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Baruch Spinoza tradu~o

Poema de Jorge Luis Borges

de JORGE AGOSTINHO DA SILVA

prof. emerito da Universidade Federal de Santa Catarina

Bruma de Oro, el Occidente alumbra La ventana. El asidua manuscrito Aguarda, ya cargada de infinito. Alguien construye a Oios en la penumbra. Um hombre engendra aDios. Es un judio De tristes ojos y de piel cetrina; Lo lleva el tiempo como lleva el rio Una hoja en el agua que declina. No importa. El hechichero insiste y labra A Dios con geometria delicada; Desde su enfermedad, desde su nada, Eigue erigiendo a Dios con la palahra. El mas pradigo amor Ie fue otorgado, El amor que no espera ser amado. Ocidente a janela em bruma de ouro l luz evoca. Assiduo, 0 manuscrito Ja prenhe de infinito a hora aguarda. Alguim nesta penumbra a Deus constr6i, Urn homem Deus engendra. t urn judeu De tristes oLhos e de crtrea pele. o tempo 0 leva como leva urn rio A folha que nas aguas vai descendo. Nao importa porem; com delicada Geometria insiste 0 feitlceiro E a Deus cinzela; da doenea parte Para a 1em do qilC n~ Ie so i nada. A Deus vai erigindo com palavras. o mais pradigo amor lhe [oi doado, Amor que nao cspera ser amado.

Fl'agmentos;

r.

DLLE/UFSC,

FZorianopoZis, 100

Nfl J,

100.

JAil/DEZ 198?

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