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Fichamento: NETTO, Jos Paulo. Introduo ao estudo do Mtodo de Marx. Expresso Popular, So Paulo, 2011.

No se pode analisar a metodologia durkheimiana sem considerar seu enraizamento positivista, bem como no se pode debater a sociologia compreensiva de Weber sem levar em conta o neokantismo que constitui um de seus suportes (p. 10) Marx nunca foi um obediente servidor da ordem burguesa: foi um pensador que colocou, na sua vida e na sua obra, a pesquisa da verdade a servio dos trabalhadores e da revoluo socialista. (p. 11) Interpretaes equivocadas: No campo marxista, as deformaes tiveram por base as influncias positivistas, dominantes nas elaboraes dos principais pensadores (Plekhanov, Kautsky) da Segunda Internacional, organizao socialista fundada em 1889 e de grande importncia at 1914 (p. 12) O Mtodo de Marx: uma longa elaborao terica Com efeito, a estruturao da teoria mariana socorreu-se especialmente de trs linhas-de-fora do pensamento moderno: a filosofia alem, a economia poltica inglesa e o socialismo francs (Lenin, 1977, p. 4-27 e 35-39). Numa palavra: Marx no fez tabula rasa do conhecimento existente, mas partiu criticamente dele (p. 18) Em Marx, a crtica do conhecimento acumulado consiste em trazer ao exame racional, tornando-os conscientes em seus fundamentos, os seus condicionamentos e os seus limites ao mesmo tempo em que se faz a verificao dos contedos histricos reais (p. 18) s depois de quase 15 anos de pesquisas que Marx formula com preciso os elementos centrais de seu mtodo, formulao que aparece na Introduo, redigida em 1857, aos manuscritos que, publicados postumamente, foram intitulados Elementos Fundamentais para a crtica da economia poltica. Rascunhos 1857-1858 (P. 19) Teoria, mtodo e pesquisa: Teoria para Marx: Para ele, a teoria no se reduz ao exame sistemtico das formas dadas de um objeto, com o pesquisador descrevendo-o detalhadamente e construindo modelos explicativos para dar conta base de hipteses que apontam para as relaes de causa/efeito de seu movimento visvel, tal como ocorre nos procedimentos da tradio empirista e/ou positivista (p. 20)

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