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A ideia de abusividade est intimamente ligada a questo de abuso do direito.

Significa que o titular de um direito subjetivo pode abusar do direito que tem o que fez o legislador a tipificar aes como abusivas. A doutrina do abuso do direito passou a preponderar, valendo tambm vale para as clusulas abusivas, no s s prticas. A mesma diz que o resultado do excesso de exerccio de um direito, capaz de causar dano a outrem. 1 Antes do novo cdigo civil de 2002, nos artigos 187 e 188 confirmar como ilicitude, o abuso do direito (exerccio irregular), o CDC proibiu o expressamente, tornando nulas as clusulas contratuais abusivas. Ou seja, pela legislao, algumas prticas que anteriormente s eram abusivas, pela doutrina do abuso do direito, agora passam ser ilcitas tambm.
A lei federal 9.656/98, que disps sobre os planos e seguros privados de assistncia sade, estabeleceu, no artigo 13, pargrafo nico, inciso II, a vedao da suspenso ou resciso unilateral do contrato dos planos e seguros de sade contratados unilateralmente, salvo por no-pagamento da mensalidade por perodo superior a sessenta dias, estabelecendo, no obstante, no caput, a renovao automtica de todos os produtos de que trata a lei, quer contratados individualmente, quer coletivamente. Embora o pargrafo nico faa meno somente contratao individual, no h razo para no aplic-lo aos contratos coletivos; ao contrrio, a aplicao de rigor, quer pela analogia, quer pelos fins sociais da lei ou, ainda, por meio de interpretao decorrente dos princpios constitucionais e gerais do Direito. Ementa: Convnio mdico. Seguro sade. O art. 13 da Lei n 9656/98 ao falar em renovao automtica dos contratos de seguro sade vedou a resciso unilateral por parte da prestadora de servios e tornou obrigatria a renovao contratual qual no se pode furtar a seguradora. A aparente proteo exclusiva do art. 13, pargrafo nico, inciso II, aos contratos individuais, estende-se tambm aos contratos coletivos por adeso, sob pena de ferir gravemente todo o sistema protetivo tanto do Cdigo de Defesa do Consumidor como da Lei n 9656/98. Nos contratos coletivos o beneficirio final o consumidor, tal qual nos contratos individuais ou familiares. A interpretao restritiva daria ensejo a abusos que feririam gravemente o direito dos conveniados, que, quando menos esperassem, enfermos ou no, estariam sem nenhuma assistncia mdica. Recurso improvido. 0123782-69.2008.8.26.0000 Apelao Cvel / SEGURO SADE

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