O que sinto? No sei... Esse no saber, di.

Sinto que a confuso que existe dentro de mim est alm da normalidade. Ontem, estava assistindo um trecho da pea Ccegas, a personagem dizia sempre que no era neurtica, era ligada. No meu caso, acho que sou uma mistura dos dois. Por muito tempo acreditei que para ser feliz, teramos que ser bem sucedidas no amor, financeiro, estudo, ou seja, em tudo. Agora, decidir investigar, O que ser feliz? O que estar s? Ns somos pressionados pela sociedade a sempre estarmos acompanhados e que temos at uma certa idade para firmarmos compromissos amorosos. Sempre anestesiei minhas dores existenciais, saindo e entrando de relacionamentos vazios, vazios mesmo! Cheio de expectativas de minha parte, mas que s somavam a minha vida, problemas e mais problemas. A decidir, pintar a cara como os guerreiros das tribos indgenas, coloquei a melhor roupa e... O que voc pensou? Hummm... Que fui para balada, desci at o cho e beijei um monte de caras! Seria uma boa, mas no. Apenas sentei em frente ao computador e escrevi... escrevi... tentando descobrir o azul e refletir as possibilidades que esse estgio da minha vida proporciona. Entre essas reflexes, comecei a concordar com a perspectiva, que temos que saber quem somos, nos amar, suprir nossas necessidades atravs de ns mesmos. S depois, bem depois que passarmos a encarar os relacionamentos amorosos no como verdadeiros contratos medievais e sim um compartilhamento leve de pensamentos, vibraes positivas (muito hippie heim!), a nos relacionamos de modo saudvel, sem medo de frustraes.

Depois... Bom, estou aqui fervilhando em ideias. Minha ansiedade est no nvel 100%, mas vamos repetir o mantra da personagem da pea Ccegas: No sou neurtica, sou ligada!. Depois de toda euforia de se amar, de descobrir o azul, uma loucura! Sempre nos confrontamos, com as lembranas daquela pessoa que no nos acrescentava l muita coisa, mas sabia preencher nossas horas de ociosidade com maestria. A nos esbanjamos a escutar msicas melosas, a comer doces, tomar umas ou dar um gs nas leituras atrasadas. No fcil...