende a fazer 0 bloco descer o plano vale SON. ©) A resutante das forgas que atuiam no bloco 6 rua. 4) O valor da forga F, que a pessoa esté exercendo sobre 0 bloco, é maior do que 50 N. €@) A reagio normal do plano sobre 0 bloco 6 nula, pois no nd arto entre eles. Problema 13. 14. Um blaco de peso P & colocado sobre um plano inclinado, cujo angulo de incinagdo com a horizontal € 8. Seja Py a componente do peso do bloco normal ao plano'e Pa componente paraleia 20 plano. Quais das afimmagdes seguintes esto corretas? 5 2) Para qualquer valor de @ tal que O° < 0 < 90°, temosP, Tsen 60-04-20. % 10x04 Essas trés equagées constituem um sistema que nos permite caloular os valores das incogritas F, F, eT. Resolendo o sistema (aca Isto!) obtemos: T=23N F.=44,5N F,=40N Conhecendo F,@ F, pademos determinar 0 médulo de F: Fe \FP+F? = (14,5) +(10)° donde 15,2N Exemplo 2 : Uma menina, de peso Py, = 400 N, caminha ao longo de uma prancha, de peso P= 300 N,apoleda por dls suportes, nos ponts Ae Bla uma distincia de 4,0 mum do outro, como mostra a fig. AA2. AS forges iN epresetam as eagdes dos apoio sobre aprancha eo seu ceva de gavage est stuado no meo de A 2) Estando a prancha em equilbrio na posigao horizontal e sendo x a distancia da menina ao ponto 8, determine o valor da reacao N, em fungao de x. ‘Como a prancha esté em equi, sabemos que as forgas que atuam sobre ela so tais que EM = 0. Tornemos os momentos em relagso 20 onto B, pols, assim, @ incdgnita fi, tendo momento nulo em relagéo @ esse ponto, ndo aparecerd na equagéo. Teremos: 4,0 PAB NAB -Fy-x=0 ou 300: 82, 4,0-400-x = 0 2 donde N, = 180 - 100x : ») Qual a maxima distancia x que a menina pode se afastar de 8 sem que a prancha se desequilibre, grando em tomo de 8? Peta relagdo N, = 150-100 x obtida na questéo (a), vemos que & medida que x ument, 2 reecéo N, ciminui. Quando a pranca estiver prestes a girar em tomo de B, ela esard apenas encostada em A, sem comprimir esse apoio, Isto 6, teremos N, = 0. Logo o valor ppedido de x seré obtido da seguinte maneira: 0 = 150- 100% donde x=4,50m €) Na stuagdo consierada em (0, qual sero valor da reacao i? Nessa situaco, 2 prancha ainda esté em equilbrio, mas N, = 0. Entéo, pela relagéo SF, = 0 (considerando OY vertical), emos: N+Ng-P-P,=0 "cu Ny = 3004400 onde Ny = TOON Primelraetarcelra lels de Newton ra ALAVANCAS As condigdes de equilibrio de um corpo rigido tém uma aplicagio impor- tante no estudo das alavancas. Como voce jé deve saber, uma alavanca é cons- tituida, em sintese, por uma barra rigida que pode girar em torno de um ponto de apoio. Consideremos, por exemplo, a alavanca mostrada na fig. A-I3, com 0 ponto de apoio em O ¢ tendo um corpo de peso F’, suspenso em uma de suas ex- ‘tremidades. Uma pessoa aplica, na outra extremidade, uma forga F, que equilibra aalayanca em torno de 0. J4 sabemos que, como a alavanca pode girar li- vremente em torno de O, o equilibrio s6 ocorreré quando a soma dos torques das forgas aplicadas, em relagio a O, for nula, isto é, quando IM, = 0. Assim, temos: Fd-F,d,=0 donde Fd, Essa relagio nos mostra que, sendo d, > d,, teremos F, < F,, isto 6, a pessoa consegue equilibrar o peso F, exercendo uma forga menor do que esse peso (tan- tomenor quanto maior for a relacdo entre d, e d,). Acondigio de equilibrio P, d, = F, d, é valida para quaisquer valores e para qualquer tipo de alavanca. O grande matemitico e fildsofo grego Arquimedes, 1 século TIT a.C., jf conhecia essa condigio de equilibrio das alavancas, embora o conceito de torque sé tenha sido estabelecido muito recentemente (veja 0 ‘Tépico Especial do capitulo 7), TIPOS DE ALAVANCAS. Voltando a fig. A-13, costuma-se dizer que a ser equilibrada (ou des- locada), € a forga resistente ou resistencia. Além disso, a forga F, que é aplicada para equilibrar (ou deslocar) a resisténcia, é usualmente deno- minada forga potente ou poténcia. O ponto de apoio, como o ponto O dessa figura, & geral- mente denominado ponto fixo (ou fulcro).. De acordo com a posigao relativa dos ele- mentos que acabamos de descrever, as alavancas costumam ser classificadas da seguinte mani Fig.A-13: Usando umo alavanca como eto, é 1") Alavanca interfixa — quando 0 ponto de possivel equilbror o forea Fy exercendo uma apoio encontra-se situado entre a poténcia e _‘frF0F» de médulo inferior a0 deF, a resisténcia, como na fig. A-13. 29 Alavanca interpotente — quando a forga potente esti situada entre o ponto de apoio ea resistencia, como na fig. A-14-a, 3) Alavanca inter-resistente — quando a resis- tGncia esti situada entre o ponto de apoio e a forga potente, como na fig. A-14-b. Virios dispositivos que usamos em nossa vila didria sfo alavancas (ou combinagdes delas), como voc® poder constatar a0 responder as i, questdes propostas no exereicio de fixagio 13 lA jer pe aban tnrpanarer desta seegio. ‘ent (b), tne cloronce intercasisterta Lcies de thy MS a2 - Antes de passar ao estudo da pré: Lo @xel’Cicios de fiXagao &.c! edet 1a seccdo, responda as questées seguintes, consultando 0 texto sempre que julgar necessario. 6. Uma pessoa 4, tentando fechar uma porta, aplica @ ‘maganeta uma forca F = 40 N, perpendicularmente porta, tendendo fazé-la rar no sentido hers. a) Sabendo-se que a macaneta dista 90 cm das dobracicas, determine 0 torque (médulo @ si- nal, em relagao as dobradgas, que a pessoa A aplica & porta. . ) Uma pessoa 8 consegue impedir que a porta sejafechada, aplcando-e uma forga F*. Qual © torque (méduio e sina) que B apcou @ porta {em reiagao as dobradigas)? «) Supondo que F também sea perpendicular & ora, apicada a 20 em des dobredigas, deter mine © médulo dessa forca Para levantar diretamente um dos lados de um iano, uma pessoa teria que exercer uma forge de 100 kgf. Sendo incapaz de desenvolver esse es- forgo, a pessoa usa uma bara de fer (lavance), de peso desprezhel, da maneira mostrada na figure deste exeric. o ' ty, Exercico 7. 2) Qual o tipo de alavanca usado pela pessoa? ») Suponna que a pessoa tentia usado um apoio 0 situado a 30 cm dos pés a serem levantados. Qual o valor da forga F, aplicada pela pessoa a 1,50 m de 0, para manter 0 piano em equilo, ‘na posigdo da figura? ‘©, Qual o valor da reagao N que 0 apoio 0 exerce na alavanca? @) Qual o valor da compresso que @ alavanca cexerce sobre 0 apoio? Explique. Uma pessoa, fazendo uma forga F = 100 N, sustenta, na horizontal, uma barra rigda (alavanca), de peso desprezivel, na qual esta pendurado um peso P = 400 N (veja a figura deste exercicio). A bara esté articulada, sem atrito, na extemidade O. 2) Qual tipo de alavanca que a pessoa esta usando? 'b) Supondo que 0 comprimento da barra seja de 1100 em, determine o valor da distancia d mos- trada na figura. 10. an, €) Qual ¢ 0 valor da reacdo fda artculagdo sobre aaa? Exerciclo 8. Responda as questoes (b) e (c) do exercicio ante- rior, supondo que a alavanca seja homogénea ‘tenha um peso P= 40 N. a) Examine as figuras (a) e (b) deste exercicio ¢ diga por que as situagses dos corpos em equilbrio ndo estaofisicamente corretas. CO} ) Exercilo 10. ) Que modificagses deveriam ser feits nas posigbes dos corpos mostrados, em cada figura, ara que exstaequirio? Determine os valores des forgas 7 @ F do exempo 1, resolvido nesta secgéo (fig. A-10), supondo ave © peso P,suspenso em A, tena sido retrado. No exercicio 4 da secgéo anterior, deseje-se equi ibrar a bara, aplicando em C uma forca F, pa ralela oF. 3 a) Qual deve ser o sentido de F,’ ) Qual deve ser o médulo de? Primelraetercelra lelsdeNewton 0 13. Observe as iustragées referentes a esse exercicio. Temos: ‘em (a) ~ um quebra-nozes ‘em (b) - um alicate ‘em (c) ~ uma pinga ‘em (@) ~ um carrinho de méo ‘Como ¢ facil perceber, cada um desses aispositivos {6 uma alavanca (ou uma associagéo de duas ala- vancas). Procure identificar, no Uso de cada um ‘deles, a localizacao do ponto fio, da poténcia, da resistencia @ 0 tipo de alavanca constituido pelo dispostivo. 14. No exercicio anterior, determine se a forga potente, aplicada por uma pessoa que esteja utilizando ‘adequadamente cada dispositivo, seré maior, "menor ou igual a forca resistente. problemas suplementares |). Um peso P = 200 N esté sustentado, em equilibrio, pelo sistema de cordas mostrado na figura_deste problema. Determine os valores das tenebes 7, e 7, indicadas na figura. Problema suplementar | 2. O sistema mostrado na figura deste problema esté em equilibrio. Considere que as roldanas so pequenas € indo apresentam atte. Supondo 8, = 60°, @, = 30°e P,= 20 ka, determine os valores de P, © P. 3. 0 bloco da figura deste problema, de peso P, esta sendo puxado para a deita, com velocidade cons- tante sobre a superficie horizontal. Sendo, 0 02 ficiente de atrito cinético entre 0 bloco e a super- fcie, moste que o valor da forga F exerci pela pessoa 6 dado por: °) A Q " Exerciclo 13. Problema suplementar 2. Problema suplementar 3. MM ‘4, Observe, no problema anterior, que o valor de F de- onde do ngulo @ que mede a inclinagao da forca ‘exercida pela pessoa. Para estudar a variagao de F ‘om relagio a 6, faga 0 seguinte: ‘a) Supondo 1, = 0,25, copie em seu cademo a tabela deste problema e complete-a para os an- £ulos all indicados, calculando os valores de D, fonde D = cos € + 1, sen 8 (denominador da ex- pressao de F). ) Construa 0 gréfico D x 0 e determine, através dele, 0 valor de 8 para 0 qual D é maximo. ©) Entéo, para qual valor de @ a pessoe faré um es~ forgo minimo para arrastar 0 bloco? Observacdo: Se voc’ tiver conhecimentos de Cél- culo Diferencial (méximos e minimos), poders pro- var que 0 angulo ® que tora F minimo é dado por tg @ =, e comparar esse resultado com o valor Obtido através do grafico. Probieme suplementar 4. '5. Para desatolar um carro, 0 motorsta usa uma cor- dda que, estendida horizantalmente, é amarrada 20 carro @ a um poste P, como mostra a figura deste problema. Em seguida, o motorista pura lateral- mente 0 ponto médio da corda, com uma forca F=500 N, até que 0 angulo 8 da figura seja 8 = 5°. ‘Supondo que o carro permanega atolado (isto é, ‘em equilibrio), calcule 0 valor da tensao T que a ccorda transmite ao carro nessa situacao, Problema suplementar 5. 6. a) Um bloco & colocado sobre um plano inctinado de um angulo @. Aumenta-se graduaimente 0 valor desse Angulo até que o bloco esteja prestes a deslizar. Sendo 0, 0 valor de @ para 0 ual isso ocorre, mostre que o coeficiente de attto estético, 1, , entre 0 bloco e 0 plano & dado por, = t2 8, b) Tendo em vista 0 resultado da questéo (2), deter mine experimentalmente 0 coeficiente de atrito estitico entre a capa deste livro e um outro corpo ‘qualquer (uma borracha, um cinzeiro etc.) Pare arrancar um prego de uma tébua, uma pessoe faz as trés tentaivas mostradas na figura deste pro- blema. Sabe-se que apenas em uma das tentativas la serd bem-sucedia. Indique-a e justifique a sua resposta. Problema suplementor 7. © corpo rigldo mostredo ne figura deste problema esté sob a ago de um sistema constituido por dias forgas parallas, de mesmo méduio e sentios contréios que, como sabemos, € denominado binds, Sendo a distincia enze a5 linnas de acéo das forges, determine 0 médulo do torque exerido or esse bindrio em relago: a) 2 uma das extremidades (A ou 8) do binario. ') 20 ponto O (ponto médio de AB), ©) Verifique se suas respostas as questdes (a) ¢(b) Cconfirriam a seguinte propriedade: “O momento {do binério no depende do ponto em relagéo a0 ‘qual é calculado*. Problema suplementar 8 . 0 antebrago de uma pessoa pode ser considerado uma alavanca tal que a forga potente Fsejpro- porelonada pela contragao muscular do biceps, para equllbrar (ou superar uma forga resistente qualquer, como o peso P da figura deste problema. a) Observe, na figura do problema, a localizagao do onto fro Oe ientique que tipo de alavanca 6 © antebrag. 1) Suponna que o biceps atue a uma cistincia de 4.om co ponto 0 e que a distancia de F a0 sja cde 32 om. Supondo ainda que P ~ 5,0 ef, qua © valor da forga F que o biceps deve exercer para eauitorar esse peso? Primairaetarcalra els de Newton. biceps, Problema suplementar 9. 10, Pela resposta & questo (b) do problema anterior, voce poderia pensar que nao ha vantagem no uso de seu antebrago. Entretanto, embora haja uma “perda” de forca no uso do biceps, existe uma vantagem no fato de o antebraco ter aquela constituigéo. Procure descobrir qual sera ela a Probleme suplementar 1 414. Como voc8 sabe, ao usar uma p, um operério mantém aprosimadamente fixa 2 mao que fica Junto a0 corpo (vejaa figura deste problema) 2) Observe a figura e identifique o tipo de alavanca consttudo pel pa )A forga potente do operério deve ser maior, menor ou igual a0 peso que ele sustenta na pa? <) Ento, ue vantagem vo percebe no uso da ps? Problema suplementar 12. 12, Observe o remo que ¢ usado para movimentar 0 bbarco mostrado na figura deste problema. Conside- rando um sistema de referéncia igado a Terra: 8) Onde esté lovalizado 0 ponto de apoio da ala vanca constitu pelo remo? ) Que tipo de alavanca & esse remo? €) A forga potente é maior, menor ou igual 8 forca resistente? 48. Na estrutura em equilbrio mostrada na figura deste problema, a barra AB tem peso desprezvel. Deter ‘mine © médulo da tensdo T na corda BD e os mé: dulos Fe F, das componentes horizontal e vertical da forga qué a ariculagdo A exerce sobre a barra: P=S0kgt Problema suplementar 13. 2) Usendo as condighes BF, =0, 3F,=0¢ EM ) Usando apenas a condigao BM = 0, tomando os momentos sucessivamente em relagdo A, B e para obter, assim, trés equagdes indepen- dentes, como em (a). 414. Uma escada uniforme, de 5,0 m de comprimento e eso igual a 40 kg, esté em equilrio com sua parte superior encostada em uma parede vertical ‘em atrto, tendo sua base apciada no cho 83,0 m caparede. 2) Faga um diagrama corespondente a situagdo, ‘mastrando todas as forgas que atuam na escada. ») Determine a reagéo normal da parede (N,), do chao (N,) ¢ a forga de atrto na escada (). 415. Suponha que um homer, pesando 90 ka, sub len- tamente na escadado problema anterior Sendoocoe- fiiente de atrto entre o cho ea escada gual a0, 40, determineamaximadsténcia que chomempode subir ao longo da escada sem que ela escorregui 16. Uma roldana, de peso desprezivel, e de 0,15 m de rai, pode girar em tomo de um eixo horizontal, ‘sem atrito, passando pelo seu centro. Um peso de 20,0 kgf é suspenso em um dos lados da roldana e uma haste de 1,20 m de comprimento é presa fem seus bordes, como mostra a figura desse problema, 145 a7. —120m—- 20k Probleme suplementar 16. 2) Sabendo-se que o sistema fica em equilibrio ‘com a haste na horizontal, determine © peso essa haste. 'b) Suponha que um peso de 2,2 kef seja suspenso nna extromidade direita da haste. Determine o “Angulo que essa haste iré formar com a horizon ‘tal em sua nova posigéo de equilbio. ©) Na situagdo da questéo (b), qual é 0 valor da reago do eixo sobre a roldana? Uma porta homogénea e uniforme, com 2,0 m de altura e 1,0 m de largura, é presa por duas dobra- digas distantes entre si de 1,7 m e igualmente ‘afastadas da base © do alto da porta. O peso da porta & de 34 ket. 2) Determine o médulo da componente horizontal da forga exercida sobre a porta em cada dobradica. ) Qual o valor da soma das componentes verticais das forgas exercidas pelas dobradigas sobre a porta? i Problema suplementar 18. 418, Para reduc o esforgo sobre a dobradiga superior da porta considerada no problema anterior, foi co- locado um trante AB, como mostra a figura deste problema. A tragéo do trante foi ajustada de mado 2 anuler@ forga horizontal sobre a dobradica supe- fir. Nessas conde, respond: 8) Qual 6 0 valor da tragdo do trante? ) Qual é o m6dulo da componente horizontal da fora exercida na porta pela dobracica inferior? ©) Qual & 8 soma das componentes verticals das forgas exercidas peles dobradicas sobre a porta? Problema suplementar 19. 19. Na figura deste problema, a haste 08 é uniforme & besa 400 ket. 0 sistema estd em equilbrio. 2) Qual 0 valor da tragdo (tensa) no cabo AB? ») Qual 0 valor da reagdo exercida pela articulagéo Ona haste 0B? 20. Uma régua esté apoiada em uma parede vertical ‘sem atfito. A outra extremidade da régua esta ‘poiada sobre um piso horizontal. O coeficiente de atito estético entre a régua e 0 piso é y, = 0,30. Determine qual o maior ngulo que a régua pode” formar com a parede sem que ela escorregue. 21. Um carro pesa 1 200 kgf e a distancia entre o exo traseiro e 0 dianteiro é 3,60 m. A linha de aco do eso passa a uma distincia de 1,20 m do eixo nteiro. Estando 0 automével sobre uma super- ficie horizontal, determine a forga total que 0 solo exerce sobre: 2) As rodas dianteiras. ) AS rodas traseiras. 22. 0 sistema mostrado na figura deste problema esté ‘em equilbrio. Os pesos das roldanas e da alavan- ca, bem como as forcas de atrito, s80 despreziveis. Determine: €) O valor do peso P. ) A reagéo do apoio O sobre a alavanca. 24. ee Probleme suplementar 22. Suponha que uma balanga seja_defeituesa, ‘apresentando bragos de tamanhos £, e-£, desiguais (veja a figura deste problema). Assim, um corpo de peso desconhecido P, colocado no prato & esquer- da, @ equilbrado por um peso conhecido Py, no Prato @ direita, que nao representa o valor exato do eso P Colacandose P no prato ca iret, ele seré fequilibrado por um peso P, conhecido, no prato feequerdo. Mosive como o valor coreto do peso P ode ser determinado a partir dos valores P, © Pa obtidos nas duas pesagens. Observagdo: Esse método de pesagem de um corpo, para evita eros ocasionados por desigual- dace nos bragos de uma balanga, é atrbuido 80 grande cientista alemao C. Gauss (1777-1855) denominado “dupla pesada de Gauss”. “ % oo P ® Problema suplementar 23. Umea régua metic, uniforme, pesando 10 N, 6 suspensa vertcalmente por meio de um prego que passa por um furo exstente em sua extremidade Superior. A exremisade inferior 6 deslocada lateral mente por uma forga horizontal F, de tal maneira ‘que a régua passa a formar um Angulo de 35° com a verical. Determine: 2) Ovalor da forgaF. 8) AS components horizontal H,@ vertical, V, da forga aplicada & régua pelo prego. . Uma barra OM, de peso despreziel, tem um compr- mento de 4,0 m, Trés pesos, P, = 4,0 N,P,=5,0Ne P, = 6,0 N, so pendurados respectivamente nos pontos A, B e C da bara, tals que OA = 1,0 m, 08 = 2,0 me 00 = 3,0 m. A que cistincia do ponto 0 devemos suspender a barra para que ela que em cequiltrio na horizontal? 26. Do's planos inclinados lsos fazem angulos de 45° e 60" com @ horizontal, como mostra a figura deste problema. Uma esfera, de peso igual a 100 N, est ‘em equillorio, apoiada sobre esses planos. Deter- mine as foreas de reacSo dos pianos sobre a esfera. Problema suplementar 26. 27. Um bioco homogéneo, pesando 30 ket, esté apoiedo sobre uma superficie horizontal. Uma pessoa exerce no bloco uma forca horizontal F= 10 kef a uma altura ‘h acima do solo (veja a figura deste problema). Su- Pondo que @ pessoa aplique a forga a alturas cada ‘vex maiores, determine para qual valor de h o bloco ‘comege a se incline, irando em tomo de 0. Problema suplementar 27. 28. 0 enincio de um motor de automével indies que ‘eu torque mavimo 6 de 20 kgf =m. 2) Qual deveria sero valor da forga minima a ser exercida na maganeta de uma porta, de 0,50 m de largura, para aplicar @ ela um torque com aquele valor? b)E possivel obter aquele mesmo torque texeroendo, na maganeta, forgas de valores dife- rentes daquele calculado em (a)? Explique. ©) Explique por que 0 valor calculado em (a) representa a forga minima que deve ser apl- cada & maganeta. 29. Para fazer girar uma porca, que prende a roda de lum automével, 6 necessério um momento de 12 kgf - m. Supondo que 2 forga maxima que 0 rmotorista é capaz de exercer seja de 50 kf, qual deve ser 0 comprimento minimo do brago da chave de roda para que ele consiga trocar 0 pneu? 30, Deseja-se derrubar uma tore OB, de 40 m de altura, puxando-a com uma forga F, exercida por ‘meio de um cabo AB (veja a figura deste proble~ ma). Sabe-se que a torte caird, girando em torno de 0, se 0 momento aplicado for, no minimo, igual 22.5% 10° N-m. a) Aumentando-se gradualmente a forga aplicada, paara qual valor de F a torre comegard a cair? ») Se fosse utilizado um cabo de maior compri- mento, 0 valor de F para o qual a torre co- ‘mecaria a cair seria maior, menor ou igual 20 valor calculado em (a)? Explique. Problema suplementar 30. Langamento do foguete Ariane 5. Os complicados céleulos| {que possbilitam 0 longamento de foguetes sdo feltos com bate nos leis enuncladas por Newton no século XVII. Segunda lel de Newton Se 5.1. a segunda lei de Newton INTRODUCAO ‘Vimos, quando estudamos a I" lei de Newton, que, se a resultante das forgas que atuam em um corpo for nula, este corpo estar em repouso ou em movimento retilineo uniforme. Em qualquer destas situagdes, a aceleragio do compo € nula. Assim se R=0 teremos @=0 (o) CC) Fig. S:1:A forga F imprime 20 corpo um movimento ‘acelerado. Entio, que tipo de movimento teria o corpo se a resultante das forgas que nele atuam fosse diferente de zero? A resposta 2 esta pergunta pode ser encontra~ da através de uma experiéncia bastante simples. Consideremos um objeto coloca~ do sobre uma superficie horizontal lisa (sem atrito), sendo puxado por uma forga F (fig. 5-1-a). Como as demais forgas que atuam no corpo (peso e reagio normal) se equilibram, podemos considerar a forga F como a tinica forga que atua no cor- po. A fig. 5-1-b mostra as posigdes do corpo tomadas em intervalos de tempo iguais, em seu movimento sob a agio da forga F. Como a distincia entre duas posigdes sucessivas esti crescendo, evidentemente a velocidade do corpo est aumentando, ou seja, 0 movimento do corpo € acelerado. Concluimos, entio, que um corpo, sob a aio de uma forga tinica, adquire uma aceleragio, isto é, se F # 0 temos a # 0. RELAGAO ENTRE FORCA E ACELERACAO Na experiéncia mostrada na fig. 5-1, para um dado valor da forga F aplicada no corpo, podemos medir o valor da aceleragio @ que 0 corpo adquire. Repetindo a experiéncia com diversos valores da forga F, verificamos que: duplicando F, 0 valor de a também duplica; triplicando F, o valor de a também triplica; quadruplicando F, 0 valor de a também quadruplica ete. Portanto, através da experiéncia, podemos concluir que a forca F que atua em um corpo é diretamente proporcional a aceleracio a que ela produz no corpo, isto é, Desta maneira, se construirmos um grifico F x a, com os valores obtidos através da experiéncia citada, obteremos uma reta pasando pela origem (fig. 5-2). MASSA DE UM CORPO. Sendo F « a, sabemos que a relagio F/a é constante e esta constante é igual A inclinagio do grafico F x a. Suponha que a experiéncia fosse repetida usando-se, porém, um outro corpo. Construindo o grifico F x.a para este outro corpo, obterfamos ainda uma reta passando pela origem, ‘mas com uma inclinagio diferente da anterior. De um modo ge- ee mneedaee ral, verificamos que, para um dado corpo, temos sempre F = a, feragde que ele produz. mas a inclinagao do gréfico F x a varia de um corpo para outro (fig. 5-3). Portanto, 0 quociente F/a tem um valor constante para um dado corpo, sendo, assim, caracteristico de cada objeto. Este quociente é denominado massa, m, do corpo. Entio massa de um corpo é 0 quociente entre a forga que atua no corpo ea aceleragio que ela produz nele, isto é, F m=— a Observe que a inclinaglo do grifico F x a nos fornece 0 va- Jor da massa mt do corpo. Entio, na fig. -3, temos m, > > m- De m = F/a, obtemos FE aa ™ Esta relago mostra que, para uma dada forga, quanto maior for a massa de um corpo, menor seri a aceleragio que ele adquire. Em outras palavras, a massa de um corpo carac- teriza a “dificuldade” que ele apresenta em adquirir uma aceleragio. Portanto, dados dois corpos de massas diferentes, o de maior massa apresenta maior “dificuldade” em ter sua velocidade modificada, ou seja, 0 de maior massa apresenta maior inércia. Lembre-se, por exemplo, de que um caminhio Fig. 5:2: A incinosio do carregado (maior massa = maior inércia), partindo do a mee repouso, demora mais a adquirir uma certa velocidade do que se estivesse vazio (menor massa = menor inércia). Do mesmo modo, se o caminhio em movimento “perder os freios”, sera mais dificil paré-lo se ele estiver carregado, uma vez. que sua ° 2 Segunda lel de Newton inércia é maior do que se ele estivesse vazio. Coneluindo, quanto maior for a massa de um corpo, maior sera a sua inércia, isto é, a massa de um corpo é uma medida da inércia deste corpo. OS VETORES F Ea O valor da forga F que atua em um corpo, o valor da acele- ragio Z que ele adquire e sua massa m estZo relacionados, conforme vimos, pela expressio m=n donde = Fama a Fig. 54: O vetor & Arelagio F = ma foi estabelecida entre os médulos dos vetores F ea. sempre a mesma diresé Experimentalmente, podemos verifcar que, quando uma forga atua em um corpo, £ @ meme sentido do vetorF. a.aceleragio que ele adquire tem a mesma direcio e o mesmo sentido da forga aplicada, isto &,ovetord tem sempre a mesma dirego eo mesmo sentido do vetor F (fig. 5-4). Portanto, a rehagio F = ma poder ser escrita vetoriaimente da seguinte maneira: B= ma Conseqiientemente, a massa m deve ser uma grandeza escalar sempre positiva, para que o produto mi tenha a mesma directo e 0 mesmo sentido do vetor F*, Se a massa de um corpo pudesse ser negativa, este corpo adquiriria uma aceleragio de sentido contnirio ao da forca aplicada, o que nunca acontece, como ‘nos mostra a experiéneia. 2? LEI DE NEWTON Consideremos, agora, um corpo sob a acio de varias forgas F,, F,, F, etc. (fig. 5-5). Sabemos que, nessas condigdes, podemos substituir o sistema de forcas por uma forga tinica, que é a resultante Redo sistema. A aceleracdo que o corpo ird adquirir, sob a ago deste sistema de forgas, seré obtida como se o corpo estivesse sob a agio de uma forga nica, gual a R.A equagio F = ma seri, neste caso, substituida por R = mii eo vetor’ ters a mesma diregio e o mesmo sentido do vetor R (fig. 5-5). A relagio R = md & a expressio matemitica da 2* lei de ‘Newton em sua forma mais geral. se epi rc tka usec Spon ee SSS ple ten veep canoe doves grinned ined perks es Serene aie temieakswcicmce ss MB xa = dc exel’Cicios de fiXagae Gxcl*Cicics 6 ‘Antes de passar ao estudo da préxima sec¢do, responda as questées seguintes, consultando o texto sempre que julgar necessario. ~ 1. A figura deste exercicio mostra algumas posigbes 3. a) Na tabela deste exercicio, F representa a forga Seoetonger Um sarin et easier 0 te {pe ous em um eo capo ea €«aclots tervalo de tempo entre duas posigdes sucessivas é adquirida pelo corpo sob a agdo desta forca. Re- 2 meting. Poderos cong aueenito une ops pola a tle eae cero econo atuando no carrinho? Por qué?” b) Como seria 0 aspecto do grafico F x a? ©) O que representa a inclinagao deste grafico? 4 Sete lee eal sania whic sone LOSER EEE fetrehod ina tok ce toe ie arrives ee, fSoserisien wiaconenrs coeatinas aot a 2) Qual delas, em sua opinié, ia adquin maior aceleragao? Exereicio I. 'b) Entdo, qual detas possui maior inércia? 2. Um bloco, sendo arrastado por uma forga F sobre © Logs, qual delee poss sneer? > Unis secrete perma ae wane | ace aah rote er lOO ‘tempo iguais, as posigdes mostradas na figura Constante sobre uma superficie horizontal lisa. Em deste exercicio. um certo instante, uma forga F constante é aplica- da so Nooo, Det ote de movimento us o oes basen a cence sunondo u z ¢ z z €F tem amesma diego e 0 mesmo sentido de. Wa— Wa ra 0) F tema mesma deg esentao contro a7. xo? a) Observe a figura e diga se existe atrito entre 0 oor nemroe. Bei ») Se 0 tio foes elimina, Ue pode mov recs omneet — ) Ea massa do avido? Voce sabe que quando um corpo esté em queda live, préximo a superficie da Terra, ele possui uma aceleragéo g = 9,8 m/s? Qual 6a forea que esté ‘comiunicando esta aceleragao 20 corpo? Te | asl tereree cee egies etna tora aera qu een onde a aceleragao da gravidade é g = 26 ms? e, a) Asuamassa? —_b) O seu peso? eri a ete ae ny mea WERE |: Soria, esa qn a pu ot 45 tpotncs pon une ogc ede ona ue ude 5 ei Oe een Sepang cae ee en si para caleular a massa, m, da pedra em kg? videde). Nesta situagao: cy aulas THRSS OF Gta Cm esgtoe eed tee eee Preah 0) Quota open ca peo? | 15. Se o astronauta trouxesse a pedra do exercicio an- ¢) Ea inércia da pedra, seria a mesma que na Terra? 5.4. Exemplos de aplica¢ao da segunda lei de Newton Exemplo 1 a Um bloco, de massa m=20 kg, & aras- ate {ado sobre uma Supericie horizontal por uma forea i F constante, de médulo igual a 4,0 N e diregéo hnorzontal (fig. 5-13). Entre o bloco e a superficie nd-uma forga de atito f constante, de médulo gala 10N. 4) Qual é a aceleragao do bloco? 6 De =m, vom & = Rm. Como conhecemos a massa do bioco (m = 2,0 kg), devemos deter sninar a resutante das forges que nele atuam, para que passamos abter sua eceleracéo &. Teaas as forgas que atuam no bloco esto mostradas na fig. 5-13. As forges verticals mi (o0S0 42 boco) e N (reagdo normal da superfc‘e) se equlibram. Restam, pols, as forges horzontals F ef que tém sents contréros. Entéo R=F-f=40-10 donde R identemente, a diregdo de R & horizontal e 0 seu sentido & 0 de F (ferga malo). Assim, 0 valorde a serd: a » FFig.5-13:Pora 0 exemple |. 0 N A380 m 20 Ovetar 4, como sabemas, teré a mesma diregao e o mesma sentido do vetor R (fig. 5-13). ou = a=4,5 ms? 102 dade e a disténcia percorida por ele, depois de decorrido um tempo t=4,08? ‘Como as forcas que atuam no boco sdo constantes, a aceleragéo caleu- fh lad (a =1,5 mis") & também constante e, canseqientemente, 0 mov- geet ‘mento do bloco seré untormemente acelerado. Portanto, teremos Sf ) Supondo que o bloco part do repouso (¥, = 0), qual sera sua veloc veate45x4,0 donde v=60-ms doe i at?=4415%16 donde d = 12m pata xs d=12 Exemplo 2 Um corpo, de massa m, & abandorado sobre um piano incinado sem atito. 0 anguo de incinagdo do plano 60 (ie 5-14). Qual ¢a aceleragéo do mavimento do corp ao descero plana? A aceleragéo do corpo seré dada por & = Rim. Devemos, portanto, determinar a resultante, R, das forgas que atuam no corpo. Estas forgas, io: 0 seu peso, mg e a reagao normal, N, do plano sobre ele. ‘Como as forgas Ne mg no tém a mesma dregdo, para determinar mais facilmente a sua resultante, vamos substituir mg por suas componentes mg sen 0 € mg cos 0 (fig. 5-14). A forga N e a componente mg cos 0 se anulam mutuamente. Entéo, a resultante das foras que atuam no corpo ‘serd constituida apenas pela componente mg sen 8. Portanto R= mg sen 0 ea aceleragéo do corpo seré mg sen 8 mm donde a= gsen8 Observe que a aceleragdo nao depende da massa m, isto é, qualquer que seja FigS-18:A aceleracdo de um corpoemum plone amassado corpo, ele desceréo plana com uma acelracio a =gsen 8. Veros Indinedo, sem atrto, € 0 8=90",eemosa=. sae Fig.5-16: Um corpo esté sendo pesado no interior de um elevader que sobe ‘ecelerado. se 8 S® ainda que, para qualquer valor de © < 90", teremos a < g, pois sen @ <1. ‘Naturalmente, se 0 = 90%, teremos a = g sen 90° ou a= g. Este resultado ja ‘era esperado, pols, quando @ = 90’, o plano estaré na vertical (fg. 5-15) €0 ‘corpo caird em queda lime (no hd atnto entre o corpo e o plano). Exemplo 3. ‘Um corpo, de massa m = 10 kg, esté pendurado em uma balanga de molas, presa a0 teto de um elevador (fig. 5-16). 0 elevador esté subindo com uma aceleragao a = 3,2.mis", 2) Qual a resutante das forgas que atuam no corpo suspenso? A resultante, R, seré obtida pela 2* lei de Newton, R = ma. 0 compo terd, evidentemente, a ‘mesma aceleracdo do elevador, isto é, uma aceleragao vertical, para cima, de méduio 2 =3,2 m/s. Portanto,F também seré vertical, para cima (fi. §-17-2), de médulo R=ma=10x32 donde R= 32N 1) Qual o valor da forga com que a mola puxa 0 corpo? As forgas que atuam no corpo séo: seu peso me a forea F exercida pola mola. Como a resultante Fi esté diigda para cima, concluimos que F deve estar dirigda para cima, com ‘médulo maior do que mg (hig. §-17-b). 0 médulo da resutante R seré dado pela diferenca ‘entre 0s médulos de F e mg. Portanto R=F-mg ‘Segunda fel de Newton Como sabemos que R = 32.Ne que mg =(10 x 9,8) N= 98N, teremos 32=F-98 donde =F = 130N (a) O) Co) ©) Qual é a leitura da balanga de molas? e como a mola pura o corpo para cima com uma fora F, 0 corpo reage € ‘waa mola para baixo com uma foreaigval@ contri a F (ig. 5-270). 2 « Portanto, @ mola esté sendo esticada por uma forga de médulo F = 130 N e esta frga€ que sed inaicada pela balanca. Observe que a indicagéo da balanca (130 N) é maioxdo que o peso do cerpo (98 N). A indicagéo da balanca é denominada “peso aparente” do 0 FeAgo corpo. Assim, 0 fato de o elevador estar acelerado para cima nos dé a impressdo de que os objetos, em seu interior, se tomaram mais pesados. \océ deve observar Isto quando entra em um elevador e ele “arranca” para cima, 9 17: Para 0 exemplo 3. vc exel'Cicios de fixagao cictes ge ttt Antes de passar ao estudo da préxima sec¢do, responda as questdes seguintes, consultando o texto sempre que julgar necessario. 117. No exemplo 2 desta seogéo, suponha que a massa do corpo seja_ m= 5,0 kg e que 0 = 30° (considere g= 10m"), 20. Considerando 0 exemplo 3 desta secgdo, examine a fig. 5-17 e responda: a) Por que se concluiu que a resultante R esta ) Qual € 0 valor da resultante das forgas que Ouitra sitsagio semelhante que ¢interpretada inadequadamente por meio da “forga centrifuga” é a seguinte: suponha que uma pessoa estéja em pé dentro de um énibus que, em um dado instante, entra em uma curva para a esquerda, por exemplo. Os pés da pessoa, devido ao atrito com o piso do nibs, sio deslocados para a esquerda juntamente com 0 Gnibus. Entretanto, a parte superior do corpo da pessoa, por inércia (no estando em contato direto com o dnibus) tende a continuar seu ‘movimento em linha reta, na direso da velocidade que o Gnibus possuia, antes de entrar na curva. Em virnude destes deslocamentos, uma pessoa na Terra veria o passageiro tombar para a direita dentro do dnibus. Uma andlise errénea dessa situagio leva algumas pessoas a atribuir o Fig5.26:algumos pexcor | gombamento do passageiro 2 existéncia de uma forea centrifuga que o teria Pensam, erroneamente, | arremessado radialmente para fora da curva. Na realidade, visto pelo observador Tompe, » objeto move-re | NaTerra, 0 corpo do passageiro nao foi arremessado para fora: a parte superior radialmente pare fore ‘continuou a se deslocar em linha reta, enquanto os pés acompanhram a curva junto com o Gnibus. Fig5-25: Se 0 exfera ext vesse sab 0 edo dos cos centripeta e “cen fuga”, elo estaria em equi- Mrio'e sua trojetra seria retiinea. ‘Temas pala wosi nts alin ngs om rr nnn ehr ea meri Segunda lel de Newton = Antes de passar ao estudo da préxima sec¢do, resp icios de fi AAGAO © « 474 é = ce det as questes seguintes, ° sempre que julgar . 29. Um corpo de massa m = 1,5 Kg esté descrevendo ‘orga centepeta fomecida pelo atrito) de 400 Kf. De- uma trajetéria circular, de raio R= 2,0 m, com termine o valor da forga centripeta que deveria atuar ‘movimento uniforme de velocidade v = 4,0 mvs. sobre o camo, para ele conseguir fazer a curve, se: 2) Para 0 corpo descrever este movimento, 6 8) Amassa do carro fosse duas vezes maiot. necessério que haja uma forga atuando sobre ) A velocidade do caro fosse duas vezes mor. ele? Como se denomina esta force? ©) O rai da cura fosse duas vezes maior. 1) Calcule 0 médulo da forea centripeta, F,, que ec pou ca i iui 5°24, atua no corpo. Para onde aponta esta forga? ‘Seja R= 2,0 m 0 eu rio, m = 150 kg a massa do ©) Se a forca F. deixasse de atuar sobre 0 corpo, Conjunto motocicieta + motociclstae v= 6,0 mvs a {ue tipo de movimento ele passaria a ter? ‘elocidade da motocicleta a0 passar pelo ponto A 30. a) Na fig. 5-21-a, qual das forcas mostradas faz (tome g = 10 m/s"). Neste ponto: ‘com que a velocidade do corpo mude constan- 2) Qual 6 0 valor da forga centripeta que atua no temente de dirogao? Conjunto motocicleta + motocilista? b) Entdo, qual dessas forgas produ, no corpo, @ ) Qual 0 valor da reagao normal do globo sobre 0 acoleracao centripeta d.? conjunto? ©) Supondo que a massa do compo sejam = 200 g, sua ‘Suponha que 0 movimento da motocicieta. do velocidade v = 3,0 mis e que o rai da tejetonia ‘exereicio anterior seja circular uniforme. Ao passer seja R = 50 om, calcule 0 valor da tensao T do pelo ponto 8: barbante(atenedo para as unde). 2) Qual 0 valor da forga centripeta que atua no 31. Suponha que, para descrever a cuva mostrada na ‘conjunto? fig. 5-23, fosse necessério atuar sobre o carro uma 'b) Qual o valor da reagéo normal exercida pelo lobo? Para vocé aprender um pouco mais 5.7. Limitag6es da MecAnica Newtoniana As aplicagdes da Mecnica Newtoniana, coroadas de éxito no estudo de um grande niimero de fenémenos, fizeram com que as leis basicas langadas por Newton prevalecessem durante cerca de 200 anos. Entretanto, no final do século XIX, os cientistas comegaram a encontrar algumas situagSes que nfo podiam ser descritas adequadamente através das eis de Newton, isto & a Mecinica Clissica (como é denominada habitualmente a Meci- nica de Newton), 20 ser usada para explicar o comportamento de certos corpos em movimento, fornecia resultados em desacordo com as observagées experimentais, Foi verificado que isto ocorria sempre que os corpos se moviam com velocidades muito grandes. Mais precisamente, as falas da Mecinica Clissica comegavam ser percebidas quando estas velocidades atingiam cerca de 10% da velocidade da luz, cornando-se mais acentuadas’ medida que as velocidades aumentavamn. ‘A velocidade da luz € usualmente representada por ¢¢ seu valor é muito clevado (c= 3 x 10° m/s = 300 000 km/s) . Entio, como os corpos com os quais 2 72 Fig 5-27: A velocidade da luz ndo depende do refe- renclal.Tante para o obser- odor A quanto para 0 ob- servador 8, ela tem 0 mes- ‘me vale. lidamos habitualmente (pedra, automdvel, avito ajato etc.) semprese movem com velocidades muitas vezes inferioresa 10% dec, as eis de Newton podem ser usadas, sem nenhuma preocupacio, para descrever os movimentos destes corpos. Mesmo para o cilculo das érbitas ¢ dos lancamentos dos modernos e velozes foguetes € satélites, as leis de Newton sio usadas com pleno éxito. ‘Observa-se, entretanto, que particulas atémicas (elétrons, protons etc.) podem atingir velocidades muito elevadas, chegando a alcangar até 99% da velocidade da luz. Nestes casos, a Mecinica Clissica mostra-se totalmente inadequada para descrever o comportamento da particula. A TEORIA DA RELATIVIDADE DE EINSTEIN Pera contornar estes problemas, tornava-se necessério formular uma nova teoria que substituisse a Mecinica de Newton, podendo ser usada para descrever movimentos com. quaisquer velocidades. A solucio foi dada por Einstein, em 1905, ao apresentar a sua célebre Teoria da Relatividade. Nesta nova teoria, Kinstein propunha equagdes para substituir as equagdes da Mecanica de Newton, que ao serem aplicadas a0 movimento das particulas s forneciam resultados em perfeita concordancia com as observagdes experimentais. interessante observar que estas equagdes de Finstein coincidem com as ‘equagdes da Mecéinica Classica nos casos em que avelocidade da particula é muito ‘menor do que . Em outras palavras,a Mecinica Newtoniana constitui-se um caso particular da Mecanica Relativistica. Algumas idéias propostas por Einstein em sua Teoria da Relatividade serio apresentadas.aseguir e outrasaparecerio oportunamente ao longo donosso curso. A VELOCIDADE DA LUZ NAO DEPENDE DO SISTEMA DE REFERENCIA ‘Uma das propostas fundamentais da Teoria da Relatividade refere-se a0 fato dea velocidade da luz ter o mesmo valor em qualquer sistema de referén- | cia, Para entendermos o significado desta afirmagio, consideremos um observadord dentro de um vagio, que se movimenta com velocidade vy em relagio A Terra, e um observador B parado sobre o solo, como mostra a fig. 5-27. Uma lanterna, dentro do va- 0, emite um feixe deluz, que se pro- aga com velocidade c em relagio a0 observador 4. Deacordo com aMecinica Clissica, se o observador Bmedisse a velocidade deste eine de luz, deveria encontrar um resultado igual ac+ v (conforme vimosno capitulo 3, quando estudamos a composi¢io de movimentos). Entretanto, de acordo coma proposta de Einstein, avelocidade do feixe de uz, medida por B, seri também igual a ¢, isto 6, a velocidade da luz no varia quando se muda de re- Segunda lel de Newton ferencial, Embora este resultado possa parecer estranko, ele tem sidoamplamente confirmado em vérias verificagdes experimentais, A MASSA DE UM CORPO VARIA COM SUA VELOCIDADE Vimos, 20 estudar a 2* lei de Newton, que a massa de um corpo é uma constante, caracteristica deste corpo. No entanto, uma das equagées da Teoria dda Relatividade afirma que a massa mde uma particula que esta se movendo com velocidade » é dada por onde my a massa de repouso da particula, isto é, sua massa quando v = 0. Analisando esta equago, vemos que a massa da par- ticula 6 variével, sendo tanto maior quanto for a sua velo- cidade v. Isto significa que, de acordo com as idéias de Einstein, a inércia de uma particula, ou seja, a “dificuldade” que a particula apresenta para ser acelerada é tanto maior quanto mais rapidamente ela estiver se movendo. Observe, porém, na relagio m= my /\1-v" /c? , que, sev for muito menor do que c, teremos v"/¢ praticamente ial a zero e as variagdes na massa serdo imperceptiveis. Nestas condiges, temos = constante ¢,entio, como ja haviamos afirmado, quando » é pequeno em relagio a ¢, as leis da Mecinica Relativistica coincidem com as da Mecinica Classica. EXISTE UM LIMITE PARA A VELOCIDADE QUE UM CORPO PODE ADQUIRIR Na Mecinica Clissica, nao hi limitagio para o valor da velocidade que um corpo pode adquirir: jf que uma forga, atuando em um objeto, provoca nele uma aceleragio, sua velocidade poderia erescer indefinidamente, enquanto durasse a aciio da forca. Pela Teoria da Relatividade, como vimos, a massa de uma particula aumenta com a sua velocidade. Entio, se a velocidade da particula atingisse o valor da velocidade da luz (o=0, aequagio m=, /1—v' /c? nosmostra quea massa desta particula se tornaria infinitamente grande, o que 6 evidentemente um absurdo, Isto nos leva a concluir que nenhum corpo poder se mover com uma velocidade igual (ou maior do que a) velocidade da luz. Logo,a velocidade da luz é um limite superior para a velocidade dos corpos materiais. Este fato 6 confirmado experimentalmente nos grandes laborat6rios do mundo, onde particulas atOmicas sio aceleradas aleancando velocidades muito préximas da velocidade da luz, sem se conseguir atingi-la, por mais poderosos que sejam os dispositivos empregados (fig. 5-28). 72 ford (E.U.A.), abriga um ‘celerador linear, com cerca de 4 km de compri- ‘acelerar elétrone {irem 99,9% da velocidede doluz. a 74 Einstein nos dltimos anos de sua vide.A grande tris- teza que se revelo em seu olhar é atribulda ao pesar que sentia, ao perceber ‘que as descobertos cienti- ficas estevam sendo utili- zades em armas de guerra aque iriom dizimar milha- res de vides humenas Albert Einstein (O grande fisico Albert Einstein, considerado uma das personagens mais importantes do século XX, nasceu em 1879, na cidade de Ulm, na Alemanha. Seus primeiros estudos foram feitos na Alemanha e, posteriormente, na Suiga. Apés graduar-se na Escola Politécnica de Zurique, Einstein comecou a trabalhar em uma reparticio publica de registro de patentes, em Berna. Neste emprego, recebia um salfrio suficiente para se manter e, além disso, dispunha de tempo livre para estudar e meditar sobre varios problemas da Fisica, 0 que sem divida era o mais importante para ele. Em 1905, aos 26 anos de idade, Einstein publicou trés traba~ Ihos de grande importincia e que causaram enorme repercussio. Em um dos trabalhos era estudado teoricamente 0 efeito foto- létrico, interpretando-o com base na Teoria Quantica. O outro tratava com questdes relativas 20 movimento e tamanho das moléculas, desenvolvendo uma andlise matemética do “movi- mento browniano”. O terceiro trabalho, sem diivida aquele que desempenhou papel mais importante no desenvolvimento da Fisica, apresentava as idéias bisicas da Teoria da Relatividade, revolucionando os conceitos clissicos de espaco e tempo. ‘Apés dez. anos de rduo trabalho, Einstein conseguiu amy as idéias contidas em sua Teoria da Relatividade apresentada em 1905. Publicou, entio, em 1915, o resultado de seus estudos, angando uma nova teoria, conhecida como ‘Teoria da Relatividade Generalizada. Por suas valiosas contribuigdes em varios campos da Fisica, Einstein recebeu o Prémio Nobel em 1921. Em 1933, Hitler assumia o poder na Alemanha, Sendo Einstein de origem judaica, ele viu-se obrigado, para escapar as perseguigées do governo nazista, a abandonar o seu pais. Refu- giando-se nos Estados Unidos, o grande fisico foi recebido na Universidade de Princeton, tornando-se um dos mais destacados membros do Instituto de Estudos Avancados daquela univer- sidade. Em Princeton, onde passou 0 resto de sua vida, dedicou- se principalmente & tentativa de elaborar uma nova teoria, de- nominada “Teoria do Campo Unificado”, na qual ele procurava relacionar a gravitagio e o eletromagnetismo: Entretanto, no ‘obteve &xito neste trabalho, morrendo sem conseguir aleanar seu objetivo. Mas a idéia do “Campo Unificado” ainda perdura e virios fisicos notéveis continuam pesquisando sobre a idéia Jangada por Einstein, ‘No inicio da Segunda Guerra Mundial, Finstein escreveu juma carta ao Presidente dos Estados Unidos, Franklin D. Roosevelt, alertando-o sobre a ameaca de uma nova arma, a “bomba atémica”, que os alemies estavam desenvolvendo, Esta carta fer com que 0 governo americano estruturasse um intenso plano de trabalho, conseguindo fabricar a bomba atomica antes do governo nazista. uso das explosdes atdmicas contra populagdes civis, no Japao, parece ter abalado profundamente o espirito bondoso e humanitério do eminente cientista. Depois da guerra, Einstein dedicou grande parte de seu! tempo trabalhando em favor da paz mundial, tentando criar um acordo interna- cional para aeabar com as armas atmicas. Segunda fel de Newton 3 exelCicios de fiIXAG&O Ce) -CiCies Ge tA Antes de passar ao estudo da préxima secgao, responda as questdes seguintes, consultando texto sempre que julgar necessario. 34, 36. 36. 37. 0s foguetes mais répidos que séo langadios atual- mente, usados para colocar satélites em érbita, atingem velocidades préximas de 9 knvs.. 2) Qual a porcentagem da velocidade da luz que ‘esse valor representa? ) Voo8 acha que as leis de Newton podem ser usadas, com éxito, no estudo do movimento desses foguetes? ‘Um elét0n esté se movendo, em um acelerador de particulas atémicas, com uma velocidade de 2,7 10° kas. 2) Qual a porcentagem da velocidade da luz que ‘esse valor representa? ) Voo8 acha que as lels de Newton podem ser Uusadas, com éxito, no estudo do movimento esse elétron? 4) Qual a teoria que deve ser usada para estudar movimento do elétron da questo anterior? Por ‘quem ela foi proposta e em que ano? ) Em que condigSes as equacdes da Teoria da Relatividade se igualam as equacées da Mecé- nica Classica? Imagine que 0 vagéo da fig. 5-27 estivesse se ‘movendo com uma velocidade de 50% da veloci- dade da luz (v = 0,5 c). Quel seria, para 0 obser- vvador na Terra, a velocidade V do fixe luminoso: €@) De acordo com a Mecéinica Cléssica? ') De acordo com a Mecénica Relativistica? ‘Suponha que uma particula esteja sendo acelera~ da, movendo-se com uma velocidade v cada vez maior. Considerando a equacao relativistica que fornece a massa m da particula, em fungdo de sua vvelocidade v, responda: 8) 0 valor de 1.~ (v*/c*) para aquela particula esta- 4 aumentando ou diminuindo? ) Considerando a resposta da questao (a), voce ‘pode concluir, pela equacdo mencionada, que o valor m estaré aumentando ou diminuindo? 39. Considerando o elétron mencionado no exercicio 35, cuja velocidade é v = 0,9 c, determine quantas vezes sua massa 6 maior do que a sua massa de repouso m,, 40. Considere, agora, o foguete do exercicio 34, para 0 qual temos v=3% 10° c. a) Qual é 0 valor de v*/c* para esse foguete? ) € razodvel desprezar vise? em relagéo 20 némero 1, a0 calcular 0 termo (1 -vi/c*) ) Tendo em vista sua resposta questo anterior, qual é a relagdo entre a massa m do foguete em_ movimento e sua massa de repouso m,? 44, fig. 5-28 mostra um acelerador linear, om cerca de 4 km de comprimento, capaz de acelerar um clétron até uma velocidade v = 0,999 ¢. Uma pessoa tomou conhecimento de que recen- temente, na Europa, foi construido um acelerador com um comprimento cerca de 7 vezes do que aquele da fig. 5-28. Conciuiu, entéo, que esse acelerador um elétron poderia ating uma velocidade 0,999 =6,993¢ Vocé concorda com essa conclusdo? Por qué? 42. a) Costuma-se ouvir de alguns estudantes comen- trios como o seguinte: "A Mecénica Cléssica fol totalmente substituida pela Teoria da Relatvidade, estando, pois, ultra- passada. Assim, no vejo razéo para estudé-la, {8 que ela se tomou insti". Comente esta opinido. b) Voeé considera possivel que, no futuro, sejam ‘observados fendmenos fisicos que no possam ‘ser descritos adequadamente pela Teoria da Relatividade? Qu vocé acha que os conceitos e leis introduzidos por essa teoria devam ser ‘aceltos como verdades absolutas e imutaveis? Discuta estas idéias. 7s reVisao sempre que tiver diividas. As questdes seguintes foram formuladas para que vocé faca uma revisio dos pontos mais importantes abordados neste capitulo. Ao respondé-las, volte ao texto 41. a) Se a resultante das forgas que atuam em um corpo for diferente de zero, este corpo pode es- tar em movimento retiineo unforme? Expique b) Sendo Fa resultante das forgas que atuam em um dado corpo e # @ aceleracdo que ele adquire, qual € 0 aspecto do géfico Rx a? 1) Qual a gyandeza que obtemos quando calcu famos a inclinacao do grfico Fx a? 2. Beplique que vosd entende pela seguinte afmatia: *amassa de um copo ¢ uma medida de sua nei’. ‘3. a) Enuncie e expresse matematicamente a 2* lel «de Newton, ) Um corpo, de massa m, est sueito a uma forga resuitante fi (conhecida em méduo, diregéo € sentido). Explique como vocé determina o médulo, a deco e o sertido da aceleracao T ‘que Ri provoca no corpo. 4, a) Quals so as unidades fundamentais do Sis- tema Internacional de Unidades (S...)? D8 exemplos de algumas unidades dervadas do Sl ©) Como se denomina e como 6 definda a unidade de forga do $1.2 4) Para wabalharmos com @ equagdo R= ma no 5.1, em que uidades devemos expressarR, mea? 5. a) Oque ocorre com o valor da massa de um corpo quando ele ¢ transportado de um local para outro (da Tera para a Lua, por exemplo}? E 0 que ocorre com a sua inércia? b) Se a nica forga que atua em um corpo for 0 seu peso, qual a aceleracio que ele adquire? ©) Qual a relagdo entre o peso F de um corpo, a sua massa m e a aceleracio da gravidade g? Para vocé fazer Primeira experiéncia 419) Tome dois carinhos ou caminhées de brinquedo de ‘mesma massa (cerca de 0,50 kg cada um) ¢ ligue tum a0 outro por meio de um eléstico. Esticando 0 eléstco, separe os dois caros, apoiando-0s sobre ‘uma superficie plana e lisa, até que a distancia entre cles seja aproximadamente de 1 metvo (veja a figura desta experiéncia). 6. Considere a relagao P = mi: a) Se m for exoresso em kg e.g em mvs", em que unidade seré obtido 0 valor de P? ') Das grandezas que figuram nesta relagao, quais s8o vetoriais? Qual é escalar? ©) Para um dado corpo, quals das grandezas que figuram nesta relagdo poder variar? Qual a que permenece sempre constante? 7. Neste capitulo, voce aprendeu dois modos pelos quais podemos obter a massa de um corpo. Des creva estes dois processos. 8 Um pequeno objeto (uma gota de chuva, por ‘exempio) cai de uma grande altura sob a agao de ‘seu peso e da forga de resisténcia do ar. Descreva ‘o movimento deste objeto até ating o solo. 9. Um compo est sob a aco de uma forga tinica,F, fazendo com que ele descreva um movimento circular uniforme. 2) Se F deixar de atuar, 0 corpo continua em movi- mento citcular? Explique. ) Como se denomina esta forca F? ©) Qual 6, em cada instante, o angulo entre Fea \elocidade, 7, do corpo? 10. Para o corpo da questao anterior, responda: a) A forga F provoca variagées na diregdo de 7? e no médulo de 7? ) Qual é a expresso matemitica da aceleraco centripeta que F produz no corpo? ©) Qual 6a expresso matematica que nos permite ‘ealcular 0 valor de F? algumaS experiGncias simples 2 el pe Primeira experiéncia. Segunda lel de Newton. __ ‘Sokte 0 dols cars simultaneamente. Observe ‘qe, entéo, eles vio se deslocar sob a agio das forges F, ¢ F, exercdas pelo eléstico, adquitindo as accleragées &, © 3, mostradas na figura Marque a posigao onde os carrinhos colidem. Para methor definir esta posicdo, repita a experiéncia algumas vezes. Responda 8s seguintes questbes: 2) As disténcias que os carrinhos percorreram so ‘proximadamente iguais? 2) Entéo, a8 aceleragdes 4, © d, adgulidas pelos cars dever ter valores iguais ou diferentes? €) Lembre que as massas dos carrinhos so iguais. Logo, pela 2 lei de Newton, os valores das forcas Fe F, que o eléstico exerce sabre os carts SAo iguais? Este resultado contrma a lei de Newton? 2) Coloque sobre um dos carinhos ume cera quan: tidage de area (ou auto peso qualquer) ce ta mado que Sus massa”, se tome duas vezes maior do quem, magne que vcd fsse realzar agora a texperiécla com estes cain 2) 05 valores das forgas Fe F, que 0 eléstico iia ‘eteoer nos cares seria anda igus ene I? )Lembrando-se da 2le! de Newton, quantas vezes ‘valor de seria maor do que o valor de 7? ©) Sejam d, € d, 0s distincias percomides' pelos cars até colder. Nestas condigbes, quentas vezesd,€ maior do que d,? 6) Tendo em vista a resposte da questéo anterior, marque na superie onde oscars se desiacamn 2 posigo onde eles devem cold. Faga a experincia (repta algunas vezes)e veriique se 0 resultado experimental confirma a sua pres. ‘Segunda experiéncia 11) Vimos que para um corpo descrever um movimento circular € necessério atuar sobre ele uma forga centripeta, cujo valor ¢ dado por F = mv*/R- Observe, entdo, que, se 0 raio R da trajetéria deserita, ‘pelo corpo for constante, o valor da forga centripeta serd tanto maior quanto maior for a massa m do corpo e quanto maior for sua velocidade v. Realizando a experiéncia seguinte vocé podera verificar que estas afrmagées so verdadeiras. 2 Tome um tubo de vidro, de metal ou de pléstco, com. ‘0s bordos bem lisos. Passe através do tubo um cordo (de preferéncia um flo de néllon) prendendo fem uma de suas extremidades um objeto de massa ‘m (uma rolha de borracha, por exemplo). Segurando (0 tubo com uma de suas mos e com a outra a extremidade livre do cordao, ponha 0 objeto em rotago em um plano horizontal, como mostra a figura desta experiéncia. Veriique que para o objeto deserever um clrculo de raio R, vooe deve exercer na fextremidade live do cordéo uma forga F. Esta forga se transmite 20 objeto, proporcionando @ forga centripeta que o faz descrever a trajetoria circular. Segunda experiéncia. 39) Mantendo constante o raio da trajetéia,faga o objeto rar com meior velocidade. Vooé percebe que, para manter 0 objeto na mesma trajet6ria, girando mais rapidamente, vocé tem que fazer uma forga maior na extremidade do fio? Em outras palavras, vocé per- ‘cede que a forca centripeta teve que ser aumentada quando a velocidade do objeto foi aumentada? Procure fezer estas mesmas observagées colocando © objeto em rotacdo com outras velocidades. 4°) Vamos, agora, tentar observar que o valor da forga centripeta depende da massa do objeto em rotagéo. Para isto, repita a experiéncia das vezes, usando bjetos de massas diferentes, mas procurando manter, {em ambas, 0 mesmo raio e a mesma velocidade de rolagio. Para obter aproximadamente a mesma velocidade nas duas experinias, seré sufciente procurar manter © mesmo ritmo ao impulsionar o tubo. € aconselnavel que @ massa usada em uma expe- riéncia seja duas ou trés vezes maior do que na outra (poder-se usar duas ou trés rolhas de borracha, por ‘exempio). Em cada experiéncia, procure “sentir” o valor da forga que vocé deve exercer na extremidade livre do ccord0 para proporcionar a fora centripeta. Vocé Rotou que teve que aumentar a forca centripeta {quando a massa do objeto foi aumentada? Terceira experiéncia Procure obter um carrinho de brinquedo, movido a pitha e, colocando-o em funclonamento sobre a superficie de uma mesa, note que ele se movimenta com velocidade MMMM ize praticamente constante. Nesta experiéncia, vocé val obser- var a agao de uma forga sobre o movimento desse cartinho, alterando sua velocidade de trés mane'as diferentes, @) A TTy 4: 19 Faga uma montagem semethante Aquela mostrada na figura (a) desta emperénc, (Se vo no possuir uma reidana, use um dispastvo cicco quaker, sobre 0 qual 0 cord passe com pequeno atrto,) Coloque o carinho em movimento na mesma reta do cord © no sertido de para B. Observe a velocidade do carn: om seguida prenda a ee aextremidade do condo, 66 ‘modo a ser solstado pelo peso suspenso, Pracure ‘sera que 0 carinho se acelera (© médulo de sua veocidade aumenta) sob a agéo da forga constante exerida pelo corddo. (Tene ajustar 0 valor do peso suspenso de modo que a aceeragio ndo seja muito grande, acitando sua percepeae.) 25 Coloque, agora, o carinno em movimento no sentido de B pare A, Repita a expenénciae procure obsewar ‘que @ forge, atvando em sentido contério 20 movimento, provoca um retardamento do carrinho (Giminuigéo no médulo de sua velocidad. 35) Prenda um cordéo @ lateral do carrinho e coloque-o ‘em movimento a partir de uma posigéo A sobre a ‘mesa (veja a figura (b) desta experiéncia). Ao passar por uma posigdo 8 qualquer, egure 0 cordéo, man- Terceira experiéncic. tendo-o esticado e procurando fazer com que ele permaneca sempre perpendicular ao cartinho. Observe que este passa a descrever uma trajeténa circular, sob a ago da forga centripeta exercida por vvocé através do cordéo. Depois de um certo tempo, solte 0 cordéo (por exemplo, na posigao C da figura (b). Observe que, como a forga centripeta detra de ‘atuar, 0 carinho passa a se deslocar em linha reta, Procure repetir a experiéncia com diversos com- primentos do cordao, isto 6, variando 0 raio da ‘rajetéria e também abandonando e segurando 0 cordo em diferentes posigbes. Quarta experiéncia Tome um recipiente cilincrico vazio qualquer (pote de ‘margerina, copo de plastico, lata de doce etc.) e faga diversos ofifcios em sua superficie lateral. Coloque no Interior do recipiente um pano bastante moinado e sus- ppenda-o por meio de tiés cordées, da maneira mostrada na figura desta experincia. Gire o recipiente de modo a provocar uma torgdo acentuada dos cordoes e, em ‘seguida, abandone o conjunto a partir do repouso, Observe as trajetorias das gotes de gue que saem do recipiente através dos orficios enquanto ele esté em rotagéo (uma vista de cima the dard uma methor perce: G80 dessas trajetorias). Voce percebe que as gotas saem tangencialmente & superficie do recipiente? Por {que isso acontece? (Lembre-se do que foi ciscutide na ‘seogao 5.6). Observagao: Uma maquina de lavar roupas, quando ‘opera na fase de secagem das pecas, funciona de maneira semelhante a esse dispositivo que vocé montou, Procure observar 0s orificios existentes no cilindro de uma dessas méquinas. to experiéncia, Segunda lel de Newton, 1. Na tabela seguinte, apresentamos as aceleracdes ‘adquiridas por trés corpos A, 6 e C, quando sobre les atuam as forgas indicadas. FN) | _a (ews?) Corpo A 2 | 10 Corpo 8 10 2,0 Corpo C 40 | _ 0,80 Baseando-nos nesta tabela, conciuimos que existe a seguinte relacdo entre as massas destes corpos: 4d) m, = My = Me e) m>Mmg= mM a) m,>me>me ) mg ems cme ©) me < my < My 2. Um disco de gelo-seco, senda puxado sobre uma superficie horizontal por uma forgaF, também hor- zontal, adguire uma aceleragdo 6. . [tabela soginte arosenta dversos valores de F © 4 obtdos em uma experincia F(N) | 0,20 | 0,40 | 0,60 0,80] 10 a (mis?) [0,80 | 4,20 | 1,60 | 2,0 | a) Com os dados desta tabela, construa 0 grafico Fxa. ) Caleule a inclinagéo deste gato. 0) Usando a resposta da questao (b), diga qual é 0 valor da massa do disco. Probleme 3. 3. Um motorista “arranca” seu automével (a partir do repouso) de tal modo que a resultante das forcas. que atuam no carro permanece constante durante lum certo intervalo de tempo. Incique, entre os gré- ficos mostrados na figura deste problema, aquele ue pode representar, neste intervalo de tempo: {) A aceleragdo do carro em fungo do tempo. ) Avelocidade do carro em fungao do tempo. ©) A disténcia percorrda pelo carro em fungao do tempo. evesves problemas e testes iol leis 4, Terra ati a Lua com uma forga F,, que produ neste satélte uma aceleragao 4. Por sua vez, 8 ua ata a Terra com uma forga Fs, que produz em nosso planeta uma aceleragéo 4, 2) O valor de F, € meior, menor ou igual ao de F,? Explique ) O valor de &, € maior, menor ou igual ao de? Expique. a Problema 5. 5. Uma pequena estera de massa m = 200 ¢ ¢ pure da sobre uma mesa lsa peas forgas FF, mos- tradas na figura deste problema. Sendo F, = 3,0 N e = 4,0N: 2) Caleule o valor da resutante das forgas que atuam na estera. 2) Determine 0 méduio da aceleragdo que a esfera quire. ©) Mostre, em uma cépia da figura, a diregao e 0 sentido de aceleragdo da esta. 6. Um bioco, cuja massa é m= 5,0 kg, desioca-se em linha reta, puxado sobre uma superficie hor- zontal por uma forga F = 20 N, também horizon tal, Sobre 0 bloco atua ainda uma forga de atrdo cinético f, = 5,0 N. 2) Qual é 0 valor da resultante, R, das fogas que ‘tuam no bloco? b) Qual é 0 valor da aceleragao do bloco? ¢) Seno instante t = 0 a velocidade do bloco era Vo = 1,5 mvs, qual seré sua velocidade no instante t = 2,0 5? 7. Um foguete V-2 tem uma massa de 1,5 %10* kg. No inicio de sua ascensdo, ele possui uma ace- leragéo vertical, para cima, de 42 m/s*. Neste momento: €) Qual é 0 valor da resutante das forgas cue etuam ro foguote? ) Qual 6 0 valor do peso do fogueté? (Considere & = 10 ms?) ) Qual 6 o valor da forga que os gases expelicos comunicam ao foguete? i c0 8. A figura deste problema mostra uma pessoa, de ‘peso P, no interior de um elevador que sobe com ‘uma aceleracdo 3 dirgda para cima. F, 6 a forga ‘com que a pessoa comprime 0 assoalho do eleva- ore F, 6 forga do assoalho sobre a pessoa. En- tre as afrmativas seguintes, assinale aquelas que esta conetas. 28) O valor da resultante das forcas que atuam na pessoa é F, ~ P~F;, b) F,>P porque a pessoa possul uma acele- ‘ago para cima. ©) F, = F, porque constituem um par de agao @ reagéo. ©) F; = P, Isto 6, a compresséo da pessoe sobre © assoalho ¢ igual a0 sou peso. @) F, =P porque constituem um par de agéo e reagao. Problema 8. ‘Um bioco de massam = 0,50 kgdesioca-se, sem at to, em uma mesa sob a ago de uma forga horizontal F = 2,0 N. Imagine que esta experiéncia fosse ree- lizada na La, com 0 mesmo bloco puxado pela mes- rma forga sobre a mesma mesa. Considere, na Tera, = 10 mis" e, na Lua, g = 1,6 mvs*, Entre as afi- Tmativas seghintes assinale aquelas que S80 coretas. 2} Na Terra, o bloco, ao ser puxado sobre a mesa, ‘adquire uma aceleragdo a = 4,0 mis?. ) Amassa do bloco, na Lua, é igual a 0,50 kg. €} Na Lua, 0 bloco, 20 ser puxado sobre a mesa, adquire uma aceleragéo a = 4,0 m/s. ©) 0 peso do biaco, na Terra, € 5,0 N. €) 0 peso do bloco, na Lua, & 0,80 N. 410. Considere o mesmo enunciado do problema ante rior, mas suponha, agora, que entre o dioco e a mesa exista uma forga de atito cinético cwo val, aqui na Ter, sea f, = 1,0 N. Quois des ofrmat- vas seguintes estdo coretas? 2) Na Tera, 0 bioco, ao ser puxado sobre @ mesa, adquire Uma aceleragdo a = 2,0 mis". 1) O coeficiente de arto cinético entre o bloco e @ ‘mesa tem o mesmo valor na Tera ena Lua. €) Na Lua, o valor da reagéo normal da mesa sobre © loco é menor do que na Terr. 4) Na Lua, 0 valor da forga de atrito cinético que atua no bloco é menor co que 4,0 N. €) Na Lua, 0 bloco, 20 ser puxado sobre a mesa, ‘adquire uma aceleragdo maior do que 2,0 ms. 414, Uma gota de chuva cai de uma nuvem situada 3 2,0 km de altura. 2) Caleule a velocidade com que @ gota atingyia 0 solo, se la calsse em queda live (considere €= 10m), ) Um observador verifcou que a velocidade desta ‘ota, a0 chegar ao solo, era apenas de 5,0 mis. Explique a causa da gence diferenca entre este valor €aquele que voe8 caleuou em (2). 12, Um estudante afirmou que em um satélte em rita (como 0 da ig. 5-22) atuam duas forcas: @ forga de atragio da Terra sobre o satéite @ a forga centripeta que 0 mantém em érbita. Critique @ afimagio do estudante. 413. A figura deste problema representa um satée que ra, com movimento uniforme, em érbitaciculr €em torno da Tera, no sentido ABCD. Em cada ume as opgbes seguites, est representado um vetor e indicada a gandeza que ele representa. Uma das ‘opgdes est errada. Qual 6? A ° Probleme 13. 2) 4 velocidade do satéte em 8. 2) ~ aoeleragéo do satélite em D. ¢) 1 frga que tua no satelite em c. 4) + forga que o satéite exerce na Terra quando passa por 8, «) 1 forga que atu no satéite em A. Segunda lel de Newton 14. a) Uma pedra de massa m= 0,50 kg esta sus- pensa, em equilibrio, na extremidade de um fo ‘como mostra a figura (a) deste problema. Qual o valor da tenséo, F, no fio? 'b) Suponha que a pedra esteja oscilando (como um éndulo) da maneira mostrada na figura (b). Ao assar pelo ponto mais aio da trajetbra, 0 valor eT 6 maior, menor ou igual a? Explique. ar 2 Problema 14. 15. 0 prato de um toca-discos gira com uma velocida- de angular «= 4,0 rad/s. Uma moeda, cuja mas- saé m = 20 g, sobre o prato, gra com ele a uma distancia R = 10 em do eixo, 4) Qual & a velocidade linear, v, da moeda? ») Qual 6 aceleragao centripeta, a., da moeda? ©) Quais as forgas que estdo atuando na moeda? ) Qual destas forgas proporciona a forga centripe- ta que atua na moeda? ©) Tendo em vista a resposta da questao anterior, calcule 0 valor da forga de atrito que atua na moeda. 46. Considere o enunciado do problema anterior. Su- onde que a velocidade de rotago do toca-discos ‘seja aumentada gradualmente, haveré um mo- mento em que a forga de atrto seré insuficiente ara manter a moeda em rotagdo juntamente com ‘9 prato (a moeda se desloca e escapa do prate). Orientando-se pela solugdo do exemplo da seoqo 5.5, responda: a) Qual a maxima velocidade linear, vy, que 2 Moeda pode ter para que isto ndo acontega? (0 cosficiente de atrito entre o prato e a moeda vale 0,25; considere g = 10 mvs.) ) Qual € @ velocidade angular, @, do toca-discos no momento em que a moeda atinge @ velocidade vy ? 417. A figura deste problema representa, esquematica- mente, um tubo de TV. Neste tubo, um elétron (massa m= 9 x10 kg) 6 acelerado, a partir do tepouso, de A até B, por uma forga constante 2,710" N. Depois que o elétron passa por B,neriuma forg stu sobre ee (seu peso 6 despre (0) @) Zivel at ating a tela fuorescente, em C. Sabendo- ‘se que AB = 0,60 om e BC = 42 cm, responda: a) Qual a aceleragdo do elétron entre Ae B? 'b) Qual 0 tipo de movimento do elétron entre A e B? eentre Be C? ©) Qual a velocidade do elétron ao passar por 8? 4) Quanto tempo o elétron gasta para se deslocar deB atéC? Problema 17. 3. © bloco mostrado na figura (a) deste probiema en- contra-seincialmente em repouso, Sendo, entio, soliitado por ume forg resutante, , de dregéo ¢ semido conetantes eeijo médulo vara com o tempo de acordo com ogrifico mostrado ra fab). 2) Em qual interval de tempo 0 movimento do bo- 0 6 unformemente acelerado? 8) Ha algum intevalo de tempo no qual © mov mento ¢retardado? «) Emque instante a acelerago do boo 6 méxima? {Em que instante a velocidade do boco ange 0 seu valor méximo? ‘e) Ha algum intervalo de tempo no qual o movi- rmerto 6 unforme? SE 122 419. Um bloco ¢ langado com velocidade V, sobre uma supertiie horizontal. Seja jo coeficiente de atrto Cinética entre o bloco ea superficie 2) Mostre, em um diagrama, todas as forgas que atuam no bloco. ) Qual dessas forgas representa a resultante do sistema? ©) Determine a aceleragao do bloco em fungao de Hed. 1) Qual a cistancia que o bloco percore até parar? 20. Um corpo de massa m=2.5 kg estava se deslo- cando sobre uma superficie horizontal isa, com uma velocidade v, = 3,5 mvs. Exercendo-se sobre o cor- po uma forga F horizontal, constante, em sentico contréio 8 velocidade V, verfcou-se que, ap6s um intervalo de tempo At~ 1,5, 0 corpo passou a se ‘mover com uma velocidade Vv, =2,5 m/s em sen- {ido contréro a0 movimento inci 2) Descreva o movimento do corpo durante o inter valo de tempo At. 1) Qual o médulo da eceleragéo que F produziu no corpo? ©) Qual o valor da forga F'? 24. Suponha que voce puxe um bloco de massa 2,0 kg com uma forga horizontal F = 10 N, sobre uma Superfcie horizontal que apresentaatrto. 2) Se wed observa que 0 boco, partindo do repaus, adquire um momento uniformemente acelerado percore uma distancia d= 4,0 m em um tempo t= 2,0 s, qual 6a aceleracao do bioco? ) Calcule o quociente Fm e expe por que 0 seu ‘lor ndo coincide com aresposta da questo (a. ©) Caleule 0 valor da forga de atrito que atua no bloco. 22, Um elevador tem uma massa_m = 500 kg. Para este problema, considere g = 10 mis?, 2) Qual & 0 valor da tensso F no cabo do elevador ‘quando ele esta parado? Quando esta subindo ‘com velocidade constante? Quando esta des- Fe a n=Bth ) Fa Fy Probleme 27. ‘Suponha, agora, que 0 avido do problema anterior esteja voando ainda horzontaimente, mas que o ‘médulo de sua velocidade esteja aumentando, Com base nessas informagées, pode-se afmar que: a) + Fea Fy D> Fe 0) i> Fy od) F< Fe @) > Fy +h, Suponha um automével acelerando durante uma “arrancada" para a frente. Sabe-se que o automd- vel possuitragdo nas rodas dianteras. Diga qual & 0 sentido das fogas de arto que 0 solo exerce so- bre o carro, naquele momento: 2) Nas rodas dianteras. ) Nas rodas traseiras. ). Uma particula esté em movimento sob a acao de uma forga resultante F. Sejam Ve a, respectiva- mente, a velocidade e a aceleragao da particula em ‘um dado instante. Em todas as alternativas seguin- tes estéo indicados diregdes e sentidos fisicamente possiveis para os vetores mencioriados, exceto em: aly «Sets @ At. @ a, ‘31, Uma podra de peso F gira em um plano vertical, presa 8 extremidade de um barbante, de tal mancira ‘que esse seja mantido sempre esticado. Seja F. a forga centripeta na pedra ¢ T a tensdo exercida sobre ele pelo barbante. Consderando despreivel 0 ‘atito com 0 a, seria adequado afar que, no ponto mais alto da trea, atuam na peda: 2) As ués forgas , Te, b) Apenas forge. ©) Apenas as duasforgasF€ ©) Apenas as duasforgas Fe T ‘e) Apenas as duas forgas T 32. Um pequeno bloco deslizou, sem atrito, 20 longo ‘de uma rampa. Medidas realzadas durante 0 movi- ‘mento do bloco forneceram os seguintes dados: o[2 [2/3 ]4[s]6]° 0 | 6 |12| 18 |20|22 [24 Foca um diagrams representando aproximadamente «8 forma da rampa na qual se movimentou 0 bloco. 33, Uma particule, cuja massa é m= 100 g, esta se ‘desiocando em movimento retlineo unforme, sobre uma superficie horizontal sem ato, com uma ve- locidade v= 4,0 nvs. Em um determinado insan- te, uma forge constante, de méduloF = 0,15 Ny atu pareelamente & superficie, em_uma direcso perpendicular a velocidade v,.A fora Fata durante um intenvalo de tempo At = 2.0 s. 2) Qual ¢ 0 modulo, a diego 0 sentido da acele- ago que a forea F produzna particula? ) Qual é 0 médulo da velocidade V da particula ands cessar a agdo daforea F? Tempo (3) \Velocidade (mis) MMM ies 34. Um pequeno corpo, de massa m, é suspenso por um fio no teto-de um caro. Quando 0 carro esta se mo- vendo em uma estrada horizontal, com uma acelera- {80 4, 0 fio toma uma posigao inclinada de um &n- gulo 6 coma vertical (vejaa figura deste problema). ) Mostre, em um diagrama, as forgas que atuam ‘no corpo suspenso. ) Qual é a forca que provoca a aceleragao do cor- bo suspenso? ©) Mostre que a aceleragao do carro é dada por a=g-tg0 Observagdo: Esse dispositive pode ser usado como ‘um acelerémetro, isto é, uma pessoa, no interior do carro, podera medir sua aceleragao através da ‘medida do &ngulo 8. Problema 34. 35. No exemplo 3 da secgo 6.4, suponha que 0 ele- ‘vador esteja descendo com uma aceleragao & dir- 8ida para bab. 2) Mostre que a leitura da balanga de mola seré F=m(g-a). ) Baseado na resposta a questdo anterior, qual seria a leitura da balanga se 0 cabo do elevador ‘se arrebentasse? Interprete fisicamente este resultado (veja a figura desta questac). ©) Em que condigées poderia ser observada a situagdo mostrada na figura desta questo? ) Problema 35. 36. Um corpo & langado verticalmente para cima, ain ge 0 ponto mais alto da trajetéria e volta a0 ponto de langamento. Supondo que a resisténcia do ar ‘do seja despreaivel: ‘) Mostre, em um diagrama, as forgas que atuam ‘No corpo durante a subida e durante a descida, +) 0 médulo de sua aceleragdo, na subida, é maior, ‘menor ou igual a0 valor de g? ©) Ao descer, 0 médulo da aceleragéo do corpo é ‘maior, menor ou igual ao valor de g? 4) Baseado em suas respostas as questoes antero- Fes, voc acha que o tempo de subida sera meior, ‘menor ou igual a0 tempo de descida? 37. Um carro, de massa m, esta desorevendo uma cura de raio Re centro C, com uma velocidade ¥ (veja 2 figura deste problema), Para fazer com que o carro tenha mais seguranga ao descrever essa curva, 0s ‘engenhelros constroem a pista de modo que a parte ‘extema dela seja mais elevada. Sendo 8 0 angulo de elevacéo dado & pista, vamos determiner 0 valor esse &ngulo para que 0 carro consiga fazer a cuna ‘mesmo na auséncia total de atito (pista completa- ‘mente lisa). Problema 37. 4) Desenhe, em uma c6pia da figura, as compo- nentes vertical Ni, € horizontal WV, da reacao ‘normal Wi da pista sobre o carro, ») Expresse o médulo da componente horizontal fi, fem fungao de mg e de 8. ©) Usando sua resposta & questéo anterior, mostre ‘que 0 valor de 0 € dado porte @ = v7/gk. * ) Suponha que um carto de Formula 1, com uma velocidade de 180 knvh, estivesse descrevendo uma cuna de raio R = 50m. Imagine que a pista ‘estivesse totalmente coberta de dleo (sem att) e ‘determine qual deveria sero valor de sua inclina- ‘G20 0 para que 0 carro conseguisse descrever a ‘cura normalmente (considere g = 10 mS"), Vo- ‘Baha que sera vidvel uma psta como essa? 38, Imagine que a velocidade de rotagdo da Terra fosse ‘umentando gradualmente. Para um determinado valor dessa velocidade, os corpos situados na su- pperticie da Terra, na linha do Equador, estariam fu- ‘twando, sem exercer compressao sobre 0 solo (0s pesos aparentes desses corpos seriam nulos). Sendo o raio da Terra R = 6 400 km e conside- rando g = 10 mis*, calcule qual seria o periodo de rotagao da Terra quando isso acontecesse. Segunda lel de Newton, ts 38. A pedra mencionada no problema 14, de massa 2) Caleule a compresséo vertical que 0 caro esté exer -m = 0,50 kg, esté oscilando como um péndulo, ‘cendo sobre o cho ao passar por aque ponto. suspensa por um fio de comprimento L=1,0 m. 2 [Ao passer pela posicao mais baixa de sua trajetd- fia, a pedra possui uma velocidade v= 2,0 mvs. Determine 0 valor da tenséo T no fio nesta posigao (g = 10 m/s"), 40. Um carro, de massa m = 1 500 kg, movendo-se | em uma estrada @ 36 kwh, passa por uma lomba- Probiema 40, da cu rai, no ponto mais ato, vale R= 50 m (vela a figure deste problema). Considerando ) Compare o valor dessa compresséo com o peso = 10ms': do caro. i queStGes de vestibular questGer de vestibule ie As questées de vestibular se encontram no final do livro. apeéndice B.l. Movimento de um projétil © QUE E UM PROJETIL Na fig. B-1 mostramos um canhio langando uma bala obliquamente, préximo a superficie da ‘Terra, com uma velocidade inicial 5,. Qualquer objeto Jangado de maneira semelhante a esta é denominado um projétil. Fig. Bel: © movimento de um projétil pode ser estudado como resultante da superposicdo de dois movimentos: um horizontal e outro vertical. (1c Fotogrofia estroboseépica de uma bola movendonte como um projétl apds re= bater no chao. Observe forme parabélica da tra- Jetéria e 0 movimento re- tardado ne subide © ace- leredo ne descido, A bola descreve uma tro jetéria parabélica no ar. Como sabemos, durante o movimento do projétil no ar, ele estara sujeito & ago de seu peso e da forga de resisténcia do ar. Em nosso estudo, vamos considerar apenas as situagdes nas quais a resistencia do ar é desprezivel em relago a0 peso do objeto. Nestes casos, o projétil descreve uma trajet6ria curva, semelhante aquela ‘mostrada na fig. B-1. Podemos mostrar que essa curva é uma pardbola. Como a tinica forga que atua no projétil é 0 seu peso, concluimos que 0 movimento é acelerado ¢ sua aceleracao seré a aceleragio da gravidade g. Observe que, no movimento do projétil, a aceleracio g e a velocidade @, em geral, nao téma mesma direcdo, nem se mantém perpendiculares entre si, como nos casos de movimentos que jf estudamos. Por essa razio, o estudo desse movimento deve ser abordado de uma maneira especial, que apresentaremos a seguir. PROJETIL: MOVIMENTO ANALISADO AO. LONGO DE DUAS DIREGOES Consideremos o projétil mostrado na fig. B-1, langado com a velocidade inicial 3, formando um ingulo @ com a horizontal. O angulo @ costuma ser denominado Angulo de langamento ou Angulo de elevagao. Para estudar 0 movimento do projétil, vamos considerar os eixos mostrados na fig. B-1: OX eixo horizontal, orientado para a direita; ~ OY ~cixo vertical, orientado para cima. Quando o projétil passa por um ponto qualquer de sua trajet6ria, como o ponto P, da fig. B-1, é sempre possivel considerar sua velocidade 3 decomposta em suas componentes, 8, (horizontal) e 8, (vertical). Isto nos permitirs analisar 0 ‘movimento do projétil como uma composigio de dois movimentos: um movimento horizontal, ao longo de OX (com velocidade 3), ¢ um movimento vertical, 20 longo de OY (com velocidade @,). As componentes 3, ¢ J, , num instante qualquer, Segunda Jel de Newton__ eS poderiam ser imaginadas como as velocidades com que se deslocariam, sobre OX OF, as sombras do projétil projetadas ortogonalmente sobre esses eixos (fig. B-1). Entretanto, nfo devemos nos esquecer de que esse artficio é apenas um recurso pa- 1 facilitar o estudo do movimento e que o projétil, na realidade, esti se deslocando sobre a trajet6ria curva (parabdlica) mostrada na fig. B-1. ACELERAGAO DO PROJETIL Ji dissemos que a aceleragio do projétil 6a aceleracdo da gravidade g. En- tretanto, vamos agora passar a analisar 0 movimento segundo 0s eixos OX e OY. Para 0 movimento do projétil, como para outro movimento qualquer, sabe- mos que em cada instante a 2" lei de Newton é obedecida, isto é, temos R Naanilise segundo os dois cixos, terfamos entio: R,=ma, © R= ma, onde R, €4, io as componentes de Re sobre OX, e R, €4, sio as componentes de R ed sobre OY. Sendo o peso do objeto a tinica forca que atua no projétil, a qual, como sabemos, é uma forga vertical, dirigida para baixo, sua projegio sobre ocixo OX é mula, ouseja, R, = 0. Logo: donde | @, =0 Portanto, se 4, = 0,0 movimento do projétil na direcio OX (horizontal) é ‘um movimento uniforme. Em outras palavras, a componente horizontal Z, da velo cidade 3 do projétil permanece constante durante o movimento (a “sombra” do projétil sobre OX'se desloca com movimento uniforme). Para o cixo OY, temos R, = ~ mg (lembre-se que OY esté orientado para cima e P = mg 6 uma forga dirigida para baixo). Logo: Rm 4, donde [aj==e] Isso significa que o movimento do projétil na diregio OY (vertical) é um ‘movimento uniformemente variado (g & constante) ¢ sua aceleragio esté orientada para baixo. Em outras palavras, a componente 2, da velocidade & do projétil tem médulo variével: diminui uniformemente enquanto 0 projétil sobe, anula-se no ponto mais alto da trajetéria e aumenta uniformemente enquanto 0 projétil desce (este € 0 movimento uniformemente variado com que a “sombra” do projétil se desloca, subindo e descendo sobre o eixo OF). VELOCIDADE DO PROJETIL ‘Vimos que a componente horizontal 3, da velocidade do projétil, permane- ce constante durante o movimento, Observe, pela fig. B-1, que no instante do lan- gamento (¢ = 0) a componente horizontal da velocidade inicial é v, = vq cos 8. Como essa componente nio varia (pois «, = 0), € claro que, em qualquer instante, temos: No movimento ao longo do eixo OY, a velocidade inicial (t = 0) é a com- ponente vertical de d,, ou seja, %, =v Sen @ (veja a fig. B-1). Como esse 127 a a = Fig. B-2:Poro 0 exemplo |. movimento 6 uniformemente variado, com aceleragio 4, = ~ g,, € claro que, em qualquer instante t, teremos: v,=%,-gt ou Sabendo-se determinar 0s valores de 8, e 3, em cada instante, o médulo da velocidade & do projétil naquele instante é obtido facilmente, pois sendo Ta resultante de 8, ¢ 3, , vem pela fig. B-I que POSICAO DO PROJETIL Em um instante t qualquer, é possfvel conhecer a posicio do projétil sobre sua trajet6ria se forem conhecidas as coordenadas X e Y mostradas na fig. B-1. claro que, conhecendo X (distincia do projétil ao eixo OY) e ¥ (distincia do projétil ao eixo OX), saberemos localizar o projétil de maneira semelhante & localizagao de um ponto em um grifico, como vocé jé esti habituado. valor de X, em um instante r, representa o destocamento do projétil a0 longo de OX. Como a velocidade &, neste movimento permanece constante, é claro que: Esclarecemos, mais uma vez, que como estamos trabalhando com eixos ori- entados, esse valor de ¥ ndo representa, necessariamente, a distancia percorrida na vertical, mas sim a posigdo do projétil a0 longo do eixo OY. Exemplo 1. Uma pessoa arremessa obliquamente uma bola com uma velocidgde inicial vp = 40 m/s e um angulo de lancamento @ = 60° (fig. B-2). Supo- nha que g = 10 nvs*, despreze a resisténcia do ar e considere o instante do langamento como a origem da contagem do tempo (t = 0). x @) Noinstante t = 0,50 s, qual é 0 valor da velocidade da bola? ‘Como sabemos, a bola descreverd uma parébola (movimento de um proj) \_e sua velocidade poderé ser obtida se conhecermas suas componentes ¥,€ ¥,, analisadas nesta seccéo. Temas entéo: Vy = Yoc0s@ = 10x cos 60? donde v, = 5,0 m/s fq $en 0 ~ gt =10xsen 60° 400,50 donde, v ly y 6 ms Observe que, sendo v, > 0, podemos concluir que @ bola, nesse instante, cestd se movendo para cima, como representado pelo ponto A da fig. B-2. 0 ‘médulo da velocidade 7, da bola, nesse instante, serd: var li+v2 =\5,08+3,6? — donde =v, =6,1. v5 Segunda lel de Newton. ©) Qua € a posi da bol no instante ¢ = 0,50 52 ‘4 posi da Bola, como vimos, & fomecida pelas coordenadas X,€ Y, do ponto A, onde a bola se encontra naquele instante (veja a fig. B-2). Termos: X, = (008 0)t = 10%c0860°%0,50 donde X,=2,5m Y= sen 0) ~ 4/2 = 20 xsen 60° x 0,50 - 12 x 10 x0,80" donde Yy=3,1m ©) Determine os valores das componentes v,e v, da velocidade da bola no instante t= 4,22 s. Usando as equagées conhecidas, temos: ¥, =¥p C08 @=10xc0s 60° donde © v, = 5, mis. Observe que esse valor, como jé deveriamos esperar, 6 0 mesmo obtido para v, no instante t= 0,50 s (0 valor da componente horizontal v, 6 constante no movimento do projét). Para v,, temos: Vv, =e sen 0— gt =10xsen 60°-10x1,22 donde v,=-3,6m's valor negativo obtido para v, mostra que, no instante t = 1,22 s, a bola esté se movendo pare baix0. Como 0 médulo de v, 6.0 mesmo nos instantes t = 0,508 ¢ t= 1,228, ‘concluimos que, nesse Litimo instante, @ bola esté passando pelo ponto B, situado & mesma ature que 0 ponto A (fig. B-2), como seré confinmado na questéo seguinte. 4 Determine @ posigao da bola no instante t = 1,228. Esse posigso & definida pelas coordenades X, Yq» mostradas na fig, 8-2. Temos: 61m X= (i008 @)t = 10%00560°%1,22 donde Xp Yq = (Wysen 6) t ~ 1/2 g = 10 x sen 60° x 1,22 ~ 1/2 10 x 1,22)" donde Yy=3,1.m Entéo, cntorme dissemos, 0 ponto B est & mesma altura que o panto A. Exemplo 2 CConsiderando a bola do exemplo 1: 2} Calcule o instante em que ela chega 20 ponto mais alto de sua trajetéria, ‘Quando @ bola atinge o ponto mais ato da tajetéra, a componente ¥, de sua velocidade se _2nula, isto é, a velocidade da bola é constituida apenas pela componente v, como est Indicado na fg. B-2. Entéo, fazendo v, = 0 na equacéo v, = vo Sen @ ~ gt, obteremos 0 tempo solicitado. Assim: O= vy sen@- gt donde cee Logo: _ 10 x sen 60° ¢ = Se ou t= 0,868 +) ato valor da altura maxima H aleangada pela bola? Ovalor de H (veja a fig. B-2) corresponde ao valor de Y no instante calculado na questéo an- terior Da eauagéo Y= (osen0)t - 422g vem H=10%xsen 60°x 0,86-1/2x10%0,86? donde =H = 3,7m MMMM ico Exemplo 3 ‘Suponha que um projétiltenha sido langado com uma velocidade incial 7, € ‘com um dngulo de elevagao 8. Considere um ponto P situado no mesmo ‘nivel horizontal do ponto 0 de langamento. A disténcia OP (veja a fig. 8-3) & denominada aleance do projéti. 2) Quanto tempo decorre, desde o instante do langamento até que o projét cchegue ao ponto P? A distancia & Ciinolads €.cleonce do Ponto Pconesponde a uma psleéo do proj na qual temas Y = 0. Portant, obteremos projet. © tempo solctado fazendo Y = O.na expresso Y = (v, sen 6) t- (12) gt a (asen 8) t- Sat Resolvendo essa equacdo (faga isto), obtemios duas solugdes: 1) t = 0, que comesponde ao instante do lancamento, no qual também temas Y = 0. 2 Basen’ que corresponde ao instante em que o projétil chega no ponto Verificacdo experimental da variagao do ‘lcance A com o angulo de elevacio 0. ») Obtenha uma expresso que permita calcular 0 valor do alcance do proj 0 alcance A corresponde ao valor de X no instante calculado na questo anterior. Logo, Iembrando que X = (v, €08 8) 2g sen _vi(2 sen 0 605 ) g Como 2 sent e056 = sen 28, ver A=vpcos 0 ©) Pela expressao obvda na questdo anterior, vemos que, ara um mesmo valor da velocidade inicial v, cA posshel obter diferentes valores do alcance, varando ‘apenas 0 Angulo de clovagdo 0 (ela a fg. Bt) Para que valor do Angulo de elevagao o alcance sort aa\ ha a Pela expresso A= vj sen 24/g vemos que 0 maior valor de A ocorrerd quando sen 28 = 1, pois 0 maior 4 valor do seno de um angulo é igual a 1. Como este valor ocorre quando o &ngulo 6 igual a 90°, vern: 20 = 90° donde 45° Fig.B-4:0 alcance de um projétilé méximo quando @ angul _Portanto, quando um projétlé fangado com um dngulo de delongamento & de 45 elevacéo de 45°, seu alcance é maximo (jaa fi. 8-4) Segunda lel de Newton Influncia da acelerasao da gravidade em competigées esportivas Quando um atleta arremessa um dardo, um peso, um disco ou ‘mesmo seu proprio corpo (saltos em altura ou em distincia, como na figura D), esses objetos descrevem praticamente trajetOrias parabélicas, caracteristicas do movimento de um projétil. O aleance que o atleta ‘obtém em qualquer um desses langamentos, além de depender dos valores de 2) e de 8, € também inversamente proporcional ao valor da aceleragio da gravidade. Portanto, como era de esperar, em um local ‘onde o valor de g é mais elevado, 0 aleance é menor e reciprocamente. Por esta razdo, um atleta que arremessar um dardo, por exemplo, em ‘uma cidade onde o valor de g €relativamente pequeno (como na Cidade do ‘México), seré beneficiado, Célculos cuidadosos mostram que as variagbes de ‘ge um local para outro podem acarretar diferencas de até 3 cm no alcance de um arremesso de peso. Uma vez que as medigdes em competiges ‘sportivas internacionais so, atualmente, realizadas com grande precisio, ‘uma diferenga como a citada pode levar um atleta a receber, injustamente, ‘um titulo de recordista mundial. Embora as corregGes necessérias para cvitar esse problema possam ser feitas com facilidade, ao que tudo indica clas nfo costumam ser levadas em conta pelas autoridades competentes. Fig: © valor do ocele- Nio deixe de analisar a secgio 3.6, que apresenta um Tépico Especial raféo do grovidade infui shondaacds Guin eet ie Fras ce create to resultado de um salto fom distancia. cil cacde exelCicios de fixagao Antes de passar ao estudo da préxima seco, responda as questdes seguintes, consultando 0 texto sempre que julgar necessario. um &ngulo de langamento 0. Usando as equacdes « informagdes estudadas nesta seccdo, reproduza a tabela deste exercicio em seu cademo e complete 2, conforme as indicagées nela contidas. 11. Um projéti 6 langado com uma velocidade incial 7, | | | “To Tongo | Aa Tonge de ox de oY (oeontal) | (vertleat) ‘ipo de tog Exerccio 2 | | seebresee, 2. A figura deste exercicio mostra a trajetéria de um velocidade projétl que foi langaco do ponto O com uma inicial \elocidade inical 7,, Desenhe, em uma cépia da eee ee] figura, vetores que representem a velocidade ea espace altar: WF, aceleragao do projétil em cada um dos pontos ASN indicados (pontas 0, A, 8, Ce D). Os tamannos dos pasion 7 | vetores devem dar uma idéia dos pontos once os feaee | médulos das grandezas representadas so maio- | res, iguats ou menores. Gio . Uma pedra ¢ aremessada com uma velocidace inci vp = 8,0 m/s formando um &ngulo @ = 30° ‘com a horizontal. Considerando g = 10 m/s?, no instante ¢ = 0,605: 2) Qual 6a posigéo da peda, isto 6, quals s80 os Valores des coordenadas Xe Y da pedra? ) Conhecendo apenas a resposta da. questéo anterior, vooé poderia dizer se a pedra, naquele instante, eta svbinco ou descendo? ¢) Caleule as componentes horizontal e vertical da velocidade da podra. 4) Diga, eno, se a peda est subindo ou descen- 4o no instante considerado. 8) Consultando 0s exemples 2 e 3, resohidos nesta Secgfo, procure 26 exressbes que fomecem o tempo, de subi do rot empo pare ating aaltura maxima) e 0 tempo, t,, de alcance (tempo para o prot retomar 20 nivel de langamento). Qual 6 eiacao entre esses dois tempos? ) Tendo em vista o que fi analisado no estudo da queda lie, vocé esperava 0 resutado obtido ra questi? 5. Suponha que a pessoa que arremessou a peda do exercicio 3, imediatamente apés o langament partlu correndo com uma velocidade tal que, todo momento, observave a peda situada direta mente, na vertical, sobre sua cabeca. 2) Sabendo-se que a pessoa se deslocava em una superficie horizontal, determine o valor de sua velocidade. ) Vood acha que a veloidade catculada em (a) & possivel de ser desenvolvida por uma pessoa ‘rormal? 6. No exercicio 3, considere @ pedra no instante =1.0 8 apés ter sido aremessede. 2) Determine a posigo da pecira nesse instante ) Dige, com sues palavras, 0 que significa o valor encontrado para. ©) Baseando-se apenas na resposta da questio (a), diga se 0 tempo que a peda gasta para ating a posicao correspondente ao alcance 6 maior, menor ou igual a 4,0 . Resisténcia do ar no movimento de um projétil texto abaixo foi traduzido da edigio francesa da obra Fisica recreativa, do autor russo Yakov Perelman, reconhecida internacionalmente como um livro de grande valor para a divulgacio de conceitos e aplicagées interes- santes e curiosas da Fisica. Temos certeza de que a leitura desse livro seré vil e agradavel para os alunos que se sintam atraidos pelo estudo da Fisica, A cobra pode ser encontrada em portugués sob o titulo Aprenda Fisica brincando, Hemus, Sio Paulo, Uma bola no or ‘Todos nés sabemos que o ar oferece resisténcia ao movimento de uma bala, mas sio poucos aqueles que tm uma nogio.exata do valor da ferca dessa resisténcia. Quase todos imaginam que o ar é um meio muito pouco denso, incapaz de frear sensivelmente o répido movimento de uma bala de espingarda, pois, normalmente, esse «feito nao é, de fato, percebido. ‘Mas basta observar a fig. I para compreender que o ar, na realidade, constitui um obstéculo muito sério. A grande curva da fig. I representa a trajet6ria que uma bala descreveria se Tun" | a atmosfera nao existise. Ao ser lan- Fig.l: lum projétll, a resisténcia do ar pode ter cfeitor significativos. ada pela espingarda, sob um angulo de elevagao de 45° e com uma velocidade inicial de 620 mvs, o aleance da bala seria de 40 km e ela descreveria um enorme arco de 10 km de altura. Na realidade, no ara bala tem um alcance apenas de 4 km, deserevendo um arco ‘to pequeno que é mal percebido no desenho. Segunda lel de Newton _ Um tire de fongo acance Aartilharia alem foi a primeira a tentar atingir um inimigo situado a uma distincia superior a 100 km. Isto ocorreu no fim da Primeira Guerra Mundial (Ie ee in ee 5 eer ame ae mp aacn aéreos dos O Estado-maior alemalo encontrou, entio, outra maneira ising cpl enn duces ta en i oe artilheiros alemies constataram, com surpresa, que a0 aumentar 0 Jngulo de elevagio de um canhao de grosso calibre, o aleance da bala Z passava de 20 km para cerca de Ky) 40 km. O projétil, does on ‘uma grande velocidade ral Ee a eis ha gpg a a resisténcia do ar era quase desprezivel. Percorria, assim, nesse meio, uma parte considerdvel de seu caminho ¢ descia ao longo de uma trajet6ria também bastante inclinada. A fig. 1! mostra diferentes trajetrias percorridas de elevacio. Este fenémeno foi usado pelos idealizadores do canhao de longo alcance, para bombardear a cidade de Paris a uma distancia de 115 km. No verio de 1918; eae eanbdo lapou matide 300 peoiccspobica capil euncea: 0 canhibo “Big Bertha” ‘Vejamos, a seguir, algumas caracteristicas do canhao construido pelos sles, Consists em um enorine bo de go com 34m de comprimento€ T).A de 40 cm. O conjunto pesava 750 to- neladas € suas balas, de 120 kg, ti- ‘nham I m de comprimento e 21 cm de didmetro. A carga de pélvora era de de 2000 m/s. O tiro era disparado segundo um Angulo de elevatio de Figlll © gronde conhto, conhecido Big Bertha, construido pelos alemdes na Pri- ‘mere Gass Mundal (19141918) pore bom Dardear Par de une distinc de 13k. = __19) Fig.l: Com o ingulo feitore 0 seu alconce tomow-se considero- velmente maior. B.2. A-aplica¢ao.-das leis de Newton.a sistemas de corpos Neste capitulo, a0 aplicarmos a 2* lei de Newton a SSTEMADE coRPOS situagdes concretas, focalizamos nossa atengo apenas nas forgas @\, que atuavam em uma tinica particula. Em outras palavras, la ae preocupamo-nos em analisar 0 movimento de apenas uma *)” particula, apesar de outros corpos estarem envolvidos no A forca F esté acelerondo problema, interagindo com a particula considerada (exercendo forcas sobre ela). Entretanto, em algumas situagdes, pode haver interesse em estudar 0 movimento nao apenas de uma particula, mas de dois ou mais corpos*, isto é, de um sistema de corpos que se movimentam em conjunto. Por exemplo, na fig. B-S, poderiamos nos interessar pelo movimento do conjunto constituido pelos corpos 4 e B, ligados por um fio. Estes corpos se movimentam sob a acio da forga externa F (exercida por outro corpo nio pertencente ao sistema) e de forcas internas (provenientes de interagdes entre os corpos do sistema). Nao é dificil perceber que as forgas internas, como conseqiiéncia da 3* lei de Newton, aparecem sempre aos pares, com médulos iguais e de sentidos contrérios (ago reagio, cada uma atuando em partes distintas do sistema que interagem). Por esta razo, as forcas internas nfo tém influéncia na aceleragio do sistema como um todo, a qual é determinada exclusivamente pela resultante das forgas externas. Nos exemplos seguintes serio analisados os movimentos de sistemas de corpos nos quais calcularemos algumas grandezas (forgas e aceleragdes) relacionadas com esses movimentos. Fig osdoiscorposhe A. Exemplo 1 Considere o sistema, constituido pelos blocos A e B, mostrado na fig. 8-6 e sejam m, = 2,0 kg.@ mg = 3,0 kg. Este conjunto 6 submetido 2.a¢80 de uma forga externa F, de médulo F = 10 N, e se desloca sobre luma superficie horizontal sem atrito. 0 fio (ou corda) que une os blocos tem massa desprezivel. Perao exemplo I. a) Determine a aceleragao do sistema de corpos. Como os dois corpos se desiocam em conjunto (0 flo permanece esticado endo se ‘distende?, eles véo adquirr a mesma aceleracdo & renresentada na fig. 8-6, A maneira mais direta de determinar essa aceleracéo consiste em procurar a resuitente, R, das forcas ‘externas que atuam no sistema, isto é, a forga responsével por essa aceleracéo. Como a ‘massa total do sistema, m = m + Mg, 6 conhecida, a aceleragéo do conjunto poderd ser caiculada por meio da 2" lel de Newton: d= Rim. Além da forca F, as forcas extemas que ‘atuam no sistema estéo mostradas na fi. = em A: 0 peso Be a reagéo normal, que, como saberos, se equlbram. = em B: o peso P, e a reagéo normal N que também se equilibram. ‘Assim, a resultante das forgas extemas est representada pela forga F, iso é, a forga F esté ‘acelerand os dois corpos, A e B, em conjunto. Logo, 0 médulo da aceleragdo do sistema seré: R__ 10 im 20430 donde a=20 mvs? * Conforms j disiemos no inicio do estado da Mecca, 0 corpos com os qua estamos tratando serio sempre considerados como partculs. ‘Segunda lel de Newton a —— 2 Z 1 FFig.B-7:Pora 0 exemplo | (questao). ») Calcule a tensdo no fio que une os corpos Ae B. Para resolver esta questéo, teremos que analisar as forgas internas de interagéo entre os corpos que constituem o sistema. Quando a forga F atua em A, tendendo a deslocar 0 sistema, 0 corpo A solicita a extremidade do fio com uma forge T,, que representa a tenséo nessa extremidade do fio (esta forga esté mostrada na fig. 8-7-2, na qual, para maior clareza, a corda esté desenhada como se estivesse separada dos corpas A e 8). Pela 3* lei de Newton, o fio reage e atua sobre A com uma forga igual e contréria, como esté mostrado 1a fig. 8-7-2. 0 fo esticado puxa 0 corpo B com uma forca T, @ este, reagindo, produz na ‘extremidade do fio uma tenséo de médulo igual a Ty (3" lei de Newton). A corda estd, pottanto, sob a agdo das forcas de méduios T,@ T, de Sentidos contréros, atuando em suas ‘extremidades. Evidentemente, ela esté se desiocando com a mesma aceleragéo 4 do conjunto.Apicando a 2 Tei de Newton apenas & cord, temas: T-hhema -Mas estamos considerando que a massa da corde, m,, ¢ desprezvel, ou sel, m, = 0. Entéo, Tr-Ty=0 donde Ty = Portanto, 0 canjunto pode ser representado da maneira simpiificada mostrada na fig. B-7-b, ‘no qual as forgas T, @ T, que @ corda exerce em A e B sdo designadas por T, isto 6, Podemas, agora, calcular 0 valor dessa tensao T aplicando a 2 el de Newton isoladamente, {20 corpo A ou 0 corpo B: Isolando 0 corpo B: a forga resultante sobre B é a tensdo T (veja a fg. B-7-b). Logo: T=ma=3,0x20 donde T= 6,0N = Isolando 0 corpo A: 0 médulo da forga resuitante que atua em AéR = FT. Logo: F-T=ma ou 10-T=2,0x2,0 donde T=6,0N Cbserve que, como era esperado, em ambos 0s casos obtivemos o mesmo valor para a tensdo 7. Exemplo 2 ‘Suponha que um dinamémetro, de massa desprezivel, tenha sido introduzido entre os corpos ‘eB do exemplo anterior, da maneira mostrada na fig. B-8-a. Determine a leitura desse dnamémetro. « © | “4 Fig B-8:Pora 0 exemplo 2. Fig.B-9:/ escola deste di- namémetro exté indican- do um valor igual a. Para o exemplo 3. CConsiderando a andiise das forgas interes que atuavam no fo, feta no exemplo anterior, concluimos que 0 dinamémetro 6 solicitado, em suas extremidades, por divas forgas de sentdos contrérios, ambas de médulo T, uma delas exereida peo corpo A ea outta, pelo corpo B (rela afi. B-8-b). Obseremos, agora, aN. B-9, ‘na qual mostramos uma pessoa medindo o peso P de um corpo, por melo de um inamémetro. E evidente que, para manter o sistema em equllvo, © pessoa mg sen 8, vemos que a tendéncia do sistema, ao ser abandonado, Sserd de se mover de tal modo que 0 corpo B se desioque para baixo, evidentemente tendendo a arrastar 0 corpo A para cima, ao longo do plano. Portanto, a forga de atrito estatieo atuard para bao, tendendo a impedit o movimento de A. Observando, entéo, que gf > m4El Sen 8 + fay Cconciuimos que 0 conjunto entra em movimento, com uma certa aceleraco, no sentido da tendéncia inicial (B em queda e A subindo o plano). ) Determine 0 valor da aceleragéo do conjunto dos corpos Ae B. Como a roldana é sem atrito e sua massa é desprezive, ela néo teré nenhum efeito sobre 0 ‘movimento do sistema, tudo se passando como se as forgas que determinam este mov- ‘mento (mg, mg sen @ e f,) atuassem na mesma diregéo, como mostramos na fig. B-11-b. Pela 2? lei de Newton, R= ma vem: R_ mggmg sen 0~f, _ m ™,+M%5 Portanto, 0 corpo A sobe o plano com essa aceleragéo e o corpo B cal com essa mesma aceleragéo. ©) Calcule a tenséo Tino fio. Como as massas do fio e da roldana so despreziveis e no hé atrito na roldana, a tenséo teré o mesmo valor T nos dois extremos do fio, de maneira semelhante ao caso analisado no ‘exemplo 1 (fig. 8-7-b). Entéo, 0 flo exerce forgas de mesmo médulo T sobre A e sobre B, ‘como esté mostrado na fi. B-11-a. Aplicando a 2" lei de Newton ao corpo B, suposto Isolado do resto do sistema, temos: mf -T = mga ou 20,0-T=20,0x2,1 donde ‘T= 15,8 NN 0 valor de T poderia também ser calculado aplicando-se a 2* ei de Newton 20 compo A, da seguinte maneira: T—mgsen0-f,=m,a ou T-10,0-1,7=2,0%2,1 donde T=15,9N AT oy a= 2A ms? Observagio: A diferenga encontrad no titimo algartsmo (eigaismo duvidoso) para 0 valor de T é causada por aproximacéesfeltas nos céleulos. Evidentemente, os valores «encontradsséo ficamente equivalentes porque diferem apenas no algarsmo duvidoso. Lclcios de tiiagde exelCicios de fiXagao exel*Ccicies ce Antes de passar ao estudo da préxima seccao, responda as questdes seguintes, consultando 0 texto sempre que julgar necessario. 7. No exemplo 4, resolvido nesta seccéo, suponha que a corda que une os corpos A e B tivesse uma massa m, = 0,20 kg. €) A resultante das forgas extemas que atuam no sistema sofreria alguma alteragao? ) Qual seria, entéo, a aceleragdo do sistema? ©) Atenséo na extremidade direta da corda (7) seria maior, menor ou igual & tensdo na extremidade esquerda (T,)? Segunda lel de Newton 8, Lembrando-se do que fol analisado no exemplo 2, resolvido nesta secgao, diga qual seré a leitura do ddinamémetro em cada uma das situagoes mostrar ‘das na figura deste exercicio, Em todos 0s casos, ‘considere desprezive's 0s pesos do dinamémetro & dos flos e que nao ha atrito nas roldanas. @) Og! () 10kgt 10k ) Bow Exercicl 8 toto! problemas suplementares |2:01)/ cites ou Observagéo: Nos problemas seguintes, suponha des- prezivel a resisténcia do ar e considere g = 10 mys? 1. Um pequeno avido esté voando horizontaimente ‘com uma velocidade de 50 m/s e a uma altitude de 180 m sobre um campo também horizontal, no qual existe um alvo que deve ser atingido por uma ‘bomba abandonada do avido. A que distancia, me dida na horzontal, antes do alvo, 0 piloto deve sol- tara bomba? 2. Uma pedra fol arremessada com uma velocidade inicial vp =10 m/s e Angulo de langamento @ = 30°. Verfica-se que, depois de um certo tem- 190, essa pedra atinge uma fruta de uma drvore pré- xia, situada 5,0 m abaixo do nivel de langamento, a) Quanto tempo a pedra gastou para atingir a fruta? ) Qual 6 a disténcia horizontal entre a fruta e 0 onto de langamento da pedra? 3. a) Procure obter uma expresso que permita cal- cular 0 valor da altura méxima H, atingjda por CConsiderando © exemple 3, resohido nesta secgao: a) Faca um desenho do corpo A, considerado iso- lado do sistema, e mostre todas as forgas que atuam nele. ) Apliando a 2" le de Newton ao corpo A, cetermi- ‘eo médulo da orga F, que B exerce sobre A ) Orca de Fy ceva Se alg menor ou gl 90 més deg Calelado no exep0 3). Por ue? 6) Vertique se resutado encontrado na questio b) confirma sua resposta 8 questo (c). >. Na fig. B-14-a (exemplo 4), quais so as forgas in temas ao sistema ali analisado e quais S60 0s seus valores? No exemplo 4 desta secgo, qual deve ser 0 mini ‘mo valor do coeficiente de altito estatico entre 0 corpo A e o plano inclinado para que, ao ser aban: donado, o sistema permaneca em repouso? 9. Considerando, ainda, 0 exemplo 4 desta seccao, ‘suponha que nao exista atrito entre 0 corpo A’e 0 plano inclinado. Nessas condigées, calcule: 2) 0 médulo da aceleragéo do sistema ao ser aban- donado. 'b) Ovalor da tenséo no fo. tum projétil. Sua resposta deve ser expressa em termos da velocidade inicial ¥., do angulo de ‘elevacao € @ da aceleragao da gravidade g. 'b) Usando a expresso obtida em (a), determine {ual &ngulo de elevagao que deve ser dado 20 projétl, sem modificar o médulo de sua veloc! dade inicial, para que 0 valor de sua altura ma- ima seja 0 maior possivel. 0 resultado que voce obteve jé era esperado? Considere um projtil se deslocando ao longo de sua trajetéra 2) 0 m6dulo de sua velocidade est variando? Ea diregdo dessa velocidade? b) Tendo em vista a resposta da questo anterior, vooé pode concluir que, em um ponto qualauer a trajtéria, 0 projétil possui aceleragéo tan- gencial (@,)? E aceleragdo centipeta (&,)? ‘© Suponna que, em um ponto quelquer da tra- jetbria do projet, vc’ determine a resultante ede 6; Que resutado seré obtido? 200 5. Uma bola 6 arremessada horizontalmente com tuma velocidade ¥,, de um ponto situado a uma al- tura R acima do solo. Observa-se que o aleance da bola, 20 atingir 0 chio, é também R (veja a figura deste provlema).. 2a) A trajetéria descrita pela bola neste caso ¢ uma circunferéncia, uma elipse, uma pardbola ou uma hipérbole? b) Determine o valor de 7, em termos de Re de g. Problema suplementar 5 6. Um proj! é langado com uma velocidade i, fo ‘mando um &ngulo @ acima da horizontal. Soja V a \elocidade do projétl quando ele retorna a0 nivel de langamento. 2) Determine o médulo de 7 em termos do médulo 60 ») Suponha que 0 angulo de langamento do pro- {Bt fossealterado, sem que o valor de Z_ mod fieasse. Esse falo acarretaria alterago. no médulo de V? 7. Considere dois projétes, angados com velocidades iniciais de mesmo médulo ¥_ e com angulos de elevagdo 6, = 45°+ a0, =45°- a, 2) Mostre que esses dois projéteis tém 0 mesmo alcance (sugestdo: lembre que sen (90° + B) = sen (80° - B).) ») Para vericar numericamente 6 que foi afrmado nna questio (a), calcule os alcances de dots projétels, A e B, para os quais vp = 20 mvs, 6,=60°6 ,=30", 8. a) Na questéo (b) do problema anterior, sejam He H, as alturas maximas atingidas pelos projétels A e B. Quantas vezes H, maior do que H,? ») Faga, em um mesmo desenho, os esbogos das trajetrias dos projéteis Ae B, desde t = 0 até voltarem ao nivel de langamento. 9. £m um salto comum, um gafanhoto consegue um aleance A = 0,75 m. Supondo que ele tenha sal- ‘ado com um angulo de elevago @ = 45° e que a Sinica forga que atua sobre ele seja 0 seu peso, de- termine: 2) A velocidade inicial do gafanhoto. ') Quanto tempo o gafanhoto permanece no ar. 10. Seja A, 0 alcance mésimo de uma bola ao ser are messada por uma pessoa com a velocidade inicial Yq, Arremessando-a verticalmente para cima, com ‘a velocidade inicial de mesmo médulo Vg, a pessoa fez com que @ bola atinja uma altura H. Qual @ relagdo entre A, H? 11. Um menino, tentando derrubar uma fruta de uma ‘rvore, artemessa uma pedra com uma velocidade i, cujo médulo é v, = 20 mis, direcionada exata ‘mente para a ruta, situada em P, como mostra af {ura deste problema. Entretanto, por um acaso, no ‘momento em que o menino langa a pedra, a fruta cai da drvore. 2) Quanto tempo a pedra gasta para atingir e ver tical que passa pelo ponto P? ») No instante calculado em (a), qual é a posigéo (Xe ¥) da pedra em relagdo ao sistema de coor ‘denadas mostrado na figura? ©) Nesse mesmo instante, qual é a posigo Xe 1) da ruta? 4) Vocé acha que a fruta fol atingida pela pecra? Explique. Observagao: Pode-se mostrar que, nas condigées descritas neste problema, a pedra sempre atingiia a fruta, qualquer que fosse o valor de vy. Problema suplementar I. Problema suplementar 12. 12. Uma pequena esfera desiza ao longo de um plano Inclinado, sem atrto, partindo do repouso do ponto is ato e atingindo um pequeno patamar horzon- tal, Sendo, entdo, langada no ar, como masta a fi- ‘ura deste problema. Quando atinge o patamar, ela ‘aciona um dispositivo, o qual desiiga um eletroima {que sustentava outra pequena esfera situada na ‘mesma altura do patamar. Sendo h, H e d as dis tancias mostradas na figura, determine para quais, valores de d haverd encontro das duas esferas. 13. Determine qual 6 o angulo de elevagao 0, que deve ‘er dado a um dispositno lancador de projétes, de ‘modo que, 20 arremessar um objeto, este tenha alcance igual & altura maxima atingida. 114. Um jogador de futebol cobra uma falta, marcada em ‘uma posigdo stuada a 55 m de distancia dretamente fem frente a0 gol. Ele consegue chutar a bola com ‘uma velocidade inicial de 25 mvs, em um angulo de langamento de 45°. Savendo-se que a trave horizon- tal do go esté @ 2,44 m do solo e que o goleiro se en- ccontrava muito adiantado (fora da pequena area), v= fque se a falta foi converida em go). 415. Uma casa foi construida préximo a um penhasco, a uma disténcia d = 20 m de sua base (veja a figura deste problema). Na parte superior do penhasco hé tum plano inciinado, no alto do qual encontra-se uma grande pedra, com possibilidade de se des- prender. Considerando os dados mostrados na figu- "a, verfque se os moradores da casa correm 0 risco de serem atingidos pela pedre, se ela se soltar Probleme suplementar IS 16. Um avido supersénico, voando horizontalmente com uma velocidade constante ¥, = 500 ms, passa sobre um canhio antiaéreo, capaz de disparar projétets com uma velocidade inicial Yo = 1.000 mvs. Suponha que o arihero dispare ‘uma bala no momento em que o avido passa dire- tamente sobre 0 canhdo, como mostra a figura deste problema 2) Qual deve ser 0 angulo @ de elevacao da arma lara que o avido possa ser atingjdo? 'b) A que altura minima o avido deve estar voando para néo ser alcangado pelo projétil? Problema suplementar 16. z 117. Uma pequena esfera encontra-se encostada em ‘uma mola comprimida, que esta presa no fundo de lum carrinho. Sabe-se que essa mola, a0 se distender, comunica esfera uma velocidade Vertical, para cima, vq =4,0 mis (veja a figura deste problema). Suponha que a mola tenha se distendido enquanto 0 carrinho se deslocava em linha reta sobre uma superficie horizontal, com uma velocidade constante v, = 3,0 mvs. a) Que tipo de movimento a esfera ir adquirir? Qual a forma de sua trajotoria? ) Qual 6 o médulo da velocidade inicial 7, com que a esfera ¢ lancada? , ©) Qual 60 angulo de langamento da esfera? 4) Depois de quanto tempo a esfera voltaré 20 carrinho (atingié a extremidade da mola)? 2 202 Problema suplementar 17. 118. Uma bola de futebol ¢ chutada por um jogador, com ‘uma velocidade inicial Vp = 20,0 mV/s e &ngulo de elevacéo 0 = 30°, procurendo dar um passe para ‘um companheiro situado a 50,0 m de distancia na dirego do chute. No instante do langamento, este ccompanheiro comega a correr em diregéo & bola, tentando alcangé-la antes que ela toque 0 chao. Qual 6 0 minimo valor da velocidade que ele deve desenvolver para conseguir o seu intento? 19. No exemplo 1, resolvido na secgdo B.2 (fig. 8-6) ‘suponha que a forca F, apicada ao corpo A, atuas- 'e inclinada para cima, em uma dirego, formando tum Angulo 6 = 30° com a horizontal. Suponha ‘também que existisse atrto entre cada um dos blo- cos Ae 8 ea superficie na qual eles se desiocam, sendo j4. = 0,10 0 coeficiente de atrito entre eles ea superficie. a) Determine a aceleracéo do sistema constituido pelos dois biocos. b) Calcule 0 médulo da tensdo no fio que une AcB. 20, Suponha que, na fig. 8-8-2 (exemplo 2, resolvido na seogdo 8.2), a letura do dinamémetro mostra- do fosse igual a 4,5 N. Nessas condigbes, quais seria: a) O médulo da aceleragdo do sistema? 3) Oméuo da orga que est akcada ao bao A? [3.0m Probleme suplementar 21. 21. Dois corpos A e B, de massas m,=2,0 kg ¢ ‘mq = 3,0 kg, ligados por um fio de massa des- Prezivel, deslizam sem atrito a0 longo de uma ram a, como mostra a figura deste problema 4) Qual é a aceleragéo do sistema constituido por Aes? ) Qual o valor da tenséo no fio que une os dois corpos? 22. Responda as questées do problema anterior, su- ‘pondo que 0s coeficientes de atrto cinético entre (08 corpos A e B ea rampa fossem, respectivamen- 8, Hy =0,10 & Hy = 0,40. ™ m Problema suplementar 23. 23. Dols corpos, de massas m,=210kg ¢ ‘m= 2,00 kg, estio ligados por um flo que passa por uma roldana, como mostra a figura deste problema. Os corpos, inicialmente em repouso, so abandonados de uma mesma altura. Considere despreziveis os atritos e as massas do fio © da roldana, a) Determine 0 médulo, a diregao e o sentido das aceleragées 8, © 8, das massas m, em. 'b) Depois de quanto tempo, apés abandonadas, a disténcia entre as massas seré igual a 1,50 m? ‘¢) Qual o médulo da tenso no fio que une as mas- sas? Problema suplementor 24. Segunda fel de Newton 0 24. A figura deste problema mosvatrés corpos de massas im, = 3,0 kgm, = 2,0 Kg € ms = 1,0 kg, apcia {dos sobre uma superficie horizontal sem alto. AS tensbes méximas que 0s fos AB e CD podem suporta, ‘sem se romper, s80, respectiamente, iquass a 10 Ne ‘30 N. Os corpos encontram-se inicaimente em repou- 50, em um dado instante, uma pessoa aplica ao con- junto uma forga F = 30 N (veja a figura). Qual serd'o ‘méduio da acetereqéo de cada corpo um pouco depois, a. aplicacéo da forga? Lal q @ — Problema suplementar 25. 25. Sobre a superficie horizontal mostrada na figura des- te problema, esté apoiado um bloco A, de massa ‘m4 =3,0 kg € sobre ele encontra-se um bloco B, de'massa my =2,0 kg. Aplicando-se uma foro horizontal F = 10,0 N no bloco A, observa-se que Ae B movemse juntos. Desprezando-se o atrito entre a superficie horizontal eo bloco A, responda: 2) Qual o médulo da forga de atrto que A exerce ema? ) Qual o médulo da forga resuttante que atva em A? Quais as forgas horizontals que deram ‘origem a esta resultante? 26, Supontia, no problema anterr, ue o coefciente de ‘ato estiti entre as blocas A e B seja pg = 0,60. Qual o méximo valor Fy que pode tera forga F sem ‘que B cesize sobre A? Problema suplementar 27. 27. Uma corrente, constituida de 5 elos, cada um de massa m = 0,10 kg, esté sendo puxada vertical- ‘mente para cima por uma fora F (vel a figura deste problem). Sabendo-se que a corente acquire uma aceleragdo @ = 2,0 m/s* para cia, calcul: 8) Ovalor da forga 1) O valor da forga F, que 0 2° elo (contado de cima para bao) exerce no 3 elo. 2 o Problema suplementar 28. 28. No sistema mostrado na figura deste problema, su- nina que m, = 4,0 kg, my = 4,0 kgem, = 2,0 ke, Considere despreziveis a forgas de atrito e as ‘massas dos fos, das roldanas e dos dinaméme- {tos. No instante mstrado na figura, determine: 8) © médulo, a diregdo e 0 sentido da aceleragéo {de cada um dos biocas A, Be C. As leturas dos dinamémetros D, e D,. 30m ‘ Problema iplementar 29. 29, Uma corda, com uma densidad linear (massa por uni- ‘dade de comprimentc) igual 2 0,40 kg/m, € um com primento total de 5,0 m, passa por uma pequena rol dana, sem ato, como mostra aga deste problema. 2) No instante mostrado na figura, determine © Iédulo da aceleragéo da corda, b) A medida que a corda cai, passando pela rolda- ©) Em que situacéo a aceleragdo da corda seré ‘méxima @ qual 6 este valor maximo? ME 204 30, Os dois blocos, A € B, mostrados na figura deste problema, esto ligados por um fio fino, que passa por uma’ pequena roldana sem atrito, estando apoiados em dois planos inclinados. As massas 405 blo0os so m, = 2,0 ke m, = 4,0 kg © 0 coeficiente de atrito esttico entre os biocos e os pianos é j., = 0,40. 2) Abandonando-se sistema, a partir do repouso, na situagdo mostrada na figura, verfique se ele permanece em repouso. ») Estando o sistema em movimento, e sendo He = 0,20 0 coeficiente de atrito cinético entre (0 blocds e 0s planos, determine o médulo da ‘2celereqdo dos dls crpos. Problema suplementor 30, iblitou © lancamento dos A Astronomia é a mais antiga das eiéneias. A quantidade e a precisio dos da- dos astrondmicos, conseguidos desde épocas remotas, so realmente surpreen- dentes. Isto se deve, provavelmente, 3 influéncia que os fendmenos celestes exer- ciam sobre a vida dos povos mais antigos. Assim, a necessidade de se estabelecer 4s 6pocas de plantio e colheita e sua relagio com as posigées do Sol, da Lua e das. cstrelas, levou os astronomos da Antiguidade a coletar um grande mimero de dados sobre os movimentos desses astros. ‘© MODELO Dos GREGOS As primeiras tentativas para explicar 0 movimento dos corpos celestes sio devidas aos gregos, no século IV a.C. Tentando reproduzir os movimentos desses corpos, os gregos estabeleceram um modelo no qual a Terra era situada no cen- tro do Universo (teoria geocéntrica) ¢ os planetas, bem como 0 Sol, a Lua e as es- trelas, estariam incrustados em esferas que giravam em torno da Terra. Com este modelo, conseguiu-se descrever, com aproximago razodvel, os movimentos dos corpos no céu. Na tentativa de melhor ajustar 0 modelo aos fatos observados, os gregos tiveram que langar mao de um grande néimero de esferas para explicar 0 movimento de um tinico planeta. Isto tornou o universo grego muito complicado ¢, durante muitos anos, virias tentativas foram feitas para se conseguir um modelo mais simples. 0 SISTEMA DE PTOLOMEU Das tentativas de simplificagio do modelo grego, aquela que obteve maior éxito foi a teoria geocéntrica do grande astrénomo Prolomeu, que viveu em Alexandria, no século II d.C. Ele supunha que os planetas moviam-se em efrculos, cujos centros giravam em torno da Terra (fig. 6-1). Com isto, além de apresentar um modelo mais simples do que o dos gregos, conseguiu um melhor ajustamento aos movimentos observados no céu. Em virtude da razodvel precisio das previsdes feitas com o sis- tema de Ptolomeu e, além disso, como a sua teoria, supondo a’Terra no centro do Universo, se adaptasse muito bem 4 filosofia religiosa da Tdade Média, suas idéias perduraram durante praticamente 13 séculos. Entretanto, as sucessivas modificagdes introduzidas neste modelo, para torné-lo adaptado as observagées que foram se acumulando durante este longo periodo, acabaram por tornar o sistema de Ptolomeu também muito complicado. © SISTEMA HELIOCENTRICO DE COPERNICO O astrénomo polonés, Nicolau Copérnico, no século XVI, apresentou um modelo mais simples para substituir o sistema de Ptolomeu. Sendo um homem. de profunda fé religiosa, Copérnico acreditava que “o Universo deveria ser mais simples, pois Deus nao faria um mundo to complicado quanto o de Prolomeu”. No modelo de Copérnico, o Sol estaria em repouso ¢ os planetas, inclusive ‘Terra, girariam em torno dele em érbitas circulares (teoria heliocéntrica). Esta ideia ja havia sido proposta por alguns filésofos da Grécia antiga. Com sua teoria __207 Fig. 6-1: Diegrama simpli- ficado do sistema geocén- trico de Ptolomeu. MI 208 heliocéntrica, Copérnico conseguia uma descrigio dos movimentos dos corpos celestes tio satisfat6ria quanto aquela obtida através do sistema de Prolomeu, com a vantagem de ser um modelo bem mais simples do que o geocéntrico. Entretanto, um sistema em que o Sol era considerado imével e a Terra pas- sava a ser um planeta em movimento, como qualquer um dos outros, era funda- mentalmente contra a filosofia aristotélica e as convicgdes religiosas da época. Em vireude disto, Copérnico relutou muito em publicar suas idéias. O livro no qual Copérnico apresentava a sua teoria causou grandes polémicas e terminou sendo colocado na lista dos livros proibidos pela Igreja. » xel’Cicios de fiXagao Exel"Ci Clos ce ti Antes de passar ao estudo da préxima secgao, responda as questdes seguintes, consultando 0 texto sempre que julgar necessario. ‘L. Desoreva, sucintamente, 0 modelo do Universo se- 4, a) Oque é um sistema heliocéntrico? undo 0s gregos. ) Qual foi a raxBo alegada por Copémico (citada 2. a) Oque voce entende por um sistema geooéntrco? ) Quais os modelos geoctntricas que foram cita- ete Seca) ie ep rapeniet 9 22 da Se sda senikel fem substituigdo a0 de Ptolomeu? . 3. Cite duas causas que tomaram o sistema de ©) Por que as idéias de Copérnico no foram Prolomeu bem aceito por tanto tempo, bem aceltas na época? 6.2. Asieisde Kepler KEPLER E AS OBSERVAGOES DE TYCHO BRAHE Alguns anos apés a morte de Copérnico, 0 astrénomo dinamarqués Tycho Brahe comegou a desenvolver um importante trabalho no sentido de obter ‘medidas mais precisas das posigdes dos corpos celestes. Em seu observatério, muito bem equipado para a época, ‘Tycho Brahe realizou, durante cerca de 20 anos, rigorosas observagdes dos movimentos planetérios, verificando que 0 sistema de Copémico nio se adaptava satisfatoriamente a essas observagies. Gravitagde Universal SS —_200 Os dados colhidos por Tycho Brahe, cuidadosamente tabelados, consti- tuiram a base do trabalho que foi desenvolvido, apés sua morte, por seu dis- cipulo, o astrénomo alemao Johannes Kepler (1571-1630). Entusiasmado pela simplicidade do sistema de Copérnico, Kepler acreditava que seria possfvel rea lizar alguma corregio neste modelo, de modo a torné-lo mais ajustado aos movi- entos dos corpos celestes realmente observados. Desenvolveu o seu trabalho analisando cuidadosamente, com grande habilidade matemitica, durante cerca de17 anos, a grande quantidade de dados coletados por ‘Tycho Brahe. O trabalho de Kepler foi coroado de éxito, tendo conseguido descobrir as trés leis sobre 0 movimento dos planetas que deram origem ao nascimento da Mecinica Celeste. Apresentaremos, a seguir, as tés leis de Kepler. AV LEI DE KEPLER: Planeta A corregio do sistema de Copémnico, procurada por Kepler, é expressa através de sua I* lei. Seus estudos o levaram a concluit que, realmente, os planetas se movem em torno do Sol, mas suas Grbitas sio elipticas e no circulares, como supunha Copérnico. Além disso, Kepler verificou que o Sol esta situado em um dos focos de elipse (fig. 6-2). Temos, assim: érbita de um » Kepl Got, ‘em torno do Sol é Mel de Kepler PR aes. 3 | lipse. © Sol ext se > quale gira em torno do Sol, descrevendo uma {ado em um dos fos do mg. Estes satélites estéo em uma mesma érbita circular, em torno da Terra, como mostra a figura deste exerccio. €) Avelocidade de A & maior, menor ou igual de 8? 1) 0 periodo de A é maior, menor ou igual a0 de B? 21, Observe o satélte C, também mostrado na figura do exerccio anterior. t 2) Avelocidade de Cé maior, menor ou igual de 8? ') O period de © é maior, menor ou igual 20 de 8? 22, Avelocidade angular do movimento de otagdo de Jupiter € @ = (n/) rad, 2) Quantas horas Jipiter gasta para dar uma volta completa em tomo do seu eno? b) Imagine que existisse em JGpiter um satélte estaciondrio usado para telecomunicagao. Qual seria perodo deste satelite? Gravitagde Universat trios e suas idéias de para baivo e para cima estio mostradas na fig. I. Para outras posigdes, 6 também a forga de atragio da Terra (peso) ‘que mantém os objetos sobre a sua superficie. Assim, para cada posigio za superficie terrestre temos uma vertical ¢ um conceito de para baivo «para cima proprios daquele local (veja as pessoas P, ¢ P, da fig. ‘ant + podes, “de pés opostas"). Observe que seus pesos tém sentidos con- az 2 6.5. VariagGes da aceleragao da gravidade Conforme foi visto no capitulo 5, verifica-se experimental- mente que o valor da aceleragio da gravidade, g, varia de um ponto da Terra para outro. Jé foi dito também que, na superficie da Lua, 0 valor de g é bem menor do que na ‘Terra e, em outros planetas, a aceleragio da gravidade nio é igual a 9,8 m/s’. Estas variag5es no valor de g poderio ser entendidas, como veremos, através da Lei de Gravitagio Unive SAO MATEMATICA DA LERAGAO DA GRAVIDADE Consideremos um corpo, de massa m, situado a uma distancia do centro da Terra (fig. 6-13). O peso deste corpo, pela 2 lei de Newton, é dado por P=mg onde g € 0 valor da aceleragao da gravidade na posicdo onde se encontra 0 corpo. Fig. 11: Uma reta vertical & sempre perpendicular @ ‘ume horizontal. Fig. I: A forca grovitacion nal daTerra sobre um cor po situado sabre um ponto ‘qualquer de sua superficie J ingida para o centro de nosso planet. lustragdo ‘esquematica, foro de es ‘cole. Como 0 peso de um corpo & 9 forco de atracéo gravitacionel de Terra sobre ele, podemos concluir que ¢ = GMP. Latitude (cm) _g (mis) Entretanto, este peso P é a forga de atragio que a Terra exerce sobre 0 corpo. Pela Lei de Gravitaco Universal podemos, pois, escrever Mm 7 onde M é a massa da Terra (suposta concentrada no seu centro). Igualando estas duas expressbes de P, vir mi (ee Assim, chegamos a uma expressio matemtica que nos permite calcular a ace- JeragZo da gravidade em um ponto nas proximidades da superficie terrestre, quan- do conhecemos G, a massa da Terra e a distincia deste ponto ao centro da Terra P=G mg =G COMENTARIOS Analisando a equagio g = GM/r’, faremos alguns comentirios. 1) Observe que o valor da massa m do corpo nao aparece na equacio, isto 6, 0 valor de g nao depende de m. Este resultado, que decorre imediatamente da Lei de Gravitagdo Universal, jf havia sido observado experimentalmente por Galileu, alguns anos antes de Newton, ao constatar que todos os corpos, em queda livre, caem com a mesma aceleracio. 2) Pela expressio g = GM/r*, vemos que g « 1/r’, isto é, quanto mais nos afasta- mos do centro da Terra, menor ser4 o valor de g. Assim, o valor de g no alto de ‘uma montanha é menor do que em sua base. Neste caso, a diferenga entre os dois valores de g é muito pequena mas, se nos deslocarmos bastante acima da super- ficie da’Terra, notaremos uma diminuigZo aprecidvel em g (ver a tabela 6-2). 3) Vamos analisar, agora, o valor de g sobre a superficie da Terra. Neste caso, sendo Ro raio da Terra, teremos r = R e, conseqiientemente, M =G an: Como a Terra nfo é perfeitamente esférica e o valor de R no Equador é maior do que o valor de R nos pélos, podemos concluir que a aceleragio da gravidade, no Equador, é menor do que nos pélos, isto é, R(no Equador) > R (nos pélos) logo _g (no Equador) <¢ (nos polos). Esta conclusio coincide com os resultados experimentais citados no capitulo 5 e apresentados na tabela 6-3. Na realidade, as variagdes em g mostradas na tabela 6-3 sto devidas, em parte, 8 rotagio da Terra. Este fator também contribui para que a aceleragfo da gravidade no Equador seja menor do que nos pélos. ACELERAGAO DA GRAVIDADE NA SUPERFICIE DE OUTROS CORPOS CELESTES Acexpressio g = GM/R*, usada para calcular a aceleragio da gravidade na superficie terrestre, pode ser empregada para se determinar o valor de g na su- perficie de qualquer outro corpo celeste. Neste caso, evidentemente, M repre- senta a massa deste corpo celeste e R, o seu raio. Observe que a aceleracio da gra- vidade na superficie de um planeta € proporcional 4 sua massa e inversamente proporcional ao quadrado de seu raio. Geavitagi universal 2 Exemplo Imagine um planeta que tivesse uma massa 8 vezes maior do que a massa da Terra e cujo rap fosse 2 vezes maior do que o raio terrestre. Qual seria o valor de g neste planeta? Como g e M, conciuimos que se apenas M variasse, g seria 8 vezes maior do que na Terr. De g = 1/R?, vemos que a influéncia do raio seré de tomar 4 vezes menor o valor de g. ‘Como g & multiplicada por 8 por infuéncia de M e dividida por 4 por influéncia de R, 6 evi- dente que g seré multiplicada por 2. Assim, a aceleracso da gravidade no planeta seria: E=2x9,8 mis? ov g=19,6 ms? Peso aparente de um corpo no Equador Conforme analisamos no exemplo 3, resolvido na seogio 5.4, uma balan- ‘2 de mola (dinamOmetro) nem sempre indica o peso real de um corpo, isto 6, forga gravitacional da Terra sobre ele. No caso do exemplo citado, o di- ‘namOmetro dentro do elevador acelerado para cima indicava um valor maior do que.o peso do objeto, valor esse denominado peso aparente. Suponhamos, agora, um corpo de massa m, situado no Equador terrestre, suspenso em um dinamémetro, como rmostraa fig. 6-13-b. Como sabemos, 0 médulo da forga P, exercida pela mola sobre 0 corpo, é fornecido pela leitura do dinamémetro ¢ ‘representa o peso aparente do corpo. A forca P, representa a atragio gravitacional da Terra sobre ele, isto &, P, 6 0 seu peso real dado por Mm AEC onde Me Rrepresentam a massa o raio da Terra. Se 0 corpo estivesse parado, evidentemente terfamos P = P,, isto é,a leitura do dinamémetro forneceria o seu peso real. Entretanto, sabemos que 0 corpo esté girando junto com a Terra, descrevendo uma trajet6ria circular de raio R, com uma velocidade 2, em torno do centro da Terra (0 valor de v 6 igual A velocidade linear de um ponto do Equador na Terra). Fips-13-brA ttre do de Portanto, esse corpo possui_ uma aceleragio centripeta namémetro (P) indica 0 WIR ea forga centripeta F., que provoca essa aceleragio, eae deve ser dada por: r GM F=P,-P= ae -P Como F, = mv*/R, vem: GMm_ pint GMm_ vt er hate dole Ree ‘Temos, assim, a expressio que nos fornece o peso aparente P do corpo no Equador. Vemos que esse peso aparente é menar do que o peso réal P,, sendo adiferenga entre eles dada pela expressio nro"/R. 22. Essa diferenca entre o peso real e o peso aparente tem como conseqi cia uma variagio no valor da aceleracao da gravidade, que iremos determinar a seguir. Designando por g, a aceleracio da gravidade no Equador, é claro | quetemos P = mg,..Logo: Mh ou _v a= donde ge SE Como vimos, GIM/R® nos fornece o valor da aceleragio da gravidade g se a Terra nfo estivesse em rotagio, isto , Oe) ‘g Entio & so Substituindo os valores » = 463 m/s (velocidade de um ponto no Equa- dor) eR = 6,37 x 10m (raio da Terra), encontramos # 20034 m/s! =3,4 cm/s? Portanto, em virtude da rotagio da Terra, a aceleragio da gravidade no Equador sofre uma redugio de 3,4 cm/s. Este fato € responsével, em grande parte, pelas diferencas entre os valores dessa aceleracio no Equador e nos polos, apresentados na tabela 6-3. ce det) cackc @xel’Clicios de fiXagHo exclCicice« Antes de passar ao estudo da proxima secgao, responda as questes seguintes, consultando o texto sempre que julgar necessario. 23. Na fig. 6-13, 0 valor B esté fepresentando 0 peso do corpo de massa m. a) Qual é a expresso matemtica de P de acordo ‘com a 2*lei de Newton? b) Qual é a expresso matemética de P de acordo ‘com a Lei de Gravitagdo Universal? ©) Usando suas respostas de (a) e (b), mostre que demos obter a expresso g= GM/r, que nos Permite calcularo valor deg. 24, 08 astronautas que desceram na superficie da Lua verificaram experimentalmente que @ ace- leragdo da gravidade em nosso satélite vale cerca de 1,6 m/s’, Usando a expressdo g = GM/R?, cal- cule 0 valor de g na Lua e verifique se sua res- osta concorda com o resultado encontrado pelos astronautas. Considere os seguintes dados: 7 x 10" N-m? / kg; massa da Lua M = 7.4 x 107 kgeraio da LuaR = 1,7 x 10°m. 25. A.expressio g= GM/r nos mostra que a aceleragio da gravidade terrestre, em um ponto, é inversa- 26. ‘mente proporcional 20 quadrado da distancia deste pponto a0 centro da Terra. Usando esta informac3o, copie a tabela deste exercicio em seu caderno e complete-a, determinando os valores de g pra cada uma das alturas i indicadas (R representa 0 rao da Tera). T=Rth é R 10 mis? Ig |3|2\o|> Exerciclo 25. ‘Como vimos no capitulo 2, as experiéncias reali- zadas por Gallleu mostraram que todos 08 corpos, ‘em queda live, caem com a mesma aceleragao, Explique por que a expressao g = GM/r? concorda ‘com esta observacéo de Galleu. GravitagSe universat 27. Vimos que 0 valor de g na superficie da Terra varia com a latitude e com a altitude. Observando a ta- bela 6-3 e sabendo que 0 valor de g no alto do monte Evereste (ponto mais alto da superficie ter restre) vale cerca de 9,78 m/s", responda: 3) Voc® acha que as variagoes de g na superficie. da Terra so grandes ou pequenas? ) Entdo, 6 razodivel considerar g = 9,8 m/s? em ‘qualquer lugar da superficie terrestre? 28. a) A massa de Jipiter 6 cerca de 300 vezes maior do que a massa da Terra. Se 0 raio de Jupiter —— 22; fosse igual 20 raio da Terra, quantas vezes maior do que na Terra seria a aceleracao da gravidade em Jipiter? ) 0 ralo de Jupiter é cerca de 10 vezes maior do que 0 raio da Terra. Se a massa de Jopiter fosse igual & massa da Terra, quantas vezes menor do ‘que na Terra seria a aceleracdo da gravidade em Jupiter? ©) Usando suas respostas de (2) e (b), diga quan- tas vezes maior do que na Terra 6 a aceleragao dda gravidade em Jipiter. ©) Logo, qual 6 0 valor aproximado de g em Jipiter? um tépico especial para vocé aprender um pouco mais 6.6. © triunfo da Gravitacao Universal “Tendo chegado a expressio da forga gravitacional entre dois objetos, F'= Gram, /7°, Newton usou-a para estudar e interpretar um grinde mimero de fendmenos naturais, Embora virios desses fendmenos ja fossem conhecidos hi séculos, nio tinha sido possivel, ainda, encontrar uma explicacio cientifica para eles. O sucesso obtido por Newton na interpretacao destes fendmenos se constituiu, entio, em ‘um grande triunfo de sua teoria da Gravitagio Universal. ‘A seguir, citaremos algumas das intimeras situagGes que foram ana~ lisadas, com éxito, através da Lei de Gravitagio. AS MARES SAO CAUSADAS PELAS ATRAGOES GRAVITACIONAIS DO SOL E DA LUA Um dos fenémenos naturais mais conhecidos ¢ 0 das marés ‘ceinicas. Como voce sabe, o fendmeno das marés consiste na flutuagio do nivel da 4gua do mar, produzindo o que se denomina maré alta e amaré baixa. Em um dado local, a maré alta ocorre duas veres 20 dia (0 mesmo ocorrendo com a maré baixa). A explicagio desse fenémeno foi dada pelo proprio Newton, como sendo causado pela atragio do Sol e da Lua e da Lua sobre as éguas do mar. Mustragao es quemétice, fora de excale. Usando a sua Lel de Grovi- taséo Universal, Newton conseguiu explicar o fend- ‘meno das marés. . ©) Vista de uma praia com rmaréalta.b) A mesma proia vista com a mars baixe. MN 226. Fig. 6-15:llustracao esque- matico, fora de escale.O fixe de rotagao da Terra ‘no xe mantém em uma diregio fixa no exparo. Ele ‘executo um movimento de precessdo muito lento, gos- ‘ando 26 000 anos para dor ‘uma volte completa em tomo da normal N mostra- dda na figura. Portanto, 20 Tongo de um ane, sua dire- Para entender a explicagio dada por Newton, vamos examinar a fig. 6-14, ‘Nesta figura, representamos a Terra por uma esfera, envolvida pela camada de ‘gua dos oceanos, girando em torno do Sol. A camada de gua situada em A, ‘estando mais préxima do Sol, € atraida por ele com uma forga maior do que a ‘camada situada em B. Entio, como a‘Terra esti descrevendo uma trajetria curva ‘ea forga centripeta em A é maior do que em B, a camada A tende a descrever uma ‘trajet6ria mais fechada e a camada B, por inérca, tende a descrever uma trajet6ria ais aberta. Em virtude disto, o nivel de agua passa de A para A’ e de B para B’, isto 6, em um dado instante, serio observadas duas marés altas, uma em cada lado da Terra, Como a Terra possui também um movimento de rotagio em torno de seu prOprio eixo, ap6s um intervalo de 12 h a camada A estarsi mais afastada e B ‘mais préxima do Sol, observando-se, novamente, uma maré alta nestes locais. Portanto, em um dado local, observaremos duas marés altas por dia. A influéncia da atragdo da Lua na produgio das marés pode ser explicada de maneira semelhante, Este efeito se superpde 20 efeito produzido pelo Sol e quando o Sol, a’Terra e a Lua estio alinhados, estes efeitos se adicionam, sendo observadas, entio, marés mais altas do que a média. © EIXO DA TERRA MUDA DE DIREGAO CONTINUA E LENTAMENTE ‘Um dos maiores sucessos da teoria de Newton foi ter conseguido explicar 6 fendmeno da precessdo do eixo de rotagio da Terra. Procuraremos, a seguir, descrever esse fendmeno. Para isto, consideremos a fig. 6-15, na qual esti representada a drbita da Terra em torno do Sol. Como vocé deve saber, 0 eixo de rotagio da Terra (representado por E na fig. 6-15) nfo é perpendicular 20 plano desta érbita, apresentando uma certa inclinagao em relacao & normal N, como mostra a fig. 6-15. ee Na época de Newton, jé era bastante i plana data | conhecido 0 fato de que o eixo E nao tem uma diregio fixa no espago, sebendo-se que ele gira ‘muito lentamente em tomo de N, deslocando-se de E para E’ e retomando a posigio E (de ‘maneira semelhante a0 que ocorre com 0 eixo de ‘um pio que esté girando). Este movimento descrito por E denomina-se precessdo do eixo da Terra. O tempo que o eixo gasta para dar uma volta completa em torno de N, isto €, 0 perfodo de precessio, também ja era conhecido naquela 4época, sendo o seu valor cerca de 26 000 anos! Entretanto, nio tinha sido possivel encontrar uma explicagio cientifica para’estes fenémenos, Usando a sua teoria gravitacional, Newton analisou detalhadamente a atragio que o Sol exerce sobre as diversas partes da Terra, conseguindo explicar por que ocorre a precessio de seu eixo (nfo vamos descre- ver a anilise feita por Newton, pois ela exige certos conhecimentos nio apresentados em nosso curso). Através de sua andlise matemftica, Newton calculou teoricamente 0 perfodo da precessio, encontrando o resultado de 26,000 anos, em excelente concordancia com o valor determinado experimen- talmente por observagdes astrondmicas. Gravita¢e universal 0S PLANETAS SOFREM PEQUENAS PERTURBAGOES EM SUAS ORBITAS ELIPTICAS Como vimos, Kepler descobriu que as érbitas dos planetas em torno do Sol sio elipses. Na época de Newton, alguns astrénomos, realizando observagSes mais cuidadosas, perceberam que sistematicamente os planetas se afastavam ligeiramente da érbita prevista por Kepler, isto é, seus movimentos sofriam ;pequenas futuagées em torno da trajetéria elfptica que deveriam seguir. ‘Newton, usando mais uma vez.a sua Lei de Gravitagio Universal, demons- trou que estas flutuagdes na érbita de um certo planeta eram devidas as atragSes dos demais planetas sobre ele. Em. outras palavras, Newton provou que a trajetéria de um planeta seria uma elipse perfeita se sobre ele atuasse apenas a forca de atragio do Sol. Entretanto, a forca que um planeta exerce sobre outro muito menor do que a forca de atragio do Sol. Assim, a trajetria de um. determinado planeta € apenas ligeiramente perturbada pela atragio dos demais. A DESCOBERTA DO PLANETA NETUNO Descreveremos, a seguir, como esta anilise feita por Newton foi usada, alguns anos mais tarde, no século XIX, em uma das descobertas mais sensacio- zis no campo da Astronomia. ‘Até meados do século XVI, os astrOnomos conheciam apenas seis planetas: Merctrio, Vénus, Terra, Marte, Jupiter e Saturno. Alguns anos apés a morte de Newton, o planeta Urano foi descoberto, por acaso, quando eram feitas observagbes astronémicas com um telescépio. Usando a teoria da Gravitagio Universal, os cientistas calcularam a Grbita que Urano deveria descrever, levando em consideragio a atragio que o Sol e os demais planetas conhecidos exerciam sobre ele. Entretanto, observando durante alguns anos o movimento de Urano, os astrénomos verificaram que ele nfo seguia exatamente a 6rbita prevista pela teoria, Acreditando que a teoria de Newton no poderia estar errada, dois cientistas, ‘Adams e Leverrier, suspeitaram que os desvios observados deviam estar sendo ‘eausados por um outro planeta, ainda desconhecido, que estaria perturbando a Grbita de Urano. Os dois cientistas calcularam, entio, baseando-se na Lei de Greig Univeral nde deveria ee tao o pono planeta par cx al perturbacio. Apontando seus telescépios para a posigio indicada por Adams ‘Leverrier, os astr6nomos verificaram, maravilhados, que realmente Id se encontrava ‘um novo planeta! Assim foi descoberto, em 1846, o planeta Netuno, girando em tomo do Sol em sua érbita, além de Urano, De maneira semelhante, por perturbagdes observadas na érbita de Netuno, foi descoberto, em 1930, 0 ue, pelas observagdes realizadas até hoje, parece ser, realmente, o iltimo planeta do sistema solar. ILacic exel’Cicios de fiXagae excl 7 227 Nesta bela foto enviada & TTerra pela nave espacial , Voyager-2, vemos, ao ful do, 0 planeta Netuno e, fem primeiro plano, @ su perfice irregular de Titdo, ‘2 maior e mois préximo de seus dot satslites. Elcies de tLe. Antes de passar ao estudo da préxima seco, responda as questdes seguintes, consultando 0 texto sempre que julgar necessario. 29. Considere a Terra, em seu movimento de translagao, deslocando-se entre as duas posigdes mostradas nag. 6-14. 2) A forga gavitacional do Sol sobre a camada de gua que envohe a Terra é maior em A ou em B? ) Muitas pessoas acham que, se em um ponto da Terra observe-se uma maré alt, naquele momento seré cbservada ‘uma maré baixa no ponto diametrelmente oposto. Vocé concorda com estas pessoas? (Veja a fig. 6-14.) MMMMHonn 30. Suponha que uma pessoa se encontre na posigao A a fig. 6-14, observando uma maré alta. Depois de quanto tempo ela obsenvaré, permanecendo no local onde se encontra: a) Uma maré baixa? _b) Uma proxima maré alta? iL. Na fig, 6-15, suponha que o eo E esteja mostrando fa diregao atual do eo terrestre © considere a Terra ‘em sua posigao mais proxima do Sol 1) Nessa época do ano, no hemistério sul seria invemo ou veréo? ) Daqui a quantos anos, ao passar a Terra pela ‘mesma posigao, seria inverio no hemisféro sul? 32, a) Suponha que sobre um planeta atuasse apenas ‘a forga de atragao do Sol. Qual seria a trajetéria desse planeta? ») Por que as trajetérias dos planetas, em toro do Sol, néo sfo exatamente elipticas? ‘33. a) Quais eram os planetas conhecidos até a época de Galilou e Newton? ') Voc’ seria copaz de dizer por que esses plane- tas j6 eram conhecidos em épocas muito ante- ‘lores aquela? ‘34, Explique por que a érbita de Urano, obsenada ppelos astronomes, nao corresponcia aquela caleu- lada teoricamente pelos cientista. 35. Procure explicar, em poucas palavras, por que esse Topico Especial recebeu o titulo “0 triunfo da Gravitagéo Universal". eWilsde reW sie reVisie rey! reVis avis As questdes seguintes foram formuladas para que vocé faca uma revisio dos pontos mais importantes abordados neste capitulo. Ao respondé-las, volte ao texto sempre que tiver diividas. 41. Faga um resumo das prncipais carecteristicas dos seguints sistemas astronémicos: 2) Sistema dos gregos. ») Sistema de Ptolomeu. 6) Sistema de Copémico. 2.0) Expresse, com suas pelavras, 2° lei de Kepler lyst, com um desenho, 0 seu enunciado. ») Faca.o mesmo para a 2 il de Kepler. ) Enuncie e expresse matematicamente a 3* let Ge Kepler. 3. Lela a introdugo da seogdo 6.3 e responda: 2) Qual a importante modifcagao, introduida por Newton, nas idéias de Aist6teles sobre o movi- ‘mento dos corpos celestes? ) Qual a conclusdo de Newton que se encontra em destaque nesta introdugio? 4. a) Escreva a expresso matemética da forga de stragéo do Sol sobre um planeta, obtida por Newton. Explique o significado de cada um dos simbolos que aparecem nesta expresso. ») Enuncie a Lei de Gravtagéo Universal de Newton. €) Descreva, em poucas palavas, a expeniéncia realzada por Cavendish que comprovou a Lei de Gravitagéo Universal. 5. Quando um satéite artificial encontra-se em érbita circular em torno da Tera: 2) Bxistealguma forea atuando sobre cle? ') Qual 60 agente responsvel por esta forga? 6. a) Quando um satélte esta em érbita, qual expresso matemdtica da forca que atua sobre ele, de acordo com a Lei de Gravitagdo Uni versal? 1) Lembrando-se que a forga que atva no satlite 6 uma forga centripeta, escreva uma outa ‘expresso matemética para esta forca. ©) Usando suas resposts de (a) e (o) most que a velocidade do satéite¢ dada por v = \GMir 7. a) Descreva como fol obtida, no tert, a expresso Oni. . ') Bxplique por que um satéiteestacionério deve terum periodo de 24 h, {8 a) Escreva a expresso matemética para g, obtida através da Lei de Gravitacdo Universal e mostre que ela esta de acordo com as seguintes afirmagdes: 41° A aceleragdo de um corpo em queda tine ‘do depende da massa deste corpo. 2 A aceleragio da gravidade em um ponto 6 tanto menor quanto maior fra altura deste ponte, 3° A acoleragdo da gravidade nos pélos da Tera é maior do que no Equador. ) Quais es grandezas, caractersticas de um pla- neta, que influem no valor da aceleragdo da gra vidade em sua superficie? GravitagSe universal algumaS exper Para vocé fazer | Primeira experiéncia 1) Procure observar o céu em uma noite em que as este: las estejam bem visiveis. Fae sua atengao em um gh po de estretas (como 0 Cruzeiro do Sul ou as Tés Mas | as, ou outro qualquer) e procure localizar a posigao | dessas estrelas no céu, usando, como referéncia, um | edifcio, ov uma montanha, ou uma anvore ete. | 29 Cerca de duas horas mais tarde, procure localiza no- vamente a posico do mesmo grupo de estrelas. Vocé percebe a acentuada mudanga de posicao ‘experimentada pelas estrelas? 39) Descreva como 0s gregos, em seu sistema geocén- ‘rico, explicavem 0 movimento das estrelas observa- do por vocé. 4) Segundo as idéias de Copémico, qual 6 a causa des- te movimento das estrelas? ‘Segunda experiéncia 11) Aelipse 6 uma curva tal que, dados 0s seus foc0s F, € F,, a soma das distincias de qualquer um de seus pontos a estes focos é sempre constante (na figura, temos F,P + FP = constante). Assim, podemos tra- {gar uma elipse usando o seguinte proceso: prendem- Se as extromidades de um cordao a dois alfinetes que fo fhados em dois pontos F, e F,, como mostra a figura. Esticando 0 cordo com a ponta de um lapis, traga-se a cura fazendo 0 lapis desizar, mantendo 0 corddo sempre esticado. Desta maneira, a soma das dlistincias de um ponto qualquer da cunva a Fe F, sera sempre igual do comprimento do corddo. Logo, os Pontos F, € F, nds quals fharn0s os alfinetes, serdo os focas da elipse. Segundo experiéncia. 229 Encias simples 2) Usando © processo que acabamos de descrever, tra ‘ce uma elipse com os seguintes dados: tore um cor dao de 30 cm de comprimento € fixe suas extre ‘midades de tal modo que a distancia F, F, entre os focos seja de 24 cm. 3°) Quanto menor fora distancia entre os focos (para um dado comprimento do cordao), mais préxima éa for. ‘ma circular se toma a elipse. Para verifcar este fato, trace uma outra elipse usando o mesmo cordao de 30 cm, mas tal que a distdncia focal F, F, seja de 8 om. Acuna que vocé obteve agora corresponde, aproximadamente, a forma da érbita do planeta Plu tao em tomo do Sol. Como vocé pode observar, esta una tem forma muito préxima de uma eircunterén. cia, embora, entre os pianetas, Plutdo seja aquele ue descreve a érbita mais achatada. 4) Usando ainda o cordae de 30 om de compri mento, trace uma elipse com os focos distan- Ciados de apenas 0,6 cm. Esta curva corres. ponde, aproximadamente, a forma da érbita da Terra em torno do Sol. Observe, como jé disse- mos, que ela 6 praticamente circular. Tercera experiéncia 0s cometas so corpos celestes que se mover em torno do Sol de maneira semelhante aos planetas, mas cujas “rbitas $80 elipses muito alongadas. Um dos cometas | mais conhecidos, sobre o qual vocé jé deve ter ouvido falar, 60 cometa de Halley. Cometa de Halley. GM230 19 Procure, em textos especializados ou enciclopédias, ‘alguns dados sobre este cometa, que Ihe permitam responder as seguintes indagacdes: @) Qual 6 0 seu periodo? ») Qual o ano de sua ultima passagem pela Terra? ‘Tente obter uma fotografia do cometa tireda nesta paca, ©) Em que ano ele votaré a passar préximo a Terra? ¢) Qual é a menor distancia do cometa ao Sol? Quando ele se encontra nesta posigéo, entre as Grbitas de quais planetas ele esté situado? ©) Qual a maxima distancia do cometa ao Sol? Quando ele se encontra nesta posigao, entre as Grbitas de quais planetas ele esta situado? 2) Consultando a tabela 6-1, faga um esquema mos- trando, aproximadamente, em escala, as érbitas dos planetas em torno do Sol (considere-as circulares & se uma folha de cartolina ou de papel bem grande). Usando os dades cothidos sobre o cometa e lembran- do-se do que vocé aprendou na segunda atividade trace, no esquema do sistema solar desenhado por voc’, @ elipse que representa a érbita do cometa de Halley em tomo do Sol. Quarta experiéncia ‘Como vooé deve saber, os planetas refletem a luz do Sot €, por isso, alguns deles podem ser vistos no céu, mesmo a olho nu, confundindo-se com as estrelas. Entretanto, ao realizar essa atividade, voc® aprenderé a ‘dstinguir um planeta de uma estrela sem usar apareihos € poderd, até mesmo, identificar alguns desses planetas. LOLS. 11. A figura deste exerciio representa um planeta em. sua 6rbita eliptica em toro do Sol. Lembre-se da 2! lei de Kepler e respond a) Em, a aceleragao tangencial do planeta tem o ‘mesmo sentido ou sentido contrério & sua velo- cidade? Por qué? by Eee? ©) A aceleragdo centripeta do planeta em C ¢ ‘maior, menor ou igual & sua aceleragéo centri- peta em 0? Explique. 2. ) Suponha que tenha sido descoberto um pequeno Planeta X,cuja distancia ao Sol fosse r = 9,0 uaa. Usendo a 3! lei de Kepler, determine quel seria 0 period de revolugao deste planeta, ») Seria possivel, com os dados fornecidos em (a), determinar 0 periodo de rotagao do planeta X? e vesvcs problemas e testes | 4) Em uma noite de céu sem nuvens, olhando para as estrelas, observe que elas cintilam, isto é, a luz que clas emitem parece estar piscando continuamente. Os planetas cintlam muito menos do que as estelas , assim, s80 vistos praticamente como fontes de luz continua, isto é, que no piscam. Usando esta informagao, faga observagées atentas do céu (em hhorérios diferentes) e tente visualzar algum planeta, 2) Pelo menos o planeta Vénus pode ser abservado com certa facilidade. Vénus aparece sempre nas proximi- ddades do Sol, podendo ser visto como se fosse ura estrela muito brlhante, logo apés o pér-do-sol ou, em ‘outras époces do ano, pouco antes de o Sol nascer. Por isto, este planeta costuma ser popularmente denominado estrela-d'alva ou estrela vespertina. Usando estas informagoes, procure localizar Venus no céu e perceber 0 seu movimento em relagao 8s estrelas (pela repetigao de suas observagdes durante algumas semanas). 3) Marte e Jpiter também podem ser observados com Certa facildade, se a observagao for feta quando eles se encontram mais préximos da Terra. Marte pode ser Identiicado por sua coloracao avermelhada e Japiter, ‘por apresentar-se com brilho bastante intenso (quase ‘gual ao de Venus). Embora Jupiter esteja muito afas- tado da Tera, a faciidade com que pode ser observado 6 devia 8s suas enormes dimensbes. Com o aul de informiagbes fomecidas pelos melos de comunicagéo ou ‘anuatios publicados por insitutos astronémicos, voce ‘podera fcar sabendo @ melhor época pare realizar essas ‘observagoes. Nao dete, entao, de localizar Marte € Jpiter no ou e de verificar que eles se deslocam em ‘elagdo as estrelas, com 0 passar dos dias. »Lenass ©) Verfique, na tabela 6-1, entre quais planetas es- ‘aria localzada a Grbita do planeta X. Problema I GravitagSo universal _ 3 1 Imagine que a massa do Sol se tomasse subita- ‘mente 4 vezes maior. Para que a forga de atragao do Sol sobre a Terra néo sofresse alteragao, a dis- tancia entre a Terra e o Sol deveria se tomar: a) 4 vezes maior.) 2 vezes menor. )4,vezes menor, €) 8 vezes maior. ©) 2 vezes maior. |. Seja Fa forga de atragao do Sol sobre um planeta, sh pelaardanms semua func Srcnanetooeicnceeensee ivtnmapomran se as ase one “(iy i ©) 60F 3.) Um objeto, colocado entre a Terra e a Lua, fica s0b a a¢a0 das forcas de atracao da Terra e da Lua. Existe uma certa posigéo em que estas forges estdo em equillorio. Na figura deste exercicio, qual dos pontos P,, P, ou P, pode representar esta posicdo? ) Descreva o movimento que o objeto ira adquirir se fosse abandonado em A. E se fosse abando- nado em 8? Probleme 5. ‘Suponha que Jupiter possulsse um satélite cuja 6rvita tivesse um raio igual 20 raio da 6rbita da Lua fem tomno da Terra. O periodo do movimento da Lua fem tomo da Terra, como voc8 ja deve saber, é cerca de 27 dias. 0 periodo deste suposto satéite de Jpiter seria maior, menor ou igual a 27 dias? \Verifcou-se que 0 peso de um satélite artificial, na superficie da Terra, era de 1 000 N. Este satéiite foi ‘colocado em érbita a uma altura igual ao raio da Terra. Considerando g = 10 mys* na superficie da Terra, assinale, entre as afirmativas seguintes, aquela que esté errada. 4) A massa do satelite, na superficie da Terra, 6 de 100 kg. ) A aceleragéo da gravidade, na érbita do satéite, vale 2,5 mvs". ©) 0 peso do satélte, em drbita, é de 250 N. 4) Amassa do satdlite, em érbita, é de 25 kg, @) A forga centrpeta que atua no satéte vale 250 N. 8. 2) Avelcidadeanquer co um sade estzconério 6 maior menor ou ual 8 veloccade angar de tolagao da Tera? ») Reordade linear de um satéite estaciondrio € rraon menor ou jul veloedage near de um pont do Equador teresre? 9. Suponha que um saéite se encontre em érita, bre o Equador da Tera, & mesma ature do até: Ie estaionara, mat grendo em sentido contro 2 rotaéo da Ter, 20 tempo qe exe satite gata para dar uma vol ta completa em sua ota sea também de 24? ) Este satelite seria um sate estaconério? €) Se um obserador na Tora ise este sti pas- ser sobre eva cabeqa em um cert instant, de pels de quarto tempo ist tomar a corte’? 410, Um satélte 6 colocado em érita a 36.000 kn de ata (@ mesma ata do Itetsat ce al mod que © plano de sua 6rbita passe pelos pélos da Terra. (Um observador, stuado no lo sul, vb o sat passa sobre sua cabega as 8 da manha de um Certo dia. A présima passagem do satélte sobre este obsenedor ser: a) As 12 hdo mesmo dia. ®) As 20no mesmo di. 6) As 24 hd mesmo di €) As Bh do aa segue. e) As 12 hdo dia seguinte. 11, Amassa do Sol é, aproxiadaente, 300.000 ve- es maior do que a massa ca Tera eo seu ri vale Cerca de 100 raios terrestres. Qual seria 0 valor pronmado da aceleragio de queda de um corpo na superile do So? 42, imagine que um satelite arial wansporte uma bomba presa por uma gaa & parte extra do £2- télte, Se, depots que o satelite ests em dita, a ara foraberta, abandonando a bomb, ea cars sobre a Tera? Explque 13. A figura deste problema mostra um planeta em sua muito comum o uso de outra unidade: 1 g/em’. F ficil mostrar que @ or | substaneia m | Hidrogénio Assim, a densidade do akuminio, como vimos, é igual a2,7 g /em’ [ar _ _| ou 2,710? kg/m’ (um bloco de aluminio, de 1 m’ de volume, tem Cortiga ‘uma massa de 2,7 toneladas). Gasolina Na tabela 7-2, apresentamos as massas especificas de vérias Geto substincias. Observe, nesta tabela, que os gases tém densidade Agua muito pequena; a densidade da égua do mar (1,03 g/cm’) é maior do Keis do man que a da agua “doce” (1,00 g/cm’) por causa dos sais nela dissolvi- Gicerina 2s | dos; © merciiio, entre os liquidos, é o que tem maior densidade “phaninig RT | (13:6 g/cm’); 0 ouro e a platina sfo as substincias que apresentam Semin _2:7____| -densidades mais elevadas. Exemplo ‘Um tambor, chelo de gasolina, tem a érea da base A = 0,75 m* e a altura h=20m. 2) Qual é@ massa de gasolina contida no tambor? Jé sabemos que a densidade & dada por p= VV. Desta relagéo, obtemos m=pv. O volume do tambor srs V=A-h=0,75x2,0 donde V=15m> Consultando a tabela 7-2, obtemos, para a densidade da gasolina, 0 valor 9 =0,70 g/em* =0,70% 10" kgtn® Teremas, entéo, para a massa da gasolina m= pV =0,70x10? x15, ou m ,05 x 10? hg (oteone as nies: Ex im sea DS EOOIVALENTE ‘A 10cm Figs: Experiéncia pare) Qual 6a pressio exercia, pela gasolina, ro fundo do tambor? ‘emidade. de um corpo Apressdo é dada por p ~ F/A. Neste caso, F representa 0 peso da gasolina @ Aé a drea da (representada por d). ‘base do tambor, 0 peso da gasolina (considerando g = 10 m/s*) serd: Famg=4105x10'x10 ov —-F = 1,05x10'N Portanto: 41,0510" rae donde =p = 1,4x10" Nim? Hidrostatica — problema de Arquimedes (Ogrande cientista e inventor Arquimedes viveu no culo I antes de Cristo, na cidade de Siracusa, uma col6nia grega situada, 1a Sicfia, no sul da Ilia [As engenhosas invengées de Arquimedes tornaram-se muito populares na época e algumas delas serio anali- sadas no Tépico Especial deste capitulo (nfo deixe de analisé-lo cuidadosamente).Um de seus trabalhos mais fa- ‘mosos foi a solugio encontrada por ele para o Problema da coroa do rei de Siracusa. Conta-se que 0 rei havia encomendado a um ourives uma coroa de ouro, entregando a cle certo peso deste material para confeccioné-la. Ao receber a coroa, com 0 peso igual a0 do ouro fornecido, foi levantada a acusagio. de que o ourives teria substituido certa porgio de ouro por prata, O rei encarregou, entio, Arquimedes de verificar a veracidade da acusagio. {A versio mais divulgada é a de que Arquimedes percebeu como poderia resolver o problema quando tomava banho (em um banheiro piblico). Entusiasmado, saiu correndo para casa, atravessando as ruas completamente despido e gritando a palavra grega que ficou famosa: Eureka! Eureka! (isto é, achei! achei!). Arquimedes resolveu o problema da coroa da seguinte maneira: 1. Mergulhou em um recipiente completamente cheio de 4gua uma massa de ouro puro, igual massa da coroa, e recolhen a égua que transbordou. (Weja figura T-a.) 2, Retomando o recipiente também cheio de gua, mergulhou nele uma massa de prata pura, também igual & massa da coroa, recolhendo a égua que transbordou. Como a densidade da prata é menor que a do ouro, 0 volume de 4gua recolhido nesta segunda operagio era maior que na primeira. (Veja figura I-b.) 3. Finalmente, mergulhando no recipiente cheio de égua a coroa em questio, constatou que o volume de égua recolhido tinha um valor intermediério centre aqueles recolhidos na 1? e 2* operagGes. (Veja figura I-e.) Ficow assim cevidenciado que a coroa nao era de ouro puro. — 242 A fotografia mostra as rul- ‘nas de um antigo anfiteatro tna cidade de Siracuto, que ‘parece co funde com suas ‘modernas edifcagdes junto ‘20 mar Mediterraneo (su! a kélo). os, — xel*Clclos de ti | Antes de passar ao estudo da préxima seccao, responda as questdes seguintes, consultando 0 texto sempre que julgar necessario. CConsidere uma moga de peso igual a 60 kgf em pé sobre o assoaiho de uma sala. 4) Estando descalca, a drea total de apoio de seus és sobre o chao é de 150 cm*. Qual a pressao que a moga esté exercendo no assoalho? ») Se ela estivesse usando sapatos para neve, sua ‘rea total de apoio seria de 600 cm’. Neste ‘caso, qual seria a presséo sobre 0 assoalho? 2. Suponha que a mca do exercicio anterior estivesse Usando sapatos de saltos muito finos. Considere que 2 drea da base de cada salto ¢ igual a 1 cm? e que a ‘metade do peso da moca se distribul sobre os salts. 8) Qual a pressio exercida, no assoalho, pelas saltos? ) Compare aresposta de (a) com os resutados do exer- Ciclo anterior e explque por que os salts fos cos- ‘umam causarestragos em assoalos de madeira. 3. Area total de apoio dos alicerces de um edificio 6 de 200m. Um engenheiro ine informa que 0 S010, 0 08 alicerces, est suportando uma pressdo de 40 kgHlom?. 2) Expresse, em cir, a drea de apoio dos alcerces. ) Calcule 0 peso do edificio, cxercce 4, ia genio Pols 4. Um tolo fl colocado sobre uma mesa, apoiando-se inilalmente da maneira mostrada em A e, posterior mente, na posigdo 8 (veja a figura deste exercico) 2) A forga com que 0 tjlo comprime a mesa na osigdo A 6 igual, menor ou maior do que em 8? ») Aptesséo que o tiolo exerce sobre a mesa em 6 igual, menor ou maior do que em 8? 5. Consultando a tabela 7-1, responda as questées seguintes: a) Sabe-se que uma caldeira pode resistir a uma presséo de até 30 atm. Qual o valor desta Pressio no $1.7 ) Um pneu foi calibrado com uma pressio de 20 libre/polegada®. Qual o valor desta presséo em atmosferas? 6. Um bloco de madeira, cujo volume é de 500 cm’, ‘tem massa igual a 300 ¢. 42) Qual é a densidade dessa madeira em gem? e em kgm"? ) Explique, com suas palavras, 0 significado dos resultados encontrados em (a). ©) Uma tora desta madeira tem 2,5 m* de volume. (Qual 6a sua massa? 7. Um bloco de Pb, cujo volume € 0,30 m?, esté ‘apolado no solo sobre uma dre de 0,60 mr’. 28) Consulte a tabela 7-2 e expresse a densidade do Po em kgm. b) Calcule, em kg, a massa do bloco de Pb. ‘c) Considere g = 10 m/s* e calcule, em Nim® a pressto que 0 bloco de Pb esté exercendo no so)0. 7.2. Pressao atmosférica 2 A figura I mostra que a distri- buigdo da massa de ar na atmosfera ‘nao € uniforme. A medida que nos elevamos nessa massa de ar, ela vai se tomando cada vez. mais rarefeita. ‘Na camada mais baixa da atmos- fera terrestre, denominada tropayera, ‘que se estende até cerea de 10 km de altura, acham-se distribufdos aproxi- ‘madamente 75% da massa total de ‘ar que envolve a ‘Terra. ‘A camada seguinte, que se es- tende até mais de 50 km de altura, € denominada estratosfera e torna-se cada ver-mais rarefeita, Na estratos- fera encontra-se uma camada de o2- ni, gés cuja molécula é constituida por trés étomos do oxigénio e que é muito importante porque absorve as radiagSes ultravioleta provenien- ‘tes do Sol. Estas radiagGes sio preju- /Alguns dades inceres- samtes sobre a troposfera e ‘ estratosferaterrestre diciais ao seres vivos, podendo cau- sar danos irrepariveis a cles ¢ até mesmo a extinglo de algumas espécies. Os ‘meios de comunicagio, nos iltimos tempos, tém divulgado com destaque a formagio de buracos nesta camada, provocados por certo tipo de poluigio do ar.Em virtude disso, maior quantidade de raios ultravioleta aleanga a superfi- ie terrestre constituindo-se em uma possivel causa de maior incidéncia de Cincer de pele nos seres humanos. Observe, ainda, na figura T, as posig6es das nuvens (cimulos e cirros) e, em relagio a temperatura, seu abaixamento na troposfera, sua estabilidade na estratosfera e posterior elevacio préximo & camada de ozénio. © QUE E A PRESSAO ATMOSFERICA © ar, como qualquer substincia préxima & Terra, é atraido por ela, isto é, o ar tem peso. Em virtude disto, a camada atmos- férica que envolve a Terra, atingindo uma altura de dezenas de quilémetros, exerce uma pressio sobre os corpos nela mergulha- dos. Esta pressio € denominada pressio atmasférica. Em todos os planetas que possuem atmosfera, existiré uma pressio atmosférica com um certo valor. Na Lua, nao havendo atmosfera, nao havers, conseqiientemente, pressio atmosférica. Até a época de Galileu (século XVID, a existéncia da pressio atmosférica era desconhecida pela maioria das pessoas «, até mesmo, contestada por muitos estudiosos da Fisica. O fisico italiano, Torricelli, contemporaneo e amigo de Galileu, realizou uma famosa experiéncia que, além de demonstrar que 2 pressio atmosférica existe realmente, permitiu a determi- nagio de seu valor. Pe | is © cr contido om uma grande sala peso mais ‘que um automével () Fig.7-4: O volor da presto atmesfirica, ao nivel do ‘mar é de Té cmH. @) 49 Team (om __(emitgy ° 7% 0072 100067 200060 300053 f 400047 5004 600036 7 x altitude —p, ‘Tobela 7-3. A pressBo atmosférico & ‘tanto menor quanto maior fore altitude do local. A EXPERIENCIA DE TORRICELLI Para realizar sua experiéncia, Torricelli tomou um tubo de vidro, com cerca de 1 m de comprimento, fechado em uma de suas extremidades, enchendo-o completamente com merctirio (fig. 7-4-a). “Tampando a extremidade livre e invertendo 0 tubo, mergulhou esta extremidade em um recipiente contendo também merctrio. Ao destampar o tubo, Torricelli verificou que a coluna liquida descia, até estacionar a uma altura de cerca de 76 cm acima do nivel do mereério no recipiente (fig. 7-4-b). Concluiu, entio, que a pressio atmosférica, p,, atuando na superficie do liquido no recipiente, conseguia equilibrar a coluna de merctirio. Observe que, acima do merciirio, no tubo, temos vacuo, pois, se fosse feito um orificio no tubo nesta regiio de modo a permitir a entrada de ar, a coluna desceria até se nivelar com o merctirio do recipiente. Como a altura da coluna Iiquida no tubo era de 76 cm, ‘Torricelli chegou A conclusio de que o valor da pressio atmostérica, ‘Pay equivale pressio exercida por uma coluna de mercirio de 76 cm de altura, isto é, p. = 76 mig Por este motivo, a pressio de 76 cmHg é denominada 1 atmosfera e definida como uma unidade de pressio, conforme ‘vimos na secgo anterior. COMENTARIOS 1) O valor p, 16 cmHgé obtido quando a experincia ¢ realizada ao nivel do mar. Depois de Torricelli, o cientistae filésofo francés, Pascal, repetiu a expe- rincia no alto de uma montanha e verificou que o valor de p, era menor do que 20 nivel do mar. Este era um resultado razoivel, pois quanto maior for a altitude do local, mais rarefeito seré oar e menor sera a espessura da atmosfera que esti atuando na superficie do Hg. Se a experiéncia fosse realizada, por exemplo, no alto do monte Evereste, a coluna de Hg, no tubo, desceria até cerca de 26 em de altura, isto 6 naquele local temos p, iol do mar (cerca de 7eemeg) 6 cmH. Hidrostética oo 2) A experiéncia de ‘Torricelli poderia ser realizada usando-se ‘outros liquidos, em lugar do Fig (Pascal chegow a realizar a expe- riéncia com vinho!). Entretanto, o Hg é mais usado em virtude de sua grande densidade, o que acarreta uma coluna liquida de altura nfo muito grande. Se a experiéncia for realizada com égua, por exemplo, como a sua densidade é 13,6 vezes menor do que a do Hg, a altura da coluna de égua ser 13,6 vezes maior, isto 6, serd igual a 10,3 m (fig. 7-5). 3) O bardmetro é 0 aparelho que nos permite medir a pressio atmosférica. Existem barémetros de varios tipos, sendo um dos ‘ais usados 0 barémetro empregado por Torricelli. Os baréme- ‘ros sio utilizados para diversas finalidades, como, por exemplo, prever tempestades (0 valor da pressio atmosférica € afetado pelas alteragdes, na atmosfera, que antecedem uma tempestade). bardmetro pode ser usado, também, como altimetro, isto é, para determinar a altura de um lugar através da medida da pressio atmosférica. EXPERIENCIAS RELACIONADAS COM A PRESSAO ATMOSFERICA Como jé vimos, o valor da pressio atmosférica ao nivel do mar € p,=76cmHg. Como nos mostra a tabela 7-1, este valor corresponde a uma pressio de, aproximadamente, 1 kgf/cm, isto é, corresponde a uma forga de 1 kgf atuando sobre cada 1 em? da superficie. Para vocé perceber mais claramente os efeitos que esta pressio pode produzir, vamos analisar as seguintes experiéncias: 1) Com uma bomba de vacuo, podemos extrair grande parte do ar do interior de uma lata vazia. Se fizermos isto, a lata seré cesmagada pela pressio atmosférica. Antes de retirarmos o ar, isto nio acontecia porque a pressio atmosférica estava atuando tanto no interior quanto no exterior da lata (fig. 7-6-a). Ao ser ligada a bomba de vacuo, a pressio interna torna-se bem menor do que a externa ea lata € esmagada (fig. 7-6-b). 2A preside atmosférica é copaz de esmagar ume late no Interior da qual fel feito 0 vacuo. Fig.T-5:Se 0 experiéncia , dde Torriceli for realizado com agua (a0 nivel do ‘mar), @ altura da colune liquide seré de 10,3 m. @ Fig.7-7: A fomosa expe- iéncia dos hemisferios de Magdeburgo E gracas & pressio atmosférica que respiramos: abaixando o dia- fragma, ampliamos o volume de nossa caixa torscica; a pressio do ar nos pulmées , ento, reduzida, e a pressio atmosférica empur~ ra oar externo para o interior deles. 2) A primeira bomba de vécuo foi construfda por von Guericke, em Magdeburgo, na Alemanha, permitindo que ele realizasse a famosa experiéncia dos hemisférios de Magdeburgo. Tomando dois hemisférios, bem adaptados um ao outro, formando, assim, uma esfera oca de cerca de 50 cm de diametro (fig. 7-7-a), von Guericke extraiu o ar do interior dessa esfera. Como a pressio interna foi muito reduzida, a pressfo externa (pressio atmos- férica) forgou um hemisfério tio fortemente contra 0 outro que foram necessirios 16 fortes cavalos para separé-los (fig. 7-7-b). 3) E, também, gragas a forca exercida pela pressio atmost que vocé consegue tomar refresco com um canudinho. Quando vocé Fig.-8:A pressdo atmorférico atwo na chupa na extremidade do canudo, vocé nio esti, na realidade, superficie do lqude forendo- subir chupando o refresco, mas provocando uma redugio na pressio do ar no interior do canudo. A pressio atmosférica, atuando na, superficie do Kiquido, faz.com que ele suba no canudinho (fig. 7-8). Algumas bombas, para elevacio de gua, tém seu funcionamento baseado neste mesmo principio. Fiz UM BURACO NESTA LATA, MAS NAD CONSIGO TIRAR O LIQUIDO™ Com apenas por um deles. Assim, a pressdo do ar 6 @ mesma no interior da late @ oliquido excoa facilmente. Exemplo. O aparetho que serve para medir a pressio de um gés ¢ denominado mandmetro. Um tipo de manémetro muito usado consiste em um tubo em forma de U, contendo Hg, como mostra a fig. 7-9. Desejando-se medir a presséo de um gés em um resenvatério, adapta-se a extremidade do ramo ‘menor do tubo a0 reservatério e observa-se 0 desnivel do Hg nos dois ramos do manémetro. Na fig. 7-9, qual é a presséo, p,, do gas no resaratério, sabendo-se que a pressao atmostéri- calcal vale p, = 68 cmHg? A pressdo do gs, patuando no ramo esquerdo do tubo, consegue equilibrar 0 desnivel da coluna de Hg nos dois ramos e a presséo atmosférica que atua na extremidade aberta do ramo dirt. Poranto, temas pe =P, + desniel de He Logo = 68emHg + (210-30) emg donde p= 248emig cerea de 10 vezes menor do que o valor da presséo atmosférica na Terra. Qual seria a altura a coluna de Hg na experiéncia de Toricell, se la fosse realizada naquele planeta? b) E qual seria a altura da coluna de Hg se a ‘experiéncia fosse realizada na Lua? Explique. 9. Verifica-se, experimentalmente, que quando se sobe 100 m na atmosfera terrestre ha uma diminuigao de cerca de 1 cmHg no valor da reso atmosférica. Tendo em vista esta informagéo, responda &s questies seguintes: €) Qual deve ser o valor da presso atmosférica no alto do Pao de Agicar? (altitude de 400 m) b) Um estudante medio valor da presso atmos- ‘érica em sua cidade e encontrou p, = 64 omHg. Qual 6a altitude eproximada da cidade? 10. a) A densidade do Hg é quantas vezes maior do ‘que a da gasolina? (Consuite a tabela 7-2.) 8. a) Sabe-se que a pressdo atmosférica em Marte & Fig7-9: 0 disportivo mestrade na figura (mao- rnémetro) nos. permite media pressio dogésno reservatéro, Gc exelCicios de fIXagao Exel*Cicive de t1XLa¢ Antes de passar ao estudo da préxima seco, responda as questées seguintes, consultando 0 texto sempre que julgar necessario. ») Entao, qual seria a altura da coluna liquida, na experiéncia de Torricelli, se ela fosse realizada ‘com gasolina, ao nivel do mar? . 111. Uma pessoa, realizando a experiéncia de Torricelli, fem sua cidade, usando agua em ver de H verficou que a altura da coluna iquida era de 8,0 m. Considerando que a pressao de uma coluna 'égua de 10 m de altura corresponde, praticamente, a 1 alm, expresse 0 valor da pressdo atmosférica nesta cidade: a) Em atm. b)emombg. 12. a) Um habitante da Lua conseguiria tomar um reffigerante, usando um canudinho, como se faz aqui na Terra? Explique. ») Por que uma lata de conserva fechada amassa- ‘se com facilidade? (Lembre-se de que, para ‘conservar um alimento, seu contato com 0 ar deve ser evitado.) 249 2 <0 = 0 7) Exercico 13. a 13. Um manémetro, semelhante aquele estudado no exemplo desta secgdo, foi usado para medir a presséo do ar no interior dos dispositivos mostrados a figura deste exercicio. Sabendo-se que a presso atmosférica no local onde foram feitas as medidas ‘era de 70 cmHg, qual é 0 valor da presséo do ar: a) No peu da figura 1? ) No pneu (furado) da figura I? ©) Na camara de rarefagio da figura I? my | asem ee ot WU 114. 0 ponto mais fundo de uma piscina cheia d'égua estd situado a 10 m de profundidade. Sabendo-se que esta piscina est localizada no nivel do mar, diga qual &, em atm, 0 valor da pressdo: a) Na supericle da dgua da piscina. ) No ponto mais fundo da piscina (lembre-se de que uma coluna d'égua de 10 m de alture exerce uma pressdo de, praticamente, 1 atm) 7.3. Varia¢gao da pressio com a profundidade Fig.7-10: A dor de ouvido ‘que uma pessoa sete quan do mergulha & devida ao {ato de o presséo aumentar ‘com @ profundidade. A PRESSAO AUMENTA COM A PROFUNDIDADE Jésabemos que a pressio atmosférica diminui 8 medida que nos elevamos na at- mosfera. Naturalmente, isto deveria acon- tecer, pois o peso da camada de ar, que™ ‘exerce a pressio atmosférica em um dado local, € tanto menor quanto maior for a altitude do local. ‘Quando mergulhamos em uma pis- ina, observamos uma situacio semelhan- te. A medida que nos aprofundamos na gua, a pressio aumenta, pois o peso da camada liquida, que exerce a pressio em tum ponto, € tanto maior quanto maior for a profundidade deste ponto (fig. 7-10). Este fato ocorre em todos os fluidos, de um modo geral. A seguir, vamos estabe- lecer uma relagio matemitica que nos permitiré calcular a pressio no interior de ‘um fluido, em uma dada profundidade. Hidrostética CALCULO DA PRESSAO NO INTERIOR DE UM FLUIDO Na fig. 7-11 estio mostrados os pontos 1 ¢ 2, no interior de um fluido de densidade p. A diferenca de nivel entre estes pontos é b. Consideremos uma porgao do liquido, de forma cilindrica, imaginada como se estivesse isolada do restante do liquido (fig. 7-11). Esta porgao esté em equilfbrio sob a acio de seu préprio peso P e das forgas que o restante do liquido exerce sobre ela. Na direcio vertical, estas forgas sio: a forga F, atuando para baixo, na superficie superior do cilindro, devida ao peso da camada de liquido acima desta superficie, ¢ a forga F, atuando na superficie inferior do cilindro. Observe que, como ocilindro esté em equilibrio Pe F, estéo dirigidas para baixo, F deverd estar dirigida para cima (fig. 7-11). Podemos, entio, escrever que (condigo de equilibrio) Sendo p, a pressio na superficie superior (ponto 1), p, a pressio na superficie inferior (ponto 2) e A a érea dessas superficies, temos (lembre-se da definigio de pressio): R=pd ¢ ha pad Se m é a massa da porgio cilindrica e V 0 seu volume, po- demos expressar 0 peso P desta porgio de seguinte maneira: P=mg mas m=pV =pdb donde P= pAbg Levando estas relagies em F, = F, + P, vem pA=pAtpdbg on =P, + phy Esta equagio nos mostra que a pressio no ponto 2 € maior que no ponto I e que o aumento da pressio, ao passarmos de | para 2, € dado por pgh. A relagio p, = p, + pgh & tio importante no estudo da estética dos fluidos que ela costuma ser denominada eqnacio fndamental da Hidrostética. Supondo que um dos pontos se encontre na superficie do liquido e que o outro ponto esteja a uma profundidade d (fig. 7-12), vemos que a pressio no primeiro ponto serd a pressio atmos- férica p, e, entio, a pressio p, no segundo ponto, pode ser obtida pela relacao 1 + Pgh Chegamos, pois, & seguinte conclusio: p= submetida a uma pressio p,, a pressio p, no interior deste Iiquido, a uma profundidade b, é dada por P=P.+ Pgh se a superficie de um liquido, cuja densidade é p, est seu proprio peso e das forcar que o restonte do Iiquido exerce robre ele. Fig 12:A prestdo 0 uma ldade h& dodo por + Pa G2s2 pmo Interior de um liquide verla ‘com a profundidade h. ated ts Jk ‘COMENTARIOS 1) Pela equagio p= p, +pgh, vemos que, se b= 0, temos P= p, (estamos na superficie do liquido) e, & medida que # aumenta (estamos mergulhando no liquido), a pressio aumenta linearmente com b. Entio, 0 grifico px b, para um dado liquido, terd o aspecto mostrado na fig. 7-13. 2) Pela mesma equagao, observamos que a pressio, em um dado onto no interior do liquido, é constituida de duas parcelas:a primeira, p,, representa a pressio exercida na superficie livre do liquido ¢ a segunda, pgb, representa a pressio produzida pelo peso do préprio liquido. 3) A pressio exercida propriamente pelo liquido & dada por pgb. Assim, para um dado liquido, em um mesmo local, ela s6 depende de b. Portanto, na fig. 7-14, as presses nos fundos dos trés recipientes que contém o mesmo liquido serio iguais, embora os vasos tenham formas diferentes e contenham » Heh quantidades diferentes de liquido. Exemplo Uma piscina, de 10 m de profundidade, esté totalmente cheia o'agua, P 2) Qual é a pressio, no fundo da piscina, devida apenas ao peso da gua? Bi Ps | Esta pressio & dada por ph. 0 valor de p, obtido na tabela 7-2, é Fig. 7-14: A presido no fun do destes recipientes € ¢ ‘mesmo, embora eles conte- ‘nhom quantidades diferen- tex de um mesmo liquide, = 10 glom’. Como vamos efetvar os célouos no sistema S, devemos ‘expressar p em kg/m’, isto é, p= 1,0x10%gm? Teremos, entéo, tomando g = 9,8 m/s*e h= 40m: pgh=1,0x109x9,8x10 ou pg = 0,9810° N/m? ) Sabendo-se que a pressio atmosférica local vale p, = 76 cmHg, qual 6 a pressio total no fundo da piscina? A presséo total é dade por p = p, +pgh. 0 valor p, = 76 cmHg, no sistema Su, 6 formed! do pola tabela 7-1: Py =1,01%10°Nim? Entéo P =P, +pgh=1,01%10"+0,98%10° donde p= 1,99. 10° Nim? ‘Observe que, neste exemplo, a presséo atmostérica colabora para a press6o no fundo de ‘piscina com um valor maior do que a presséo exercida apenas pela ga. Hidroststica _ —— 23s cientista francés Jacques Piccard, em 1960, usando um batiscafo (Cspositivo mais sofisticado que a batisfra),alcangou a profundidade de 11.000 m, isto é, 11 km, no oceano Pacifico. Neste local, que € a regio mais dos oceanos, a pressio nas paredes do batiscafo era de cerca de 1100 atm! ‘metme batefere. eFelctes de thiay Lc @xell"Cicios de fiXagao cx Antes de passar ao estudo da préxima secsio, responda as questdes seguintes, consultando 0 texto sempre que julgar necessario, 15.A figura deste exercicio mostra um recipiente ‘contendo um certo liquide. Escreva, em ordem crescente, as pressées nos pontos indicados na figura. see tDLa¢e Exercicto 15. 416. Em um tubo de vdro, contendo glicerina, considere os pontos (1) e (2) mostredos na figura deste exerci. 2) Caleule, no Sistema Intemacional de Unidades, © aumento da presséo 20 se passar do ponto (2) para o ponto (2). Pera isto, consulte a tabela TDeconsidere g = 10 ms". 8) Sabendo-se que a presséo no ponto (1) ,=2,06 x 10° Nim*, qual é0 valor da pressdo , no ponto (2)? Exerciclo 16. MMs == 117. No exercicio anterior, suponha que o valor da pres 80 atmostérica local, indicada por um barémetro, seja p, = 1,01 x 10° Nm?. Com esta informagao, caleule a profundidade do ponto (1). 18. Considere o gréfico p x h mostrado na fig. 7-13. a) Expresse a inclinagao deste gréfico em fungao depedeg. ) Indique duas alteragdes que seriam observadas no grafico se ele se referisse a uma experiéncia realizada na Lua. 19. Uma grande piscina e um pequeno tanque, um 20 lado do outro, contém agua a uma mesma profundidade. a) A pressao no fundo da piscina € maior, menor ‘u igual & pressao no fundo do tanque? b) A forga total, exercida pela agua, no fundo da piscina & maior, menor ou igual a forga total no fundo do tanque? 20. Em uma residéncia, hé uma caixa d'égua de 4m de lergura, 2 m de comprimento e 4m de altura. Para aumentar a pressao da agua nas torneiras, lum bombeiro sugeriu que se colocasse, no mes- ‘mo local, uma outra cava de maior capacidade, com 2 m de largura, 3 m de comprimento e 1 m de altura, Vocé concorda com a proposta do bom: beiro? Explique. 21, Para responder &s questdes seguintes, basta lem- brar-se de que a pressdo de 1 atm corresponde & presséo de uma coluna de Hg de 76 cm de altura, 2) Um recipiente aberto, contendo Hg, encontra-se ‘em um local onde a presséo atmosférica vale 76 emi. A que profundidade, neste recipient, ‘a pressao seria de 2 atm? ) Responda & questao anterior, supondo que 0 recipiente estivesse no alto do monte Evereste © = 30mg. 7.4. Aplicagées da equagao fundamental Como exemplos do emprego da equagio p = p, + pgb, apresentaremos, nesta secgio, o estudo dos vasos comunicantes ¢ o Principio de Pascal. VASOS COMUNICANTES Consideremos dois recipientes, que nao precisam ser do mesmo tama- nho nem possuir a mesma forma, cujas bases esto ligadas por meio de um tubo (fig. 7-15). jemos que os reci- pientes sio vasos comunican- tes. Coloquemos um Ifquido qualquer nestes vasos e espe- remos que seja atingida a si- tuagio de equilibrio. Os pon- he tos A e B (fig. 7-15), situados Fig. 7-15: Neste sistemo de varor comunicantes, @ ‘ressdo no ponto A 6 igual & pressdo no ponto 8. em um mesmo nfvel horizon- tal, devem estar submetidos a pressdes iguais, pois, do con- tririo, o iquido nio estaria em equilibrio. Sendo p a densidade do liquido, podemos eserever + PBba 1 + PBs para opontod: py = para o ponto B: Py Como Py = Pr, concluimos que 10 6, em vasos comunicantes, um dado liquido atinge alturas iguais em ambos os recipientes. Esta conclusio ¢ vilida mesmo que tenhamos varios reci- pientes que se comunicam, independente- mente de suas formas ou tamanhos, con- forme vocé pode verificar experimental mente (fig. 7-16). APLICAGOES DOS VASOS COMUNICANTES, fato de um liquido tender a se nivelar em vasos comunicantes tem algumas aplicagées interessantes. Os pedreiros, para nivelar dois pontos, emuma obra, costumam usar uma mangueira transparente, cheia de égua. Ajustando o nivel da gua em um dos ramos da mangueira a um ponto de una pared, eles podem, com 0 outro ramo, determinar pontos, de outras paredes, que estario neste mesmo nivel (fig. 7-17). E também em virtude desta propriedade dos vasos comunican- tes que a caixa-d’gua de sua casa recebe égua do reservatério da cidade, sem necessidade de uma bomba elevat6ria. Naturalmente, caina de sua casa nao pode estar situada em um nivel mais alto do que oreservat6rio da cidade (fig. 7-18). Quando se fura um pogo artesiano e a gua jorra, também sem necessidade de bombas, isto se explica pela mesma propriedade. Neste so, 0 lengol subterrineo, de onde provém a égua, apresenta uma configuracio semelhante & da fig. 7-19, em que uma parte do lengol esti simada em um nivel superior ao do local onde o pogo foi furado. Como o reservatério de gua 25 Fig. 7-16: O liquide atinge @ ‘mesma cure nos diversos = ‘lentes que se comunicam. Fig-I7: Os pedrelros usm uma ‘mangueiro com égua pore nivelor os azu- Iejosnos poredes, por exemple. cidade esté sempre o Fig. 7-19: Em um lengol de dgua como o da figura, a 1ura superior ao nivel da caixe-d'égua de uma residéncia, esta guajorre do poco artesiano sem que hoja necessida- pode ser abastecida sem necessidade de bomba elevatéria, ‘de do emprego de bombes. Fig.T-20: © aumento de preisdo no ponto (I) é ‘transmitida integralmente 120 ponte (2). Fig.7-21: Com este dis- positive € possivel equi- Nbrar uma grande force, por meio de uma forca ‘muito menor Injetando dgua com ume seringa em tuma bola de pingue-pongue, na qual foram feitos vérios onfcies, veremos {que a dguajrra, om a mesma pressio, or todos esses oifcios. A pressdo fexercida na égua pelo émbolo da se- ringa se transmite em todas adress, fem concordancia com @ principio de PRINCIPIO DE PASCAL Consideremos um liquido, em equilibrio, no interior de um re- cipiente, como esta mostrado na fig. 7-20. ‘Nos pontos (1) ¢ (2), as presses valem p, e p,, respectivamente. Se, por um processo qualquer, aumentarmos de Ap, a pressio em (1) (por exemplo, exercendo uma forga no pistom colocado sobre o Ii- quido), a pressio em (2) sofreré um aumento Ap,. Pela relagio =p, +pgb, podemos verificar facilmente que Ap, = AP, isto é, o aumento da pressio em um ponto (2) é igual ao aumento da pressio provocado no ponto (1). Este fato foi descoberto, experi- mentalmente, em 1653, pelo cientista francés Pascal, que assim 0 cenunciou: “o acréstimo de pressio, em um ponto de um liquido em equiltbrio, transmite-se integralmente a todos os pontos deste liqui- do”. Em virtude disto, esta propriedade dos liquidos ¢ denominada principio de Pascal. Observe que, embora na época de Pascal esta pro- priedade fosse apenas um fato experimental, atualmente verificamos «que ela pode ser deduzida imediatamente da equacio fundamental da Hirostitica que, por sua ver, é uma conseqiéncia das les de equi- prio da Mecinica. UMA APLICAGAO DO PRINCIPIO DE PASCAL ‘Uma importante aplicagio deste prinefpio é encontrada em méquinas hidréulicas que sio capazes de multiplicar forgas. Para analisar como isto acontece, consideremos a maquina mostrada na fig. 7-21. Ela consiste em dois recipientes cilindricos comunicantes, con- tendo um Ifquido (6leo, por exemplo), sendo a érea da seogio reta de uum dos recipientes maior do que a do outro. Se exercermos uma forga _fno pistom do cilindro menor (fg. 7-21), estaremos provocando um ‘aumento na pressio do liquido sob o pistom. Sendo a 0 valor da éree deste pistom, este aumento na pressio seré dado por Ap, = f/a. Como conseqiiéncia, este aumento de pressio se transmitiré a todos os pontos do liquido, ocasionando o aparecimento de uma forga F sob 0 Hidrostétien pistom de maior dea. Sendo A a érea deste pistom, o aumento de pressio sobre dleserd Ap, = F/A.Como Ap, = Ap,,vem Flf donde F-(4)s Aa a Portanto, se a érea A for muito maior do que a, a forga F seré muito maior do que f, Por exemplo, se a=1,0 cm’, A=100cm’ ef = 10 kgf, obtemos P = 1000 kgf, isto é, uma forga de apenas 10 kgf conseguira sustentar um corpo de 1 tonelada, Assim, esta maquina hidréulica funciona como um dispositivo multiplicador de forgas. Se esta méquina for construida de modo que ela possa prensar ou esmagar um objeto, como mostra a fig. 7-22, ela é denominada prensa bidréulica, 1.22; 0 funconamante do prenahlréuce re boraie ne principio de Pascal © principio desta méquina é também empregado nos elevadores de automével (nos postos de gasolina), nas cadeiras de dentistas e barbeiros e nos fieios hidréulicos. Este iltimo esta representado, esquematicamente, na fig. 7-23. Nele, o valor da forca que aplicamos no pedal do freio é aumentado virias vezes, para comprimir as lonas de freio contra o tambor da roda. ji tino > Fig. 7-23: Exquema de um fre hidréulice. 237 c @xel’Cicios de fixagao Antes de passar ao estudo da proxima seccao, responda as questdes seguintes, consultando o texto sempre que julgar necessario. 22. Certas méquinas de fazer café possuem um tubo ‘extorno, transparente, ligado 20 corpo da méquina (tubo AB mostrado na figura deste exercicio). Explique por que & possivel saber qual 6 o nivel do café no interior da maquina, simplesmente obser- vvando 0 tubo AB. Pp = 3,8 atm. Se, por meio do pistom, a pressio em (1) for aumentada para 5,0 atm: 2) Qual seré o aumento da pressao em (2)? © em {qualquer outro ponto do liquide? ) Qual o novo valor da pressio em (2)? 25. A figure deste exerciclo mostra um menino equil- brando um automével, usando um elevador hidréu- lico. 0 automével pesa 800 kgf e esté apoiado em tum pistom cuja érea é A = 2 000 cm?. Determi- ine 0 valor da forga F que o menino esté exercen: do, sabendo-se que a res do pistom no qual ele atua é de 25 om*, Exerclelo 22 23. Suponha que, em uma construgao, os pedreiros: ‘emendaram duas mangueiras, de didmetros dife- rentes, para nivelar os azulejos em duas paredes distantes. 0 fato de as mangueiras terem didme- ‘10s diferentes prejucicou o nivelamento? 24. Na fig. 7-20, suponha que a presséo em (1) seja P,=3,0 atm e que, em (2), tenhamos Exercielo 25. 7.5. Principios de Arquimedes © QUE E EMPUXO Quando mergulhamos um corpo qualquer em um liquido, verificamos que este exerce, sobre 0 corpo, uma forga de sustentagio, isto é, uma forga dirigida para cima, que tende a impedir que o corpo afunde no liquido. Voe8 jé deve ter percebido a existéncia desta forga a0 tentar mergulhar, na égua, um pedago de madeira, por exemplo, E também esta forca que faz ‘com que uma pedra parega mais leve quando imersa na gua ou em outro liquido qualquer. Esta forga é vertical, dirigida para cima, e se de- nomina empuxo do liquido sobre o corpo mergulhado. Fig. I: Um liquido exerce pressao, sobre um corpo \ergulhado, em to- das os diregdes, inclusive de baixo para cima, PORQUE APARECE © EMPUXO Consideremos um corpo mergulhado em um Iiquido qualquer (fig. 7-24). Como j& sabemos, o Ifquido exerceré forgas de pressio em toda a superficie do corpo em contato com este Ifquido. Como @ pressio aumenta com a profundidade, as forcas exercidas pelo Kquido, na parte inferior do corpo, so maiores do que as forgas exercidas na parte su- perior, e se distribuem da maneira indicada na fig. 7-24. A resultante destas forgas, portanto, deverd ser dirigida para cima. E esta resultante que representa o empuxo que atua no corpo, tendendo a impedir que ele afunde no liquido. Observe, entio, que a causa do empuxo € 0 fato de a pressiio aumen- Fig, 7-24: Quande um corpo é mer- tar com a profundidade. Se as presses nas partes superior e inferior do uthado em um fluido, ox forgax corpo fossem iguais, a resultante das forcas de pressio seria nula e nio ie compe, andes Pore: pC malores do que as forsas caistiria empuxo sobre o corpo. ‘pare boise g (0) Fig. 7-25: © empuxo que ‘tua em um corpo & tanto maior quanto malor for 0 quantidade de liquide que tle desloca. (b) A deslocando um certo volume de égua, ele receberi um em i puxo, £, de valor igual a0 peso da agua deslocada. Por exem- 4 plo, se 0 bloco estiver deslocando 2,0 L de agua, o empuxo f que ele recebera serd igual a0 pesp destes 2,0 L de dgua, ito 6, B=2,0 ket. (© PRINCIPIO DE ARQUIMEDES No século IIT a.C., o grande fildsofo, matemitico e fisico Arguimedes, realizando experiéncias cuidadosas, descobriu uma maneira de calcular 0 empuxo que atua em corpos mergulhados em Iiquidos. Suas conclusdes foram expressas através de um prinefpio, denominado principio de Arquimedes, cujo enunciado é 0 seguinte: “todo corpo mergulhado em um liquido recebe um empuxo vertical, para cima, igual ao peso do liquido deslocado pelo corpo”. Observe que este principio nos mostra como calcular o valor do empuxo, isto é, valor do empuxo que atua em um corpo mergulhado em um Iiquido é igual ao peso do liquido deslocado pelo corpo. Usando as leis de Newton, poderiamos chegar a este mesmo resultado para o.cilculo do empuxo. Observe, entretanto, que Arquimedes descobriu estes fatos através de experiéncias, muitos anos antes de Newton estabelecer as leis bisicas da Mecinica. COMENTARIOS Para que vocé possa compreender melhor o principio de Arquimedes, vamos analisar a situagZo apresentada na fig. 7-25. 1) Suponha que um bloco de madeira seja introduzido parcial- mente na agua, como mostra a fig. 7-25-a. Como ele esti 2) Se aprofundarmos mais o corpo na agua (ig. 7-25-b), 0 volume por ele deslocado seri maior e o valor do empuxo E também aumentaré. Por exemplo, se 0 volume deslocado, agora, for de 5,0 L, 0 empuxo seré E=5,0 kgt, pois 5,0 L de égua pesam 5,0 kef. Vocé poders perceber este aumento do empuxo porque tera que fazer mais forca para con- seguir mergulhar mais o bloco de madeira na agua. 3) Quanto maior for o volume de gua deslocado pelo bloco, maior seri o em- puxo que ele recebers. Na fig. 7-25-c, o bloco ja estd totalmente mergulhado 6 portanto, esti deslocando a maxima quantidade de agua possivel, Neste caso, 0 volume deslocado é igual ao volume do préprio corpo. Entio, se 0 volume do bloco for de 6,0 L, ele estara deslocando 6,0 L de igua e estars recebendo um empuxo E=6,0 kgf (peso da agua deslocada). Depois que 0 corpo estiver totalmente mergulhado, mesmo que 0 afundemos um pouco mais, o valor do empuxo no aumenta, pois o volume do liquido deslocado permanece constante, igual ao volume do préprio corpo. CONDICGES PARA UM CORPO FLUTUAR EM UM LiQUIDO ‘Suponha que uma pessoa introduza um corpo em um liquido, de modo que fique toralmente mergulhado (fig. 7-26). Se, em seguida, 0 corpo for ahandonado, as forgas que estario atuando sobre ele serio 0 seu proprio peso, P, eo empuxo, £, exercido pelo liquido. Nestas condigdes, uma das trés situagSes seguintes sera observad. 1) Ovalor do empuxo é menor do que peso do corpo (E P). Neste caso, a resultante destas forcas estar dirigida para cima e o corpo sobe no interior do liquido (fig. 7-29). Enguanto o corpo estiver totalmente mergulhado, teremos E> P. Quan- do ele atingir a superficie do liquido e comegar a aflorar, a quantidade de iquido por ele deslocada comerari a diminuir e, conseqiientemente, o valor de E tam- bém diminuiré. Em uma certa posigio do corpo, ele estaré deslocando uma quantidade de Ifquido cujo peso seré igual ao seu préprio peso, isto é, temos E = P. Assim, nesta posigao é que o corpo flutuaré, em equilibrio, pois af € nula 4 resultante das forcas que atuam sobre ele (fig. 7-30). Fig. uando 0 peso de um corpo é me- Fig. 7-30:Sempre que um corpo extéflutvan- nor do que o empuxo que recebe, ele tende ado livremente em um liquido, seu peso estd subir na interior do liquide. ‘sendo equilibrade pelo empuxo que ele re- cebe do liquide. Observe que, neste caso, apenas uma porcio do corpo esti submersae, entio, valor do empuxo ¢ igual ao peso do liquide deslocado por esta parte submersa. Estes fatos ocorrem quando, por exemplo, abandonamos um pedago de ma- deira que foi mergulhado em égua. Destas consideragdes podemos concluir que quando um navio esté flutuan- do, em equilibrio, na agua, ele esté recebendo um empuxo cujo valor é igual ao seu préprio peso, isto 6, 0 peso do navio esté sendo equilibrado pelo empuxo que ele recebe da agua (fig. 7-31). EMPUXO E DENSIDADE DO LiQuIDO Pelo principio de Arquimedes, sabemos que empuxo = peso do liquido deslocado ou E=mg ‘onde m, éa massa do Ifquido deslocado, Sendo p, a densidade do Iiquido e V,0 volume do liquido deslocado, temos Hidresttica ee ‘Vemos, entio, que o valor do empuxo seré tanto maior quanto maior for 0 volume de Iiquido deslocado e quanto maior for a densidade dest liquide. Por outro lado, o peso, P, do corpo mergulhado no Iiquido pode ser expresso em fangio de sua densidade, pe do seu volume, V, da seguinte maneira P=mg ecomo m=pV, vem P=pl.g Quando 0 corpo estiver roralmente mergulhado no liquido, ele estaré deslocando um volume de liquido V, igual 20 seu préprio volume V, isto é, V,, = V,. Portanto, para um corpo totalmente imerso no liquido, temos E=plg ¢ Paphg Comparando estas duas expressdes, vemos que elas diferem apenas quanto aos valores de p, (densidade do Iiquido) e p, (densidade do corpo). Portanto: 1) se Px P., teremos E > P. Este € 0 caso em que o corpo sobe no liquido, aflora em sua superficie até atingir uma posi¢o de equilibrio, parcialmente mergulhado, na qual E = P Com esta anzlise poderemos prever quando um sélido fluruard ou afundaré em um Ifquido, simplesmente conhecendo as suas densidades. Consultando a tabela 7-2, podemos concluir, por exemplo, que a cortiga flutua em gasolina, mas ‘um pedago de gelo afundaré nela e flutuaré na égua (como vocé jé sabe). O ferro afundaré na 4gua mas flutuaré no mercirio, enquanto 0 ouro e a platina afundarao neste liq Esta mesma andlise nos permite concluir que, se um submarino esti submerso, em equilibrio (fig. 7-28), sua densidade média é igual 3 da agua do mar, E ficil concluir, também, que um balio sobe na atmosfera porque sua densidade média é menor do que a do ar (fg. 7-32). Naturalmente, como a densidade do ar diminui com a altitude, o valor do empuxo sobre o balio também diminuiré enquanto ele sobe. Assim, em uma certa altura, ele atingira uma posigao de equilfbrio, na qual E = Exemplo Um clindro metélico, cuja drea da base ¢ A = 10 om? e cuja altura mede H = 8,0em, std lutuando em meretrio, como mostra a fig. 7-33. A parte do cilindro mergulhada no liquido tem uma altura h= 6,0 cm. £8) Qual 6 0 valor do empuxo sobre 0 cilindro (considere g = 10 mvs")? ‘Sabemos que 0 empuxo é dado por B= pM Em nosso caso, p, é a densidade do merciirio. Pela tabela 7-2, obtemos P, = 13,6 wem® = 13,6 x10° kg/m? \, representa o volume de merato deslocad pelo claro. E claro que V, ser igual a0 volu- me da parte do cilindro que se encontra submersa no mereiirio. Portanto (fig. 7-33): 0x60 ou 60 cm? = 60 x 10%? Substtuindo os valores de p, Ve , exores808 no Sistema Internacional S.), 2m E = p.VeE, cobteremos 0 valor do empuxo, expresso em nevtons. Assim: E = (13,6 x 10°) x (60x 10%) x 10 donde E=8,16N Fig.1-32: Um baldo sobe tno atmosfera em virtude ‘do empuxo que ele recebe doar Fig.7-33: Para o exemplo dda secga0 7.5. Vocé 6 deve ter ouvide fa- lar que, ne mar Morte, na Polestina, ume pessoa pode flutuar facilmente, com parte contiderével de seu corpo foro de gu (Quel 6 © propriedade e: pecifica desta égua que ‘toma isto possivel? Figd Os densimetros tm 520 funcionamento basea- do no principio de Arqui- modes 1) Qual & 0 valor do peso do cilincro metdlico? Como o cllindro esté flutuando, em repouso, 0 seu ppeso est sendo equilorado pelo empuxo recebido ‘do mercirio. Portanto, temos P=E donde P=8,16N ©) Qual & 0 valor da densidade do clindro? ‘Adensidade 9, do clincro ser dada por p. = m./V, + ‘onde m, é @ sua massa e V, 60 seu lum. ‘A massa do cilindro seré obtida dvidindo-se 0 seu peso, P pela aceleragao da gravidade g (que estamos considerando igual a 10 mis’). Entéo P8168 — donde, =0,816 ke é (Observe que, tendo P em Ne gem m/s’, obteros m, em kg, unidades do.) O volume do clin seré (Ng. 7-33): \e=AH=20%8,0 donde Vv, = 80 om? = 80x 10% m? Portanto, vid: pea Me = 0818 gonde 9, = 10,2 10° kam? = 10,2 wom? Vv, 80x10 Hidrastétien —__ Antes de passar ao estudo da pré: consultando 0 texto sempre que julgar necessario. se (Lack exelcicios de fixagao a sec¢do, responda as questes seg celCletes de i tes, 26. Um bioco sélido encontra-se mergulhado em um liquide na posigdo mosteda no figura deste exer- cicio. Designemos por F a forga de presséo exeri- da pelo iquido na face superior do bloco e por Fa forga de pressdo ne face inferior. 2) Desenhe, em uma eépia da figura, os vetores Fer, b) Fy€ maior, menor ou igual a 2 ¢) Como vocé calcularia o valor do empuxo & exercido pelo liquido sobre 0 bloco a pati dos valores de, © F,? Exercicio 26, 27. Suponha que o bloco do exercico anterior fosse eslocado, dentro do lquido, para uma profund dade um pouco mater. 2) 0 valor de F, aumentaria, iminuiia ou no so- tera ateracao? @ o valor de F.,? 1) 0 valor do empuro E que atua no bloco aumen- tara, diminuida ou néo sotrera alteragio? 28, Como vimos, 0 navio da fig, 7-31 esté futuando, em equilro. 2) 0 empuxo que ele esté recebendo da agua 6 ‘maior, menor ou igual 20 seu peso? A densidade mécia do navio 6 maior, menor ou igual a densidade da agua? 29. Um barco, cujo peso é 800 kgf, desce navegando €em um rio e chega 20 mat 2) Qual 0 valor do empuxo que ele recebia quando estava no rio? ») Quando estver navegando no mar, quel 6 valor do empuxo que oe estaré recebendo? ¢) A parte submersa do barco aumenta, diminui ou ‘no se alters quando ele passa do ro para omer? 30. Um bloco de madeira, cujo volume é de 10 L, esta flutu- ‘edo em gua, com metade de seu volume submerso. 2) Qual 6, em los, 0 volume de dgua destocada pelo bloco? 1) Qual 6, em kgf, 0 peso desta agua deslocada? ©) Lembrando do principio de Arquimedes, diga qual 6, em kf, 0 empuxo que 0 bloco esté recebendo? 6) Ent, qual 6, em Kg, 0 peso do blovo? 34, Suponha que voot empurasse 0 bloco do exercicio. anterior, afundando-o completamente na gua. 2) Qual seria, em litos, 0 volume de gua que © boco estaria desiocando? ©) Qual sera, em kgf, 0 valor do empuxo que atua- ‘iano bloco? ©) Qual o valor da forga que voeé estaria exercendo para manter o bloco submerso? 32, Armassa de um corpo é de 80 ge seu volume é de 100 em. 2) Qual 6a densidade deste corpo? ) Consult a tabela 7-2 ¢ verifque se 0 corpo ‘funda ou futua na gasolina e na gicerina, 33. A figura deste exercicio mostre um clindro, cuja rea da base 6 A = 10 om’, futuando em um I quido cuja densidade € 'p, =3,0.g/em® (ou = 3,010" kgm’). Lembrando que o empuxo Pode ser celculado pela expressa0 E = p.V.e, respond: 2) Qual é, em m®, o volume V, do liquido deslocedo pelo clindro? ) Qualé, em nentons oval do emp.v0 que o cin esthrecebendo? (Consdere g = 10 mis*.) €) Qual 60 valor do peso do iindro? Exercicio 33. 34, Considerando o cilindro do exercicio anterior, de- ‘termine: 2) Sua massa (em g). 'b) Sua densidade (em g/cm’. __265 Fig. 7-34:A espleal de Argui- rmedes era_um dispositive ‘muito usedo em Siracusa para a elevarto de égua um tépico especial 7.6. Arquimedes QUANDO E ONDE VIVEU ARQUIMEDES O grande cientista e inventor grego, Arquimedes, como vimos neste capftulo, foi o descobridor do principio que nos permite calcular o valor do empuxo que atua em um corpo ‘mergulhado em um fluido. Embora esta tenha sido sua desco- berta mais importante no campo da Fisica, sua obra é muito extensa, apresentando outras contribuigdes notiveis, nfo s6 na Fisica, como também na Matemitica ena tecnologia. Arquimedes viveu no século IIL a.C,, na cidade de Siracu- sa, uma col6nia grega situada na Sicilia, sul da Itdlia. Tendo estudado em Alexandria, no Egito, que era o grande centro cultural da época, adquiriu uma sélida formagio em Mate- mitica e um grande interesse pelas ciéncias. As engenhosas invengdes de Arquimedes tornaram-se muito populares em sua cidade natal, chegando ao conhecimento do Rei Hieron, parente de Arqui- medes. Uma das grandes preocupagdes de Hieron era a defesa da cidade de Si- racusa, constantemente ameacada de invasio pelas tropas romanas, Foi por isto que ele contratou Arquimedes para projetar € construir dispositivos de guerra, destinados a defender a cidade e contra-atacar o inimigo. Arquimedes conse- sguiu desempenhar brilhantemente sua missio, criando mAquinas engenhosas que causaram sérios danos is legides romanas. ra vocé aprender um pouco mals Descreveremos, a seguir, algumas das principais invengBes e descobertas feitas por esse grande sibio. ALGUMAS INVENGOES DE ARQUIMEDES ‘Uma de suas invengdes mais populares € conhecida como parafuso de Arquimedes (ou espiral de Arquimedes), usado para elevar égua, como mostra 4 fig. 7-34. E facil perceber que, fazendo girar o parafuso, a agua sobe ao longo do tubo oco e, portanto, pode-se considerar este dispositivo como a primeira bomba de elevagio de dgua da histéria. A espiral de Arquimedes foi muito usada em irrigacio e para retirar égua de minas, nfo s6 em Siracusa mas também em varias outras cidades, Arquimedes foi a primeira pessoa que construiu e usou um sistema de rol- danas com o qual ele podia deslocar grandes pesos, exercendo pequenas for- as. Conta-se que, para mostrar a eficiéncia deste dispositivo, ele preparou uma espetacular demonstragZo experimental: um navio da frota real foi tirado da agua, com grande esforco, por um grupo de soldados e colocado sobre a areia da praia. Ligando o sistema de roldanas ao navio, Arquimedes convidou o Rei Hieron para puxar pela extremidade livre da corda (fig. 7-35). Sem realizar grande esforco, Hieron conseguiu, sozinho, arrastar 0 navio sobre a areia, causando surpresa geral e fazendo aumentar ainda mais o prestigio de Arquimedes junto ao rei. Fig. 7-35: © rel Hieron conseguiu, sozinho, orras- tar um navio sobre o areia, ‘usando um sistema de rok danas Inventade por Ar quimedes. Entre as armas que Arquimedes teria preparado para defender Siracusa, hé referéncia 20 uso de espelhios cOncavos, utilizados para fazer convergir os raios solares. Segundo alguns historiadores, Arquimedes conseguiu incendiar uma esquadra romana empregando estes espelhos para concentrar o calor dos raios solares sobre os navios da esquadra (fig. 7-36). Fig. 7-36: Conto-ie que Ar- quimedes incendiou uma esquadra romano, usando fexpelhor cBncavor para concentrar © calor dot ras solar. A LEL DO EQUILIBRIO DAS ALAVANCAS O nome de Arquimedes é freqiientemente lembrado quando estudamos 0 emprego das alavancas. Isto porque devemos a ele a descoberta da lei do equilfbrio das alavancas. Fig, 7-37: Uma des mais importantes descobertar de Arquimedes foi o lei dar alovancas, até hoje ‘omplamente empregada, Fig. 7-38: “Se me derem tame alavanca © um ponto de apoio, deslocare! 0 mundo!” (Arquimedes). Fig. 7-39: Poro desopertar (ou opertor) © parafuso do roda, a pestoa fard um esforco menor se usor uma Slavenca mais comprida Considere uma barra rigida, isto é uma alavanea, apoiada no ponto O (fig. 7-37), tendo um corpo de peso F, suspenso em uma de suas extremidades. Arquimedes descobriu que uma pessoa consegue equilibrar este [peso se exereer, na outra extremidade da als- vvanea, uma forga F, tal que Fd, = Fed, onde d, e d, sio as distancias mostradas na fig, 7-37. E evidente, por esta equagio, que, se d, > d,,temos F, < F,, ousej, é possive, usando uma alavanca, equilibrar um certo ‘peso com uma forga inferior a ele. Arquimedes pereebeu que, por maior que fosse 0 peso F,, seria sempre possivel equilibré-lo (ou deslocé-Io) desde que se aumentasse convenien- temente a disténcia d,. O entusiasmo que esta conclusio provocou em Arquimedes o teria levado a formular a célebre frase: “Se me derem uma 38). Como vocé j deve ter visto intimeras veres, 0 principio das alavancas € empre- gado em grande niimero de dispositivos en- ‘contrados em nossa vida difria. Por exem- plo, quando uma pessoa tenta desapertar 0 pparafuso de uma roda de automével, quanto ‘maior fora distincia d mostrada na fig. 7-39, ‘menor serio esforgo que ela deverd fazer para conseguir 0 seu intento, — EUREKA! EUREKA! ‘Uma das histérias mais conhecidas sobre os trabalhos de Arquimedes rrefere-se a genial solugio dada por ele ao Problema da coraa do Rei Hieron, Hideostética O rei havia prometido aos deuses, que o protegeram em suas conquistas, uma coroa de ouro. Entregou, en- tio, certo peso de ouro a um ourives para que este con- feccionasse a coroa. Quando o ourives entregou a enco- menda, com o peso igual a0 do ouro que Hieron havia fornecido, foi levantada a acusagio de que ele teria subs- tituido certa porgio do ouro por prata. Arquimedes foi encarregado, pelo rei, de investigar se esta acusagio era, de fato, verdadeira. Conta-se que, 20 tomar banho (em um banheiro pablico) observando a elevagio da égua & medida que mergulhava seu corpo, perceben que pode- ria resolver o problema, Entusiasmado, saiu correndo para casa, atravessando as ruas completamente despido e gritando a palavra grega que se tornou famosa: Eureka! Eureka! (isto 6: “achei! achei!”). E realmente Arquimedes conseguiu resolver o pro- blema da seguinte maneira: 1 Mergulhou em um recipiente completamente cheio de 4gua uma massa de ouro puro, igual & massa da co 10a, erecolheu a 4gua que transbordou (fig. 7-40-). 2*~ Retomando 0 recipiente cheio de gua, mergulhou rele uma massa de prata pura, também igual & massa da coroa, recolhendo a 4gua que transbordou. Como a densidade da prata é menor do que a do ouro, €ficil perceber que o volume de égua recolhido, nesta 2* ‘operagao, era maior do que na I* (fig. 7-40-b). 3° Finalmente, mergulhando no recipiente cheio de gua a coroa em questio, constatou que o volume de gua recolhido tinha um valor intermediério entre aqueles recolhidos na 1! na 2! operagées (fig. 7-40-c). Ficou, assim, evidenciado que a coroa nio era realmente de ouro puro. Comparando os trés volumes de égua recolhidos, Arquimedes conse- guiu, até mesmo, calcular a quantidade de ouro que ‘ ourives substituiu por prata, A MORTE TRAGICA DE ARQUIMEDES. Sitiada durante cerca de trés anos pelas legides romanas, comandadas pelo General Marcelo, a cidade de Siracusa acabou sendo invadida, apesar dos, esforgos do Rei Hieron e das armas criadas por Arquimedes. Embora 0 co- ‘mandante romano tivesse ordenado que a vida do grande sibio fosse poupada, sua easa foi assaltada por alguns soldados que nfo o reconheceram. Arquimedes encontrava-se no quintal, desenhando distraidamente sobre a areia complicadas figuras geométricas, quando um dos soldados, pisando sobre os desenhos, des- truiu parte das figuras. Advertido e empurrado por Arquimedes, 0 soldado reagiu violentamente, trespassando 0 corpo do velho filésofo com sua langa, dando- Ihe morte imediata. 260 Fig. 7-40: Procure ecom= panhor, na figura, © recio- Cini feito por Arquimede’ para resolver 0 problema sda coroa do rei de Siracura. avic @xelCicios de fiXAgSo G.6-CiCies Get Antes de passar ao estudo da préxima secgao, responda as questées seguintes, | consultando 0 texto sempre que julgar necessario. ‘35. A figura deste exercicio ¢ um mapa abrangendo 0 ‘sul da Europa e o norte da Africa. Nele estao assi- rnalados com os nimeros I I Il ¢ IV locas relacio- nnados com a vida de Arquimedes. Procure identifi= Car, entre os locais assinalados: 4) Aquele onde viveu Arquimedes. ) A cidade onde Arquimedes estudou. ©) A cidade-estado cujas tropas constentemente ‘ameacavam invadir Siracusa. ©) A regido sede da civilizagao que estabeleceu a colénia de Siracusa. Exercicio 35. 36. Orientando-se pela fig. 7-34, procure construir um Parafuso de Arquimedes, usando mangueira de pléstico ou borracha. Coloque 0 dispositive em fun- ‘ionamento e observe que ele constitui uma espé- cie de bomba elevatoria de agua (usando material ‘ransparente, voce poderé acompanhar a subida dda dgua na mangueira). 37. Arquimedes, como dissemos, foi a primeira pessoa a construir @ usar um sistema de roldanas, Neste exercicio vocé vai analisar sistemas de roldanas semelhantes ao de Arquimedes. 2) Na figura (a) deste exercicio temos um corpo de 100 kgf ligado a um sistema constituldo por ‘uma roldana mével e uma roldana fia. Observe que 0 peso co corpo esta distbuido nas dues cordas A e B que o sustentam. Suponha as uas cordas aoroximadamente paralelas, des- preze 0 peso das roldanas e os artes e respon da: qual aforga que atua em cada uma das cor- das Ae B e qual o valor da forga F que uma pessoa deve exercer para sustentar © peso suspenso? ) No sistema de roldanas mostrado na figura (b), observe que 0 corpo suspenso é sustentado por quatro cordes A, 8, Ce D. Qual é, entéo, o valor a forga F exercida pela pessoa para manter suspenso 0 corpo de 400 ket? 38. 40. 41. ” Exereiclo 37. ‘Tendo em vista a andlise feita no exercicio anterior, ‘observe a fig. 7-35 e responda: Se o Rei Hieron ‘estivesse exercendo na corda uma forga de 400 N, ‘qual seria 0 valor da forga que atuaria no navi, deslocando-o sobre a areia? 'Na fig. 7-37, suponha que o corpo suspenso na alavanca tenha um peso F, ‘medidas na figura, deter que a pessoa esté exercendo para manter a ala- vvanca na horizontal. Nesta secgéo foi citada a oélebre frase de Arqui medes: "Se me derem uma alavanca e um ponto {de apoio, desiocarei o mundo!” Imagine que ele ‘tenha conseguido obter um corpo de massa igual & massa da Terra (6 x 10* kg) e que esse corpo te-+ ‘ha sido suspenso na extremidade de uma alavan- ‘ca, a 4. mdo ponto de apoio. Suponha que a forga ‘maxima que Arquimedes poderia exercer na outra ‘extremidade da alavanca fosse de 1000 N. 1) A que distincia do ponto de apoio Arquimedes de- vetia exercer essa forga pare equllbrar a lavence? ) 0 comprimento da alavanca que Arquimedes teria que usar seria maior ou menor do que @ distancia da Tera ao Sol? Quantas vezes? (Consulte a tabela no final deste volume.) ‘Observe, na fig. 7-40, uma representagao do racio- cinio de Arquimedes para resolver o problema da ‘coroa do rel de Siracusa. 4 2) Na fig. 7-40-a, em que ele colocou na égua uma massa de ouro igual @ da coroa, suponha ue tenham sido recolhidos 30 cm? de gua, Hidrestatlea 2 Qual era a masse da coroa? (Consdere a densi- | 42. Suponha que a massa da coroa fosse constivida dade do ouro igual a 20 g/em’.) por 70% de ouro e 30% de prata. Qual teria sido, 'b) Supondo a densidade da prata igual a 10 g/cm’, entéo, © volume recolhido por Arquimedes na {qual teria sido 0 volume de Agua recolido na fig. 7:40-c? (Considere para as densidades da fig, 7-40-07 pata e do our os valores do exercico anterior) O valor do empuxe e as lels de Newton (Os principios da Hidrostética foram obtidos experimentalmente, antes de Newton estabelecer as trés leis basicas da Mecdnica. Entretanto, apés o trabalho de Newton, constatou-se, como deviamos esperar, que aqueles principios podiam ser obtidos pela aplicago dessas leis a0 caso dos fluidos em equilfbrio, Na secgio 7.3, essa aplicagio foi feita no estabelecimento da equaco fundamental da Hiidrostética. Mostraremos, a seguir, que também 0 principio de Arquimedes pode ser obtido de maneira semelhante. Consideremos a fig. I, na qual temos um recipiente contendo um liquido em equilibrio. Conseqtientemente, qualquer parte desse liqui- do estaré também em equilfbrio. Imaginemos, entio, uma porgio qualquer do liquido, como aquela mostrada na fig. I, e analisemos as forgas que aruam sobre ela. Na superficie dessa porcio atuam as forgas de pressio exercidas sobre cla pelo restante do liquido, as quaisjé fo- ram analisadas na seccio 7.5 (fig. 7-24) ese distribuem sobre a super- ficie da maneira mostrada na fig. I. Como vimos, essas forgas tém ‘maior valor na parte inferior da porcio do que em sua parte superior e sio dirigidas para o interior da porgio. A resultante dessas forgas de pressio estard, enti, dirigida para cima e jf sabemos que essa resul- tante € o empuxo E que o restante do liquido esti exercendo sobre a Passes eae 1. A outra forga que atua na porgio é 0 seu préprio peso P, (veja a fig. I). Como ela esté em equilfbrio, a resultante de E e B, deve ser nula ¢, assim, B e P, devem ter o mesmo médulo ¢ a mesma diregdo, porém sentidos contrérios. Chegamos, portanto, & seguinte conclusio: O restante do liquido exerce sobre a porcio supostaisolada um epuexo vertical, de baixo para cima, de médulo igual ao peso da porgao. Suponhamos, agora, que um corpo de peso P, com a mesma forma da porgo, fosse colocado em seu lugar, sem que o restante do Ifquido sofresse qualquer alteracdo (fig, II). Conseqtientemente, as foreas de pressio nio seriam alteradas, porque elas sio exercidas pelo restante do ligquido. Conclufmos, entio, que sobre o corpo atuaré o mesmo empuxo £ que atuava na porgio liquida. Em outras palavras: Quando sem corpo é mergullado em um liquide, atua sobre ele um empuxo vertical, dirigido para cima, de médulo igual ao peso do Iiquido Asslocado pelo corpo. Essa conclusio é exatamente o resultado obtido experimental- ‘mente por Arquimedes, constituindo o conhecido principio emunciado por ele muito antes da época em que viveu Newton. E possivel chegar a esse principio exclusivamente a partir das leis de Newton, aplicando-as um liquido em equilfbrio, da maneira que fizemos aqui. Figsl: A poredo liquide recebe forcas de pressdo do restante do liquide cujo o.empuxo E. Fig. Um corpo mergu- Thado no liquide recebe um fempune E igual @ result tante dos forgas de presséo ‘exercida pelo iquido. 272 reVisao =~ pontos mais importantes abordados neste sempre que tiver duividas. As questdes seguintes foram formuladas para que vocé fa¢a uma revisio dos capitulo. Ao respondé-las, volte ao texto 1. a) Oque é um fuido? ) O que voce entende por viscosidade? ©) Dé exemplos de fidos pouco e muito viscosos. @) Escreva a equacdo que define a presséo, Exp ue © significado dos simbolos que figuram nes- ta equagéo. ») Qual 6 a unidade de presséo no S.1.? ©) O que 6 a pressio de 1 mmHg? e a pressio de atm? 8) Escreva a equacdo que define @ massa especti- ‘ca ou densidade absoluta. Explique o significado | dos simbolos que figuram nesta equagéo. ) Quals as duas unidades de densidade que fo- ram citadas no texto? ©) Qual a relacéo entre estas duas Unidades? £8) O que voc8 entende por presséo atmostrica? ) Descreva, com suas palavres, a experiéncia de Torcell, Interpret oresuteco desta experiénca, ©) Como se denomina um aparelho usado para media pressdo atmostérica? Dizer como se modifica @ altura da coluna liquida, ‘na experiéncia de Toriceli se ee for realizado: 2) Em alttudes cada vez maiores. ») Usando liqudos de densidades ciferentes. 2) Escreva a expressio que nos fomece o aumento de presséo, quando passamos de um pont pa- ra outro mats profundo no interior de um liquid. ) Expique 0 significado de cada simbolo que fi aura nesta expresso. | 7. Considere a retagao | © secga0 7.3. 2) Explique 0 significado de cada simbolo que figura nesta relagéo, a +Pgh que foi obtida na algumas experi@ncias s| Para vocé fazer Primeira Experiéncia 1°) Dissemos, na seceao 7.2, que a pressdo atmosté- rica é capaz de esmagar uma lata no interior da qual {| feito 0 vacuo. Voc8 poderd verificar que isto é possivelrealizando a experiéncia seguinte. ») Interprete cada uma das parcelas desta relagdo (veja 0 comentario 2 da seccéo 7.3). ©) Faga um desenno mostrando © aspecto do wen px h 8) Descreva_algumas aplicagées dos vasos ‘comunicantes. ) Expresse, com suas palavras, 0 principio de Pascal. ©) Baseando-se no principio de Pascal, descreva 0 funcionamento da prensa hidréulica. CConsidere um corpo mergulhado em um liquide: 2) Qual 6 a diregao @ 0 sentido do empuxo que o liquido exerce no corpo? ) Comparando as pressdes exercidas pelo liquido nas partes superior e inferior do corpo, explique or que aparece o empuxo sobre ele. ©) Segundo o principio de Arquimedes, qual ¢ 0 Valor do empuxo recebido pelo corpo? Um corpo é totalmente mergulhado no interior de tum liquido e abandonado a seguit. Poderdo ser ‘observadas, entéo, as seguintes situacées: 1) 0 corpo permanece em repouso na posigéo onde 6 abandonado, 0 corpo afunda, © corpo sobe no interior do liquid. (0 corpo affora, passando a flutuar, em equ oro, na superticie do liquid. Para cada uma dessas situagées, dizer se: * €@) 0 empuxo sobre 0 corpo & maior, menor ou igual 20 seu peso. 1) A densidad do corpo & maior, menor ou igual & densidade do liquid. 2 3) a imples 2) Tome uma lata de secgao retangular e coloque um pouco de agua em seu interior (cerca de Lem de altura). Aquega a agua até ferver, man- tendo-a em ebuligéo intensa durante cerca de 2 minutos. 0 vapor de agua, a0 escapar, arrasta Hidrostétics para fora grande parte do ar existente no interior da lata. 3)) Retire a fonte de calor e tampe cuidadosamente a ta- ta, de mado a impedir que o ar volte ao seu interior. CColoque-a sob um jato de dgua fra, para que o vepor de agua se condense, reduzindo a pressao interna. estas condigdes, a presso externa (presséo atmos- ‘énca) se tomaré muito superior & presséo intema e, ‘como voo6 poderé observa, a lata seré esmagada, ‘Segunda Experiéncia Realizando esta experiéncia, vocé poderé observar um efeito também interessante provocado pela pressio atmastérica. Encha um pires com égua. Queime alguns pedagos de papel dentro da xicara. Em virtude do aquecimento, 0 ar se dilataré e a massa de ar que permanece no interior da cara toma-se menor. Um pouco antes de terminar a combustéo, inverta a xicara rapidamente sobre o pires. Deste modo a chama se apaga, a temperatura diminui, casionando uma queda na presséo interna. Observe que a agua é, entéo, forgada a penetrar no interior de Xicara. Explique por que isto acontece. Terceira Experiéncia 1°) Para obtero valor da pressao atmosférica em sua ci. dade, voce poderd realizar uma experincia seme- thante & de Torricelli, mas usando Sgua em lugar de mercirio (que é uma substncia de custo elevado ‘que exige um certo cuidado ao ser manuseada). Terceira experiéncia. 2) Tome uma mangueira de piésticotransparente (dessas sodas para regar arc), cujo comprmento seja cerca {de 1:1 m. Ap6s enché-la completamente com agua e \vedar muito bem as duas extemidades, toranco cuida- {do para que nao fique botha de ar no intetior da man- ‘Bue, suba em um local situado a uma altura pxéxima de 10 m (préo, tore de ge, cabe-d'dgua etc). Estenda a mangueira verticalmente, como mostra & ‘igura desta experténcia e pega a um colega que intro- ‘dua a extremidade infeior em um recpiente contendo ‘qua. Depois de certiicarse de que a mangueira ests na vertical, seu colega deverd abrir a extremidade infe- fior e, assim, a dgua descerd, estacionando em um certo nivel, como na experiéncia de Trricel. 3) Assinale, na mangueira, © ponto B (nivel onde 2 ‘gua estacionou na mangueira) e seu colega assina: lard 0 ponto A (nivel da agua do recipiente). Deste ‘modo, vocé est indicando, na mangueira, a altura h de gua correspondente a pressao atmosférica no local da experéncia, Estenda a mangueira no chao ‘mega o valor de h. 4°) Usando o resultado de sua medida, responda: 4) Qual é, em metros de agua, 0 valor da presséo atmostérica em sua cidade? ) Expresse, em cmHg, esta presséo atmostérica. ©) Determine, aproximadamente, a alttude de sua ci- dade (lembre-se de que a presséo atmostérca dimi- nui cerca de 1 cmHg para cada 100 m de alttude). Quarta Experiéncia 1) Realizando medidas com uma balanga e usando 0 principio de Arquimedes, é possivel determinar ‘volume de um corpo sélido de forma irregular e, conseqientemente, obter 0 valor de sua densida- de. Nesta experiéncia voce ird usar este método para medir a densidade de uma pedra. 2) Voe8 vai usar uma balanga de verdureiro, como aquela utlizada nas experiéncias do capitulo 5. Por ‘sto, procure obter uma pedra pesando de 2 a 3 kg e, sustentando-a por meio de um barbante, deters ‘mine seu peso com a balanga (se voc8 possuir um My? ‘Observagao: Procure realizar experimentalmente @ ‘ransferéncia de liquidos descrta neste problema. Uma esfera, cujo volume é de 200 cm’, feita de lum material cuja densidade ¢ 0,80 g/om’, € total- ‘mente mergulhada em um tangue chelo de agua e abandonada a seguir. Despreze as forgas de atrito econsidere g = 10 ms" a) Expresse, em newtons, 0 valor do empuxo que a ‘esfera recebe da Agua. ) Determine, em newtons, 0 valor da forga resul ‘ante que atua na esfera depois de abandonada. ©) Qual 6, em médulo, direcdo e sentido, a acele- ragéo que a esfera adquire? 1) Suponde que a esfera tenha sido abandonada a uma profundidade de 5,0 m, quanto tempo ela gastard para atingyr a superticie da 4gua? M272 = 18. Uma bola de pingue-pongue esté flutuando na gua contida em um recipiente fechado, como ‘mostra a figura deste problema. Se retirarmos 0 ar da parte superior do recipiente, @ bola afundaré um pouco, subiré um pouco ou permaneceré na mes- ma posigo? Explique. Problema 18. 19. Os buracos negros seriam regides do universo de Ped,>dy b) E=Ped, >dy ©) Edy ©) E=Ped, | Exercicio 8. 9. Um bloco de massa m = 2,0 kg esta se deslocan- do com uma velocidade v = 6,0 ms. 2) Qual 6 a. deste bloco? (Néo se esquega de Indicr a urigade em sua resposta) ) Quantas vezes menor seria 0 velor de E, se @ massa do bioco fose trés vezes menor? ©) Quentas vezes maior se tomaa a E, se a velo- cidace do boo fosse uncada? 4 O que aconteceria com a E se apenas a degéo dV fosse aterada? Por qué? 10. Uma bala de revolver, cuja massa é de 20 ¢, tem uma velocidade de 100 ms. Esta bala atinge 0 ‘nonce de uma érvre enele penetra uma certadis- tinea até pare. 11. 8) Qual era a E, da bala antes de colar com a arvore? nto, qual o trabalho que a bala realzou 20 penetrar no tronco da nore? 0 corpo mostrado na figura deste exercicio passou pelo ponto A com uma energia cinética Eq = 30 J. A forga F que atua no corpo real, sabre ele, no taeto de A até B, um trabalho T = 154. Considerando despreavel a forga de atito,responda 4) Qual a quantidade de energla transferida a0 corpo pela forga F? ») Entéo, qual seré a energia cinética do corpo em 8? Exercielo 11. . Considere os mesmos dados do exercicio anterior ‘mas suponha, agora, que a forga de atrto ndo soja desprezivel e realize sobre 0 corpo, de A até B, um trabalho T” = -5 J. @) A forga de atrto esté entregando energja 20 ‘corpo ou retirando-a dele? ) Qual o trabalho total Tyy realizado pelas forgas ‘que atuam no corpo? ©) Qual o valor da energia cinética do corpo 20 ppassar por 8? ConservagSe da enorgia. to 413, Um satélite artical esté giando, em movimento Cereuaruniforme, em toro do centro 68 Tera (vela a figura deste exercicio). 2) Qual é 0 anguo 8 entre a forga F de atragto da Tera ea velocidade 7 do satélte? ) Baseando-se na resposta da questao anterior, | diga qual é 0 trabalho que a forca F realiza sobre osatéte. «) Entdo, a forga F esta transferindo energia para 0 satéite? 4) Logo, a €, do sate est aumentando, dimi- ruindo ou permanecendo constante? Exerccio 13. 8.4. Energia potencial gravitacional © QUE £ ENERGIA POTENCIAL Suponha um corpo situado a uma altura b acima do solo, como mostra a fig. 8-13. Em virtude da atragao da Terra, se este corpo for abandonado, ele sera capaz de realizar um trabalho ao chegar ao solo: poder amassar um objeto, perfurar o solo, comprimir uma mola ete. Em outras palavras, podemos dizer que um corpo, situado em uma certa altura, passui energia, pois tem capacidade de realizar um trabalho ao cair. De maneira semelhante, um corpo ligado a extremidade de uma mola comprimida (ou esticada), como mostra a fig. 8-14, Fig. 8-13: Um corpo, stuado @ uma 20 ser abandonado seré empurrado (ou puxado) pela mola, certa altura, postu! energia potencia! adquirindo capacidade de realizar um trabalho. Pode-se, entio, rovieocionol dizer também que o corpo ligado & mola comprimida (ou esticada) posrui energia. Nos dois exemplos analisados, o corpo possufa energia em virtude da posigdo ocupada por ele: no primeiro caso, uma posigZo elevada em relagfo a ‘Terra e, no segundo caso, uma posicio ligada a uma mola comprimida ou esticada. Esta energia que um corpo possui, devido a sua posigio, € wis denominada energia potencial e vamos representé-la por E,No primeiro caso (fig. 8-13), a E, que o corpo possui é denominada Fig. 8-14: Um corpo ligedo a uma mola energia potencial gravitacional, porque esta relacionada com a _ 4*fermada possui energia potencialeléstica, atragio gravitacional da Terra sobre o corpo. No segundo caso (fig. 8-14), a E, do corpo esté relacionada com as propriedades elisticas de uma mola, sendo, entio, denominada energia potencial ldstca. Nesta secgio vamos analisar a E, gravitacional, deixando 0 estudo da E, eléstica para a seccio seguinte. COMO CALCULAMOS A £, GRAVITACIONAL Um corpo de massa m esti situado a uma altura b em relagio a um nivel horizontal de referéncia (fig. 8-15). 0 seu peso realize um trabalho T = mh. 208 — Fig. 8-16:A energia poten- ial grovitacional de um corpo de massa m, situado fem uma altura , 6 dado or, = mah. © trabalho pelo peso do ‘provoca uma varie ‘em sua energia po. enclal gravitacional. A energia potencial gravitacional que ele possui, nesta posigio, pode ser calculada pelo trabalho que o peso deste corpo realiza, sobre ele, quando cai, desde aquela posi referéncia. Evidentemente, sendo mg a forca que atua sobre 0 corpo ¢ sendo b o seu deslocamento (fig. 8-15), o trabalho men- cionado seré dado por Tamgxh Consegiientemente, a E, gravitacional do corpo, & altura b, é ‘mgh. Em resum se um corpo de massa m encontra-se a uma altura b acima de um nivel de referéncia, este corpo possui uma energia potencial gravitacional, relativa a este nivel, expressa por E,=mgh (fig. 8-16) Observe que a E, gravitacional esté relacionada com 0 peso do corpo e ‘com a posigao que ee ocupa: quanto maior for 0 peso do corpo e quanto maior for a altura em que ele se encontra, maior sera sua E, gravitacional. RELAGAO ENTRE TRABALHO EE, GRAVITACIONAL Consideremos um corpo, de massa m, inicial- ‘mente no ponto A, a uma altura 4, acima de um nivel de referéncia (fig. 8-17). Quando este corpo se des- loca, verticalmente, de A para outro ponto B qualquer jado a uma altura fy relativa a0 mesmo nivel), 0 seu peso realiza um trabalho Ty». Durante este deslocamento poderio atuar sobre 0 corpo outras, forcas, além do seu peso. Entretanto, vamos calcular ‘apenas 0 trabalbo realizado pelo peso do corpo. Como 0 corpo se desloca de uma distincia >, © seu peso, mf, realiza um trabalho (fg. 8-1 Tyy= mg (by—by) 0X T yy = igh, ~ gy ‘Mas a expressio mgh, representa Ey» isto é,a E, gravitacional do corpo em A,emgh, 6 sua E, em B, Eyy. Assi Ty Portanto, podemos concluir que: quando um corpo se desloca de um ponto A para outro ponto, B, 0 seu peso realiza um trabalho que é igual 4 diferenca entre as ener- gias potenciais gravitacionais desse corpo naqueles pontos, isto é, T= Epa Ego Consarvasio da energia Exemplo ‘Uma pessoa, situada no alto de um edificio cuja altura 8,0 m, deixa cair um ‘corpo de massa m = 10,0 kg. (Considere g = 9.8 m/s") 8) Qual 6a E, gravitacional do corpo, no alto do edificio? Caleulemos a €, gravitacional em relagao ao solo. Designando por A @ posigéo do corpo 8,0 m (fig. 8-18) e, portanto, ‘no ato do ediicio, temes fy Eq = mah, = 10,0 x 9,8%8,0 donde ig = 2,0 m acima do solo? Para este ponto teremos Ege = Mey = 10,0%9,8%20 donde Tra = En ~ Eye = 784-196 donde. bo Ox cles de fhe Ey = 784) ) Qual é a €, gravitacional do corpo ao passar por um ponto 8, situado @ uma altura Ey = 196) ©) Qual o trabaino realized pelo peso do corpo no deslocamento de A para 8? Vimos que 0 trabatho do peso & dado por Tap = Eyy ~ Ego. LOEO Ty = 588) I’ cicios de fiXagao ©. Fig. 8-18: Para o exemplo dasecgto 8.4. Antes de passar ao estudo da préxima secsao, responda as questdes seguintes, consultando 0 texto sempre que julgar necessario. 14. Um bate-estacas esté sendo usado para fincar uma ‘estaca no solo. 0 peso do bate-estacas ¢ abando- nado, sucessivamente, de duas alturas diferentes. 2) Em qual caso a estaca penetraré mais no solo 20 ser atingida pelo peso? ) Entéo, em qual situagéo 0 peso do bate-estacas ppossuia maior energja potencial gravitacional? Exerciclo 15. 15. Um lustre, de massa m = 2,0 kg, desprende-se do teto, caindo sobre o cho da sala, de uma altura hy = 3,0 m (vejaa figura deste exercicio). 2) Qual era a E, gravitacional do lustre, em relago 16. 47, 0 chao, quando ele se encontrava na posigéo A? (Considere g = 10 mis") ) Entéo, qual 0 trabalho que 0 peso do lustre realizar 20 cair de A até 0 cho? ‘Ao cair, 0 lustre do exereicio anterior passa pelo Ponto B, sitvado a uma altura fy = 2.0m do ‘do (vejaa figura). 8) Qual 2 E, gravitacional do lustre 20 passar pelo onto 8? 1) Lembrando-se da relagéo entre trabalho e ener- 182 potencial,calcule 0 trabalho T realizado pelo ‘eso do lustre no desiocamento de para B. . 0s célculos da energja potencial nos exercicios 15 416 foram feitos tomando 0 chéo como nivel de refe- réncia, Considere, agora, 0 plano da superficie da mesa mostrada na figura como nivel de referéncia. 4) Calcule as energias potenciais E',, @ Ey, 40 lus- tre, om relagao a este novo nivel ) Usendo os valores encontrados em (a), calcule ‘0 trabalho Typ realizado pelo peso do lustre no ‘deslocamento de A para B. CComparando os resultados dos exercicios 15, 16 17, responda: a) 0s valores das energias potenciais calculadas ‘se modificaram quando mudartos 0 nivel de referencia? ) O valor de Tyg se modificou quando mudamos 0 nivel de referéncia? el“Clicles ce il \ Fig. 8-19: Uma molo, opre- semtando uma deformacéo % exerce uma forca dada por = KX. 8.5. Energia potencial eldstica ‘Como ja vimos na secgio anterior, um corpo ligado a extremidade de uma mola comprimida (ou esticada) possui energia potencial eldstica. De fato, a mola comprimida exerce uma forga sobre o corpo, a qual realiza um trabalho sobre cle quando o abandonamos. Entretanto, se tentarmos comprimir uma mola, podemos observar que ela reage & compressio com uma forga cujo valor cresce & medida que ela vai sendo comprimida, Para calcularmos o trabalho que a mola realiza sobre o corpo ligado a sua extremidade devemos, entio, em primeiro lugar, procurar descobrir como varia a forga exercida pela mola, o que seré feito a seguir. FORGA EXERCIDA POR UMA MOLA DEFORMADA AA fig. 8-19-a mostra uma mola no deformada e na fig. 8-19-b apresentamos a mesma mola distendida, através de um dinamémetro, o qual mede a forga F, exercida pela mola, quando o seu alongamento é igual a X (observe que X repre- senta 0 acréscimo no comprimento da mola). Verifica-se experimentalmente que: —dobrando o alongamento (2X), a forca dobra (2); ~ triplicando o alongamento (3X), a forca triplica (3F) etc. Este mesmo resultado seria verificado se a mola fosse comprimida, em vez de ser distendida. Portanto, a experiéncia nos mostra que a forca exercida por wma ‘mola é diretamente proporcional & sua deformagao, ou F e X. Este resultado é conhecido como /ei de Hooke, pois foi Robert Hooke, ‘um cientista inglés, quem observou, pela primeira vez, esta propriedade das ‘molas (na realidade, esta lei sé é verdadeira se as deformagdes da mola nao forem muito grandes). ) Conservagio da energia Como Fe X, podemos escrever que P=kx onde &é uma constante, diferente para cada mola e denominada constante eléstica da ‘mola. Tragando-se um grafico F xX, obte- mos uma reta, passando pela origem (Gig. 8-20), cuja inclinagto é igual a k CALCULO DA E, ELASTICA F Fig. 8:20: Gréfco da forsa exercida por uma mole em % fangae de sua deformario. Consideremos uma mola cuja constante eléstica é &, apresentando uma deformacio X'e um corpo ligado a ela, como mostra a fig. 8-21. A E, elistica deste corpo, nesta posigio, pode ser determinada pelo trabalho que a mola realiza sobre ele, 20 empurri-lo até a posigio normal da mola, isto é, a po- sigio em que ela nao apresenta deformagio. A medida que 0 corpo é empurrado (fig. 8-21), a nui e, conseqiientemente, diminui Fekx também a forga que a mola exerce sobre o corpo. Assim, devemos calcular o trabalho de uma forga que varia (desde 0 valor inicial F = kX até o-valor final F = 0) enquanto o corpo x se desloca. O célculo deste trabalho ndo pode, entio, ser feito pela expresso T = F «dos, a qual se aplica apenas nos deformagio da mola casos em que F é constante. Quando a forga F é variavel, o trabalho que ela realiza pode ser obtido, numericamente, pela érea sob grifico Jorca x deslocamento. Portanto, em nosso caso, © trabalho realizado pela mola seré dado pela area sob 0 gréfico x PX, mostrada na fig. 8-21. Como vemos, trata-se da area de um tridngulo, de base igual a Xe altura igual a kX. Sendo a érea Fig. €:21: Ao empurrar 0 de um triingulo dada por (1/2) x base x altura, teremos a Sere fol cece seguinte expressio para o trabalho realizado pela mola eujo valor & dado pelo ree mostreda na figura. T=5-XkK donde T= 3K? Conseqiientemente, a expressio da energia potencial elastica do corpo é E, = (2) kX?. Concluindo: um corpo, ligado a uma mola de constante elistica k, deformada de X, possui uma energia potencial elistica dada por A 1 2 E,= 5 kX Observe que a £, elistica do corpo sera tanto maior quanto maior for a constante elistica da mola e quanto maior for a sua deformacio. 202. - RELAGAO ENTRE TRABALHO E E, ELASTICA Suponhamos uma mola comprimida, cuja constante elis- tica seja &, empurrando um corpo nela encostado. Procuremos calcular 0 trabalho T,, que a mola realiza sobre 0 corpo, a0 deslocé-lo desde um ponto A a um outro ponto B (fig. 8-22). Podem estar atuando virias forcas sobre 0 corpo, mas vamos calcular apenas 0 trabalho realizado pela forga exercida pela mola. Ji sabemos que esta forga é varifvel e que o seu trabalho sera dado pela area sob o grifico F x X, desde A até B (rea ABCD da fig. 8-22). Teremos entio Ty = Sea ABCD irea OAD ~ area OBC Liye Ly: ou Ty =k 7h ‘Mas (1/2) X] representa E,» isto é, a energia potei elastica do corpo em A e (1/2) EX} é sua energia potencial ® elistica em B, Ey. Fig. 8.22: 0 wobalho reall 2ado pelo mola. proveca potencil einica de corpo, Tu = Ey - By Podemos entio escrever Portanto: quando um corpo se desloca, desde um ponto A até outro ponto B, sob a acko da fora clastica exercida por uma mola deformada (comprimida ou esticada), 0 trabalho, T,,, que esta forga realiza sobre o corpo € igual 4 diferenca entre as energias potenciais elisticas deste corpo naqueles pontos, isto é, Ty = Ea Exp Observe que esta expresso & aniloga aquela obtida para o trabalho realizado pelo peso de um corpo, como vimos na seccio anterior. Em ambos os casos, 0 trabalho realizado esta relacionado com uma variagio na energia potencial do corpo, sendo dado por Ty = Ey ~Ep Apenas deve-se ter em mente que a energia potencial gravitacional é dada por E, = mgh ea energia potencial elistica é E, = (W/2) &X*. Exemplo ‘Suponha que, para comprimir de X = 30 cm a mola da fig. 8:22, fosse hecessério ‘exercer sobre ela uma forga F = 15 N. 12) Qual é a constante eléstica da mola? Conservasiedacnergin 00 (Como sabemos, F = KX e, entéo, calculando no S..: F_15N X~0,30m Este resutado significa que seria necesséria uma forga de 50 N para deformar a mola de 4m. donde =k 0 Nm 1) Considere, na fig. 8-22, X, = 20 om eX, = 10 om. Quais 0s valores da E, eldstica do corpo em Ae em 8? ‘A energla potencial eldsica & daca por E,(1/2) KX®. Logo, teremos, calculando no $x50%(0,20" — donde Ey = 4,00 $x90x(0.10" — donde yy = 0,254 9 Qual o trabalho que a mola realizou ao empurrar 0 corpo de A para 8? trabalho realizado pela forga eléstica é dado por Tyg = Ey ~ Egg Assim, Tag = Eq Epa = 1,00-0,25 donde Ty = 0,75) So @xel’Cicios de fixagao exclCicive ce il Antes de passar ao estudo da préxima sec¢ao, responda as questdes seguintes, consultando 0 texto sempre que julgar necessario. | 10:.uma pevece sexe vaigaoeseverte ‘ire fia 6S fico F xX mostra como vata @forga F exerida pela Constante eléstica k = 200 Nim, cujo comprimen- ee toinicial (sem deformagdo) é de 5O cm, até que seu ccomprimento final sea de 60 om. 2) A medida que a mola vai sendo deformada, a forga que ela exerce sobre a pessoa aumenta, diminui ou permanace constante? ) Expresse, em metios, a deformecéo final, X, sotida pela mola. ©) Qual o valor da forga que a mola esta exercendo na Pessoa quando atinge 0 comprimento de 60. cm? 20. Uma mesma forgaF 6 aplcado, sucessivamente, a das molas diferentes A e 8. Obsera-se que a deformagao, X,, da mola A é maior do que a detormaglo, Xy, da mola B. 0.104.200.0940 x(n) a) Vocé acha que a mola A é mais dura ou mais macia do que a mola B? 'b) Aconstante eldstica, k,, da mota A é maior ou me- ‘or do que a constanteelstica, ky, da mola ©) Entéo, molas que tém constantes elésticas de va- | lorelevado 580 molas mais dures ou mais macias? ° 8 x 24, A figura deste exerccio mostra uma mola compri- Exercicio 21. rida empurrando um bloco desde o ponto A, onde ‘sua deformacdo 6 X, = 0,40 m, até o ponto 0, 4) Caleule a incinagdo deste grafico. Entéo, qual & no qual a mola nao apresenta deformagao. O gra ‘valor da constante eléstica da mola? MN 304. 22 23, ) Podemos usar a expresso T= F-d-cos@ ppara calcular 0 trabalho realizado pela mola a0 lempurrar 0 bloco? Por qué? ©) Diga como vocé poderia caleular este tra usando o grafico Fx X. iho 9. Considerando a situagdo descrita no exercicio an tetior: 2) Qual o valor da E, eléstica do bloco quando ele ‘se encontra na posigao A? ) Entéo, qual 0 trabalho que a mola realize ao lempurrar 0 blaco de A para 0? Considere o bloco do exercicio 21 no instante em ‘que ele esté pasando pelo ponto B, no qual a de- formagao da mola é Xq = 0,20 m. 24, a) Qual 6a E, eldstica do bloco nesta posicao? b) Lembrando-se da relagao entre trabalho e E, ‘eléstica, calcule 0 trabalho T,g que @ mola rea- liza a0 empurrar 0 bloco de A para B. ‘Um corpo encontra-se na extremidade de uma mo- la, deformada de um valor X. Aumentando-se a deformagdo da mola para um valor 2X: a) 0 valor da constante eldstica da mola aumenta, diminui ou ndo varia? ) Quantas vezes maior toma-se a forga exercida ‘pela mola sobre o corpo? ©) Quantas vezes maior toma-se a E, elistica do ‘corpo? 8.6. Conservag¢o da energia Fig. 8.23: 0 trebalho realizado pelo peso nde depende do trajetéria seguida pelo ‘corpo. FORGAS CONSERVATIVAS E DISSIPATIVAS Ji vimos que se um corpo se deslocar do ponto A até o ponto B, seguindo a trajetéria 1 mostrada na fig. 8-23, o trabalho que 0 peso do corpo realiza é dado por Ty = Eyy~ Ey Imagine que 0 corpo se deslocasse, de 4 para B, a0 longo de uma outra trajetéria, como, por exemplo, a trajetéria 2 da fig. 8-23 Pode-se demonstrar que o trabalbo realizado pelo peso do corpo seria «o.mesmo que foi realizado ao longo da trajetéria 1. Portanto, ainda para a trajetoria 2 terfamos Ty = Eyy —E,y. Este resultado é vilido para qualquer trajet6ria que leve 0 corpo de A para Be, entio, dizemos que o trabalho realizado pelo peso do corpo nao depende da trajetria. Outras forgas, existentes na natureza, também possuem esta propriedade, isto é, 0 trabalho que elas realizam nio depende da trajet6ria. Assim, o trabalho realizado pela forga elistica de uma mola € dado por Ty = Exy ~E,a, para qualguer trajetéria seguida pelo corpo ao se deslocar de um ponto A até tum ponto B. Outro exemplo de forga cujo trabalho nao depende da trajet6ria 62 forca elétrica, que estudaremos em nosso curso de Eletricidade. As forgas cujo trabalho no depende do caminho sio denominadas forcas conservativas. Sempre {que uma dessas foreas realiza um trabalho sobre um corpo, hé uma variagio na energia potencial deste corpo e esta variagio é express por Ty = Ey, ~ Ep Devemos, entio, destacar: 0 trabalho realizado por uma forca conservativa, entre dois pontos A e B, nao depende da trajetoria seguida pelo corpo para ir de A até B, sendo dado, sempre, pela expressio Tan, jE [As forgas cujo trabalho depende do caminho sio denominadas forgas disipativas ou forgas ndo-conservativas. Um exemplo tipico de forca dissipativa & a forea de atrito. De fato, se vocé deslocar um corpo sobre uma superficie, levando-o de um ponto A 2 outro ponto B, 0 trabalho realizado pelo atrito ter valores diferentes, conforme 0 caminho que for seguido. Ao contrario das forcas conservativas, nao existe uma energia potencial relacionada com uma forga dissipativa. CONSERVAGAO DA ENERGIA MECANICA Suponhamos que 0 corpo da fig. 8-24 esteja se deslocando de A para B, a0 longo de uma trajet6ria qualquer, ¢ que sobre ele estejam Vx atuando apenas forcas conservativas = -\_@ (no caso da fig. 8-24, 0 peso e a forga elistica da mola). © trabalho rea- lizado por estas forgas, como jé vimos, € dado por ees citermers: S onan soesnorae Tym By-By forgas conservatives. Sabemos também (secgio 8.2) que, quaisquer que sejam as forcas, 0 trabalho total realizado por elas é igual & variagao da energia cinética do corpo, isto é, ta ~ Eg Entio, igualando estas duas expresses para Tp, teremos Ey Ey = Ba - Eu que pode ser escrito Ey tBu E,tEy ou, em palavras: a soma da energia potencial no ponto A com a energia cinética neste ponto é igual & soma da energia potencial no ponto B com a energia cinética neste ponto. Entio, como os pontos 4 e B sio quaisquer, po- demos dizer que: se apenas forcas conservativas atuam sobre um corpo em movimento, a soma da energia cinética do corpo com sua energia potencial permanece constante para qualquer ponto da trajetéria, ‘A soma da energia cinética de um corpo com sua energia potencial, em um dado ponto, € denominada energia mecinica total do corpo neste ponto, que representaremos por E, 01 seja, Voltando a expressio, a + By = Eye + Ey vemos que E,, + E,, representa a energia mecinica total, Z,, em A, e Ey, + By representa a energia mecinica total, Ey, em B. Portanto E, =, Assim, o destaque anterior também pode ser expresso da seguinte maneira: se apenas forcas conservativas atuam sobre um corpo em movimento, sua energia mecanica total permanece constante para qualquer ponto da trajet6ria, isto é, a energia mecanica do corpo se conserva. Portanto, quando atuam apenas forgas conservativas, se a E, de um corpo dimimuir (ou aumentar), sua E, aumentaré (ou diminuira), de modo que a sua energia mecanica total, E, permaneca constante, isto é, se conserve. E por este motivo que estas forgas so denominadas forgas conservativas. Exemplo Suponha que, na fig. 8:24, 0 corpo mostrado tenha, em A, uma energia potencial E,_ = 20 J @ uma energacinética E,, = 10. 2) Qual a energia mecdnica total do corpo em A? ‘Acenergia mecénica em A seré: Ey =EytEy=20+10 donde —£, = 305 ') Ao passar pelo ponto M (fig. 8-24), 0 corpo possui uma energia potencial Ey, = 13. Qual € a sua energiacinética neste ponto? ‘Como estéo atuando apenas forgas conservatvas, a energja mecéinica do corpo se consena, Isto é, devemos ter Ey = E, ou Ey = 30 J. Como Ey=EwtEqy Vem 30=13+Ey donde Ey = 47) Observe que @ E, do corpo aiminuiu de 7 J, enquanto sua E, fol aumentada desta mesma qvantidade. ) Ao chegar em B, 0 corpo possul uma energiacinética Fy» = 25 J. Qual 6 a sua E, neste ponto? ‘O mesmo reciocinio usado na questéo (b) pemite-nos esorever que E = 30 J. Logo, como g, ga +Ecy VOM 30=Ey +25 donde Egg = 5 PRINCIPIO GERAL DE CONSERVAGAO DA ENERGIA Se, na fig. 8-24, estivesse atuando no corpo uma forga dissipativa, a energia mecinica do corpo nao seria conservada. Por exemplo, se uma forca de atrito cinético atuasse no corpo, verificarfamos que sua energia mecinica em B seria menor do que em A. Entretanto, neste caso, observarfamos um aquecimento do corpo, o que nfo acontecia quando atuavam apenas forgas conservativas. Conservagic da energia - Alguns fisicos do século passado, destacando-se entre eles James P. Joule, analisando um grande mimero de experiéneias, chegaram & conclusio de que 0 calor é uma forma de energia. Concluiu-se, entio, que no deslocamento do corpo sob a a¢ao da forga de atrito, © que ocorreu foi a transformacdo em calor da energia mecinica que desapareceu. Este resultado ¢ observado sempre: se uma dada quantidade de energia de uum certo tipo desaparece, verifica-se 0 aparecimento de outro tipo de energia em quantidade equivalente 4 energia desaparecida, isto é, nunca se observa 0 desaparecimento de energia, mas apenas a transformacio de uma forma de energia em outra. Assim, como vocé jé sabe, a energia mecdnica se transforma em energia elétrica (em uma usina hidroelétrica), a energia térmica em energia mecanica (em um automével), a energia elétrica em energia mecinica (no motor de uma enceradeira, por exemplo), a energia elétrica em calor (em um aquecedor) etc. Em todas estas transformagoes observa-se que nao hé criacio nem destruigo da energia, de modo que a quantidade total de energia envolvida ‘em um fen6meno permanece sempre a mesma, isto é, se conserva, Alluséo erlada pelo ortista dé origem @ uma situagdo onde nao hoveria conservacao de ‘energia. Cascate. (Litografia por M. C. Escher, 1961.) Estas observagdes constituem a base do Prinefpio Geral de Conservagio da Energia, que pode ser enunciado da seguinte maneira: PRINCIPIO GERAL DE CONSERVACAO DA ENERGIA ‘A energia pode ser transformada de uma forma em outra, mas no pode ser criada nem destruida;a energia total & constante. Este princfpio é sempre vilido, em qualquer fendmeno que ocorra na natureza. A sua generalidade torna-o extremamente importante, sendo ele amplamente empregado com grande sucesso, pelos cientistas, na solugio de inimeros problemas, ra elérica. 307 ‘A energia potencial de uma quedo-d'égua se transforma em energlacinéyjea & pode ser convertida em outras formas de energia, como ae A conservacio da energia mecinica ¢ um caso particular do Prinefpio Geral de Conservagio da Energia. A energia mecinica se conserva quando atuam, no corpo, apenas forcas conservativas, e a energia total (considerando-se todas as suas formas) conserva-se sempre. icies de tLacdo exellcios de fiXagde exel*Cicics Ki Antes de passar ao estudo da préxima sec¢do, responda as questdes seguintes, consultando 0 texto sempre que julgar necessario. Para os exerccio seguites (de 25 a 30) consider a situagdo mostrada na figura, ra qual uma pessoa arre- mesa ura bola, verticalmente para bao, do ato de um ecifcio. No panto A, quando a bola abandona a méo da pessoa, sua enema potencial (em relago ao solo) & Ey = 8,0 J esuaenerga onétioa é Ex, = 5,0. Exercicios 25.0 30. 25, Despreze 0 atito com 0 ar durante a queda e res- onda: 2) Qual 6a energja mecénice toa, E, da bola em A? 2) Qual a nica forga que atua na ‘bola enquanto ela estivercaindo? Esta fora 6 consenatva ou dissipative? ©) Entéo, qual 6 @ energia mecénica, Ey, da bola em M? © em B (imediatamente antes de tocar 0 solo)? 26. Nas condigbes do exericio anterior: 2) Supondo que a energia cinética da bola em M $0)a Eay = 7,0 J, quel & sua energa potenciel neste ponto? ) Qual a energia potencal da bola em 8? Entéo, qual 6 sua energiacinética neste ponto? 27. Considerando os dados dos exerccios 25 @ 26, determine: 42) Qual fol a perda de energa potencial da bola 30 pasar de para M? EntBo, qual oi o acréscimo em sua energia cinética? ) Qual foi a perda de energia potencial da bola 20 passar de A para 8? Entéo, qua oi o acéscimo em sua energia cinética? ’ 28, Suponha, agora, que a forga de atito com 0 er urante a queda da bola ndo seja desprezivel 2) Neste caso, quais as forgas que atuam na bola durante a queda? Estas forgas s80 ambas con- senvativas? ) Entéo, a energia mecénica da bola se con- servara? 29. Considerando ainda que exista atito entre a bola e (© ar e lembrando dos dados do exercicio 26, res- ‘ponda: 4) A energia mecéinica da bola em M ser maior, ‘menor ou igual a 13,0? ) A energia potencial da bola em M seré maior, ‘menor ou igual a 6,0? ©) E a energia cinética da bola em M ser maior, ‘menor ou igual a 7,0? Conservagio da energia - — ‘30. Suponha que, ao chegar em 8, a energia cinética da bola seja Ex, = 10,0. 2) Qual foi a perda de energla potencial da bola ao se deslocar de A para 8? ) Qual foi o acréscimo de energla cinética da bola entre Ae 8? Por que este ‘acréscimo nao foi igual & perda de energja potencial? ©) Qual é a energia mecénica total da bola em 8? 4) De quanto diminuiu a energia mecénica da bola no movimento de A para 8? €) Qual a quantidade de calor que foi gerada pela forga de atrito? ‘Consumo de energia e populasiio © gréfico a seguir apresenta o consumo de energia priméria (petréleo, 8s natural, carvio, energia nuclear e energia hidréulica) média, por pessoa, por grupo de paises, em 2001. As energias chamadas alternativas (madeira, biomassa, Sol, vento, marés) nao foram consideradas. ‘CONSUMO DE ENERGIA Populagio1om mines dehabiartas ‘Como se percebe através deste grifico, hé uma grande diferenca de ‘consumo entre os paises ricos e os do tereeiro mundo, isto 6, a energia no é cess Gastar Cea al eel iado que ‘onimero pessoas que utiliza pequena quantidade de energia em suas vidas (com freqiléncia insuficiente para uma sobrevivéncia digna) é bem ‘maior do que o daquelas que apresentam um consumo energético elevado ou até mesmo excessivo, que muitas vezes leva ao desperdicio. Se os pequenos ‘consumidores pudessem e conseguissem se igualar aos grandes, certamente as reservas mundiais seriam insuficientes ¢ as conseqiiéncias ambientais deste {ato seriam, como nao é dificil de se prever, desastrosas. ‘A unidade usada no grafico, tonelada equivalente de petréleo (TEP), ‘como 0 nome indica, se refere ao niimero de toneladas de petréleo 309! TT Fig.8-25:Para 0 exemple I Energia nuclear e energia hidroelétrica no mundo A energia utilizada mundialmente provém, em grande parte (mais de (60%), da queima de combustiveis fésseis (petr6leo, carvao, gis natural etc.). ‘Uma outra parte importante € fornecida pelas centrais nucleares e pelas diversas fontes de energia renovavel (hidroelétrica, solar, e6lica, madeira etc.) Os dados correspondentes ao consumo de cada uma sio, porém, pouco confidveis, principalmente aqueles correspondentes 4 combustio da madeira (lenha) nos paises do terceiro mundo, nos quais esta costuma ser a principal fonte de energia. Os valores mais dignos de confianca, referentes 20 consumo mundial, sio os que se referem 2 energia nuclear e 4 energia hidroelétrica. Os gréficos seguintes apresentam dados do uso desses dois tipos de energia em grupos de paises. erry i ioe oadpion ida em 2001, por grupos de p 8.7. Exemplos de aplicagaoida conservagao da energia ‘Os exemplos que apresentaremos a seguir destinam-se a ajudé-lo a entender melhor os fatos relacionados com a conservacio da energia. Além disso, veremos que aplicagio da conservacio da energia torna mais simples a solucio de alguns problemas que, se abordados de outra manera, poderiam apresentar maiores dificuldades ao serem resolvidos. Exemplo 1. Um corpo ¢ lancado verticaimente pare cima com uma velocidade incial vp = 6,0 mvs (fig. 8-25). Que al tura tinge © corpo? Para que 0 problema possa ser resolvdo, devemos ‘considerar despreziel a resisténcia do ar. Nesses cond 6s, @ Unica forga que atua sobre o corpo & 0 seu peso, ‘que 6 uma forga consewvatha e, entéo, a energia mecca

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